Últimas indefectivações

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Obrigado, Jesus

"Jorge Jesus foi o melhor até na hora de ganhar. Quando o apito soou, no fim do jogo contra o Olhanense, houve a natural explosão de alegria nos quatro cantos do mundo onde vivem portugueses, e não só, apaixonados pelo Benfica. Isso é repetido e não constituiu novidade. São 33 títulos de campeão nacional, cada um com a sua história, e todos juntos são muito da nossa história.
Num clube onde treinadores húngaros ganharam o dobro dos títulos que treinadores portugueses, escutar Jorge Jesus foi o desmentido de todos o quantos o atacavam. Foi simples e natural, estava feliz e foi autêntico, dedicou o título um por um a todos, não esqueceu adeptos, colaboradores, jogadores e dirigentes. Dedicou e lembrou à nossa memória colectiva, honrou a nossa história e passou a fazer parte dela em letras gigantes. Eu que aqui tantas vezes o defendi nas derrotas e nos resultados menos bons, deixo-lhe o mais sincero dos obrigados.
É bom ir ao futebol, ver equipas treinadas por si. Não faz tudo bem, não faz sempre bem, mas é indiscutivelmente um dos melhores treinadores de futebol da história grandiosa do nosso Benfica.
Jorge Jesus pode, 27 anos depois, conseguir a dobradinha. Vencer no Jamor é tudo que lhe peço, na última dobradinha, não tinha sequer idade para votar.
No ano em que vimos partir Eusébio e Coluna, sentimos que o passado glorioso está amarrado a um futuro de igual dimensão, essa é a nossa maior alegria. Este título tem uma grande novidade, foi o primeiro visto por milhões na televisão do clube, ser campeão na Benfica TV é como festejar o Natal em Belém, reforça o sentimento de pertença e aumenta o orgulho de cantar o hino.
Somos mesmo de um 'clube ganhador' e vamos continuar a cantá-lo por muitos e muitos anos, contra ninguém mas apesar de muitos.
Com tantas limitações e uma arbitragem como a de ontem, sair vivo para disputar em Turim a presença na final é um feito."

Sílvio Cervan, in A Bola

Mas que grande jogo de futebol!

"Noite de gala na Luz. Jogo de altíssimo nível, frenético, emocionante, duas equipas que se encararam olhos nos olhos, em 90 minutos do melhor futebol que passou este ano por Portugal. Frente a uma Juventus que vai a caminho do terceiro scudetto consecutivo, o Benfica demonstrou organização, ambição e dimensão. Por isso vai a Turim com tudo em aberto. E com certeza de que os italianos pensavam que a final, que se joga no seu estádio, era como a pescada, que antes de o ser já o era, já mudaram de ideias.
Entre Lisboa e Turim o Benfica vai ainda fazer escala no Porto, onde discutirá com os dragões a presença na final da Taça da Liga. Na presente temporada, se há mérito que Jorge Jesus teve, foi o de saber identificar com cristalina clareza as prioridades para a equipa que dirige. Ganho o campeonato e com o Jamor ainda distante, nada deverá perturbar o sonho de repetir uma final europeia. Assim, sem menosprezo nem pelo FC Porto, nem pela própria Taça da Liga (competição que precisa de uma calendarização mais inteligente), o Benfica deverá apresentar no Estádio do Dragão uma equipa que não hipoteque as possibilidades de ser feliz em Turim. Sendo normal, note-se, que o FC Porto coloque toda a carne no assador e tente fazer da Taça da Liga um bálsamo que embora não cure, possa aliviar as mazelas de uma temporada mal construída, mal disputada e mal querida.
PS - Pode dizer-se que o inferno da Luz está de volta. A jogar em casa o Benfica transformou-se num temível adversário e na presente temporada aí foram derrotados, entre outros, FC Porto e Sporting (duas vezes cada), Paris Saint-Germain e Juventus. E não é por acaso que quase um milhão de pessoas foram à Luz..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Converteu-se!

"Não é muito normal ver-se um treinador celebrar um título como Jesus celebrou, no último domingo, no Marquês de Pombal.

O mais comum dos benfiquistas parece definitivamente convertido a Jesus. E o Benfica é sobretudo feito dos mais comuns benfiquistas. Jesus é, portanto, hoje, entre os mais comuns dos benfiquistas, o mais desejado treinador para a próxima época. E se perguntássemos aos mais comuns dos benfiquistas o que esperam, talvez digam que esperam que Jesus continue por muitos e bons anos. Ou, no mínimo, por mais um.
O que aconteceu, mais uma vez ontem na Luz, numa grande noite europeia de futebol, ainda mais gente converte a Jesus, por ser capaz de levar a equipa a enfrentar de peito aberto e coração na mão uma poderosa Juventus, mesmo não tendo o melhor jogador, Gaitán, o jogar que mais em forma começava a estar, Salvio, e o jogador que melhor equilíbrio vinha dando aos movimentos defensivos da equipa. Fejsa.
Apesar de tudo isso, o Benfica atacou, sofreu, reergueu-se e venceu um grande jogo de futebol e prepara-se para discutir até ao fim esta meia-final europeia frente a um adversário que deitará mão de tudo o que puder para não deixar fugir a final da competição que se joga na sua própria casa.
Quantos benfiquistas serão agora capazes de negar que Jesus é grande?!

NÃO é, por outro lado, muito normal vermos um treinador celebrar o título de campeão como celebrou Jesus o título do Benfica, no último domingo, sobretudo quando chegou à praça do Marquês de Pombal e parecia muito mais um adepto do que o líder técnico da equipa, como se viu, até, pela inesperada e surpreendente reacção das autoridades, quando o confundiram por causa daquele tremendo disfarce.
Apesar de ser um treinador de futebol e de tudo o que ele próprio se impõe como profissional - ele e todos os treinadores -, nunca foi segredo para ninguém o sportinguismo de Jorge Jesus. Mas agora, depois do que se viu no domingo, também ninguém deve ter dúvidas de que Jesus se converteu à Luz.
Foi uma invulgar explosão de alegria e uma invulgar forma de a manifestar.
Sendo verdade que se esperava que Jesus celebrasse o título de forma absolutamente vibrante - tendo especialmente em conta o que sucedeu na última época e depois de tudo o que ele próprio sofreu de contestação - também não precisava Jesus de ter ido tão longe na manifestação da sua imensa alegria.
Mas foi, e os benfiquistas gostaram, certamente, muito.

COM o Benfica campeão, é inevitável falar-se do que terão sido os momentos da época encarnada, o que foi mais decisivo, que histórias ficam a marcar mais o título da equipa de Jorge Jesus. Elege, nesta página, José Couceiro o empate do Benfica em Alvalade, à terceira jornada, como o momento mais dos encarnados. Foi na verdade um momento muito importante, mas haverá outros.
Os golos de Markovic e Lima, o deste já na compensação do jogo com o Gil Vicente, à segunda jornada, depois do mau arranque com derrota no campo do Marítimo, não podem deixar de ser considerados como momentos altos, porque ter perdido mais pontos naquela altura, e logo na Luz, poderia ter conduzido a contestação para níveis ensurdecedores.
Contestação vinda das bancadas que terá terminado de vez à quinta jornada, quando em Guimarães, Joege Jesus perdeu a cabeça para defender um adepto das garras das autoridades. Outro momento-chave da época benfiquista porque a partir daí Jesus ganhou definitivamente o apoio dos mais fervorosos seguidores da equipa.
O desaparecimento de Eusébio veio deixar, já este ano, a marca mais profunda no caminho encarnado. O adeus ao maior jogador da história do clube aconteceu precisamente antes do grande Benfica - FC Porto, a fechar a primeira volta, quando as duas equipas, note-se, tinham o mesmo número de pontos - 33.
Um jogo sempre muito importante.

CLARAMENTE tocada pela emoção daqueles infelizes dias, a equipa de Jesus vence por 2-0, como se sabe, e chega à vantagem com um grande golo de Rodrigo, ainda por cima um golo à Eusébio, obtido num remate fantástico, supersticiosamente apontado ao minuto 13 de que Eusébio gostava muito.
Enfim, místico.
Isolado pela primeira vez no comando da Liga - graças a essa vitória bem no final da primeira volta -, e conseguindo então três preciosos pontos de vantagem sobre o grande rival das últimas décadas, o Benfica ganhou asas.
E realmente voou.

PS: Garante-se, nos bastidores da Luz, que Jesus só não será o treinador do Benfica na próxima época se lhe surgir um daqueles chamados convites irrecusáveis do estrangeiro. Caso contrário, fica. Está convertido!"

João Bonzinho, in A Bola

Iniciados - 3.º jornada - Fase Final

Filipe Soares
Benfica 2 - 1 Corruptos

Mais um jogo agradável, com domínio total sobre o adversário... e que não deveria ter acabado com o sofrimento que acabou...!!! O Benfica marcou cedo, levou algum tempo a conseguir o 2.º golo - após grande trivela do Lamba, e cabeçada do Zé 'golos' Gomes!!! Mas já nos descontos, num livre lateral, após um saída infeliz do nosso guarda-redes, sofremos um golo... e os Corruptos, sem merecerem, ainda acreditaram durante 2 minutos que podiam empatar!!! Mas tudo acabou bem...
Três jogos, três vitórias, sendo que a deslocação teoricamente mais complicada, já foi ultrapassada (Alcochete)... uma vitória no próximo jogo, no Seixal, com o Sporting, garante matematicamente o título (mas uma derrota pode complicar muitas as coisas)!!! Se isso acontecer, na 4.ª jornada, a duas do final, será mais um momento de grande sucesso da nossa Formação.
É verdade que esta geração, é uma das equipas da Formação do Benfica, actualmente, com mais jogadores de origem Africana, portanto a evolução de vários destes jovens é uma incógnita, mas neste momento temos tudo para sermos Campeões...

Benfica.........9
Sporting.........6
Leiria.............3
Corruptos.......0

'O Campeão voltou!', disse um adepto

"Estamos de novo muito felizes porque a equipa que representa o Benfica ao mais alto nível voltou a afirmar todo o esplendor desportiva do Glorioso, antes mesmo de completado o calendário da maior prova nacional de futebol. Logo na noite da confirmação da vitória, a impressionante explosão do nosso orgulho, tão ansiosamente contida até ao último minuto do jogo no Estádio da Luz, pulverizou literalmente, em todo o país e no estrangeiro, os já vastos limites atingidos em anteriores celebrações das nossas conquistas: sempre que o Campeão volta os Benfiquistas saem à rua por todo o lado, em incontidas manifestações de regozijo que a Benfica TV mostrava ao pormenor e a cuja dimensão e apelo nenhuma estação generalista e de informação de rádio e de televisão pode resistir. Mas o que é mais impressionante é que, no tempo presente, à demonstração do inquestionável poder desportivo do Benfica sobre os concorrentes se soma, de cada vez a afirmação de uma crescente popularidade do Glorioso.
Como é natural, a grandeza do Benfica e a formidável expansão do Clube alimentam-se dos recordes, das marcas e das vitórias conseguidas pelos atletas e pelos técnicos. Desta vez, porém, aqui dentro sentíamos que muitos factores comportamentais acresciam no espírito dos nossos heróis, relativamente ao que se havia passado em circunstâncias anteriores.
A determinação dos protagonistas parecia ser de um novo tipo; em face, até, de situações de infortúnio, solidificava-se  e era preservada a união do grupo em torno dos objectivos estabelecidos; o desaparecimento das grandes referências Eusébio e Coluna constituía poderoso elemento de motivação; e assistíamos à utilização de novos códigos de linguagem que denotavam novas atitudes e novas estratégias competitivas.
Mas, acima de tudo, sentiu-se no futebol profissional a liderança do presidente Luís Filipe Vieira. Não foi ele quem marcou os golos. Não foi ele quem treinou os jogadores. Não foi ele quem os incentivou nas bancadas dos estádios em todo o País. Mas verdadeiramente, foi ele que, mais uma vez visionário, voltou a acordar o Campeão!"

José Nuno Martins, in O Benfica

Campeões!

"1. A duas jornadas do fim, está feito! É o 33.º título nacional. Depois de duas épocas azaradas, fomos de longe a melhor equipa e agora só há que esperar por novos títulos nas épocas que se seguem. Este título foi a melhor forma de homenagear os nossos saudosos Eusébio e Coluna, que tantos campeonatos nos deram. Foi um título de todos nós e também deles. E, com festejos em todo o País (nota especial para os do FC Porto, mesmo com algumas provocações alheias...) e em muitos pontos do globo, o Benfica deu mais uma prova da sua grandeza.
(Um parêntesis... pessoal: fui fazer as contas e verifiquei que este foi já o 'meu' 26.º título nacional em 60 anos. O primeiro que me lembro já como benfiquista - ouvi o relato na rádio -, foi o de 1954/55, quando o Sporting foi empatar ao campo do Belenenses a quatro minutos do fim e o Benfica, que havia inaugurado meses antes o Estádio da Luz, ganhava ao Atlético por 3-0 e pode festejar o seu então apenas 8.º título. Dois anos depois, já assisti ao vivo ao Benfica, 2 - Académica, 0. E... nunca mais parei de festejar!).

2. Jogo histórico o da Taça de Portugal, há uma semana. A jogar uma hora com menos um, o Benfica superou o FC Porto sem margem para dúvidas: não só ganhou 3-1 como ainda desperdiçou as melhores oportunidades.
Mas, atenção, ainda falta a final do Jamor!

3. Curiosamente, dias antes do Benfica-FC Porto da Taça de Portugal, Pinto da Costa salientava que há um ano o Benfica nada havia ganho, enquanto neste o seu clube ainda poderia ganhar a Taça de Portugal e a Taça da Liga. Isto em contraponto com os comentários acerca da 'excelente época' que o Benfica fizera em 2013 e da 'péssima prestação' do seu clube em 2014, segundo os comentadores. Afinal, a Taça da Liga ainda vale alguma coisa...

4. O estudo não é português, é europeu, e foi encomendado pela UEFA. Segundo essa sondagem, o Benfica é o clube de 47 por cento dos portugueses, quase tanto como todos os outros juntos. Não há na Europa outro clube que reúna tantos adeptos no seu país (segue-se o Steaua de Bucareste, com 45 por cento dos romenos). Essa liderança folgadíssima a nível nacional não é nada que não se conhecesse, mas há sempre quem duvide..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Benfica Global

"Os portugueses, a quem na actualidade ninguém dá nada a não ser mais austeridade, receberam esta semana a dádiva de uma imensa alegria. O Benfica conquistou o Campeonato, aumentando um palmarés sem igual neste País. É o 33.º título que os Benfiquistas estão a celebrar, numa festa em Portugal e pelo Mundo fora.
Um estudo recente da UEFA indica que, entre os portugueses, 47 por cento da população prefere o Benfica, o que faz do Glorioso o Clube europeu que maior percentagem de adeptos concentra no seu País. Com uma percentagem de adeptos e simpatizantes que anda perto de metade da população, não admira que a celebração de um triunfo do Benfica tenha em Portugal um carácter de festa nacional. Os outros são uma pequena parte, de algo que o Benfica é um todo.
Com a massa de portugueses que procura agora uma vez mais a vida e a sorte fora do País - em número sempre crescente -, acontece que a alegria pela vitória do Benfica se espalha sobre as convenções das fronteiras e se transforma numa festa global, em Lisboa, no Porto e em todo o País, em Londres, Paris, Hamburgo, Rio de Janeiro, Nova Iorque, Cabo Verde, Angola, Moçambique,Timor, Austrália. Dificilmente outro clube do Mundo - qualquer que seja o seu currículo e estatuto - faz uma festa assim, à escala do planeta. Não estamos a falar de vendas de camisolas ou de qualquer outra transacção. Falamos de corações, de frémitos, vibrações, de emoções, do estremecimento colectivo da alegria do povo.
Podemos agora no auge desta alegria procurar a quem cabem os louros desta tão saborosa vitória. A conversa será longa, pois todos os atletas e técnicos deste grande Clube merecem ser nomeados e eleitos. Mas a vitória do Benfica tem um número 1. Chama-se Luís Filipe Vieira,"

João Paulo Guerra, in O Benfica

«Mas as crianças, Senhor!»

"1. É habitual em muitos jogos, de muitas competições de muitos países, que os jogadores entrem em campo de mão dada com meninos e meninas vestidos com o equipamento dos seus adversários. Uma atitude de «fair-play» que faz parte de um entendimento saudável do encontro e, calculo, traz uma alegria perfeitamente compreensível a miúdos que estão ali, lado a lado com alguns daqueles que só conhecem através da televisão.

2. É habitual,mas não universal. Há um clube cujos jogadores não dão as mãos aos meninos equipados com cores de adversário aos quais devotam ódio. Um clube: o FC Porto.

3. Não aconteceu uma, nem duas, nem três vezes. Nem apenas no Estádio da Luz. Há pouco tempo, no São Luíz, até os jogadores do FC Porto B se recusaram a entrar em campo de mão dada com os petizes que trajavam à SC Farense. É de escacha!

4. Não sei quem será o velhaco que transmite tal ordem, mas faço uma idade do pus que lhe corrói as meninges. Não sei quem sofre de tanta obtusidade córnea, mas estou certo que nunca leu Augusto Gil, provavelmente porque não passa de um analfabeto de pai e mãe. E também sei que, por uma questão de higiene, essa é uma ordem que os próprios jogadores deveriam fazer questão de não acatar. Devia haver limite para a canalhice."

Afonso de Melo, in O Benfica

Vermelho vivo

"A festa foi bonita. O 33.º título de campeão nacional já consta do nosso palmarés, não havendo quem conteste a justiça do triunfo. O Campeonato Nacional foi sempre definido, e bem, como o principal objectivo da temporada. Por diferentes motivos, escapara-se-nos das mãos nas derradeiras curvas das duas épocas anteriores – na última das quais de forma particularmente dolorosa.
Agora, somos Campeões. Por mérito próprio, com larga vantagem sobre a concorrência, e apesar de uma inusitada praga de lesões que foi afligindo o plantel do início ao fim da prova. Após três anos, o futebol fez justiça aquela que é, e tem sido, a melhor equipa portuguesa, pelo menos desde 2011.
Nestes momentos, é oportuno identificar os principais obreiros da conquista. À cabeça de todos, há que destacar o Presidente Luís Filipe Vieira.
A aposta na estabilidade, na ressaca de um mês de sucessivas e traumáticas derrotas, revela a capacidade de liderança daqueles que sabem ver para além da espuma dos dias. O nosso Presidente resistiu a todas as pressões, não cedendo um milímetro nas convicções que tinha acerca daquilo que entendia ser o melhor para o Clube. Saudei a sua decisão na altura. Já então me parecia ser a mais ajustada, após uma temporada que, mesmo carregada de tristeza, nos havia permitido sonhar tão alto. Será muito difícil vencer a Liga Europa. É certamente um sonho, até um objectivo, mas jamais poderá ser uma exigência. Entalada entre os jogos com a Juventus, encaro a meia-final da Taça da Liga com desejos de vitória (até pelo nome do adversário…), mas também com expectativas moderadas. Há porém um troféu que entendo não poder escapar-nos novamente: a Taça de Portugal. Só uma vitória no Jamor poderá enterrar definitivamente os fantasmas de há um ano atrás. Anseio por quatro troféus, e pela melhor época de sempre do Glorioso. Mas, enquanto sócio e adepto, apenas exijo a estes fantásticos jogadores uma vitória sobre o Rio Ave, e o erguer da taça que Eusébio e Coluna tantas vezes conquistaram."

Luís Fialho, in O Benfica

Da coragem

"Somos merecidamente campeões nacionais pela 33.ª vez. Não fazendo o balanço da época, mas apenas do campeonato, importa fazer duas ou três considerações que, pela justiça, não posso esquecer. Olho para este campeonato como aquele que se conquistou sob o signo da coragem. A coragem de um presidente que, contra quase todos, decidiu pelas suas convicções e não pelas encomendas externas e internas manter um treinador que se ficara pelo “quase” na época anterior. Ter a coragem de saber que uma convicção não é uma teimosia é um mérito. Ter a capacidade de não “emprenhar pelos ouvidos” (peço desculpa pelo plebeísmo, mas não estamos em tempos de floreados linguísticos) numa terra de alcoviteiras é um acto de coragem. Luís Filipe Vieira teve esse mérito.
Jorge Jesus teve, além da coragem de enfrentar de peito feito as facas que já não lhe eram apenas espetadas nas costas, o talento de conseguir impor, pela qualidade, uma ideia de jogo, uma metodologia de treino e um conceito de futebol. Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus vivem e não precisam de se colocar em bicos de pés para que se saiba que vivem. Outros há que, ou porque “já foram algo” ou porque “aspiram a ser algo” no mundo do Benfica, fazem prova de vida nos momentos em que as coisas não correm bem. Note-se que não falo dos que exercem a crítica desinteressada, genuína, justificada e apaixonada. Essa crítica é essencial no nosso Benfica. Falo dos que ao sabor dos resultados, dos interesses pessoais ou das passageiras tendências de opinião surgem, sempre e apenas nos momentos de ausência de vitória, a cavalgar a derrota, para que, como anões de salto alto, a multidão benfiquista se lembre da existência deles. Nesta diferença entre a convicção e o interesse, a crítica genuína e o ‘bota-abaixismo’, vai a diferença entre a coragem e a cobardia. Esta vitória no campeonato deve-se à coragem."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Sempre a abrir...!!!

Em bom português, foi assim (e com algum italiano, pelo meio!!!):

União

Benfica 2 - 1 Juventus

Mais uma vitória, com muito coração... e desta vez, o empurrão veio das bancadas. Ao contrário de outras ocasiões, e com o crédito de ser Campeão, os Benfiquistas nunca perderam a fé. E mesmo quando as forças estavam a faltar, o apoio não faltou... e a bomba 'rebentou'!!!
Independentemente do contexto, este jogo seria sempre complicado, como ficou provado hoje, a Juventus (a poucos jogos de se sagrar Tri-Campeã Italiana!!!) sabe jogar futebol, tem um plantel cheio de estrelas, com muita profundidade - ao contrário daquilo que jornaleiros têm tentado impingir aos Portugueses... -, e ainda têm um esquema táctico 'diferente' daquilo que estamos habituados, mas além das dificuldades impostas pelo adversário, foi visível que este Benfica, não está a 100%. Esta noite, faltaram 4 (+1) titulares (3 por lesão, Nico, Fejsa, Salvio, e 1 por opção: Lima - e ainda o Oblak), tivemos ainda 2 jogadores a demonstrarem desgaste: Enzo e Rodrigo (é obrigatório, não jogarem no Domingo), e assim não conseguimos ter a posse de bola, que normalmente temos na Luz... Como consequência as nossas grandes oportunidades, nasceram quase todas de contra-ataque, e durante muito tempo, não conseguimos sair da pressão alta da Juve... Após o 1-1, a Juve baixou a pressão, voltámos a ter bola, e rapidamente marcámos!!!
Tal como nós, a Juve merecia estar na Champions... aquele jogo em Istambul, adiado por causa da neve, acabou por ser equivalente à nossa derrota em Atenas. E hoje, além da qualidade, tiveram, mais uma vez, um grande aliado: o árbitro. O senhor Cakir já tem curriculum longo, com muitos casos nas competições europeias, mas tal como o Skomina, o Proença, entre outros, é protegido pelo poderes instituídos, fazendo regularmente favores aos mesmos poderes... E hoje, lá pagou mais uma factura!!! Nem vou perder tempo a falar do penalty sobre o Enzo, a dualidade de critério nas faltas a meio-campo, as faltas sucessivas sobre o Cardozo não assinaladas, a tolerância disciplinar aos Italianos, tudo isso somado transformou esta vitória, em mais uma vitória épica... menos emocionante que o jogo da semana passada com os Corruptos, mas muito mais difícil, até porque a Juventus, é mais forte que os Corruptos!!!
Praticamente todos os jogadores, tiveram ao mais alto nível... até o Artur esteve bem, naqueles pontapés de baliza demorados, era perceptível que a equipa precisava 'respirar'. Aliás o golo da Juve, nasce de uma falta marcada rapidamente pelo Pilro, que apanhou alguns jogadores de costas!!!
O Luisão e o Garay fizeram uma exibição monstruosa, jogámos quase sempre com 2 para 2, na nossa última linha... Vucinic/Tevez para Luisão/Garay, sem ninguém a dobrar... Não sei se na televisão, foi visível o tipo de marcação que o Benfica efectuou aos dois avançados da Juve, mas foi magnifica... é verdade que arriscámos muito nos foras-de-jogo, na 1.ª parte, o Fiscal deixou passar vários foras-de-jogo, e em Turim será ainda mais perigoso jogar da mesma forma...
O Maxi fez mais um jogo cheio de raça, e desta vez, não se esqueceu de defender... O Siqueira aproveitou o descanso proporcionado pelo Proença, e com pernas frescas foi dos melhores em campo... sendo que a táctica da Juve, passava muito por pôr o Pogba nas costas do Siqueira, o que criou muitas dificuldades, já que o André Gomes chegou atrasado algumas vezes, com o André Almeida a cobertura melhorou, mas como o André Gomes foi para o lugar do Sulejmani, o apoio do 'extremo' foi ainda menor...
O André Gomes e o Enzo foram obrigados a correr muito, o Enzo voltou a fazer um grande jogo, mas como disse anteriormente, está a precisar de descanso (mesmo cansado joga bem, mas fresco por jogar melhor!!!)... O André voltou à terra!!! Revelou-se demasiado macio nos despiques de bola, enervou-se, e pouca coisa lhe saiu bem...
O Markovic esteve muito bem no nosso melhor período, nas saídas para o contra-ataque esteve mesmo espectacular... e o Sulejmani enquanto teve pernas também jogou bem. Mas os dois sérvios têm características diferentes em relação aos nossos dois argentinos: Nico, Salvio. Em situações de um para um, com a bola no pé, o Marko e o Sulejmani não arriscam o um para um... O Nico e o Salvio, conseguem proteger a bola, ganhar faltas, receber a bola parados, e acelerar... e foi isso que falou hoje no ataque do Benfica.
O Cardozo fez mais um jogo de sacrifício, apesar do jogo ser na Luz, tivemos pouco jogo na área da Juve... ainda por cima os Centrais Italianos tiveram 'carta branca' para fazer tudo... A seguir ao André Gomes, o outro jogador que jogou abaixo das suas capacidades foi o Rodrigo. Fez as coberturas defensivas, foi importante tacticamente na marcação ao Pilro, mas não conseguiu aparecer em zona de remate... Repito: precisa de descansar.
Os 3 substitutos, entraram todos bem: o Almeida, fez uma marcação apertada ao Pogba, deu descanso ao Enzo na cobertura defensiva, e ajudou os Centrais nas 2.ºs bolas...; o Lima marcou, mais um grande golo, conseguiu segurar a bola, ganhou no corpo a corpo com os Centrais... tem que ser opção em Turim; mas o Cavaleiro é que abanou o esquema defensivo da Juventus... força, velocidade... Nesta altura da época, muitas vezes a frescura física faz toda a diferença, a maior parte das equipas, tem vários jogadores presos por arames, quando aparece um jogador como o Ivan, mesmo sem a qualidade dos melhores, pode fazer estragos...
A eliminatória está em aberto... mas como eu não sou ingénuo, duvido muito que a arbitragem em Turim, seja imparcial, e não será anti-caseira como a de esta noite, de certeza absoluta!!! Com o Rodrigo e o Enzo frescos, com o Lima no onze, com o Nico e o Fejsa de regresso, mesmo a jogar em 'inferioridade' numérica, temos tudo para passar à Final, mas teremos, mais uma vez, que ir buscar forças ao fundo do poço...!!!
Recordo-me da última eliminatória com a Juventus... também vencemos na Luz por 2-1, e depois fomos derrotados em Turim por 3-0 com um arbitragem do 'outro mundo'!!! Corruptos uma vez, corruptos para sempre... Aliás esta noite tivemos uma amostra daquilo que nos espera, quando o Maxi protege uma bola pela linha de fundo, o árbitro marca pontapé de baliza, e todo o banco da Juventus salta a protestar canto!!! Não sei se a bola bateu no Maxi, mas uma equipa que foi protegida durante 90 minutos por um Turco amigo do Platini, ter a coragem (descaramento) para protestar um Canto daquela maneira... é sinal da hipocrisia que vagueia por aqueles lados, e da pressão que vai existir para a semana!!!
Vamos que ter muito cuidado, com os passes para as costas dos nossos Centrais, suspeito que os fiscais de linha nem sempre vão levantar as bandeiras... Mas será muito difícil, mas mesmo muito difícil, que este Benfica, não consiga marcar pelo menos um golo, contra uma defesa, que hoje deu sinais de alguma lentidão, e de ser permeável, curiosamente, pelo meio!!! Temos também que mecanizar a nossa saída com bola controlada, hoje, fomos quase sempre apanhados em inferioridade numérica, junto dos nossos laterais, e irremediavelmente perdíamos a posse de bola...!!!
Não podemos ter mais olhos que barriga, a rotação no Domingo tem que ser feita, e tem que ser radical. André Almeida, Rúben Amorim, Cavaleiro, Cardozo, Jardel têm que jogar e mesmo o Djuricic deve ser opção... Se algum jogador da equipa B for chamado terá o meu apoio. Repito, a eliminatória Europeia está ao nosso alcance, mas vamos precisar de ser inteligentes... Se as coisas correrem mal na Taça da Liga, teremos sempre o Jamor, para fechar a época com a dobradinha...

O nosso campeonato de A a Z

"Dizem que o Xistra vai leiloar a bola do titulo em prol de instituições de caridade. Vai fazer boa figura à nossa pala. O Benfica é mais do que um clube, é obra social.

A
ANTECIPADO - Com duas jornadas ainda por disputar do campeonato de 2013/2014 tomem lá que o Benfica é campeão antecipado. Uma graça destas já não acontecia há algum tempo. «Campeão antecipado», coisa mais linda!
B
BIFANAS - A vandalização dos talhos do árbitro Manuel Mota terá sido, porventura, o momento mais carnal do campeonato. No entanto, o facto de não se terem apurado culpados transforma-o no momento mais espiritual do campeonato. Se não há carne não há matéria e onde não há matéria reina o espírito. 
C
CHUVA - O boletim meteorológico anunciava fortes chuvadas para a tarde e noite de domingo. De manhã é verdade que ainda choveu um bocadito mas pelo final da tarde o céu apresentava-se muito pouco ameaçador. De manhã, enquanto chovia, ouvi muitos rivais a cantar hossanas a São Pedro. À tarde e à noite ouvi os mesmos rivais a rogar pragas não só ao Santo, que lhes falhou, como também ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que os enganou. Queriam chuva, imagine-se. Agarraram-se a tudo.
D
DEZOITO - Dezoito pontos foram cozidos no sobrolho de Jardel depois de um lance aparatoso com um colega, Enzo Pérez, nos primeiros minutos do jogo com o Guimarães na Luz. Apesar do ferimento, o nosso zagueiro cumpriu em campo impecavelmente com a cabeça envolvida numa touca de natação que lhe ficou a matar. Bravo, Jardel!
E
ENTREVISTA - Inexplicavelmente, nesta ponta final do campeonato, antes da grande decisão, nenhum órgão de comunicação social se lembrou de entrevistar o Bruxo de Fafe. 
F
FECHA! - Continua acesa a discussão sobre a maneira de pronunciar correctamente o nome do nosso médio defensivo Fejsa. Uns garantem que se diz Féjsa outros que é Feiça, enfim só disparates. O modo correcto é Fecha. Vai Ljubomir, fecha! E que bem que fechou sempre.
G
GESSO - Salvio partiu um braço no jogo com o Olhanense. Já Sílvio tinha partido uma perna no jogo com o Az Alkmaar. O verdadeiro campeão é aquele que arrasta ternamente as suas tristezas na corrente poderosa da sua incomensurável alegria. 
H
HISTÓRICO! - Bruno Cortez é campeão de Portugal.
I
INTÉRPRETE - Afinal, ao contrário do que agouravam os nossos extasiados rivais no arranque da temporada, não foi preciso recrutar um intérprete para que a mão-cheia de sérvios se entendesse com os demais colegas ao longo da época. E a prova disso mesmo chegou ao Marquês no momento em que Markovic, depois de uns adoráveis passos de dança com uma adepta felicíssima (pudera!), se virou para as câmaras e cantou num português claríssimo: «O Campeão Voltou! O Campeão Voltou!» Não se perdeu uma palavra.
J
JUBA - A juba que caiu do céu obrigou ao adiamento da recepção aos leões na 18.ª jornada. O Sporting vinha preparado com uma surpresa táctica mas a tempestade Stéphanie respondeu-lhe com uma surpresa técnica de grande efeito visual. 48 horas depois, voltou tudo à normalidade.
K
K - Última letra do nome do nosso jovem guarda-redes esloveno que se chama Oblak.
L
LITERATURA - «Não voltes às tuas fanfarronices, não voltes a falhar, mas também não sejas cobarde!». Tropecei, em Janeiro, nesta frase num romance de Dostoievski, O Idiota, que vinha lendo desde o final do ano. Pensei que seria uma excelente frase para mandar imprimir numa faixa em letras muito grandes e pendurar no balneário do Benfica. Alguém o fez por mim, certamente. E resultou em cheio. Viva a Literatura!
M
MANEL - «Se não jogar o Matic, joga o Manel!», disse o treinador em Janeiro. Riram-se. Mas a verdade é que o Manel foi muitas vezes chamado e respondeu sempre bem. Até foi ele quem marcou de forma soberba o golo que colocou o Benfica na final da Taça de Portugal mas como este espaço hoje é especialmente dedicado ao campeonato nada mais há a dizer sobre o assunto.
N
NATUREZA - A Natureza retomou o seu curso.
O
OTORRINOLARINGOLOGISTA - Especialidade clínica que trata dos males dos ouvidos. Os nossos rivais mais assanhados lamentaram-se publicamente nos dias que se seguiram à decisão do título do excesso de ruído dos festejos benfiquistas que muito lhes ofenderam os tímpanos.
P
'PEANERS' - «Pressão? Isto para nós são peaners», respondeu o treinador a um jornalista. O que, francamente, não é uma resposta, é uma constatação filosófica, uma declaração ao país. Depois da tirada dos «peaners» já poucos se atrevem a perguntar ao treinador se a equipa lida bem com a pressão.
Q
QUIPROQUÓ - Entre o pessoal de Braga e Guimarães (nos jogos com os minhotos o campeão somou 12 pontos, fez o pleno, o que é de valor) está instalado um grande quiproquó. É que, apesar da bênção papal, os dois emblemas andam por baixo. Os adeptos não se têm cansado de manifestar os seus respectivos desagrados. Também os presidentes do Guimarães e do Braga se têm manifestado, mas em bombas de gasolina sob a égide de Pinto da Costa. Nem assim a vida lhes tem corrido bem, o que é incompreensível. 
R
RENOVAVA - «Se acabasse o contrato ontem, renovava já com ele amanhã», disse o presidente do FC Porto num preito a Paulo Fonseca depois da derrota dos ex-campeões na Luz. Renovaste? Não renovaste nada.
S
SIMPÁTICO - O Manuel Machado desde que fez as pazes com o Jorge Jesus está muito mais simpático. 
T
TEIMOSO - Como é do domínio público, a continuidade de Jorge Jesus no Benfica nasceu da intratável teimosia do presidente do Benfica. Carrega Benfica!
U
'UNUM' - E Pluribus Unum é o lema do Benfica, um clube fundado em 1904 por órfãos e outros desfavorecidos da vida. Mas sabiam latim. De Muitos, Um, é o seu significado. Há momentos em que o nosso lema se explica a si próprio. O mais recente aconteceu no Marquês quando um polícia de serviço confundiu Jorge Jesus com um adepto vulgar em invulgar delírio e o quis pôr de ali para fora por razões de segurança. Feliz o clube que tem um treinador que se confunde com os adeptos. Feliz o treinador que tem um clube que com ele se confunde. Porque ambos são feitos da mesma massa popular e sem freio, genuína, meio-amalucada e gloriosa. Jorge Jesus no Benfica está em casa. De muitos, um, está tudo dito.
V
VINTE - Vinte pontos foi quanto o Benfica recuperou ao FC Porto numa dúzia de jornadas. Não é, no entanto, nada provável que a prova se encerre com esta distância entre os rivais porque na última jornada o Benfica, pela certa, vai ao Dragão selar o título com uma equipa de miúdos oriundos da formação. Não é falta de respeito pelos benfiquistas do Norte. É gestão.
W
WIKIPÉDIA - O SL Benfica conquistou o seu último título de campeão nacional na época de 2013/2014, no dia 20 de Abril de 2014, no Estádio da Luz, frente ao Olhanense (2–0) com dois golos de Lima. Este foi o 33.º campeonato do clube.
X
XISTRA - Não sei se terão reparado mas o árbitro Carlos Xistra, a quem coube tentar impedir, com a sua aselhice costumeira, que o Benfica festejasse o seu 33.º título no último domingo, não só nos roubou um flagrantíssimo penalty como também nos roubou a bola do jogo mal apitou para o fim. No dia seguinte vieram os jornais defender a gatunice do árbitro justificando o roubo do esférico perpretado nas barbas de Luisão. Dizem que o Xistra vai leiloar a bola do título do Benfica na sua terra em prol de uma instituição de caridade. Ou seja, vai fazer boa figura à nossa pala. O Benfica é muito mais do que um clube, é uma obra social. 
Y
YVES - Já dizia o estilista francês Yves Saint-Laurent: «As modas passam, o estilo é eterno».
Z
ZANDINGA - A vertente premonitória do presidente do FC Porto está, enfim, débil. Na semana passada garantiu aos portistas que, neste final de temporada, ainda iriam ter razões para festejar e apontou directamente à Taça de Portugal e à Taça da Liga. Bom, a Taça de Portugal já foi de vela, ou de trivela, como preferirem. Resta a Taça da Liga como razão e não razões para os festejos, o que soa até a auto-infligida-crueldade. Como a meia-final da Taça da Liga a disputar com o Benfica foi patrioticamente marcada no meio dos jogos com a Juventus é mais do que provável que, com todo o respeito pelo Rio Ave, o FC Porto conquiste, finalmente, o tão desapreciado troféu. Por mim, nada a obstar."

Leonor Pinhão, in A Bola

O campeão voltou (II)

"A estabilidade e coesão do Benfica foram determinantes para  vencer o campeonato. A notável capacidade de rotação de jogadores, sem que a equipa se ressentisse, foi determinante. Neste Benfica não houve titulares nem suplentes. Todos foram parte de todo. Até agora jogaram 26 e espero que, pelo menos, Paulo Lopes e Steven Vitória se lhes juntem. Houve lesões graves ou prolongadas como as de Salvio, Cardozo, Rúben, Sílvio, Artur, mas não faltaram soluções. Jesus sabe, como ninguém, potenciar craques. O caso mais paradigmático aconteceu na posição 6, onde cinco jogadores actuaram sempre com nota alta: Matic, Fejsa, Rúben, André Almeida e, por fim, André Gomes!
Oblak, um tão jovem quando promissor e sereníssimo guarda-redes, cumpriu plenamente. A defesa estabilizou com laterais de qualidade desde Maxi e Siqueira e ao excelente Sílvio, depois do fracasso de Cortez. O Benfica tem uma das melhores duplas mundiais de centrais, Luisão e Garay, e o suplente Jardel foi sempre irrepreensível quando chamado.
Gaitán é tão-somente o melhor jogador da Liga. Enzo é o motor da equipa. Dos sérvios, Markovic mostrou que é já um jogador de elevado nível e Fejsa deu solidez e quase fez esquecer Matic. Sulejmani tem condições para melhorar, Djuricic tarda em revelar-se. No ataque uma dupla notável pós-Cardozo: Lima, para mim o mais importante e incansável trabalhador da equipa e Rodrigo finalmente a explodir. Pena não ter havido sequer um golo com assinatura portuguesa...
PS - Depois da patriótica marcação da meia-final da Liga entre os 2 jogos para a meia-final da Liga Europa, espero o melhor Benfica B no Porto."

Bagão Félix, in A Bola

10 em 10 !!!

Na 10.ª participação num Campeonato da Europa, a nossa Telma Monteiro, arrecadou a 10.ª medalha, desta vez de Bronze... São 4 de Ouro, 1 de Prata e 5 de Bronze. Não conheço o curriculum de todos os Judocas Europeus, mas não deverá haver muitos com este rol de medalhas, e em Portugal: ninguém!!!
Depois da desilusão dos Jogos Olímpicos era importante a Telma, voltar a conquistar medalhas. Foi pena a derrota com a Austriaca (que acabou por conseguir, também, uma medalha de Bronze), pois nos outros combates as vitórias da Telma até 'pareceram' fáceis!!! No último combate, que garantiu o Bronze, deu mesmo espectáculo...!!!