Últimas indefectivações

quarta-feira, 9 de março de 2016

Vermelhão: Gelo derretido...

Zenit 1 - 2 Benfica


Começo pelo fim, o Villas Boas na flash-interview disse que chegaram ao golo como queriam (sim, atropelando os adversário e com uma puta húngara a deixar o apito no cu...!!!), disse também que deviam ter marcado mais cedo (pois, bem tentaram marcar com a Mão... mas o Ederson defendeu!!!) e que o Benfica num momento de inspiração do Jiménez marcou (pois esta coisa, de marcar golos em momentos de inspiração dos jogadores, é algo realmente muito estranho, para quem está habituado aos momentos de inspiração da Marilene, da Rosinha ou da Suzylee!!!)
Seria tremendamente injusto se o Benfica tivesse sido eliminado. Tanto na Luz, como hoje fomos melhores. Hoje, quando todos esperavam uma entrada forte dos Russos (a jogar com 2 pontas-de-lança), foi o Benfica que entrou melhor... e podiamos mesmo ter marcado primeiro. As primeiras oportunidades do Zenit foram contra-ataque ou então na 'famosa' jogada altamente treinada, e desenvolvida pelo cientista Villas-Boas: bola para a cabeça do matacão!!!
Faltou ao Benfica, um pouco melhor esclarecimento nos últimos 30 metros! Porque a defender estivemos praticamente impecáveis... Tal como no jogo com o Sporting, conseguimos tirar ao nosso adversário, a sua especialidade: o contra-ataque! Tanto Zenit como os Lagartos, gostam de jogar com espaço nas costas da nossa linha defensiva, ou entre a milha da defesa e do meio-campo... e nós fechámos essa 'porta'!!!
Na 2.ª jogámos um pouco mais retraído, mas continuamos a criar perigo... o Jonas teve mesmo a melhor oportunidade do jogo. Quando a nossa defesa era ultrapassada o Ederson mostrava-se seguro... a baliza parecia fechada... Até que a puta húngara, deixou passou um autêntico atropelamento ao Semedo... com o árbitro a menos de 10 metros, com plena visão do lance...
Com a eliminatória empatada, tudo estava mais difícil, mas o Benfica não tremeu... o tal matacão criou sozinho, uma oportunidade, mas o Ederson voltou a brilhar! O Lindelof também esteve quase a marcar, grande defesa do 'goleiro' Russo!!! Até que o Jiménez teve o tal momento de inspiração (aquela coisa tão anti-Futebol para o Villas-Boas!!!), e o Nico na recarga deu justiça ao jogo e à eliminatória...
Com o Benfica a fazer anti-jogo para passar o tempo (também merecemos...), o Talisca ficou mais de 5 minutos junto do 4.º árbitro, ficou 'irritado', e mal entrou, com o pé direito, deu a vitória ao Glorioso!!!
Grande jogo dos miúdos: Ederson, Lindelof provavelmente os melhores em campo... em conjunto com o Fejsa! O regresso do nosso tractor foi essencial no domínio que o Benfica obteve no Meio-campo. É o complemento ideal ao Renato... Impressionante a forma como o Fejsa está em todo o lado... A forma como ele ajuda nas Laterais, fazendo 2 para 1, alta velocidade, até faz 'tremer' os adversários!!!
O Nelsinho, ainda não está ao nível do início da temporada. O Zentit apostou nas bolas altas para cima do Nelsinho... mas foi-se aguentando. Até que sofreu o atropelamento... Curiosamente, após o golo do Zenit, zangou-se, foi mais agressivo, e melhorou...
Mais um bom jogo do Eliseu, que até apareceu muitas vezes no ataque... Estava com muito medo da adaptação do Samaris a Central (pedi mesmo a titularidade do Rúben Dias), mas tudo correu bem. O Samaris só numa jogada se 'colocou' mal (deu em remate perigoso do Dzyuba), de resto muito bem...
Os nossos jogadores mais avançados, acabaram por estar mais discretos... o Nico marcou o golo, mas destacou-se mais a defender... o Pizzi, que já em Alvalade tinha jogado mal, repetiu a exibição!
O Jonas o Mitro, com tanto espaço, acabaram por falhar... a defesa do Zenit sem o Garay vale metade, devíamos ter marcado na 1.ª parte...
Grande entrada do Jiménez, com um grande golo (é quase dele!!!)... depois dos dois golos em Astana, parece que o Mexicano gosta do frio!!!
O mérito desta conquista ainda é maior, quando nos recordamos que hoje não tivemos: Júlio César, Luisão, Lisandro, André Almeida...
Estamos nos Quartos-de-final da Champions, e somos líderes no Campeonato. Alguém acreditaria neste cenário?!!! Contra um adversário que tem um plantel riquissimo, contra um treinador que conhece muito bem o Benfica... depois de toda a instabilidade interna que já tivemos esta época... Ainda por cima com uma vitória em São Petersburgo, algo que nunca tínhamos conseguido!!!
Agora, temos uma série 'perigosa' de jogos no Campeonato (incluindo o Braga...), antes dos Quartos... o mais importante, é não perder a concentração interna, devido à Champions... e com o regresso de alguns lesionados como o Fejsa, podemos rodar... Para mim o sorteio não é indiferente, não quero nenhum dos 3 'grandes': Barça, Bayern e Real. Para mim o Campeão Europeu será sempre um destes, qualquer outro será difícil, mas teremos as nossas hipóteses... mesmo se for o PSG... A única coisa que não quero é ser eliminado da mesma forma como fomos com o Chelsea na última vez como fomos aos Quartos, com um Skomina qualquer...!!!
Esta semana tem sido um fartote!!! A viagem será longa até Lisboa, espero que sirva para descansar, e para pôr a cabeça no sítio certo: não ganhámos nada!!! O Tondela na Segunda é jogo muito perigoso... Fizeram um grande jogo em Alvalade no contra-ataque... Espero que não exista recepção no Aeroporto de madrugada, repito: não ganhámos nada!!!
Excepto a tremenda azia e mal educação do Villas-Boas na conferência de imprensa...

PS1: Além da azia do treinador do Zenit, não posse de fazer referência à azia de mais alguns, inclusive alguns jornaleiros que fizeram a viagem à Rússia...
Ainda ontem a PorkosTV emitiu um programa à tarde, fazendo a antevisão do Zenit - Benfica, com 4 pessoas no estúdio, e nenhum deles era Benfiquista... alguns até bem conhecidos pelo seu anti-Benfiquismo!!!

PS2: Já agora o Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, esteve em Lisboa hoje, e resolveu visitar o Estádio da Luz...
Suspeito que o Brunão deve andar que nem um louco à procura do homem, nas ruas de Lisboa, para levá-lo à Alvalaxia... mas o homem nunca ouviu falar disso!!!

ADENDA: São 22h30 e o Diogo Luís está na BolaTV cercado por anti's que estão desesperados com a incompetência do Viilas-Boas...


Zenit - Benfica Resume :D #Carregabenfica

Publicado por Maior Club Du Mundo e Benfica em Quarta-feira, 9 de Março de 2016



Que momento!!󾍔󾌳󾔗#goal #euestivela #slb #uefachampionsleague #russia
Publicado por Lourenço Ortigão em Quinta-feira, 10 de Março de 2016



Muito obrigado aos MELHORES ADEPTOS DO MUNDO! 󾭞#UCL #ZENSLB #SejaOndeFor
Publicado por Sport Lisboa e Benfica em Quarta-feira, 9 de Março de 2016



O espelho da alegria que se vive no balneário do Sport Lisboa e Benfica... Renato Sanches, um jovem a viver um sonho, diz: "Pó caralh***, até os comemos!" e logo a seguir aparece Rui Costa perdido a rir...Isto é o Sport Lisboa e Benfica! Gerações a celebrar vitórias juntos!
Publicado por Sou Benfica em Quarta-feira, 9 de Março de 2016

Goleada

Benfica 7 - 0 Braga

Admito, com as emoções do jogo da Champions acabei por me esquecer do Futsal!!!

Grande resultado, contra uma das melhores equipas do Campeonato, que ainda no último fim-de-semana perdeu somente por 1-0 com o Sporting para a Taça...

Os sinais de recuperação após a paragem para as Selecções parecem-me evidentes...

Intenção clara de roubar...!!!

Benfica B 2 - 2 Sp. Covilhã


Homem do jogo: André Moreira. Profissão: Lagarto. Hobby: árbitro ladrão. Pancada: roubar o Benfica!!! Só é compreensível o que se passou esta tarde no Seixal, sabendo que este filho-da-puta ainda estava com uma azia brutal desde Sábado... e assim obteve a sua vingança, na equipa B do Benfica!!! Vergonhoso...

O Benfica entrou de rompante com dois golos nos primeiros minutos, com o Benitez e o Luka - ambos titulares pela primeira vez -, em grande... Aliás o Benitez voltou a mostrar bons sinais ofensivos, defensivamente vai ter que melhorar... O Luka Jovic não engana, excelentes pormenores técnicos, além disso tem força nos contactos... saiu esgotado, mas vai rapidamente aparecer na equipa principal...

Com 2-0 no marcador, era os Serranos que tinham obrigação de arriscar, e foi isso que aconteceu... o jogo passou a ser jogado mais perto da baliza do Benfica, mas o André ia resolvendo os lances mais complicados... Sendo que a melhor oportunidade, foi do Benfica, com o Jovic a falhar um golo de baliza aberta de forma inacreditável...! Esperava-se para a segunda parte parecida... e eu esperava mesmo espectáculo da dupla Sérvia.
Aos 20 segundos da 2.ª parte, segundo amarelo para o Pawel, numa falta perfeitamente normal a meio-campo... A partir daí, foi um desfile de erros, com lançamentos laterais, cantos, pontapés de baliza, faltas e faltinhas sempre contra o Benfica... Mesmo assim, o Benfica ia aguentado, e com pouco trabalho para o André...
O Covilhã reduz, a poucos minutos do fim... e já no final dos descontos, inventa um penalty contra o Benfica, numa jogada onde não existe falta... e se existisse, seria fora da área!!!
Nas minhas crónicas, coloco sempre dúvidas sobre a intencionalidade dos erros, sendo que muitas vezes defendo que é mesmo incompetência.
Hoje, André Moreira, fez de propósito. Disso não tenho dúvidas. Se foi por anti-Benfiquismo?! Se foi porque foi comprado pelo Covilhã?! Se foi por algum 'apostador'?! Se foi para ajudar um terceiro Clube?! Não faço a mínima ideia... Agora, foi de propósito...

Uma fera nos arredores do golo

"O ar pesado e o padrão criativo estrito desviam as atenções de um jogador que, definido a partir de uma envergadura física impressionante (1,90 m e 85kg), alimenta o jogo de toque e progressão participada que caracteriza o Benfica de Rui Vitória - quando pretende futebol mais directo, o treinador opta por Raúl Jiménez, jogador de traços mais largos, que oferece deslocamentos mais amplos e alimenta melhor o jogo longo. Mitroglou é apenas bom exemplo de um homem comprometido à sua maneira com a causa que defende, movido por emoções difíceis de decifrar pelo rosto inexpressivo e também pela voz que, de todo, não chega ao exterior. O grego não nasceu para andar nas bocas do Mundo mas assinou em Alvalade a obra que pode torná-lo herói benfiquista da temporada 2015/16. Os 18 golos que leva na primeira época ao serviço do Benfica (15 na Liga, 2 na Champions e 1 na Taça de Portugal) conferem-lhe estatuto de indiscutível prestígio, sinal de que vale a pena semear esperanças dando o corpo ao manifesto para colher a glória do último toque.
De resto, é um avançado de fácil inserção em qualquer exército, na medida em que dá resposta a qualquer tipo de exigência técnica e tática. Não é a equipa a adaptar-se às características do seu ponta-de-lança, é este quem se esforça por satisfazer o que o coletivo lhe exige. O futebol é o mais democrático dos desportos porque não elimina por físico, habilidade ou temperamento. Exige, isso sim, uma virtude que desequilibre os pratos da balança: tiro, jogo de cabeça, velocidade, astúcia, carisma... O grego atingiu nível internacional sem potenciar qualquer qualidade acima das outras, como exemplo da centenária história de um jogo que foi glorificando pelo tempo fora altos (Van Basten) e baixos (Messi); gordos (Maradona) e magros (Cruyff); ricos (Michael Laudrup) e pobres (Romário); líderes pelo grito (Di Stéfano) e pelo exemplo (Iniesta); rápidos (Futre) e lentos (Zidane); novos (Pelé em 1958) e velhos (Roger Milla); bonitos (Cristiano Ronaldo) e feios (Ibrahimovic).
Mitroglou é um avançado austero, sem qualquer interesse pelo adorno. A participação no bordado que prepara o ataque ao golo obedece mais ao empenho em cumprir com rigor o ofício do que em alimentar divagações líricas para as quais não está vocacionado. Toca pouco a bola mas tem o condão de dar saída inteligente de cada vez que é solicitado. É um futebolista potente, que resiste ao choque, tem ideias claras e raramente comete erros nas decisões que toma. Ao contrário do que parece (porque não é habilidoso) possui técnica evoluída, está apto a jogar a um ou dois toques mas também a guardar a bola o tempo suficiente para a soltar na zona e no momento certos. Sabe agir de costas mas é quando se vira para o objectivo com a bola dominada que se torna ameaçador. Na cara do guarda-redes resolve com frieza, simplicidade, calma e eficácia.
Longe da área alimenta a circulação, contribui para a conquista de espaços mas não é suficientemente hábil ao ponto de funcionar como polo de verdadeira preocupação para os adversários. À medida que se aproxima da baliza, porém, o seu jogo enche-se de argumentos contundentes - as armas que sustentam o seu instinto matador são temíveis e surpreendentes para quem se habitua a vê-lo apenas como alimentador do senso comum. Aos 27 anos, habituado a grandes palcos e já com um longo currículo a suportá-lo, Mitroglou tem aproveitado a etapa ao serviço do Benfica para se dimensionar como ponta-de-lança. Esse é, afinal, o destino de quem se vê na contingência de comunicar e entender talentos como Jonas, Nico Gaitán, Pizzi e Renato Sanches. O grego estará a descobrir qualidades individuais que, porventura, desconhecia. O que acentua o perfil de quem, nos arredores do golo, evolui de futebolista normal para uma autêntica fera."

Falta de nível

"Não, não faltou nível a Bryan Ruiz quando chutou para a bancada o empate com o Benfica, porque acontece a todos e, como se percebeu neste Sporting-Benfica, acontece também aos melhores. E Ruiz é um dos melhores, no relvado e fora dele, como disso fez prova quando, com nível, falou sobre o desastrado lance logo no dia a seguir ao jogo. E igualmente não faltou nível aos jogadores do leão, que fizeram o possível para que o resultado fosse outro que não a derrota final. Mas faltou nível ao treinador e sobretudo ao presidente do Sporting; o primeiro fora do campo, mas o segundo começou a mostrar o mau perder ainda no relvado, quando, contrariamente ao que costuma fazer, não abraçou os seus jogadores ainda no relvado e nem agradeceu aos adeptos.
Depois, Bruno de Carvalho lá recorreu, como tem hábito, às redes sociais para primeiro dizer que não menospreza o treinador e os jogadores do Benfica e depois insinuar que no clube rival há quem tenha falta de educação e que o melhor para o Sporting será concentrar-se nos seus objectivos e «deixar os outros falar»... Concordo que das duas partes tem havido excessos lamentáveis, mas não deixa de ser irónico que apareça Bruno de Carvalho a pedir educação e silêncio.
Quanto a Jesus, também tenho a opinião que o Benfica em Alvalade pouco mais fez do que defender o golo que cedo marcou, mas isso não é necessariamente tique de equipa pequena. «Houve jogos determinantes, o 0-0 na Luz [com o FC Porto] e o empate em Alvalade. Sabíamos que era importante não perder esses jogos e depois jogámos com a margem de conforto construída», disse Jorge Jesus depois de ter empatado 0-0 com o Guimarães e conquistado o bicampeonato na Luz.
Nunca fui treinador nem presidente, mas sou profissional e até joguei um futebolzinho amador; o suficiente para saber que, em tudo na vida, os sinais que nos chegam de cima são muito importantes."

Nélson Feiteirona, in A Bola

O grande desafio, hoje, do Benfica

"Entre as emoções fortes de um campeonato em que acaba de atingir a liderança isolada, mudar o foco, a energia e a concentração para a Champions: é este, hoje, o desafio maior do Benfica. E, acreditem, não é fácil.
Pior ainda quando se atinge os oitavos de final da maior prova de futebol do mundo e quando se defronta um adversário que, por razões mais materiais do que históricas, é, supostamente, mais forte na qualidade individual e colectiva de uma equipa que teve a possibilidade de ser formada à custa de umas toneladas de rublos.
Claro que ainda podemos somar o frio e a lonjura para piorarmos o estado de coisas. Não adianta. Tudo isso é o tributo necessário a uma equipa que quer ser grande, que quer regressar à sua própria História, que quer desconstruir a óbvia tese de que, também no futebol, quem é mais rico ganha. O Benfica não tem de se queixar. Os seus jogadores também não. Se, lá no fundo do íntimo das suas almas, os jogadores do Benfica sentirem medo do que por aí virá, é porque podem, até, estar a caminho de formarem uma equipa grande, mas ainda não conseguem ser uma grande equipa.
Estes jogos, estas eliminatórias europeias precisam, para serem jogadas e disputadas, de jogadores psicologicamente fortes. Não basta serem bons tecnicamente, não basta já o terem provado em provas caseiras. É preciso mais. É necessário ter mentalidade de jogador grande, de jogador sem fronteiras, de jogador que é capaz de subir de qualidade perante as situações mais difíceis e mais adversas.
É isso que se espera, hoje, dos jogadores do Benfica. Porque isso é o que é verdadeiramente decisivo."

Vítor Serpa, in A Bola

Benfiquismo (XXXVIII)

Nós fazemos parte da Europa...
Benfica, Campeões Europeus, 1961

Faltam nove finais!

"O Sport Lisboa e Benfica agradece o entusiasmo dos adeptos que vibram seja onde for, em todos os campos em que entra uma equipa do Clube. Gratos pela onda de apoio, no entanto, não entramos em euforias fora de tempo.
Uma vitória numa jornada não pode justificar festejos antecipados nem espaços “reservados”. O Futebol do SL Benfica está focado em exclusivo em objectivos próprios, semana a semana. No que respeita à Liga NOS, faltam nove “finais”, pelo que só haverá campeão em Maio.
Entretanto, apelamos à continuidade da onda vermelha e ao apoio à equipa em todos os estádios onde esta entrar.
Nenhum cartaz ganha Campeonatos. Seguimos com trabalho e humildade, jogo a jogo.
#Juntos! #SejaOndeFor!"

O plebeu e o nobre

"O Sporting possui o plantel mais equilibrado na relação quantidade/qualidade, sendo, por isso, o que melhores condições reúne para atacar a ponta final do campeonato.

Rui Vitória não vai fazer isso, porque é educado e o quanto já alcançou na sua vida profissional, como treinador de futebol, foi com muito empenho e pouca conversa. Ninguém poderia levar-lhe a mal, porém, se resolvesse deixar de olhar para a cara de Jorge Jesus devido às campanhas de má camaradagem que este lhe tem movido, através de afirmações e outros sinais de uma jactância intolerável.
Desde o «deste tamanhinho» a uma «espécie de treinador», entre outras insinuações veladas como se o Benfica estivesse impedido de encontrar no mercado alguém com perfil e competência para o substituir quando decidiu mudar-se para o rival Sporting, a troco de uma remuneração que era escandalosa e passou a ser ofensiva, em comparação com a realidade social de um país em que os governantes são bons a pedir sacrifícios aos que apenas vivem do seu trabalho, remediados e sem conseguirem enxergar o fim da crise.
A sua megalomania exigia que o lugar deixado vago fosse preenchido por um deus, ou equivalente, motivo pelo qual me parece que a aversão dispensada ao seu sucessor no clube da águia não tenha a ver com o cidadão Rui Vitória em especial. Com outro qualquer humano a reacção seria provavelmente idêntica...

JESUS reagiu à derrota como lhe é habitual, esgrimindo desculpas e apontando responsáveis, embora em tom crispado e deselegante. Nenhum treinador gosta de perder, é normal, mas não saber perder é diferente, significa falta de respeito por quem ganha; ou seja, a perversão dos mais elementares princípios que devem presidir a todos os eventos desportivos, profissionais ou não.
Jesus tropeça nas suas frequentes contradições e é de frágil memória. Pouco tempo passou desde a exuberante apresentação em Alvalade, ao lado do não menos contido presidente, de braço dado e aos saltinhos, em que se prometeram sonhos a uma plateia inebriada e sem disponibilidade para pensar no que ouvia. Normal, é o lado irracional do futebol a emergir. Tudo bem, acabara de ser contratado um génio roubado ao Benfica: medida aplaudida pelo atrevimento e pelo colapso que se supunha provocar na organização do vizinho.
Errado, como se verifica: nem o Benfica colapsou, nem o Sporting cresceu como se julgava.
Pelo contrário:
1. Falhanço no acesso à Liga dos Campeões com o rombo financeiro decorrente, assinalado pelo presidente em mais de uma ocasião.
2. Estranha abordagem na Liga Europa, chegando a ser classificada como um problema, apesar da riqueza do plantel, com condições para chegar longe na competição, talvez à final e, sabe-se lá, vencê-la.
3. Eliminação da Taça de Portugal.
4. Discreta presença na Taça da Liga. Ganhou a Supertaça (e ao Benfica!...), é verdade, mas Marco Silva conquistou a Taça de Portugal e mesmo assim foi despedido...
Sem mais nada que o preocupe, ficou reduzido, enfim, ao Campeonato, objectivo supremo e suposto analgésico para todas as dores. De aí a incontinência revelada por Jesus na análise ao derby de sábado, na sequência do qual, quer queira, quer não mais uma vez se verificou que essa coisa de mestre da táctica não passa de uma falácia, que já esta época Paulo Fonseca desmontou e Rui Vitória confirmou.

À 25.ª jornada dá-se o caso de o aprendiz somar mais dois pontos que o génio. É uma evidência, simplesmente, da qual nenhuma interpretação apressada deverá extrair-se em termos de futuro próximo, na medida em que, também já o expressei, o Sporting possui o plantel mais equilibrado na relação quantidade/qualidade, sendo, por isso, o que melhores condições reúne para atacar a ponta final do Campeonato não só pelo investimento feito no início da temporada e sublinhado no mercado de Janeiro com as entradas de Marvin Zeegelaar, Bruno César, Coates, Schelotto e Barcos, mas também e sobretudo, por o Benfica atravessar um período de necessária transição e renovação, correspondente a mudança de ciclo, enquanto o FC Porto continua à deriva.
O título vai decidir-se, portanto, entre a humildade de Rui Vitória e a altivez de Jorge Jesus, traços de personalidades distantes e que, saberes à parte, traduzem a génese dos clubes que representam: o Benfica nasceu no povo e o Sporting na nobreza."

Fernando Guerra, in A Bola

Zero bazófia

"No início do Sporting-Benfica, a claque leonina exibiu uma tarja exemplar: num desenho tosco, Bruno Carvalho e Jorge Jesus, vestidos como guerreiros medievais, de espada desembainhada e escudos ao alto, a deitar por terra Luís Filipe Vieira. Por cima, podia ler-se - "Isto é o Sporting". Tal e qual.
O simbolismo da tarja é todo um programa. Não falo sequer do mau gosto do exercício ou a cobardia em que assenta uma contenda de dois guerreiros armados contra um peão indefeso. Quando o tema é deslealdade, não alimento ilusões. Por natureza, independentemente dos clubes, as claques são dadas a exercícios grotescos. A questão é outra.
Há, é um facto, um lado irónico na resposta dada em campo aos rugidos de campeão precoces, mas o fundamental nem sequer é isso. O que é revelador são as personagens escolhidas para serem exibidas pelas claques: presidente e treinador. A opção esquece quem são os verdadeiros protagonistas do futebol e promove um culto do presidente que é invariavelmente contraproducente. Num clube, o que conta somos nós, adeptos, e os jogadores. Tudo o resto é secundário. Não por acaso, na Luz, canta-se a glória de Cosme Damião, Eusébio e Coluna, mas a ninguém ocorreria celebrar presidentes. Esta atitude serve, agora, para recordar o essencial. Como bem disse Rui Vitória no final do jogo, "uma das coisas que caracteriza a nação benfiquista é a humildade. E sabermos que ainda há muito campeonato pela frente".
Lembram-se do "bailando"? Uma vez mais, ao Benfica compete fazer diferente do que o Sporting tem feito. Humildade e zero bazófia. Combinado?"

Dos pequeninos

"Não, Jorge Jesus não disse só que o Benfica ganhou ao Sporting sem saber como - disse pior:
- Dos quatro jogos este foi o mais fácil de ganhar, foi o Benfica mais fraco, jogou como uma equipa pequena...
Dizendo-o, apequenou-se a si próprio (e à sua própria equipa...) - e perdeu a verdade no delírio: não, o Benfica não defendeu como equipa pequena, defendeu como equipa grande tem de defender para não se tornar pequena: com a cabeça do seu treinador nos pés dos seus jogadores. (E pelo que também saiu do jogo das substituições é que o resultado não foi só Sporting, 0-Benfica, 1 - também foi Jorge Jesus, 0-Rui Vitória, 2.) Teve sorte, o Benfica? Teve a sorte que só se tem com trabalho, a sorte que se faz de suor e esperteza - a esperteza de até a sorte conseguir roubar ao Sporting. O falhanço de Bryan Ruiz? Mais do que questão de sorte (ou de azar) foi questão de aselhice, que amiúde sucede a craques como Ruiz. (E o golo de Mitroglou foi exatamente o contrário.) Mais: o Benfica ganhou em Alvalade como o FC Porto ganhou na Luz? Sim - mas com uma nuance: na Luz o Benfica perdeu porque, entre outras coisas, o FC Porto teve na sua baliza o Casillas do Real - e, em Alvalade, o Ederson precisou apenas de fazer uma defesa que nem sequer foi tão de outro mundo como três que Casillas fez. Ou seja: o Benfica ganhou ao Sporting porque, na maior parte das vezes, o futebol não tem torvos mistérios - e o destino faz-se no que Zig Ziglar diz que ele é (ou como se faz...):
- Os jogadores marcam golos, as equipas ganham jogos.
John Gregory tem ideia semelhante:
- Os avançados ganham jogos, os defesas ganham campeonatos
Depois do Benfica ganhar ao Sporting (e talvez mais do que ao Sporting...) o Gregory apareceu pela Pedreira - mas do avesso. E com FC Porto sem avançados que ganhem jogos e com defesas que perdem campeonatos - Peseiro queixou-se de Xistra como Jesus se queixara do Benfica, rezingueiros os dois. E mal..."

António Simões, in A Bola

Jorge Jesus e a serradura

"A Liga deu uma cabriola em apenas 48 horas e, nesta altura, já nem parece arriscado considerar que o FC Porto renunciou ao título em Braga e que o Benfica só não será campeão se for absolutamente incompetente, o que poderá sempre acontecer se trocar cedo de mais a épica e a perna dura pelo fraque e o laçarote. Até por isso, importa ser moderado nas conclusões. Mas sem que isso inviabilize, desde já, algumas percepções: caso se confirme que o Sporting somou mais um aos 13 anos que já leva sem abrir o champanhe do título, isso não se deverá tanto (ou apenas) ao que aconteceu no sábado em Alvalade. De facto, o Sporting terá deitado quase tudo a perder uma semana antes, em Guimarães. Porque foi o empate ali somado que tornou ainda mais decisivo o dérbi e também porque a equipa não estava animicamente preparada para a pressão suplementar que significava ter o Benfica nos calcanhares. Ou seja, nesse caso ter-se-á repetido o cenário vivido por Jesus em 2013, quando foi surpreendido pelo Estoril (de Marco Silva, já agora) e depois acabou por ser ultrapassado pelo FC Porto do 'Minuto Kelvin' e do injustiçado Vítor Pereira. E o jogo em Guimarães é também importantíssimo por ajudar a retratar algumas idiossincrasias de Jesus que já tinham estado na base das derrapagens fatais que ele havia experimentado no Benfica. Para melhor se perceber há que recordar, primeiro, que Jesus tem uma capacidade reivindicativa que lhe tem garantido sempre uma autonomia raramente autorizada a um treinador e que, por norma, lhe permite acrescentar mais e mais reforços às equipas que treina. É uma qualidade indubitável, mas que no seu caso acaba muitas das vezes por ter efeitos colaterais, na estabilidade financeira dos clubes e não só. Permanentemente insatisfeito, Jesus acabou por conseguir anular a saída de Mané, que iria garantir o interessante encaixe de 10 milhões de euros e que, curiosamente, a partir dai até passou a ter uma utilização que contrasta com o ostracismo a que antes era votado. Outro exemplo é o de Rúben Semedo, cujo regresso a Alvalade começou por parecer um expediente para mostrar que precisava de mais um central (e conseguiu-o com a chegada de Coates). A verdade é que Semedo entrou logo para o onze titular, onde se manteve quase sempre que esteve disponível. Mas em Guimarães não foi apenas ele a jogar de início: o mesmo aconteceu a mais quatro dos seis reforços de Janeiro (Zeegelaar, Coates, Schelotto e Bruno César, porque Barcos só jogou os minutos finais e continua sem justificar a venda módica de Montero). Importa fazer aqui um parêntesis para recordar que, no último fim de semana, a dupla de centrais do Sporting B foi formada por Paulo Oliveira e Tobias Figueiredo, titulares no tempo de um Marco Silva a quem Bruno de Carvalho dizia, há um ano, para esquecer os reforços e que olhasse era para a formação e para um tal de Ryan Gauld. Os tempos mudaram e hoje Jesus tem à sua disposição seis defesas-centrais...
Ora, independentemente do valor indiscutível de alguns dos reforços, é impossível não presumir que a entrada de supetão de quase todos eles na equipa titular acabou por retirar alguma unidade estratégica à equipa e também a coesão do próprio balneário, sendo que para uma e outra coisa já vinha certamente contribuindo a aposta cega num Gutiérrez que tem encarado esta estada em Portugal como um passatempo. Mas em Guimarães ficou ainda patente que a forma como Jesus geriu o processo Slimani só serviu para o condicionar, o que não é despiciendo sabendo-se que os seus 18 golos têm um peso de 34 por cento. A verdade é que Jesus continua a falar como se tivesse tirado o Sporting de um atoleiro, não respeitando sequer a herança dos seus antecessores. A aposta exclusiva na Liga portuguesa não é nada de novo no seu 'modus operandi'. Mas acaba por ser uma blasfémia à própria história do clube, até porque nada é mais perigosa do que uma ideia quando se tem apenas uma. E há algo que também importa desmistificar: o último relatório e contas mostra que o Sporting, no último semestre, duplicou os gastos com o pessoal. À custa dos 5 milhões de euros que são pagos ao treinador e do forte investimento no reforço da equipa, passou de 12,118 milhões de euros para 23,481 milhões, inflação que deve acentuar-se em função dos últimos reforços. Mais, neste período só gastou menos 3 milhões do que o Benfica. Jorge Jesus tem méritos inquestionáveis e parte do seu trabalho está à altura do que melhor se faz por essa Europa fora, mas tem de parar de nos atirar serradura para os olhos, como ele gosta de dizer."

Jesus precisa de novos argumentos

"O plano de comunicação de Jorge Jesus foi pouco prudente e não salvaguardou a imprevisibilidade que o futebol quase sempre reserva para os momentos especiais. O treinador do Sporting forçou repetidamente uma mensagem que agora se vê impedido de utilizar. "Quem está à frente somos nós e quem vem atrás é que tem de seguir estratégias diferentes. Eles é que têm de estar preocupados, não quem ocupa o 1.° lugar." Jesus nunca fez o mais pequeno esforço para fugir a esta linha de raciocínio. Liderança? Sim, porque jogamos melhor do que os outros. Jogam melhor do que os outros? Sim, e por isso estamos na liderança. O discurso andou sempre à volta disto.
É inevitável que o desafio de Jesus nos próximos dias passe por criar uma nova mensagem. Tudo o que o treinador tinha até agora como adquirido deixa de valer. Até os remoques ao rival foram ultrapassados pelos acontecimentos. Na véspera do dérbi, por exemplo, o argumento de JJ foi feito em registo irónico quando lhe perguntaram se estava surpreendido com a recuperação do Benfica: "A surpresa é o bicampeão estar em 2.° lugar? Não me parece..."
Após o dérbi de Alvalade, os primeiros soundbites já permitem antecipar a nova estratégia de comunicação: o líder joga pouco, o Sporting é melhor e, por isso, vai recuperar a liderança. Pode acontecer, claro. Mas com uma novidade: isso deixou de depender do Sporting. Depende do Benfica.
O escandaloso falhanço de Bryan Ruiz foi, de facto, anormal. Um momento infeliz - e raro - de um grande jogador. A questão é que as derrotas não podem, nunca, ser explicadas por um único lance. E, se quisermos ser justos, a sorte que nesse momento acompanhou o Benfica foi a mesma que faltou no clássico da Luz frente ao FC Porto. Ninguém é líder à 25.ª jornada por acaso."

Uma liderança surpreendente

"Pela primeira vez, esta época, o Benfica chega ao primeiro lugar isolado do campeonato. Foi preciso esperar vinte e cinco jornadas.
A surpresa, se me permitem a heresia, não é de, só agora, o Benfica ter atingido essa liderança, quando apenas faltam nove jogos para o final da prova. A grande surpresa é ter lá chegado e, por ter lá chegado nesta altura, o Benfica se ter transformado no principal candidato ao título e ao tri.
É evidente que a história do Benfica e o facto de ser bicampeão em título nunca nos permitirá dizer que a surpresa seja enorme. Mesmo assim, insisto, é uma surpresa.
Ela tem muito a ver com o nível muito baixo de expectativa que o Benfica chegou a ter, depois de uma pré-época desastrosa e de um início de ano desportivo muito comprometedor, ao qual se juntou um discurso aparentemente muito pouco atractivo e muito pouco reactivo de Rui Vitória, um treinador que chegava sem experiência de andanças na luta pelo título.
À décima terceira jornada, vale a pena recordar, o Benfica tinha menos sete pontos do que o Sporting e menos cinco do que o FC Porto. Doze jogos depois, tem mais dois pontos do que o Sporting (ganhou-lhe nove) e mais seis do que o FC Porto (ganhou-lhe onze, quase um ponto por jogo). Ora estes números indicam, não apenas o fantástico crescimento do Benfica, mas também a significativa queda do Sporting e, muito especialmente, o brutal trambolhão do FC Porto.
Quer isto dizer que o campeonato está decidido? Longe disso. Quer apenas dizer que, em função do que se passou, os números, à 25.ª jornada, são, de facto, surpreendentes."

Vítor Serpa, in A Bola

Eliminados...

Real Madrid 2 - 0 Benfica

Quando aos 4 minutos o João Lima levou o primeiro amarelo, fiquei a saber que seria praticamente impossível vencer...!
É verdade que jogámos mal, o próprio João Lima estava fora, lesionado, à vários meses; o André Ferreira, o Ferro, o Yuri, o Sanches e até o Guedes podiam ter jogado (o Real 'baixou' alguns jogadores que têm treinado e jogado da equipa A)... o Pêpê, o Joãozinho, o Digui e o Sarkic estiveram apagados... tudo isso é verdade, mas em 13 faltas cometidas por jogadores do Benfica, levámos 8 amarelos!!! Sendo que um deles foi 'duplo'!!! Mesmo nos últimos minutos, com o Benfica a jogar com 10, e a perder por 2-0, os Espanhóis fizeram várias faltas perigosas por trás... e o cartão no bolso...!!!
Repito, jogámos mal, não nos adaptamos ao vento forte... e os resultados no nacional de Juniores têm sido esclarecedores... mas este tipo de critério disciplinar (e técnico), intimida, e influencia a forma como os jogadores dividem cada lance...

Apesar da eliminação nos Quartos-de-final, a caminhada foi boa... mesmo, com o 1.º lugar no grupo, fomos obrigados a fazer os Oitavos, e os Quartos fora do Seixal, e isso também não ajudou... A prioridade é colocar jogadores na equipa principal, e isso tem acontecido nos últimos tempos... e mais estão a caminho!