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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

14.ª Supertaça

Benfica 104 - 74 CAB Madeira
20-22, 33-12, 27-25, 24-15

Primeiro título da época, num jogo nem sempre bem jogado, mas com uma clara superioridade do Benfica... mesmo com alguns jogadores abaixo do potencial! E sem o José Silva...
Final do 1.ª período e início do 4.º período foram os momentos negativos, mas os indicadores positivos foram muitos e diversos: destaco as 22 Assistências! Nas épocas anteriores foi raro o Benfica ultrapassar as 10 Assistências!!!
Já agora, este é o 111.ª título da secção de Basquetebol do Sport Lisboa e Benfica.

Tudo isto contra uma equipa bem orientada, que parece-me ter mais soluções do que o ano passado!

PS1: Parabéns às nossas meninas do Futsal, pelo primeiro troféu da época: Taça de Honra da AFL, com uma vitória por 2-1 sobre o Sporting.
PS2: O Futsal masculino, fez um jogo positivo, mas não conseguiu vencer os Lagartos (1-2). Estamos melhores no controle da bola, mas 'falta' presença na finalização... No fim-de-semana temos jogo do Campeonato com os mesmos adversários.

PS3: O Hóquei em Patins, venceu nos penalty's o Valongo, na Elite Cup (a principal competição da pré-época). 3-3 no tempo regulamentar e 3-2 nas penalidades. O Hóquei tradicionalmente tem-nos brincado com más pré-épocas, portanto já me deixei de preocupar com estes resultados... mas amanhã temos jogo com a Oliveirense, nas meias-finais deste torneio...!!!

Jonas: génio e... problema táctico

"(...)
Benfica: muita coisa mal e nada fácil de superar rapidamente. Substituições de 3 pilares defensivos incrivelmente descuradas! Face a excessiva veterania dos centrais e do guarda-redes (também este com défice de rapidez na reacção a adversários que se isolam rumo à baliza), mais a debilidade física de Fejsa, bloco defensivo muito recuado - o que agrava problemas do meio campo.
Velho problemão... Vem de outras épocas, nítido perante rivais a sério, e agora sobe de tom, escandalosamente!, porque o fosso para a retaguarda obriga Pizzi a recuar (milagroso, na época anterior, foi ele ter resistido a 54 jogos quase sempre em grande de batuta em punho); e agora Pizzi em má forma...
Óbvio: amiúde, para melhor atacar, ou para controlar o jogo (e vão 4 marcando primeiro e não vencendo...), necessiadde de 4-3-3. Como? Para além de fracas opções no lote de médios (Krovinovic poderá ser excepção), há... Jonas (repito-me, algumas semanas depois). Simultaneamente, o grande talento da equipa (genial!) e problema... táctico. Não pode sair do onze. Não pode avançar para puro ponta de lança (não o é). E extremo também não. É precioso 2.º ponta de lança. Aos 33 anos, não pode é ter resistência para alto ritmo desce-sobe como o tal 3.ª médio em árduas batalhas no meio campo (vide Herrera e Bruno Fernandes).
Acresce,na debilidade do 4-4-2 benfiquista: insuficiente apoio dos flancos à linha média. Adeus ao altíssimo ritmo (e talento) de Nélson Semedo. Os jovens Grimaldo, Cervi e Zivkovic muito têm de crescer em robustez/consistência competitiva, Rafa sente imenso o peso da transferência... E a classe de Salvio amiúde suporta problemas físicos.
Finalmente: o presidente afirmou que poderia ter transferido Jiménez por €25 milhões e preferiu saída de Mitroglou. Pela diferença de idades? Desconheço se o treinador concordou. Nunca fui grande admirador de Mitroglou. Porém, evidente: foi-se o único puro ponta de lança de grande área (é óptimo ter Bas Dost, ou Aboubakar e Soares). Chegou Seferovic, entrando de rompante, apagando-se depois. O excelente avançado no seu arranque benfiquista surpreendeu-me face ao que lhe vira fazer na selecção suíça e no Frankfurt... Reservei e reservo clara opinião."

Santos Neves, in A Bola

Pontaria de Jonas funciona em contraciclo

"Já muito se disse ( e escreveu) sobre o cinzento arranque de temporada do Benfica. Os problemas, aliás, são inúmeros, destacando-se a tremenda dificuldade que a equipa revela para ganhar, nomeadamente nos jogos fora. Nos Barreiros, diante do Marítimo – quarta deslocação do campeonato –as águias somaram o terceiro tropeção (1-1), depois do empate em Vila do Conde (1-1) e da derrota no Bessa (1-2). A única vitória como visitante aconteceu em Chaves, com o golo solitário de Seferovic a aparecer já nos últimos instantes. Mas marcar, curiosamente, não tem sido o maior problema, pois as águias até são a única equipa que fez golos em todas as jornadas. De resto, Jonas soma 9, lidera a lista dos ‘artilheiros’ e só não deixou a sua marca precisamente no sucesso em Trás-os-Montes. A partir daí facturou sempre, pelo que vai numa sequência de seis jogos a acertar nas redes.
Pode mesmo dizer-se que o brasileiro segue em contraciclo com o rendimento global da equipa. Mantendo este ritmo – e admitindo ainda que o desempenho colectivo possa melhorar – não é de excluir que o futebolista caminhe para a temporada mais concretizadora em Portugal. Em 2015/16, na sua melhor época entre nós, o dianteiro fechou a Liga com 32 golos, sendo que à passagem da oitava ronda (a sétima foi realizada fora da ordem habitual) tinha 7.
Certo, para já, é que Jonas entrou na lista dos 10 brasileiros com mais golos (74) na principal divisão nacional. À sua frente seguem Jardel (186 golos... em 186 jogos!), Edmilson (112), Gaúcho (103), Isaías (98), Duda (89), Lima (86), Paulinho Cascavel (84), Mirobaldo e Jorge Andrade (78). De todos, o atacante encarnado é o único que não soma 100 partidas (tem 88), muito por culpa da lesão que o afastou dos relvados vários meses na temporada anterior.
Mas, com excepção de Jardel, que apresenta a sensacional média de um golo por partida, Jonas tem a segunda mais alta (0,84). E como já se disse, face aos números actuais... a tendência é para melhorar.

Sabia que...
- O Tondela foi a segunda equipa a ter duas expulsões no mesmo jogo? Tal aconteceu em Chaves, onde os visitantes, mesmo assim, lograram empatar (1-1). Antes, na 2.ª jornada, na derrota (0-3) no Estoril, o V. Guimarães também teve dois vermelhos.
- Para além de FC Porto e Benfica há um terceiro clube com mais de 20 remates num só jogo? O Chaves, na partida em que alinhou vários minutos com duas unidades a mais, ‘disparou’ 24 vezes à baliza, o mesmo registo que as águias tiveram na jornada 7, na recepção ao P. Ferreira. O FC Porto, com 27 tentativas, em casa, contra o Moreirense (3.ª ronda), tem o recorde da época.
- O P. Ferreira é a equipa que sofreu mais remates dos adversários? Com 102, os castores são até a única formação que já viu mais de uma centena de remates à sua rede. Logo atrás seguem Aves (99) e Chaves (97). O Benfica ainda só permitiu 60."

A culpa é do Varela

"Ver talento desperdiçado é algo que custa muito. Principalmente quando o talento se explana em áreas de grande valor financeiro, com forte potencial para multiplicação da riqueza para quem tem tal dom, e elevados benefícios para todos os que com ele interagem profissionalmente. Estas linhas chegam a propósito da situação de Bruno Varela. O jovem guarda-redes do Benfica está numa esquina da sua ainda curta carreira. E não parece já possível que seja na Luz o palco para demonstração da sua grande valia.
A vida é feita muitas vezes de acasos. Se, como muito bem eternizam os nossos Comandos, a sorte protege os audazes, por vezes audácia e valor não chegam para se ter sorte.
Vejamos as diferenças entre o lançamento de Ederson e de Varela: Ederson teve a sua oportunidade quando a equipa estava sólida, saudável, com vontade de vencer. Ederson é um excelente guarda-redes e, naquela conjuntura favorável, foi-lhe fácil agarrar o lugar, depois brilhar muito, dar o seu natural franguito, tudo até protagonizar uma transferência milionária.
Varela entrou para a baliza numa equipa sem polos positivos. Um onze sem explosão, sem soluções fluídas pelas alas, incapaz de ser mandão no jogo, ganhar ressaltos e bolas de ninguém. Em vários jogos, Varela fez excelentes defesas, segurou pontos. Depois, deu um frango e logo foi retirado da baliza. O melhor que Luís Filipe Vieira terá a decidir será emprestar Varela em Janeiro, de preferência colocando-o no mercado internacional. Para futura venda.
Só fora da Luz poderá continuar a evoluir como merece um atleta que tem potencial para ser um dos melhores guarda-redes portugueses da próxima década. Mas a forma como foram geridas as últimas semanas deste felino, seguro e corajoso guardião, estão longe de recomendar a célebre estrutura do Benfica, como valorizadora de activos relevantes. Rui Vitória continua a apostar em jogadores que parecem tomados pela fadiga de ganhar, não há laterais que defendam e ataquem bem, foi vendido o único ponta-de-lança com presença na área. Pois bem, os resultados não surgem, queima-se o Varela na fogueira da opinião clubística e siga a crise. Como se tem visto nos jogos posteriores à decisão de queimar este jovem talento, o problema não estava no guarda-redes. Lamentável. Parece óbvio que Varela deu um grande trambolhão na sua carreira. Que não perca a fé, pois tem imensa qualidade!

P.S.- Em Alvalade estoirou a guerra de palavras entre as gentes do atual presidente e um ex-vice-presidente. Os mísseis entre Bruno de Carvalho e o ex-dirigente podem estilhaçar a actual estrutura. Pereira Cristóvão parece estar na posse de vasta informação sobre factos relevantes e tem muito pouco a perder. Aguardamos com expectativa os próximos capítulos das denúncias do ex-inspector da Judiciária."

Festa da Taça? Onde?

"Quando a FPF alterou o regulamento da competição Taça de Portugal (em 2015/16), colocando as equipas da 1.ª Liga a competir na 3.ª eliminatória frente a formações de escalão inferior, na condição de visitantes, fê-lo com o propósito de garantir o que durante décadas ficou conhecido como ‘a festa da Taça’. Uma boa ideia que na prática ainda não está a atingir o objectivo proposto. Porque a ‘boa vontade’ federativa esbarra de frente com a realidade: há inúmeros campos no país sem condições mínimas para receber jogos de adversários como Benfica, FC Porto ou Sporting.
A segurança de jogadores e adeptos tem de estar sempre em primeiro lugar, factor que excluí logo uma série de campos de equipas dos distritais e do 3.º escalão. Depois, há ‘pequenos’ que olham mais para a receita e menos para a ‘festa’, deslocalizando o palco do espectáculo, hipotecando as poucas possibilidades de êxito desportivo (há um ano, o Real defrontou o Arouca em Massamá e ganhou; depois ‘recebeu’ o Benfica no Restelo e perdeu 0-3).
Este ano as coisas não serão diferentes. Évora não terá a ‘festa da Taça’ frente ao FC Porto porque o campo do Lusitano foi chumbado (irá realizar-se no Restelo); Oleiros saberá amanhã se pode ou não viver a ‘noite de gala’ na próxima quinta-feira frente ao Sporting. Como há um ano o 1.º de Dezembro não deu a Sintra uma noite diferente, porque jogou com o Benfica no Estoril; nem Gafanha teve honras de ver o FC Porto no seu campo, porque defrontou os dragões no Municipal de Aveiro. A Taça de Portugal ainda não consegue garantir a festa prometida. E é pena."

Lanças... dar a volta!

Benfiquismo (DCXVII)

Vítor Silva

Redirectas L - Omeletes Sem Ovos

Caros indefectíveis, faça-se um teste: O cozinheiro mais conceituado perante o desafio de fazer uma simples omelete. Pode escolher quaisquer 11 ingredientes de uma lista extensa onde se incluem todos os vegetais, frutas, legumes, laticínios bem como gorduras, óleos e produtos ricos em proteínas como carnes, peixes ou crustáceos. Contudo para surpresa geral, da lista não constam ovos. 

Qual o resultado da empreitada? Que omelete apresentará o chefe cozinheiro à mesa do repasto proveniente da genialidade de toda a sua criatividade e mestria?

Por certo, se compreenderá que existem desafios que são em si mesmo difíceis provas a empreender.

Sim, caros companheiros, um treinador de futebol pode ser comparado a um cozinheiro que tem como principal missão preparar uma omelete a partir de um número de ingredientes distintos. Para isso escolhe jogadores de determinadas características consoante a sua ideia de jogo (receita). Os jogadores podem assim ser equiparados aos ingredientes. De todos os ingredientes os ovos são o ingrediente mais importante.

A consistência da omelete depende do número de ovos a utilizar. Ao serem retirados ovos dificilmente se consegue manter a mesma qualidade de omelete em termos de forma, textura e sabor.

A SAD do futebol do Sport Lisboa e Benfica quando tem como base da sua estratégia do modelo de negócio a venda de bens alimentícios tem de compreender que se vender os ovos sem ter outros para repor o stock deixa de conseguir produzir  as omeletes que são o seu ganha pão e sustento vital.

Ovos são assim jogadores raros de perfil único essenciais a uma equipa de futebol que se deseja campeã. Para o Benfica são jogadores como Jonas, Ederson, Renato Sanches, Nelson Semedo. Não se vendem porque: "tivemos que os deixar ir". Vendem-se quando outros ovos surgem caso contrário deixam de existir omeletes. Trocar carne por peixe não vem mal ao mundo. Salsa por coentros é quase indiferente. Agora, Ovos são ovos. Não se troca. Não tem como. 

Certo Sr. Presidente? Certo companheiros?

Querem fazer omeletes sem ovos?

Pelo Benfica Sempre!

Redheart