"Entre as emoções fortes de um campeonato em que acaba de atingir a liderança isolada, mudar o foco, a energia e a concentração para a Champions: é este, hoje, o desafio maior do Benfica. E, acreditem, não é fácil.
Pior ainda quando se atinge os oitavos de final da maior prova de futebol do mundo e quando se defronta um adversário que, por razões mais materiais do que históricas, é, supostamente, mais forte na qualidade individual e colectiva de uma equipa que teve a possibilidade de ser formada à custa de umas toneladas de rublos.
Claro que ainda podemos somar o frio e a lonjura para piorarmos o estado de coisas. Não adianta. Tudo isso é o tributo necessário a uma equipa que quer ser grande, que quer regressar à sua própria História, que quer desconstruir a óbvia tese de que, também no futebol, quem é mais rico ganha.
O Benfica não tem de se queixar. Os seus jogadores também não. Se, lá no fundo do íntimo das suas almas, os jogadores do Benfica sentirem medo do que por aí virá, é porque podem, até, estar a caminho de formarem uma equipa grande, mas ainda não conseguem ser uma grande equipa.
Estes jogos, estas eliminatórias europeias precisam, para serem jogadas e disputadas, de jogadores psicologicamente fortes. Não basta serem bons tecnicamente, não basta já o terem provado em provas caseiras. É preciso mais. É necessário ter mentalidade de jogador grande, de jogador sem fronteiras, de jogador que é capaz de subir de qualidade perante as situações mais difíceis e mais adversas.
É isso que se espera, hoje, dos jogadores do Benfica. Porque isso é o que é verdadeiramente decisivo."
Vítor Serpa, in A Bola
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