"Quando a FPF alterou o regulamento da competição Taça de Portugal (em 2015/16), colocando as equipas da 1.ª Liga a competir na 3.ª eliminatória frente a formações de escalão inferior, na condição de visitantes, fê-lo com o propósito de garantir o que durante décadas ficou conhecido como ‘a festa da Taça’. Uma boa ideia que na prática ainda não está a atingir o objectivo proposto. Porque a ‘boa vontade’ federativa esbarra de frente com a realidade: há inúmeros campos no país sem condições mínimas para receber jogos de adversários como Benfica, FC Porto ou Sporting.
A segurança de jogadores e adeptos tem de estar sempre em primeiro lugar, factor que excluí logo uma série de campos de equipas dos distritais e do 3.º escalão. Depois, há ‘pequenos’ que olham mais para a receita e menos para a ‘festa’, deslocalizando o palco do espectáculo, hipotecando as poucas possibilidades de êxito desportivo (há um ano, o Real defrontou o Arouca em Massamá e ganhou; depois ‘recebeu’ o Benfica no Restelo e perdeu 0-3).
Este ano as coisas não serão diferentes. Évora não terá a ‘festa da Taça’ frente ao FC Porto porque o campo do Lusitano foi chumbado (irá realizar-se no Restelo); Oleiros saberá amanhã se pode ou não viver a ‘noite de gala’ na próxima quinta-feira frente ao Sporting. Como há um ano o 1.º de Dezembro não deu a Sintra uma noite diferente, porque jogou com o Benfica no Estoril; nem Gafanha teve honras de ver o FC Porto no seu campo, porque defrontou os dragões no Municipal de Aveiro. A Taça de Portugal ainda não consegue garantir a festa prometida. E é pena."
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