Últimas indefectivações

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Lixívia 4

Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 10 (-2) = 12
Corruptos.. 9 (+2) = 7
Sporting... 10 (+5) = 5

A saga continua... Se repararem nas 'cores' na Tabela em baixo (Anexo I), só no Moreirense-Sporting da primeira jornada, não houve uma benefício claro para os Lagartos (e mesmo assim, nesse jogo, o 1.º golo Lagarto, nasce numa jogada onde parece existir fora-de-jogo, mas a PorkosTV não mostrou (ou não quis...) nenhuma imagem esclarecedora...) ou para os Corruptos!!! Nas restantes 7 partidas, foram sempre ajudados com decisões graves...!!!

Começando na Choupana: foram 3 os penalty's que ficaram por marcar com 0-0 no marcador!!! Só três!!!
- Falta clara sobre o Seferovic, no momento em que o suíço tentou controlar a bola, leva uma pancada na perna direita... além de estar a ser 'amparado' pela cintura!!! As imagens são claras... nem era preciso VAR, mas o facto do VAR (Xistra) ter ficado calado é bastante esclarecedor, quando à intenção dos apitadeiros...
- Falta mais do que óbvia sobre o Cervi... Penalty clássico: defesa controla mal a bola, o Cervi antecipa-se, e é tocado... Apitadeiro a 3 metros, e manda seguir... E mais uma vez, o VAR ficou calado!!!
- Salvio agarrado... Alguns alegaram que o Salvio jogou a bola com o braço, para 'desculparem' o erro dos apitadores, mesmo quando as imagens são confusas, sobre qual o braço que tocou na bola, o do Salvio ou o do defesa!!! Mas o toque no braço é indiferente, porque não é deliberado... mesmo se tivesse sido o defesa, não seria penalty... Portanto, o que se passou a seguir, é importante... E o defesa, agarrou ostensivamente o braço do Salvio, impedindo o movimento do Toto... que realmente - ingenuamente?! - não se atirou para o chão, mas as imagens são claras...
Tudo isto com 0-0... tudo isto numa altura, onde praticamente não era assinaladas faltas a favor do Benfica, em qualquer zona do terreno!!! Foram 6 em todo o jogo!!! Mesmo com um Nacional bastante agressivo, o Verdíssimo só viu 6 faltas a favor do Benfica... e 16 contra!!! Nos descontos, quando o Pizzi levou mais uma cacetada, parando um contra-ataque perigoso, ainda andava o Verdíssimo a avisar os Nacionalistas: para a próxima levas Amarelo!!!!

Ainda houve mais dois lances na área do Nacional, quando o jogo já estava encaminhado:
- Lance confuso, com o Rúben Dias, o Cervi e o central do Nacional Júlio César, parece que o Cervi toca na bola e leva um pontapé do adversário, mas as imagens são confusas...
- Curiosamente, com 0-3 no marcador, já recorreu ao VAR para decidir uma clara bola no peito do defesa do Nacional...!!!

Depois de tudo isto, qual é a conclusão dos mérdia avençados: o Benfica foi beneficiado!!!
Sim, o Cervi devia ter levado Vermelho directo (já estava 0-2 no marcador), quando já deviam ter sido assinalados 3 penalty's a favor do Benfica... Mas como é que é possível, depois de nenhum, repito nenhum 'cientista' da arbitragem ter admitido que o Mini deveria ter sido expulso, no Corruptos-Chaves da 1.ª jornada - alguns nem sequer acharam o lance suficientemente importante para ser analisado -, como é que agora, 'exigem' a expulsão do Cervi?!!!! Numa jogada praticamente igual...
Já agora, o lance com o Odysseas no final, a única 'coisa' irregular foi o parvo do jogador do Nacional não ter evitado o contacto com o nosso guarda-redes, como qualquer jogador com o mínimo de neurónios a funcionar faria...!!!

Por falar em entradas de pitõns: e a entrada de pitõns do Sérgio Oliveira, nesta jornada, contra o Moreirense, aos 41 minutos da 1.ª parte, onde levou Amarelo?!!! Alguém tem opinião sobre essa jogada...
Eu por acaso, até aceito o Amarelo... é daqueles Amarelos, alanrajados! A diferença para o Cervi, é que este foi mais um pisão, enquanto o Cervi acertou no calcanhar... Mas onde estão as análises?!!! E já agora, quando o mesmo jogador, aos 61 minutos, voltou a fazer uma falta descarada para Amarelo, que seria o 2.º, e a respectiva expulsão, alguém quer analisar?!!!

Mas houve mais: dois lances na área dos Corruptos com Heriberto:
- no primeiro, sem repetições de outro ângulo, ou zoom's apertados, é impossível ter a certeza... mas com o Filipe envolvido é sempre de desconfiar!!!
- no segundo tenho poucas dúvidas: penalty por assinalar... Carga de ombro, é quando um jogador encosta o ombro, no ombro do adversário, neste caso, mesmo sem imagens aproximadas, é claro que o ombro do Militão, 'encosta' nas costas do Heri... e não toca na bola, antes do empurrão, penalty claro...
Logo aos 5 minutos, houve outro lance, desta vez com o Chiquinho, onde também ficou a dúvida se tinha existido falta, mas a existir seria fora da área... seria somente um livre perigoso! Aqui, mais uma vez, não houve repetições!!!
O Chiquinho também apareceu com sangue no nariz, mas após rever as repetições, parece que foi um choque não deliberado, com as costas do Filipe...
Com pelo menos um dos penalty's sobre  Heri e com a expulsão do Sérgio Oliveira (2.º amarelo), mesmo com 2-0 no marcador, tudo seria possível... Mas esta é uma das limitações deste tipo de exercício!
Com o tempo que levou o VAR a anular o penalty a favor dos Corruptos, logo nos primeiros minutos, acredito que outros penalty's seriam 'inventados', em caso de necessidade!!! Mas mais do que a coragem do árbitro, em anular o penalty a favor dos Corruptos (no início do jogo... no final, se fosse decisivo, tudo seria diferente), este lance demonstrou a predisposição natural, em tomar decisões a 'favor' dos Corruptos... Pois a coacção é muita...

Como foi possível observar, mais uma vez a PorkosTV andou a 'censurar' imagens no jogo dos Corruptos!!! O realizador é sempre o mesmo... E depois ainda questionam a imparcialidade das transmissões dos jogos do Benfica na BTV....

Na véspera em Alvalade, tivemos mais um episódio do: 'Ajudem os coitadinhos'!!!
Mais um festival de impunidade disciplinar e técnica: Battaglia tem estado em grande... o que será necessário para este animal levar Amarelo?!!!
Mas o lance decisivo, aconteceu com o Coates: penalty descarado, por empurrão ao Luís Machado...
Mais uma vez, não existe qualquer carga de ombro, até poque existe uma diferença brutal de altura entre os jogadores. O braço do Lagarto, 'encosta' nas costas do Machado... empurrando-o!!!
A não actuação do VAR neste lance é mais um exemplo da incompetência de quem está no VAR (Esteves)!
Com 0-0 no placard, tudo seria diferente...
Recordo que no Benfica-Guimarães, existiu um lance entre o Fejsa e o Tyler Boyd parecido com este, com um pormaior: o Fejsa encostou o ombro, no ombro do Boyd... mas vários 'expert's' defenderam, mesmo assim, que deveria ter sido assinalado penalty!!!!

Uma nota para a decisão absurda no Aves - Marítimo: golo mal anulado ao Marítimo pelo VAR, marcando um fora-de-jogo que não existe (as imagens tem que ser claras... e as imagens dão a entender que o jogador não está adiantado), e ignorando uma agressão brutal do guarda-redes do Aves ao avançado o Marítimo...
Mesmo se o avançado tivesse fora-de-jogo, a agressão tinha que ser analisada... Se um jogador agredir outro, com o jogo parado, o árbitro tem que agir disciplinarmente...

Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar
2.ª-Boavista(f), V(0-2), Mota(Malheiro), Nada a assinalar
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho(Sousa), Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
4.ª-Nacional(f), V(0-4), Veríssimo(Xistra), Prejudicados, Beneficiados, (0-7), Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Belenenses(f), V(2-3), Xistra(Capela), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(c), D(2-3), Veríssimo(Paixão), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Malheiro(Ferreira), Beneficiados, Impossível contabilizar

Sporting
1.ª-Moreirense(f), V(1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(2-1), Oliveira(Ferreira), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Godinho(Sousa), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
4.ª-Feirense(c), V(1-0), Rui Oliveira(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+ 2 pontos)

Anexo(II):
Benfica:
Sousa: 0 + 2 = 2
Pinheiro: 1 + 0 = 1
Mota: 1 + 0 = 1
Godinho: 1 + 0 = 1
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Malheiro: 0 + 1 = 1
Xistra: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Almeida: 1 + 0 = 1
Xistra: 1 + 0 = 1
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Malheiro: 1 + 0 = 1
Vasco Santos: 0 + 1 = 1
Capela: 0 + 1 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
Ferreira: 0 + 1 = 1

Sporting:
Martins: 1 + 0 = 1
Oliveira: 1 + 0 = 1
Godinho: 1 + 0 = 1
Rui Oliveira: 1 + 0 = 1
Miguel: 0 + 1 = 1
Ferreira: 0 + 1 = 1
Sousa: 0 + 1 = 1
Esteves: 0 + 1 = 1

Jornadas anteriores:
Jornada 1
Jornada 2
Jornada 3

Épocas anteriores:

Benfica forte e consistente

"Benfica teve maior consistência colectiva e aproveitou as 'dores de crescimento' do Nacional

Maturidade no Benfica
1. Mais do que analisar sistemas ou os diferentes momentos de jogo de cada uma das equipas, parece-me importante evidenciar a globalidade do jogo, pela importância que assumiram os grandes princípios de ambas as equipas. O Benfica marcou posição com consistência e uma forte agressividade defensiva, que evidenciou algumas fragilidades na primeira fase de construção do Nacional. A esta agressividade defensiva, juntou-se um ataque forte à profundidade da linha defensiva do Nacional, permitindo fazer dois golos na primeira parte e criar volume de jogo capaz de aumentar o resultado.

Agressividade
2. Benfica iniciou o jogo com uma grande agressividade defensiva - forte pressão à primeira fase de construção do Nacional, condicionando o jogo e a saída de bola, para pressionar nos locais certos e poder atacar de forma agressiva e imediata as costas, com uma envolvência de todos os jogadores e movimentos de ruptura - principalmente de Salvio e Seferovic. Neste momento o Nacional procurou manter o padrão e a saída curta para explorar a seguir se conseguisse passar essa primeira linha de pressão. No entanto, nas poucas vezes que conseguiu sair dessa forte pressão, foi incapaz de ligar para a frente e ferir o último terço. Faltaram movimentos de profundidade e linhas de passe com jogadores orientados para a baliza do Benfica de forma a acelerar o jogo e garantir eficácia após o risco positivo que querem assumir para ter benefícios.

Reacção do Nacional
3. Na segunda parte o Nacional procurou reagir. A saída de Marakis e a entrada de Palocevic, com Vítor Gonçalves a passar para médio centro, trouxeram maior fluidez e capacidade para o Nacional conseguir ligar o jogo desde trás posicionar-se mais à frente no campo. Faltava, porém, maior agressividade e chegada no último terço, com o Benfica a sentir-se estável e confortável. Arabidze conseguia criar diversas situações de 1x1 ofensivo, mas faltava atacar as costas e a última zona para poder criar mais situações de finalização. Costinha sentiu a equipa crescer mas procurou ter mais gente para atingir este momento. Nesta fase efectuou a última substituição, que morreu pelo facto de o Benfica sentenciar o jogo com o terceiro golo, aproveitando esse balanceamento e algumas faltas de rotina na linha defensiva, que tinha sido alterada para este risco. O resultado acaba por avolumar-se pelo controle e espera que o Benfica passou a ter do jogo. Sentiu-se que o Nacional iria procurar arriscar e que nesse risco, que estava a ser controlado colectivamente pelo bloco do Benfica, poderia efectuar transições rápidas e fortes para aumentar e fechar definitivamente o jogo.

Boa gestão das águias
4. Sentiu-se e percebeu-se a forma como o Nacional quer jogar. Há ideia e intencionalidade. A forma como pretendem assumir a bola procurar ter um jogo ligado e construído; mas foi ineficaz e sofreu dessas dores de crescimento! O Benfica foi forte, revelou consistência, muita dinâmica nos corredores laterais e maturidade para gerir o jogo, diversificando ritmos e alternando a forma mais alta ou baixa como pressionou, para depois poder atacar mediante os locais onde recuperava a bola e os espaços existentes."

Vasco Seabra, in A Bola 

Sporting a votos, já no próximo sábado

"Dos sete candidatos, quem tem melhores meios para salvar o Sporting da 'débacle' financeira? Esta é a questão fundamental...

Se não acontecer nenhum sobressalto jurídico, ligado a uma das muitas providências cautelares avançadas, entretanto, por Bruno de Carvalho, o Sporting vai escolher o próximo presidente no sábado, culminando, assim, uma fase atípica na vida do clube, liderado por uma comissão de gestão (CG), desde a AG que destituiu o antigo líder e a sua equipa dirigente.
A primeira palavra, neste contexto, deve ir para o sentido de dever de quem, na CG, na MAG ou na Comissão de Fiscalização, levou a bom porto uma nau que esteve em risco iminente de naufrágio. Todos os sócios dos leões que estiveram, altruisticamente, envolvidos neste processo, e que vão, a partir de domingo, passar a pasta, devem ter o nome nas páginas da história dedicadas a quem se deu ao clube sem esperar nada em troca. Encerra-se, para já, a fase populista de Bruno de Carvalho (sendo que nestes fenómenos, se o rescaldo não for realizado de forma competente, são sempre susceptíveis de reacendimento), com todo o país a tirar ilações do processo, projectando-o para outras áreas da sociedade, que não o futebol. Dito tudo isto, passemos ao acto eleitoral do próximo sábado, em Alvalade...
Sete candidatos perfilam-se para perguntar a um universo de 50 mil leões, com peso específico diferente, quem deve liderar o clube nos próximos anos. Numa escolha destas, factores de ordem diversa justificam as opções do eleitorado. Há o histórico de cada candidato, e neste particular o escrutínio não costuma ser exaustivo, daí que surjam surpresas como Vale a Azevedo ou Bruno de Carvalho.. Não menos importantes são as promessas que cada um dos pretendentes faz a quem pretende seduzir. Porém, com as eleições e decorrerem após o fecho do mercado, só mesmo um dos candidatos se atravessou com o nome de um treinador, numa estratégia, aliás, de grande risco. O carisma e a liderança, elementos voláteis, entram igualmente na equação do voto. Mas o mais importante, na circunstância do Sporting, aquilo que deve motivar os eleitores, é a capacidade para resolver os problemas mais prementes do clube, aqueles que podem colocar em causa a sobrevivência da instituição, ou seja, todos as questões de ordem financeira. Comparados com esta vertente, todos os demais capítulos são, como diria JJ, piners. Sem este problema resolvido, todas as demais questões são irrelevantes.

Ás
José Sousa Cintra
Sai em ombros e pela prota grande da leonina empreitada que aceitou. Sem os anticorpos que afectam a popularidade de Marta Soares e Torres Pereira (a quem o Sporting deve ser grato para sempre...), Sousa Cintra foi o heróis improvável que apanhou os cacos do brunismo e fez o milagre da ressurreição da SAD.

Ás
Pedro Pablo Pichardo
O recordista nacional de triplo-salto sagrou-se vencedor da Liga Diamante, uma proeza só ao alcance dos predestinados. Trata-se de uma evidente mais-valia para o atletismo nacional, juntando-se àqueles que, sendo portugueses pro naturalização, de Obikwelu a Pepe, contribuem para a coesão de uma sociedade livre e multicultural.

Ás
João Sousa
O melhor tenista português de sempre atingiu os oitavos de final do US Open e escreveu uma página inédita no desporto nacional. Usemos o dinheiro para que se perceba a relevância do que fez: por vencer o Estoril Open, Sousa arrecadou 80 mil euros, por chegar aos oitavos em Flushing Meadows, recebeu 229 mil...
(...)

O grande negócio do PSG com Guedes
Em Janeiro do ano passado, quando o Benfica vendeu os direitos desportivos de Gonçalo Guedes ao PSG, por 30 milhões, muitas vozes se ergueram, suspeitando do negócio. Vinte meses volvidos, Guedes mudou-se por 40 milhões, do PSG para o Valência. Tanta gente que devia ter ficado calado...

Ciclo positivo
O Benfica concluiu um ciclo terrível, de transcendente responsabilidade, com saldo bem positivo. A entrada na Champions era um momento definidor da época e fazer dez pontos em quatro jogos de campeonato, empatando com o Sporting, deve ser visto como um bom augúrio. Fechado o plantel, Rui Vitória, muito reforçado, interna e externamente, na conclusão deste exigente período, tem alguns problemas em mãos, a pedir soluções adequadas. Quando tiver os quatro pontas de lança disponíveis, vai usar apenas um de cada vez? E especialmente na Luz, vai ou não considerar a necessidade de ter mais presença na área contrária? São dilemas destes que fazem o encanto da profissão de treinador. Para já, garantida a Champions e com a medalha de ouro na disciplina de 'lançamento do Gedson' ao peito, Rui Vitória tem razões para olhar o futuro com justificado optimismo. Na medida do possível, é claro, porque no futebol tudo muda num ápice, à velocidade da bola que bate na trave e entra, ou não, e o estado de alerta deve ser permanente..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Suíço renascido?

"E ao fim de quatro jornadas a Liga conhece a primeira interrupção. Teremos, nos próximos 20 dias, de contentar-nos com as selecções, primeiro, e Taça da Liga, a seguir, uma espécie de vírgula nas emoções de um campeonato que arrancou sem surpresas de maior: Benfica, Sporting e SC Braga (a mostrar que esta época conta para o totobola) na frente e o FC Porto logo atrás - será a nota de maior destaque, o facto de, olhando para o calendário, bem mais acessível que os dois rivais de Lisboa, que até já se enfrentaram num dérbi, os dragões não estarem no grupo de comandantes. Vale o que vale, e em fase tão prematura vale, de facto, muito pouco.
Terminada a ronda deste fim de semana sem surpresas, uma referência para o Benfica, que fechou na Madeira - com chave de ouro - um ciclo infernal de oito jogos em 27 dias passado com assinalável distinção: cinco vitórias e três empates, apuramento garantido para a fase de grupos da Liga dos Campeões e liderança do campeonato. Nada mau para uma equipa de quem muitos chegaram a duvidar...
Nas águias, uma palavra ainda para Seferovic. Esteve com um pé (talvez até com os dois...) fora da Luz e é, agora, dono da posição de ponta de lança, por culpa das lesões de Jonas e Castillo e do mau momento de Ferreyra. Haverá quem diga, depois do que o suíço fez na Choupana, que Seferovic se reinventou. Não é verdade. É o que sempre foi. Nem tão bom como aquele extraordinário arranque na época passada fazia crer nem tão mau que mereça passar oito meses sem oportunidades. Até porque não há jogador que convença ou decida sem sair do banco. Ou da bancada...

PS - Danilo Pereira voltou ontem a jogar pelo FC Porto após paragem de vários meses decido a lesão. Uma regresso que o futebol português deve saudar."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Até Seferovic Rui Vitória recuperou!

"Um dos temas fortes da semana finda foi a reacção de Rui Vitória no final da partida decisiva com o PAOK, que ditou o apuramento do Benfica para a Champions. As declarações do técnico visaram críticas de alguém que não foi mencionado, o que fez com que pessoas mais sensíveis aproveitassem para destratar Vitória. Tudo serve, é uma sina.
Também não percebi a quem era dirigido o recado, nem me interessa. O que conta é que o Benfica se qualificou, o que é bom para o futebol português. E o que quero relevar é que vejo prosseguir o trabalho competente de um treinador que lançou Gedson, que prepara Alfa Semedo e João Félix para outros voos, que não desistiu de Rafa, que resolveu bem o problema dos centrais, que repôs a tranquilidade na baliza e que – não podendo dispor de Jonas e Castillo – contornou o menor rendimento de Ferreyra recuperando a melhor fase de Seferovic. Acham pouco? Não pode o homem desabafar com o que lhe apetecer? Tem de pedir licença a quem? Ou tem de ler e ouvir tudo o que se quiser e ficar calado?
Nos sites e nas redes sociais, alguns madridistas exultam: porque Modric substituiu CR7 como melhor jogador da Champions, porque Benzema já marca golos, porque Bale é o novo Cristiano, porque encontraram em Mariano um ‘7’, porque o Real Madrid é agora uma verdadeira equipa e porque – ò efémera felicidade! – o seu ódio de estimação de nove anos continua sem concretizar na Juventus. Não entendem o que são campeonatos, que só vale como acabam e não como começam, e especialmente não percebem que os seus ídolos têm pés de barro. Bale nunca será Cristiano, aliás, não tarda que pare, lesionado, Benzema entrará como sempre em período de hibernação e de greve aos golos, Mariano é por enquanto uma ilusão e Modric só arrebatou o prémio da UEFA a Cristiano porque ele já não está no Real. Mas não pensaram ainda no pior, que virá mal as coisas deixem de correr bem e Lopetegui comece a ver bruxas debaixo da cama. Toquem os solos de violino que quiserem, mas a mim, madridista de cabeça avisada, o que me preocupa é o que há de vir e não me parece que seja nada de bom.
A propósito: Cristiano pode ter todas as razões do Mundo para não comparecer no Mónaco, que não conseguirá limpar a má imagem resultante dessa ausência. Nem que fosse por Luka Modric, um futebolista tremendo e um dos seus maiores apoios no balneário merengue, que não merecia o modo como foi tratado. Cristiano, apesar de tudo o que evoluiu e de outras qualidades humanas, devia aprender que quanto mais suaves forem as bofetadas, mais doem. E perdeu uma grande oportunidade de dar uma daquelas de luva branca.
O último parágrafo vai para um alívio e um pesadelo. Por um lado, ficámos aliviados pelo final da novela Ramires, por causa dos saloios que voltaram a encher de Ramirez os comentários televisivos, como se o jogador fosse argentino ou paraguaio. Já nos basta a estupidez dos mesmos plumitivos com os seus Renatos Sanchez! Quanto ao pesadelo, ele nasce da ida de Cristiano para a Juventus, que nos trouxe a praga da ‘vecchia signora’. Não há cão nem gato que passe sem mostrar a sua erudição e mal possa, zás: sai mais uma ‘vecchia signora’ para a mesa do canto. Apre! O que é de mais, enjoa."

Seferovic no baile encarnado

"Seferovic justificou novamente a titularidade?
Completamente. Rui Vitória explicou que lançou o suíço na Grécia devido a "dinâmicas internas" e manteve-o. Ora, se já tinha deixado boas intenções, ontem o avançado suíço esteve sincronizado com o baile de Salvio, Pizzi e companhia. E não tremeu na cara de Daniel Guimarães, abrindo caminho para a vitória. Sem Jonas e Castillo, está à frente de Ferreyra.

Há jogadores imprescindíveis no Benfica?
O encontro de ontem voltou a demonstrar que sim, em especial Pizzi e Salvio, os melhores marcadores da equipa e os que mais assistem. Sem esquecer Gedson. Grande trabalho do miúdo no segundo golo, primeiro a aproveitar desatenção nacionalista, depois a ‘barrar’ Felipe Lopes. Ao oitavo jogo em 27 dias, o Benfica aplicou chapa 4. Como explicar? Na primeira parte, os encarnados pressionaram alto, criaram oportunidades e concretizaram duas. Depois, mesmo com o ascendente do Nacional, tiveram sempre o jogo controlado. Bastou gerir o esforço e aplicar o golpe final. 

Esperava-se mais do Nacional?
A equipa de Costinha começou bem, a explorar os flancos (Arabidze na direita; Jota e Camacho na esquerda), mas erros como o cometido no lance do segundo golo custam caro. Primeiro, o passe de Júlio César; depois a desatenção de Marakis a permitir recuperação de Gedson."

O intermitente Salvio

"(...) Eduardo Salvio, 'esse rapaz brilhante e intermitente como luzinhas de Natal'

Velho amigo sportinguista ainda hoje chora ao falar do Chirola e dos inatingíveis 46 golos que aquele argentino com ar melancólico de mapuche marcou na época de 73/74 com a camisola do Sporting Clube de Portugal. Todos os sportinguistas amam Héctor Casimiro Yazalde. Todos têm saudades do Chirola, até os que não o viram jogar. Melhor, têm mais saudades de Yazalde aqueles que nunca o viram jogar, aqueles a quem 46 golos, por não os terem testemunhado, parecem matéria de lendas, histórias de semideuses. Como eu invejava os meus amigos sportinguistas por terem um Yazalde para idolatrar. Não pela montanha de golos (46 é um número um pouco desumano; prefiro 34, como os que Jonas marcou o ano passado, que sugerem a mesma excelência sem perder a humanidade) mas tão-somente por ser argentino.
Por causa de uma infância exposta à influência de Diego Armando Maradona, qualquer jogador argentino despertava em mim uma incontida admiração. Como explicar a alegria de, aos dezasseis anos, ter visto chegar à Luz o “perdigueiro” Claudio Paul Caniggia, o homem que, apenas quatro anos antes, eliminara o Brasil de Sebastião Lazaroni do Mundial? Da sua passagem meteórica (no sentido catastrófico) pelo Benfica, lembro-me de um golo que marcou ao Guimarães, de ter sido expulso pelo bilioso Jorge Coroado num derby contra o Sporting e de pouco mais. Mas o que interessam factos e números se a gratidão de o ver com a camisola do Benfica, aquela sinistra camisola com os dizeres Parmalat e que ainda provoca suores frios a quem se lembra de artistas como Clóvis ou Paulão “Coice de Mula”, continua tão viva e real como no dia em que, à saída da garagem do estádio, ele me deu um autógrafo? Até um jogador apenas suficiente como Mauro Airez, por força da sua nacionalidade e nada mais, me fez acreditar que os pretéritos dias de glória benfiquista estariam prestes a repetir-se.
Como um genuíno porteño, também fui entregando regularmente as minhas esperanças aos novos Maradonas, como Ortega ou Riquelme, inventados pela comunicação social e pela orfandade dos hinchas. Aqui chegados, já não preciso de entrar em pormenores que descrevam os meus sentimentos quando Pablo Aimar e Javier Saviola recuperaram na Luz a velha sociedade do River Plate. Com Di María, Enzo Pérez, Ezequiel Garay e Nico Gaitán já se compunha uma bela e feliz família argentina. Mas o argentino de quem tenho mais saudades é de Eduardo Salvio – esse rapaz brilhante e intermitente como luzinhas de Natal –, sentimento que já se arrasta desde a primeira época dele no Benfica. 
Em 2010/2011, a temporada corria mal depois dos 5-0 no Dragão contra o Porto de Villas-Boas, as exibições de slapstick de um tal Roberto e uma daquelas derrotas contra adversários europeus de quinta ordem que se cravam como espinhos na carne dos adeptos. No entanto, dobrado o cabo do ano civil, mister Jesus lá recompôs as tropas e o Benfica, de alma um tanto amassada e a cambalear como alguém saído de um acidente, avançava na Europa dos pequeninos com a arte de uma equipa com o talento coletivo de Maxi, Coentrão, Gaitán, Aimar, Saviola e a exasperante acédia de Óscar Cardozo. O PSV Eindhoven veio à Luz para os quartos-de-final da Liga Europa e foi usado como pano do chão. No final, 4-1, com o bónus de todos os golos terem sido importados da Argentina (dois de Salvio, um de Aimar e outro de Saviola). Uma semana depois, na Holanda, aos vinte e cinco minutos o Benfica já perdia por 2-0 e tinha a eliminatória em risco, em mais uma viagem de montanha-russa dirigida por Jesus. A eliminatória foi ultrapassada, mas o pior tinha acontecido ao minuto sete. Emprestado pelo Atlético Madrid, Salvio lesionou-se e, para ele, a época acabou ali. Para ele e, confesso, para mim. No futebol, há momentos em que sabemos instintivamente que, a partir dali, tudo será diferente. Aconteceu também ao Benfica em 1988, quando, em vésperas de uma final da Taça dos Campeões, Diamantino Miranda, o cérebro da equipa, se lesionou num jogo irrelevante contra o Vitória de Guimarães.
A lesão de Salvio em Eindhoven foi um desses momentos. Sem as descargas eléctricas do extremo argentino, um Benfica cansado de pernas e de cabeça arrastou-se num penoso final de temporada resumido naquela eliminatória contra o Braga de Domingos Paciência. Ninguém sabe se a presença de Salvio teria sido suficiente para alterar o rumo da história. Deixemos o exercício aos historiadores especulativos. O certo é que, sem ele, o Benfica perdeu gás, energia e velocidade. O rolo compressor tinha todas as peças, à excepção do motor de arranque.
Após um ano em Madrid, “Toto” regressou de vez a Lisboa. De vez ou, para ser mais exacto, sempre que as lesões lhe permitem estar em Lisboa na qualidade de Eduardo Antonio Salvio, completo, com todas as letras do nome, sem ossos partidos, microrroturas, tendões rotulianos avariados e toda a sorte de mazelas a que ele, mais do que qualquer outro, parece propenso. É que Salvio, a bem dizer, nunca está entre nós. Aquela mancha vermelha que, em certos domingos bissextos, abençoa o relvado é a personificação de um intervalo de tempo entre duas lesões. Quando, após semanas de treinos condicionados, ele recupera o ritmo, o adepto não sabe se há de ficar feliz pelo que vê em campo ou infeliz pelo que vê no futuro porque, no futuro de Salvio, há sempre, mais grave ou menos grave, uma lesão à espera dele como uma noiva fatal no altar.
Ele, na verdade, é uma aparição, uma intermitência. Ora está, ora não está. Por isso, foi-lhe fácil fazer aquilo que fez ontem ao jogador do Nacional na jogada do primeiro golo do Benfica, uma finta que poderemos baptizar de “fantasminha”. Num instante, Salvio preparava-se para receber a bola de costas para o defesa. Logo a seguir, num momento que até as câmaras de televisão tiveram dificuldade em registar, estava no meio-campo adversário a servir um companheiro. Durante uma fracção de segundo, esteve ausente. Como um fantasma. Como Salvio."

O mistério de Jonas

"Esta é a história ‘oficial’. Mas quem sabe se Jonas não ficou no Benfica exactamente por causa do problema nas costas, que fez abortar a transferência? E quem sabe se o Benfica não teria feito bem em vendê-lo, à semelhança do que aconteceu com Cardozo? Quem sabe se os sócios do Benfica, ao atacarem Vieira por querer vender o jogador, não laboraram num erro? Concluindo: quem sabe o que Jonas poderá dar ainda ao futebol - se muito, se pouco?

Tem-se especulado muito sobre a lesão de Jonas, aventando-se que poderá haver algum problema para lá da questão clínica. Julgo que as dúvidas não têm razão de ser.
Rui Vitória, cuja palavra é fiável, explicou que o brasileiro está entregue ao departamento médico do clube, que dá o jogador como indisponível. E a partir daqui, um treinador não pode fazer nada: não pode dar explicações públicas pormenorizadas sobre um tema que não domina nem pode naturalmente pôr o futebolista a jogar. Resta-lhe esperar pacientemente.
Recordo uma história que me foi contada por um responsável do Benfica. Óscar Cardozo, no seu último ano na Luz, tinha um problema lombar, na aparência semelhante ao de Jonas, que se tratava com medicamentos que lhe minoravam o sofrimento mas diminuíam a força muscular.
Assim, a alternativa que se colocava ao jogador era tomar os remédios e perder força - ou não os tomar e sofrer de dores que o impossibilitavam de jogar ou, fazendo-o, o sujeitavam a enorme sacrifício.
Claro que a decisão foi transaccionar o avançado o mais rapidamente possível, o que aconteceu para um clube turco por um preço considerado baixo para o que Cardozo parecia valer - mas alto para o seu real valor, tendo em conta o problema clínico de que padecia.
Jonas pode estar a viver o mesmo filme. Recorde-se que há dois anos o brasileiro esteve muito tempo afastado da competição exactamente por causa desse problema. E no princípio desta época esteve quase para ser transferido, tendo sido dado como quase certo na Arábia Saudita.
À última hora ficou na Luz - supostamente por ter conseguido melhorar as condições do contrato. Luís Filipe Vieira terá cedido às suas reivindicações, com certeza por opção própria mas também pressionado pelos sócios do clube - que diziam estar “fartos de negociatas” e não queriam ver sair do plantel o melhor marcador da equipa.
Esta é a história ‘oficial’. Mas quem sabe se Jonas não ficou no Benfica exactamente por causa do problema nas costas, que fez abortar a transferência? E quem sabe se o Benfica não teria feito bem em vendê-lo, à semelhança do que aconteceu com Cardozo? Quem sabe se os sócios do Benfica, ao atacarem Vieira por querer vender o jogador, não laboraram num erro? Concluindo: quem sabe o que Jonas poderá dar ainda ao futebol - se muito, se pouco?
Curiosamente, os dois melhores marcadores de sempre da história do Benfica têm problemas de saúde idênticos. Um saiu e pouco mais jogou; o outro ficou e vamos ver quanto tempo mais irá jogar. De qualquer maneira, o que pode concluir-se de tudo isto é que marcar golos faz mal à coluna."

Da análise das equipas aos bons sinais do arranque

"Confesso que ainda me surpreendo. No recente sorteio da Liga dos Campeões, 90 por cento das observações sobre as equipas que saíram em sorte às portuguesas soavam mais gastas que um par de luvas velhas: “as equipa holandesas já viveram melhores tempos”, “a maior dificuldade pode estar nas viagens longas”, atenção ao público local que é fervoroso”, “o histórico com clubes deste país é positivo (ou negativo)”, salvando-se um pontual destaque, quase inútil (que o espectador ou leitor também conhece), de um ou outro jogador mais famoso. Sobre o plantel actual e as opções em tempo mais recentes, pouca coisa. Sobre a forma de jogar, quase nada. Chega a ser constrangedor que, num país em que a análise do jogo já atingiu um grau de elaboração significativo, seja nas equipas técnicas e mesmo nos média, se repitam as banalidades de sempre, ao invés de se pesquisar (é tão fácil hoje em dia) e preparar uma intervenção que acrescente conhecimento ao receptor.
Dizer que o Galatasaray é idêntico ao Besiktas é tão absurdo como tratar Porto e Benfica como equipas idênticas só porque do mesmo país. Afirmar que o AEK é perigoso em casa devido ao público, uns dias depois da vitória folgada do Benfica em Salónica (onde o público é mais vibrante ainda) quase soa a piada. E o histórico entre clubes ou países, permitam-me que o diga, não acrescenta nada: o que há-de ter o Shalke 04 de hoje a ver com o que eliminou o Porto num outro confronto há dez anos? E é mentira quando se diz que “estas equipas já se encontraram x vezes nas provas europeias”. Não, estas equipas, de hoje e com estas características, nunca se encontraram. A forças e fraquezas medem-se no campo e na actualidade. No grupo do Porto, todos são candidatos ao apuramento, pelo que nenhum jogo será de vitória garantida mesmo se a equipa portuguesa me parece a mais forte. No do Benfica, o alinhamento de forças parece evidente mas o Ajax está longe de ser tão inferior como se pintou à equipa da Luz.
É na realidade actual de cada clube que se deve procurar a maior ou menor dose de favoritismo. Sim, tanto Porto como Benfica têm boas possibilidades de apuramento na Liga dos Campeões (tal como o Sporting na Liga Europa) mas nada disso tem a ver com a história, o ambiente no destino, as características tradicionais do futebol de um país e seguramente menos ainda com viagens de avião. 
Pode ser apenas coragem de início de época mas parece-me justo sublinhar o número de elevado de equipas que entraram na Liga portuguesa deste ano com intenção de um futebol de iniciativa, com vontade de correr riscos, mesmo que isso represente menor solidez atrás. O equilíbrio conquista-se com tempo e treino. Já uma ideia de jogo corajosa é como o anúncio de um perfume aqui há uns anos: uns têm, outros não. Não afirmo que se trata das equipas que jogam melhor - algumas estão ainda longe de jogar bem, sequer - ou que vão ser revelações surpreendentes, apenas que aparentam uma intenção de visitar mais vezes a relva da área rival ao longo de cada jogo, o que se saúda em país de jogo curto. Vemos isso nos grandes - e mau seria que não - como de novo no Braga, mesmo se com um meio campo em reconstrução, ou num Vitória de Guimarães todo ele reconstrução mas com 5 golos marcados entre a Luz o Dragão, o que é boa forma de se apresentar.
O Marítimo do estreante Cláudio Braga marcou em todos os jogos num sistema que multiplica unidades ofensivas. E o mesmo se pode dizer do Rio Ave de José Gomes, bem mais perigoso à frente que seguro atrás. Idem para o Nacional de Costinha, como se percebeu amplamente perante o Benfica mas com sinais claros (os bons e os maus) que já vinham de trás. No Belenenses não há dúvidas de que a ideia de Silas é audaz, a ver vamos se há jogadores para tanto. Pode haver dúvidas sobre o limite do Santa Clara que João Henriques constrói nos Açores mas os 9 golos marcados nas últimas três jornadas são bem o sintoma de uma equipa que não se contenta com a metade defensiva do jogo. 
O Moreirense viu as boas intenções (mesmo sem ponta de lança declarado) chocarem com um calendário duro, enquanto o novo Portimonense de Folha tem jogadores de qualidade e uma ideia que garante em volume de jogo ofensivo mas precisa com urgência de um avançado que traduza regularmente esses ataques em golos (se Jackson ainda for um pouco do velho Jackson… cuidado!). O Feirense dá sequência ao bom trabalho de Nuno Manta num modelo de maior equilíbrio mas sempre com critério no processo ofensivo e está, desde já, de novo e muito justamente, entre os destaques da prova."

Cadomblé do Vata

"1. Terminamos o primeiro ciclo da época em 1° lugar e apurados para a Champions... valha-nos ao menos que anda por aí um abaixo assinado para marcar uma Assembleia de Destitutiva, a ver se o Benfica acorda.
2. Apesar das duas assistências, Pizzi não marca há duas jornadas... calma pessoal, só faltam 3 meses para nos podermos ver livres dele.
3. A nossa equipa pode ter muitos defeitos, mas ao menos está perfeitamente consciente das suas limitações... hoje quando o Sálvio viu que o Fejsa ia sair, tratou logo de fabricar o 1-0 a toda a velocidade.
4. Este ano o Nacional anunciou que só permitia que se utilizassem adereços do SLB na bancada dos visitantes... o problema deles foi terem deixado que fossem usados jogadores do Benfica no campo. 
5. Costinha é o típico treinador com grande futuro no futebol português... não percebe nada da arte, mas jogou no FC Porto, foi treinado pelo Mourinho e veste-se bem."

Benfiquismo (CMXXXIX)

Senhores...

Vermelhão: mais quatro !!!

Nacional 0 - 4 Benfica


Fim de um ciclo extremamente complicado, com mais uma vitória clara... Começar a época com 8 jogos, em menos de um mês (26 dias), muitos deles de cariz decisivo, envolvendo muito stress, tanto para os jogadores, como para nós adeptos, não é fácil... Mas a soma das emoções deste arranque, é claramente positiva... os dois pontos perdidos com os Lagartos, ainda deixam alguma azia, mas o saldo total é extremamente positivo: 1.ª lugar no Campeonato, partilhado; e qualificação para a Liga dos 'milhões'!!!
Tudo isto, num contexto de ataque cerrado ao Benfica, que começou com um sorteio do calendário 'martelado'; com a manutenção do ataque 'judicial' ao Benfica nos 'mérdia'; com arbitragens ao nível do pior nos anos 90, tanto nos nossos jogos, como nos jogos dos nossos principais 'inimigos', sempre com os menos beneficiados (não somos nós...) e sempre com os mesmos prejudicados (adivinhem?!...); com a 'refinada' lavagem dos apitadeitos nas televisões e nos pasquins...; com a manutenção das odes a todos os jogadores, treinadores e dirigentes que não sejam do Benfica e o total oposto em relação aos jogadores, treinadores e dirigentes do Benfica... 
Tudo isto somado, o facto do Benfica se manter na luta por todos os objectivos no início de Setembro, é um 'milagre'!!!
Este ciclo sobrecarregado acabou por ser um excelente teste para os nossos jogadores, em todos os aspectos (técnicos e psicológicos), e se em relação aos mais antigos, a nossa opinião já estava feita, e já sabemos o que esperar deles, destaco três casos 'novos':
- Odysseas: temos guarda-redes, hoje foi fundamental... mesmo com um cabazada de 4-0, fez duas grandes defesas, com o resultado em 2-0, que podiam ter alterado a forma como o jogo estava a decorrer! Ainda é novo, tem aspectos para melhorar, mas é uma grande mais-valia comparando com o ano passado...
- Gedson: quem acompanha a Formação do Benfica não pode ficar surpreendido, o Gedson foi sempre uma 'promessa' praticamente garantida!!! Mas mesmo assim, esta titularidade imediata, 'sem espinhas', sem percalços, sem hesitações, foi espectacular...
A grande diferença do Benfica desta época, para o Benfica da época anterior, está na pressão no meio-campo, estamos a pressionar mais alto, a linha defensiva está a defender mais alta... e tudo isto começa com o Gedson...!!!
- Seferovic: inacreditável como passou de 'dispensável', para titular! O grande elogio que lhe posso dar, é a atitude!!! Não desmoralizou e foi à luta... Com os problemas de adaptação do Ferreyra, com as lesões do Castillo e do Jonas, o Seferovic foi à luta com tudo... Aqueles poucos minutos com o Sporting, demonstraram 'vontade' e o jogo de Salonica confirmou... e hoje, o golo apareceu!!!
Neste 433, as características do Seferovic (com esta atitude) adaptam-se perfeitamente... Um dos problemas no Benfica nas últimas épocas, foi a pouco 'profundidade' dos nossos atacantes, raramente os nossos avançados faziam movimentos em velocidade nas costas dos defesas contrários, o Seferovic o ano passado, começou bem... mas depois perdeu 'gás'... Espero que mantenha a vontade de triunfar na Luz!
A partida de hoje, apesar da goleada, não foi fácil... O Nacional, entrou a pressionar alto e com agressividade... O jogo andou vários minutos repartido, o Benfica nunca permitiu a aproximação do Nacional com perigo à nossa área, mas ganharam alguns cantos, e sentia-se que o Benfica não estava 'à vontade'!!!
Até porque os lances 'duvidosos' foram-se sucedendo dentro da área do Nacional (com 0-0) e nem sequer havia recurso ao VAR...!!! Siga a 'dança'!!!
O 1.ª golo não mudou muito... O Nacional manteve a atitude... mas creio que o 2.º golo, mesmo antes do intervalo, acabou por dar tranquilidade ao Benfica...
Mesmo assim o início da 2.ª parte foi o melhor período dos insulares, que obrigaram o Odysseas a 2 grandes defesas (a 1.ª é muito difícil, pois a bola passa no meio das pernas do Almeidinhos...), o jogo ficou ainda mais duro, com os cartões a 'choverem' para o nosso lado...!!!
Mas por volta dos 65 minutos, percebeu-se que o Nacional foi perdendo 'gás' e o Benfica começou a segurar a bola mais à frente (após o intervalo, defendemos demasiado atrás)... e assim surgiu o 3.º golo, que finalmente, 'matou' o jogo!!!
Até ao fim, ainda tivemos o grande golo do Rafa...
A única nota negativa, foi mesmo a lesão do Fejsa... Vamos ver se não é nada de grave, pareceu-me os problemas musculares típicos do nosso Tractor Sérvio!!! Se calhar, a 'não saída' do Samaris ainda vai ser útil...!!! O Alfa entrou bem, mas ainda comete erros desnecessários, tanto no posicionamento, como às vezes no passe (excesso de confiança)... Recordo que o próximo ciclo de jogos, incluiu o jogo com o Bayern, o jogo em Atenas com o AEK e o clássico na Luz com os Corruptos. Tudo jogos, onde a experiência é essencial...
Salvio está em grande forma... e 'exige' a renovação do contrato! Não me parece que o ordenado seja o problema, suspeito que o empresário esteja a exigir uma comissãozinha avultada...!!!
Mas praticamente não existe jogador em má forma... até o Cervi que eu já critiquei este ano, subiu de rendimento... em Salonica já tinha sido um dos melhores, e hoje voltou a estar bem.
A dupla Verdíssimo/Xistra esteve 'fortíssima'... Extraordinário, como o lance do Seferovic, o do Cervi e o do Salvio não suscitaram dúvidas, e não houve VAR... Sendo que no caso do Cervi, o Verdíssimo estava a 3 metros do lance, com vista desimpedida!!!
Para entender a premeditação destes actos, basta recordar a forma como recorreu ao VAR na parte final do jogo, quando o resultado já estava feito... mas com 0-0 no marcador, nunca seria o apitadeiro o 'desbloqueador' do jogo!!!
Sobre o Amarelo ao Cervi, com 2-0, eu acho que deveria ser Vermelho... O problema, é que nessa altura, já deveria estar 5-0... além dos outros cartões perdoados...
Mas além dos penalty's e do critério disciplinar, ainda houve 'desequilibro' no critério técnico fora da área...! Como é costume a pressão do Nacional foi constantemente premiada... Eu até gosto de ver jogos com intensidade e luta, o problema é que quando o apitadeiro só permite esse tipo de jogo, de um lado...
Este descanso será importante para recuperar algum fôlego, apesar de 9 jogadores irem para as Selecções. Espero que pelo menos o Castillo esteja de volta com o Rio Ave para a Taça da Liga... Seria interessante neste espaço saber mais alguma coisa sobre o Jonas, mas duvido... E a partir de hoje, todos os Benfiquistas, vão querer saber o timing do regresso do Fejsa...!!!
PS1: Hoje não posso deixar de falar da pouca vergonha que se passou nas bancadas da Choupana, e que se vai passando em quase todos os Estádios do Tugão:
O Benfica tem que ir até às últimas consequências, e não pode permitir que os adeptos do Benfica que compram bilhetes, para áreas que não estão reservadas para sócios do adversário, sejam impedidos de entrar com adereços do Benfica...
Vivemos num país onde supostamente existe Liberdade de expressão e Liberdade de movimentos... Se existem vândalos nas bancadas que são incapazes de se sentar ao lado de pessoas que se vestem com as cores do adversário, então são esses que devem ser impedidos de entrar nos recintos desportivos...

PS2: Parabéns à Marta Pen, pelo recorde nacional da Milha (4m22s45), que já tinha 16 anos e pertencia à Carla Sacramento!!!