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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Ana Dulce Félix

Nos últimos dias já se tinha comentado a possibilidade... mas hoje confirmou-se: Dulce Félix é atleta do Benfica. Excelente contratação para a nossa secção de Atletismo e para o nosso projecto Olímpico.
A Dulce é neste momento, na minha opinião a melhor atleta do meio-fundo e fundo Português (ambos os sexos), só a Sara Moreira se aproxima do potencial da Dulce.
É verdade que a nível Mundial, como se viu recentemente a Dulce não tem hipóteses, na Pista. Na Maratona, creio que vale mais, talvez um lugar no Top 8, nos Mundiais ou Jogos Olímpicos, mas para isso tem que existir uma preparação adequada (isso quer dizer que no ano em causa, tem que abdicar de uma das Maratonas comerciais)... É verdade que os Jogos no Rio de Janeiro, não vão ser fáceis para os Maratonistas, com as condições atmosféricas, mas gostaria de ver o Dulce na Maratona...
Nas competições Europeias, tem tudo para conquistar medalhas, principalmente nos 10000m...

Lixívia 1

Tabela Anti-Lixívia:
Sporting..... 3 (0) = 3
Braga..........3 (0) = 3
Corruptos... 3 (0) = 3
Benfica....... 0 (-1) = 1



Como escrevi na crónica do jogo: nada de novo, a palhaçada continua...!!! A única novidade é concordar com alguma coisa que o José Mota diz !!! Dizer que os Corruptos são beneficiados, é de facto uma banalidade, já cansa... Enquanto tiver paciência, aqui fica a Farsa Competitiva Tuga 2013/14 !!!
Nos Barreiros, tendo em conta tudo o que se passou no defeso e na pré-época, os dirigentes, o treinador e os jogadores, deveriam ter total consciência, que ao mínimo descuido, o Circo ficaria montado. Portanto a motivação, a concentração tinha que estar muito acima do normal. O Benfica deveria ter encarado este jogo como fosse a Final da Champions. E isso não aconteceu... Dessa responsabilidade, ninguém fica ilibado. Friamente, uma derrota nos Barreiros não seria o fim-do-mundo, num cenário normal, mas o Benfica não vive numa situação normal, por muitos e variados motivos, inclusive o lançamento da nova Benfica TV...!!!
Mas isso não desresponsabiliza a roubalheira do Jorge Sousa e dos seus auxiliares. O silêncio perante a roubalheira é cúmplice. Seja o silêncio da Direcção, seja o silêncio dos adeptos. Os únicos que acabaram por protestar foram os jogadores, e esses não o devem fazer, pois como a gente sabe, os castigos para o Benfica são rápidos e pesados!!!
Não é fácil descrever o critério torto, durante os 90 minutos nos jogos do Benfica, por isso deixo alguns exemplos: o Enzo recupera uma bola (de forma limpa), na meia-lua do Marítimo, sobre o Danilo, a bola sobra para o Lima em posição de remate perigoso. Jorge Sousa apita imediatamente, não fosse o Lima marcar!!! No final da 1.ª parte, Gaitán é pontapeado, e empurrado com os dois braços, no bico da área do Marítimo, seria um livre perigoso. Jorge nada marca, e na sequência da jogada, com a equipa do Benfica desequilibrada, é marcado penalty contra o Benfica!!!
Estas situações repetem-se durante os 90 minutos. É um massacre. Marcar faltas junto da área do adversário em posição frontal é quase impossível. Numa época inteira (30 jogos), não temos mais de 10 livres (curiosamente 5, é capaz de ser a média por jogo dos Corruptos)!!! O Cardozo não marca um golo de livre directo (competição nacional) à mais de 2 anos!!! Em 80% das bolas recuperadas pelo Benfica, em zonas adiantadas, que apanham o adversário desequilibrado, é sempre marcado falta contra o Benfica... O inverso raramente é falta... O critério disciplinar é uma anedota: o Ruben Ferreira corta um cruzamento com o braço, perto do risco da área, o árbitro até marca a falta, mas não mostra o amarelo, se fosse o Maxi ou o Cortez era amarelo, sem hesitações... Estas situações, normalmente não são considerados casos dos jogos, mas para quem assiste ao jogo, são demasiados evidentes. E é assim que os apitadores mais experientes, controlam os jogos... Intimidando os jogadores, que percebem muito bem o que se está a passar, enquanto os protegidos do Sistema, jogam com impunidade total... O Gaitán também tentou expulsar o Rossi, simulando uma agressão (estilo Josué), mas o Jorge Sousa nem hesitou: siga jogo!!!
- O lance mais evidente de prejuízo ao Benfica, foi o penalty no último minuto: não compreendo como é que alguém defende que o Artur fez penalty por tocar com o braço na coxa do Derley, e depois diga que o Lima, não sofre penalty, quando também é derrubado com um toque na coxa, e desta fez por trás!!!
- O fora-de-jogo milimétrico no 2.º golo do Marítimo até deixo passar, já que seria sempre difícil de marcar. Aceito que seja considerado 'em linha', só tenho 'pena' porque se fosse ao contrário, a bandeirinha seria levantada!!! Espero que não tenham sido enganados pela 'linha' da SportTV, que parou a 'linha' quando lhe convém!!! A mesma SportTV que no penalty do Derley, nunca mostrou a câmara de fora-de-jogo!!!

Em Setúbal, o Capela, conseguiu o milagre de sair da Jarra, onde acabou a época anterior, para o melhor árbitro da jornada!!! Sim, A Bola considerou o trabalho de João Capela, a melhor arbitragem da 1.ª jornada!!!
O facto de ter expulsado de forma ridícula o guarda-redes do Setúbal parece que não preocupa os funcionários do Censor Serpa... O facto do Setúbal ter marcado um golo, que não foi considerado, também não interessa... O lance na 1.ª parte, na baliza do Setúbal, também me deixa dúvidas, mas não existe maneira de tirar as medidas à posição da bola, agora o lance da 2.ª parte, o jogador dos Corruptos, tem a perna claramente dentro da baliza, quando tira a bola...
E pronto, depois do Celta, foi a vez do tradicional empurrão da 1.ª jornada. E é assim que se constroem equipas com confiança, grandes treinadores, e até jogadores banais passam a internacionais num instante!!!
Uma nota especial de agradecimento aos Setubalenses que souberam receber como merece a comitiva Corrupta:


Em Alvalade e em Paços, aparentemente nada de especial se passou, a não ser a euforia Lagarta... Parece que o Arouca foi Campeão Europeu na época anterior!!!

Anexos:
Benfica
1.ª-Marítimo(f), D(2-1), Jorge Sousa, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)

Sporting
1.ª-Arouca(c), V(4-1), Rui Costa, Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Setúbal(f), V(1-3), João Capela, Beneficiados, Impossível contabilizar

Braga
1.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Bruno Paixão, Nada a assinalar

Épocas anteriores:

Uma coluna erguida no meio da Arena

"Recentemente, o Benfica viajou até Nápoles. Momento ideal para que se recorde aqui o primeiro jogo realizado em solo italiano, frente ao Milan, no longínquo 29 de Junho de 1956.

« alterações na linha do Benfica», anunciava Tavares da Silva, enviado a Milão. E prosseguia: «Palmeiro, em virtude do entorse no pé direito, com ligeiro derrame, sofrido no treino de quarta-feira, não alinhará, sendo substituído pelo jovem Isidro. (...) Deste modo, no Estádio Arena, a equipa do representante português alinhará com a seguinte formação: Bastos; Jacinto, Artur e Ângelo; Caiado e Alfredo; Isidro, Coluna, Águas, Salvador e Cavém. (...) Os jornais italianos, nas suas edições de hoje, salientam a classe do Benfica, dando a indicação dos jogadores internacionais que fazem parte da equipa, citando Ângelo como sendo o melhor defesa português, e Águas que classificam como 'mestre no remate'. Mostram ter, também, conhecimento perfeito do padrão de jogo e da colocação da defesa, da linha média e do ataque no grupo 'encarnado'. No entanto, todos os prognósticos se mostram favoráveis ao Milão, que alinhará com a seguinte disposição: Buffon; Maldini, Pedroni e Zaggati; Liedholm e Radice; Mariano, Bagnolo, Del Monte, Schiaffino e Frignani.»
Datam estas linhas de 29 de Junho de 1956.
O Benfica disputava a Taça Latina com o Milan, o Atlético de Bilbau e o Nice.
Agora que o Benfica acaba de jogar um particular, em Nápoles frente ao Nápoles, nada como recordar esse Milan- Benfica, primeiro de todos os jogos que o Benfica realizou em Itália. Mesmo que não seja assim de tão boa memória... Como aliás não têm sido de boa memória as viagens do Benfica a Itália. Só que a História é mesmo assim, e não se reescreve, pelo menos por gente séria já que a outros se lhes reconhece a arte para o revisionismo, conivente e conveniente.

Contra os ventos do infortúnio
O espanhol Arque foi o árbitro. O Benfica perdeu, por 2-4. Ficou afastado da final (que já tinha ganho em 1950), mas venceria depois o Nice para o terceiro e quarto lugares. Ainda assim mereceu elogios. Da pena de Tavares da Silva, que foi um dos grandes jornalistas da história do desporto em Portugal. Vamos lê-lo, que a sua verve é bem mais brilhante do que a nossa.
«Embora vencido, e tal hipótese figurava em todas as previsões, o Benfica teve, como se esperava, presença honrosa e digna, mas também desafortunada, na  primeira eliminatória da Taça Latina (7.ª Edição, ou Edição de 1956...). O sorteio caprichou em lhe opôr o Milão, segundo classificado do campeonato italiano e semi-finalista da Taça dos Campeões Europeus, e logo isso constitui uma desvantagem - porque o desafio seria em Milão, precisamente... Mas a fatalidade perseguia os vice-campeões de Portugal, brilhantes vencedores da taça de 1950.
Preparando-se cuidadosamente para o grande encontro, tratando de colocar a equipa 'au point', quer física quer psicologicamente, o SLB teve pouca sorte de se ver privado de Costa Pereira, 'keeper' de muitos recursos e um dos esteios da defesa, e de Palmeiro, seu melhor avançado, jogador de fibra e presentemente em óptima condição. Duas baixas, evidentemente, de muita importância, ambas influindo no rendimento e nas possibilidades da turma de Otto Glória. (...) Mas o azar dos portugueses não se ficou por aqui. A arbitragem do espanhol Arque foi manifestamente contra o Benfica, em especial na primeir aparte, durante a qual assinalou faltas inexistentes, quebrando o ritmo do grupo e perturbando o próprio público.»
Reza a crónica que o Benfica da segunda parte, com a subida de Caiado, foi mais pressionante, mais rápido e mais equipa do que os milaneses. De pouco serviu. A desvantagem de 0-2 trazida da primeira parte era excessiva para a voluntariedade dos portugueses. Mariani e Schiaffino tinham dado ao Milan um fôlego suplementar. E agora, com o relógio dobrando a esquina dura da segunda metade, nem o golo de Coluna, a reduzir para 1-2, serviu ao Benfica para assinar a reviravolta. Jogando em contra-ataque, os italianos estavam no seu elemento. Schiaffino, o predador uruguaio, fez o 3-1 e sentenciou a partida.
Caiado ainda voltou a reduzir a vantagem milanesa com um remate espectacular, de longa distancia, mas Bagnoli fez pouco depois o 4-2, segurando uma eliminatória que nem novo remate estrondoso de Caiado, à trave de Buffon, pôs em causa. Quanto às figuras de vermelho vestidas, que fique de novo Tavares da Silva com a firmeza do verbo: «No Benfica, Coluna foi o melhor de todos, impetuoso, abrindo sucessivas brchas na defesa oposta, fazendo boas passagens. Também Salvador jogou bem, particularmente no aspecto de manobra táctica, e Isidro cumpriu. Mas já a defesa, de modo geral, esteve abaixo das suas reais possibilidades, mesmo o fogoso Ângelo que não conseguiu atingir a craveira habitual.»
Itália de más memórias..."

Afonso de Melo, in O Benfica