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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Vermelhão: Turim é vermelho!!!

Juventus 0 - 2 Benfica


A época da montanha-russa continua, e desta vez, com mais um grande jogo, com mais uma grande vitória, num Estádio, que nos tem dado grandes alegrias nos últimos anos (exceto a Final com o Sevilha!). Parece-me claro que o Lage, nestes jogos onde jogamos com o bloco mais baixo, cujo o adversário tem a iniciativa de jogo, tem preparado as partidas muito bem... e mesmo sem jogadores muito rápidos na frente, temos conseguido fazer transições rápidas apoiadas, com sucesso! E se com o Barça nos roubaram a vitória, hoje não demos hipóteses, com o resultado a pecar por escasso!

Principalmente no 1.º tempo, devíamos ter marcado mais golos, o 0-1 ao intervalo era escasso, e ainda temi que nos fosse fazer falta!

A grande incógnita, no pré-jogo, era perceber como o Carreras ia ser substituído. Acabou por ser o Bah a jogar adaptado, e até esteve bem... com ajuda do Andreas. Acabou por falhar uma antecipação, que o resto da equipa retificou... e obrigou o Cãoceição a fazer os cruzamentos mais expectáveis (com este tipo de adversários, deve-se mitigar os perigos...!) E ainda teve tempo de fazer a assistência para o 1.º golo!

A titularidade do Di Maria, não me agradou... mas como o jogo decorreu, acabou por ser importante ter o Akturkoglu fresco na última meia hora! Aliás, as substituições, hoje, foram perfeitas!

Mas o MVP foi claramente o Tino (apesar do golo e assistência do Pavlidis)! Recuperou quase tudo, jogando limpo, praticamente sem faltas, compensando nas faixas... esteve em todo o lado! Grandíssimo jogo! Nota de destaque também para o Trubin, que sem fazer defesas impossíveis, acabou por estar muito seguro, transmitindo tranquilidade...

Agora, Mónaco (outra vez), ou Brest. O mais importante para mim, é adiar o jogo com o Santa Clara, poderá ser fatal jogar em São Miguel a meio duma eliminatória da Champions, para as nossas aspirações na Liga e na Champions!!! Pessoalmente, preferia o Brest, não gostaria de voltar a defrontar o Mónaco... ganhámos o confronto direto, mas foi um daqueles jogos, onde a nossa eficácia foi grande! Em caso de vitória nesta eliminatória, em Março teremos confronto com o Barcelona ou o Liverpool!!! E apesar do desejo de vingança com os Catalães, preferia o Liverpool...!!!!


Mas, isso será determinado na Sexta, no sorteio, o mais importante agora é recuperar para Domingo vencer na Amadora. E como foi visível em Rio Maior as boas exibições Europeias, não valem pontos no Campeonato!!! È preciso recuperar fisicamente, preparar mentalmente os jogadores, e encontrar a forma mais eficaz de ultrapassar o 'Muro' adversário. A goleada na Taça, não serve para nada...


Uma nota final sobre a polémica da semana: Inacreditável como temos supostos Benfiquistas, mais interessados nas próximas eleições, do que nas vitórias do Benfica. As exibições e resultados podiam ser melhores, mas o Benfica já venceu a Taça da Liga, e mantém-se nas outras competições...
Se querem criticar a Direção, critiquem a forma passiva como o Benfica continua a permitir à CMTV acesso ao Estádio da Luz... Critiquem a forma passiva como preparámos as eleições na FPF e na Liga! Agora, tentar despedir o treinador semana após semana, e atacar os jogadores sempre que o resultado não agrada, é uma canalhice, para quem se diz Benfiquista!


Novo empate...


Benfica 0 - 0 Estrela


Continuamos sem vencer, em mais um jogo onde fomos superiores, mas não conseguimos marcar...

Benfica: Além do início


"A equipa do Benfica tem sido por vezes penalizada por inícios hesitantes, que condicionaram alguns dos seus jogos. Ultimamente tal ideia tem sido revertida com uma abordagem mais enérgica no início das partidas. O Benfica começou bem e a marcar, nos seus dois últimos confrontos, em tudo diferentes, sendo as competições e os adversários incomparáveis. De comum só mesmo o resultado final adverso.
Com o Barça, o resultado desiludiu, mas não beliscou o orgulho da equipa, mesmo num claro desperdício pontual. Frente ao Casa Pia, o Benfica deu mostras de reação positiva, mas um par de erros precipitou o empate e com ele destapou as mazelas físicas e emotivas que o desaire europeu deixou.
Ante um Casa Pia personalizado, o Benfica foi incapaz de responder às falhas cometidas. Quem diria que um começo de jogo forte e inspirado, que levou a um golo madrugador, ainda daria em depressão.

Abrir a porta
Ninguém ignora a delicadeza do momento, muito menos quem conhece bem a realidade como Lage.
Abrir a porta ao momento ou fechar a cortina e assobiar como se nada fosse?
Pasmo a arrogância com que se julga, na maioria dos casos com pouco conhecimento e vivência prática nula.
Sabemos que na atualidade comentadora o lado negativo das questões é sempre mais produtivo. Mas valorizar alguns desabafos num momento de alta tensão ou esmiuçar a maneira como foram ditos, em que o nervosismo é evidente, é justo?
Voltando ao tema do momento, será assim tão descabido o responsável criticar comportamentos táticos dos próprios jogadores, quando isso é mais que evidente num espetáculo público e tão popular? Será mais aceitável no final dos jogos os jogadores irem bater palmas aos insultos de que são invariavelmente alvo quando perdem, só porque sim? Porque não alargar o sentimento crítico do treinador ao público que não conhece a parte de dentro do fenómeno?
O treinador tem a responsabilidade (grande) de globalmente preparar a equipa, escolher os jogadores e substitui-los, quando acha por bem. Aquilo que Lage fez, expõe, mas humaniza a figura do treinador e a sua responsabilidade específica. O sucesso é a cara de quem faz golo. Já a derrota tem obrigatoriamente a cara do mister. Lage promoveu espontaneamente ou não, mais ou menos refletido, o encontro com um grupo de adeptos que de alguma maneira representavam o universo de quem acompanha o Benfica. A verdade é que o universo alargado recebeu a mensagem. Os jogadores é que jogam e como tal também devem ser responsabilizados como o seu líder o é, continuamente.

Público e privado
Outro exemplo complicado do dia a dia de um treinador prende-se com as substituições. Também aqui o assunto se divide entre o público e o privado. Este é mais um tema interessante e bem complexo da gestão do treinador na competição e na sua relação com os jogadores.
A prová-lo, a quantidade de episódios que este fenómeno provoca e a sua diversidade, que dão origem a diferentes situações, algumas delas difíceis de gerir pelo líder.
Poucos são os temas sobre os quais tenho escrito que não me trazem memórias que vivi ou que recordo ver outros viverem, que agora partilho com quem se interessa pelo futebol no seu todo.
Substituições públicas: Recuando algum tempo (...), lembro o meu colega e eterno amigo António Pacheco, ainda no tempo das duas únicas substituições. Embora ótimo jogador, o António era dos mais frequentemente sacrificados. Reguila como ninguém, dizia em voz alta para os treinadores ouvirem, que no banco só havia a placa com o número dele, o oito. «Sou sempre eu! Não há mais placas?» Dá para perceber, como o caso do Pacheco, que ser o escolhido em dez, afeta o orgulho de qualquer craque, ainda mais quando aos olhos do público.
Substituições privadas: algo bem diferente é ser substituído durante o intervalo. Avisar o jogador que vai sair nunca é um momento simpático. Não incluindo a mesma exposição pública, também cria por vezes um ambiente que não se quer no balneário, quando ainda há uma parte por jogar. Nada que não se resolva, mas são frequentes as indisposições e revolta dos escolhidos para sair. Faz parte."

Benfica, Sporting e A BOLA: hoje é dia de fazer contas à vida


"A BOLA faz anos, mas o mundo pula e avança. Sporting joga hoje por mais uns milhões, no Benfica a questão está longe de resumir-se ao dinheiro que venha ou não a entrar

Hoje fazemos contas a 80 anos de vida. A mais de 18.500 edições, a caminho das desejadas 19 mil, à herança que os fundadores nos deixaram, ao legado que enormes jornalistas nos obrigam a honrar, in memoriam alguns, outros felizmente ainda entre nós, para nos escrutinarem e nunca nos deixarem trair a matriz essencial de A BOLA: liberdade, responsabilidade, compromisso com o leitor, compromisso com o Desporto e busca pela verdade possível. Sabendo, todos nós, que a verdade é um conceito relativo. Quem não perceber isto percebe muito pouco de pouca coisa, sobretudo no Mundo em que vivemos hoje.
A BOLA celebra os 80 anos sem tempo para grandes fuzuês (foi de propósito o uso de um termo do Português do Brasil), porque temos a urgência do amanhã no jornal de papel, como desde 1945, e temos a urgência do agora, no século 21, com o jornal online, a TV e as redes sociais.
Nesta urgência inscrevem-se outras contas: as dos clubes portugueses na Liga dos Campeões. É já esta noite que Sporting e Benfica saberão se são capazes de garantir mais um milhão de euros por acederem ao play-off e aspirarem, por consequência, a mais 11 milhões pela presença nos oitavos de final.
Ambos tiveram as chaves do apuramento precoce nas mãos e ambos o deixaram fugir, por uma razão ou outra. Mas estão na luta e nem sequer precisam de milagres — apenas de saberem ser iguais a si próprios e honrar histórias ainda mais antigas que a dos 80 anos de A BOLA (embora elas corram juntas).
O Sporting vem em crescendo nacional, depois de enorme turbulência. Caiu também na Champions e colocou-se à mercê da última jornada. Recebe o Bolonha e mal será que não consiga o objetivo mínimo de conquistar um ponto. Mesmo que não o alcance, fica dentro das expectativas dos adeptos, que se centram no bicampeonato. Talvez fique aquém das da direção, porque contas são contas e será menos dinheiro a entrar nos cofres.
O Benfica joga um pouco mais em Turim. Joga o futuro imediato de um treinador que se atravessou perante adeptos especiais (o Benfica não tem claques, recorde-se) de forma pouco elegante. Expôs o balneário e a direção, além de se ter exposto a si próprio. Fez depois questão de dizer que toda a entourage ouviu a conversa com os adeptos. Rui Costa prometeu falar depois do jogo com a Juventus. Será sempre mais fácil, dê por onde der. Vamos ver é das contas...."

Acreditemos


"Escrevi há oito dias: “Agora que tudo parece bem e que nem Di María nem Aursnes parecem insubstituíveis, é bom lembrar que a euforia é tão traiçoeiramente efémera como a descrença…” e, gracejando com as quatro vitórias em nove dias, alertei para não se ir do “…nove ao noventa” pois o difícil mês de janeiro ainda não tinha terminado. Oito dias depois, cá estamos no “nove,” depois de duas derrotas que podiam e deviam ter sido vitórias, uma delas épica, e por culpa própria pois “aconteceram demasiado erros, não fomos competentes, há coisas que têm de mudar” e, com o Casa Pia, sobretudo e sublinho, “não fomos a equipa que quer ganhar o campeonato”. Assim mesmo, à boleia de Bruno Lage e de Otamendi, que hoje ajudam a escrever este artigo, o diagnóstico do que se passou no jogo de sábado, e depois de mais de hora e meia de vontade, intensidade e talento na Europa em que o holandês do costume envergonhou o futebol como de costume. Mas, agora que treinador e capitão fizeram o diagnóstico, era bom que apresentassem a terapêutica e ajudassem a escrever o próximo artigo, corrigindo os erros e mostrando que querem mesmo ganhar o campeonato e antes que seja tarde.…É bom saber que equipa técnica e plantel percebem o que não está bem, mas muito mais importante é que o corrijam e já depois de amanhã num jogo muito difícil e numa competição em que o Benfica tem ultrapassado esta fase que, também ela, já devia estar garantida. Acreditemos.

PS - Este artigo recorreu apenas a palavras que foram ditas publicamente e não a outras que apareceram no espaço público e que resultam da prática de um crime."

As sobrancelhas do Lage


"O pobre Lage achou por bem esclarecer um conjunto de adeptos, depois de o Benfica levar três do Casa Pia. Lage foi temerário? Temerário não é o termo. Lage foi néscio. Foi para além do razoável no papel de treinador-adepto que decidiu para si. E depois sentaram o pobre diabo na liça, diante da imprensa.

Como inaugurar uma coluna que se propõe carregar, sem dó, nem piedade, contra a aparelhagem dessa deformidade, dessa imensidão, desse incontestável “futebol moderno”? Assim, simples: basta esquecer o futebol por instantes e esperar que a modernidade se manifeste. E eis que, em todo seu grosseiro esplendor, ela se encarrega de nos fornecer material de primeira categoria.
Chega assim ao meu cuidado, e em primeira instância, o “Áudio do Lage” - como se tornou conhecido o fenómeno. Enviou-me um amigo e depois outro: em ambos a mesma simplicidade de meios, o mesmo absentismo comunicativo; nem um adjectivo, nem um “francamente” que fosse. Apenas aquele singelo e vil quadradinho com a inscrição “Áudio de Bruno Lage após o jogo com várias críticas ! 👀 #benfica #slb #slbenfica.”
E o problema é este, caro leitor. Todos se insurgem contra o pobre Lage. Todos se levantam a favor do pobre Lage. Mas ninguém pronuncia uma sílaba que seja a favor da mais elementar decência; a favor daquela, em tempos, consensual norma de convivência que nos diz que, em princípio, talvez não seja o mais correto gravar uma conversa sem autorização dos participantes. Em podendo, é evitar; alguém sábio diria.
Está visto que não é assim. A norma social parece ser um vestígio de Conímbriga, com direito a seu próprio “Centro de Interpretação”; ou então sou eu a alucinar. É que nem o próprio Lage, debaixo daquelas sobrancelhas de Philip Pirrip, na lamentável conferência de imprensa de que foi protagonista (já lá vamos), se mostrou capaz de enxergar: “Foi uma conversa que eu pensava privada, veio a público e, estamos aqui hoje para esclarecer tudo sobre essa conversa”, disse. E pronto, siga, venha a próxima, está a andar, tudo normalíssimo.
Voltemos atrás. O pobre Lage achou por bem esclarecer um conjunto de adeptos, depois de o Benfica levar três (3!) do Casa Pia. Lage foi temerário? Temerário não é o termo. Lage foi néscio. Foi para além do razoável no papel de treinador-adepto que decidiu para si? “Para além do razoável” não é a expressão. Lage ousou Andrómeda. Mas nem a mais napoleónica nabice, nada justifica que se considere normal gravar conversas. E mandá-las para a vasta, mundialíssima rede onde todos parasitamos.
E depois sentaram o pobre diabo na liça, diante da imprensa. Era só baba e sobrancelhas. Escreveram-lhe a rábula e lá ficaram os três a assistir ao suicídio. Iago, Lady Macbeth e Ricardo III, na primeira fila, expressão grave e senatorial; enquanto o pobre-diabo esgravatava pelos seus dois tostões de dignidade. Discurso ensaiado e sobrancelhas a arder, o pobre Lage dizia coisas como “Alinhado com estas três pessoas que estão aqui à minha frente.” Vinte minutos da mais exemplar vergonha alheia de que sou capaz de recordar. Piores mesmo que aquela segunda parte em Rio Maior. Por mais que nos quisesse convencer fosse do que fosse, aquelas sobrancelhas de revolução industrial, de órfão inglês à procura de uma concha, aquelas sobrancelhas diziam tudo.
Confesso: preferia ter começado isto de outra maneira. Exaltando o futebol que ainda é possível encontrar em “futebol moderno”, por exemplo. Mas as fintas do progresso são de um desembaraço só. Ficamos tão à toa que nem as vemos passar."

Dizem que somos loucos da cabeça


""Dizem que somos loucos da cabeça”, e se calhar somos mesmo, já que “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual”. O episódio de Bruno Lage no último sábado à saída do Estádio Municipal de Rio Maior é um sósia do da saída de Roger Schmidt do Estádio dos Arcos na época passada, com o pormaior de Lage ser Benfiquista, o que o fez dirigir-se aos adeptos sem insultos e de boa fé. Mas pior que uma série fraca, o Benfica atual é uma novela previsível que os fãs sustentam para que surjam novas temporadas. Algumas personagens mudam, mas o enredo repete-se. Os realizadores obstinam em não alterar o argumento e no fim a história é sempre a mesma.
A direção do Sport Lisboa e Benfica comete os mesmos erros de mercado, repete as falhas de planeamento do plantel, o presidente torna a abandonar a bancada antes do final dum jogo e volta a afastar-se do treinador e dos adeptos num momento em que devia vir a público dar a cara e comunicar com os mesmos. Tudo isto se repete, tudo isto é expectável, tudo isto ajuda ao afastamento dum ideal que hoje não passa de uma miragem. O clube encontra-se dividido e cada vez mais o está. Não falo da divisão de opiniões, dos diferentes pontos de vista sobre a direção, os candidatos, se o Kökçü deve jogar mais atrás ou mais à frente ou se o treinador faz as substituições bem ou mal e no momento certo. A matriz plural do clube é histórica, inequívoca, desejável e até fundamental na honra ao nosso legado.
No entanto, vêm surgindo ao poucos 2 lados gradualmente mais díspares e distantes. Dum lado temos o clube, do outro a sua massa associativa e adepta. Ambos são teimosos. O clube teima em não aprender com os erros do passado. Os adeptos insistem em encher estádios e pavilhões no apoio às suas equipas. O clube teima em aburguesar-se. Os adeptos manifestam a sua origem popular. O clube teima em afastar-nos. Nós insistimos em aproximarmo-nos. Desta luta o Benfica não sai a ganhar, mas também não sai derrotado, porque os sócios não deixam o Benfica cair. Permanecemos então num eterno empate até que algo mude, a luta acabe, e possamos lutar juntos do mesmo lado.
Até que isso aconteça, o que podem esperar dos adeptos e que certamente não vai mudar é o apoio ao Sport Lisboa e Benfica sempre pelo Sport Lisboa e Benfica, nem sempre apoio a uma decisão dum dirigente, nem sempre apoio a uma atitude dum atleta, mas sempre no apoio à instituição que nos une a todos, embora alguns não o queiram ou não façam por isso. Continuaremos aqui, porque amamos o Benfica, com certeza."

"O Muro"


""Nesta história, um Rei decide expulsar do seu Reino todos aqueles que são diferentes dele e construir um muro para os manter afastados. No entanto, este Rei rapidamente se apercebe de que, sem pessoas com diferentes talentos e conhecimentos, o seu Reino não poderá continuar a prosperar. Este livro, com texto e ilustrações simples e simbólicos, está repleto de significado e mensagens positivas sobre o valor da diversidade, aceitação das diferenças e integração."
Sempre gostei de livros infantis — ou de ilustração — porque são simples, diretos e até uma criança percebe a mensagem principal. Mais do que isso, são pedagógicos e acredito sinceramente que nos preparam para um mundo melhor. Contudo, aceito que, por vezes, sejam demasiado moralistas. E o excesso de moral tende a tornar-se um problema.
Um dos desafios com a crise de iliteracia atual é que há demasiada gente a confundir moral com mural e acabam a falar do que não sabem ou, pior, a tomar decisões contraproducentes. Por exemplo, não serve de nada fingir que se destrói o muro se a seguir passamos os dias a colocar arame farpado nas nossas relações.
Ao seguir prateleiras abaixo pela minha biblioteca, cruzo-me com o livro “Domingo Vamos À Luz”. Em 2010, os Letria, pai e filho, escreveram e ilustraram um livro singular sobre a importância de ir ao estádio em família. É uma história de pessoas, de amor e de futebol. Simples, como tudo deveria ser. Este é um dos meus livros de ilustração preferidos porque sempre acreditei que o Benfica não se faz de ódio, mas antes de amor. E esta é a lição a tirar para os tempos que se aproximam.
Este ano de 2025 tem de ser um ano de viragem. Vamos ter novos Estatutos do clube e isso representa uma vitória única dos sócios. De todos. E, alguns meses depois, vamos ter umas eleições fundamentais para o nosso futuro. Não é preciso ser vidente ou recorrer à IA para saber o que se aproxima, basta observar o passado e ter memória. Nos próximos tempos, vamos assistir a ataques pessoais, críticas violentas, acusações infundadas. Vai valer quase tudo para conseguir o objetivo. Resta saber se falamos de objetivos individuais e com agenda ou coletivos e destinados a um bem maior.
Isto é um apelo sincero para fazermos o Benfica em que acreditamos, aliás, para sermos o Benfica de 1904. Por isso, relembro que todas as candidaturas são válidas e necessárias, se vierem por bem e quiserem cortar com o passado — 11 razões ou penas de galinha não incluídas. Isto significa que temos a obrigação de ouvir-nos antes de julgarmos, de falarmos antes de discutirmos, de criar pontes antes de destruirmos amizades. A história — ou o Pimenta Machado — mostra-nos que o que hoje é verdade, amanhã é mentira, e não vale a pena gastar energia a atacar quem está do mesmo lado da barricada. Acreditem que vamos precisar de todas as munições para o último nível deste jogo.
Em jeito de último suspiro: este ano vai ser longo e só se levarmos a sério a expressão “De Muitos, Um” é que o futuro do Sport Lisboa e Benfica pode ser melhor e, sobretudo, será verdadeiramente nosso."

Desânimo


"Eusébio da Silva Ferreira e Miklos Féher: 2 nomes marcantes por motivos opostos no Benfica. Um fez parte da glória do bicampeonato europeu, outro jogou em pleno Vietname. Um fez da sua vida o Benfica, outro perdeu a vida aquando no Benfica. Um nasceu a 25 de janeiro, outro faleceu a 25 de janeiro.
Um dia de emoções agridoces para a nação benfiquista e que tinha todo o tempo e espaço para homenagens a 2 jogadores vincados na História do Sport Lisboa e Benfica. Este ano, tínhamos a oportunidade de homenagear os 2 contra o Casa Pia com uma vitória ou, no mínimo, uma cerimónia para relembrar as memórias dos 2.
Tal não aconteceu.
Uma equipa desmoralizada, depois do jogo contra o Barcelona, afunda-se ainda mais após mais uma derrota. Os adeptos, frustrados e descontentes, elevam os protestos. A Direção, de novo, abandona o navio e não aparece quando é preciso. O treinador, em frente aos adeptos, a pedir apoio para resolver "esta merda". Todos nós pensávamos que a história desse dia ficava por aí.
Tal não aconteceu.
Um áudio de Bruno Lage vem à tona, onde ele põe o dedo em todas as feridas e em todos os problemas presentes dentro do Benfica.
"Finalmente, alguém lá dentro revolta-se contra quem está lá em cima", pensei eu.
Tal não aconteceu.
No dia a seguir, de manhã, Carlos Nicolia põe um desabafo num story do Instagram a falar das lutas internas, corrupção e alianças obscuras dentro do Benfica. Se haviam suspeitas destas coisas por parte dos adeptos, um atleta com o repertório do Carlos Nicolia declarar tais coisas é a confirmação disso. No mesmo dia, às 17:30, Bruno Lage aparece a falar para a imprensa a esclarecer o conteúdo do áudio, onde ele tenta desculpar-se do que disse.
Pequeno detalhe: Rui Costa, Lourenço Coelho e Rui Pedro Brás estavam na 1ª fila da plateia a ver este triste espetáculo.
Este fim de semana, pela primeira vez desde que me lembro, senti desânimo pelo Benfica.
Nunca pensei dizer isto.
Um clube que me chamou à atenção pela cor das camisolas, que me enfeitiçou com as suas vitórias, que me cativou com as pessoas que conheci por causa dele e que me apaixonou com a sua História jaz moribundo perante os meus olhos.
Pior: Benfiquistas de barba rija e que sabem a mística do clube há muito mais tempo que eu estão a padecer do mesmo desânimo.
Isto, sim, aconteceu. E nunca perdoarei quem me fez sentir assim pelo "Incomparável" Sport Lisboa e Benfica.
Mas há uma coisa que ainda me deixa com esperança: Está nas mãos de todos nós terminar de vez com este capítulo na nossa História.
Viva o Sport Lisboa e Benfica."

Demoramos muito mais?


"25 de janeiro. Um dia que deveria ser um marco para todos os benfiquistas. Um dia em que celebrámos o nascimento de Eusébio da Silva Ferreira, o nosso Pantera Negra, aquele que não só representou o Benfica como elevou Portugal aos olhos do mundo. Um homem que encarnou a verdadeira mística benfiquista: talento, garra, humildade e lealdade. Mas 25 de janeiro é também um dia de dor, porque nos lembra da partida trágica de Miklós Fehér, cujo sorriso permanece gravado na memória de todos os que viveram aquele fatídico momento. Dois símbolos de um clube que um dia foi sinónimo de grandeza, dentro e fora de campo.
Num dia destes, em que deveríamos glorificar a memória destes dois senhores, o que fez o Benfica? Perdemos em Rio Maior contra o Casa Pia. Uma derrota que, por si só, já é humilhante para um clube com o nosso historial, mas que foi apenas o início de uma noite que terminou da pior forma possível: com a divulgação de um áudio gravíssimo, onde Bruno Lage, numa conversa informal com adeptos, critica jogadores, a direção e expõe as fraquezas de um clube que, de forma quase inexplicável, parece ter perdido o controlo sobre o próprio destino.
E se isto já não fosse suficientemente mau, no dia 26 de janeiro, tivemos o triste espetáculo de uma conferência de imprensa convocada pelo clube. Um momento que, em teoria, deveria servir para apaziguar os ânimos, mas que rapidamente se transformou num exemplo claro da falta de liderança, estratégia e até respeito pelo símbolo que todos carregamos no coração. Não há como descrever o que foi aquilo. Uma sucessão de declarações vazias e incoerentes, que em nada ajudaram a resolver os problemas. Pelo contrário, só vieram reforçar o ambiente de desespero e desorganização que se vive no Benfica.
Seria fácil, neste momento, culpar Bruno Lage. Apontar o dedo às suas opções táticas, questionar as suas decisões de jogo ou até lembrar a incoerência entre o que disse no áudio e as declarações públicas que fez. Seria fácil lembrar o papel a que se propôs quando regressou ao clube: a bajulação ao presidente no dia da apresentação, os abraços aos jornalistas — uma teatralidade que contrasta com as acusações que fez em 2020, quando insinuou que muitos desses mesmos jornalistas estavam "comprados" para facilitar a sua saída e colocar Jorge Jesus no comando.
Mas focar tudo isso seria ignorar o elefante na sala. Porque o problema do Benfica não está apenas no banco. Está no topo, nas escolhas que têm sido feitas ao longo dos anos, nos erros que se repetem e na falta de responsabilidade de quem deveria liderar o clube com visão e competência.
E é aqui que se deve olhar para a história do Benfica e perceber a transformação que o clube sofreu ao longo das últimas décadas. Olhemos para os tempos áureos, para as grandes figuras que marcaram o clube. João Santos, Jorge de Brito, Fernando Martins, entre outros. Dirigentes de outra estirpe, com um grau de exigência e competência à altura da grandiosidade do Benfica. Homens que sabiam o que o Benfica representava, que tinham uma visão clara do clube como uma potência nacional e internacional. Dirigentes que entendiam a importância de um clube grande, e que sabiam que o sucesso não se constrói apenas com orçamentos inflacionados ou com jogadores caros. Era necessário trabalho, visão, e uma base sólida.
Como é possível, então, passarmos de quadros tão elevados para a perpetuação da mediocridade que hoje nos é imposta? O que aconteceu ao Benfica de João Santos, que acreditava num Benfica voltado para a excelência, num Benfica que se preparava para dominar a Europa? O que aconteceu ao Benfica de Jorge de Brito, que com visão e determinação, levou o clube a conquistar títulos históricos e a ser um dos maiores clubes da Europa? E onde estão as grandes ambições de Fernando Martins, que soube construir uma equipa competitiva e com mentalidade vencedora? O Benfica de hoje parece distante, incompreensível, um reflexo de algo que se perdeu ao longo dos anos.
E aqui entram os últimos cinco presidentes do clube: Manuel Damásio, Vale Azevedo, Manuel Vilarinho, Luís Filipe Vieira e Rui Costa. A transição entre esses nomes é uma transição entre o possível e o impensável.
Comecemos com Manuel Damásio, uma figura que passou pelo Benfica num período de forte instabilidade. Damásio não conseguiu deixar qualquer legado positivo no clube, muito pelo contrário. O seu tempo foi caracterizado por uma gestão desastrosa, com erros de avaliação em diversos níveis, e, sobretudo, com um desprezo pela história e identidade do clube. Durante o seu mandato, o Benfica foi vítima de uma crise financeira e institucional, com decisões que levaram o clube a um estado de completa desorganização.
Vale Azevedo, por sua vez, teve um impacto negativo ainda mais profundo. Assumiu a presidência com promessas de recuperação e sucesso, mas rapidamente revelou a sua verdadeira face. O seu mandato ficou marcado por escândalos financeiros e a falência de um projeto desportivo que nunca teve os pés bem assentes na terra. As suas escolhas, as suas atitudes e, sobretudo, a sua gestão leviana levaram o Benfica a um dos períodos mais sombrios da sua história recente. Vale Azevedo não foi apenas uma má escolha, foi um verdadeiro golpe naquilo que o Benfica representava enquanto clube. O seu legado é de caos, descredibilização e perda de identidade.
Já Manuel Vilarinho, um dos responsáveis pela transição do Benfica para os tempos modernos, esteve à frente do clube num momento crucial, mas suas decisões, principalmente no que diz respeito à gestão desportiva, deixaram muito a desejar. A sua maior falha foi o despedimento de José Mourinho, num dos maiores erros da história recente do clube. Optou por não confiar na visão de um treinador que viria a ser um dos maiores de sempre, e com isso condenou o Benfica a perder uma oportunidade de ouro para se afirmar no futebol português e quiçá europeu. Vilarinho também foi o responsável por abrir as portas a Luís Filipe Vieira, que viria a assumir o comando do clube de forma definitiva. Porém, essa escolha também se revelou um grande erro.
Luís Filipe Vieira chegou ao Benfica com promessas de crescimento e ambição. No início, parecia ter a capacidade de devolver o clube ao topo. Mas rapidamente se viu ao que vinha. Luís Filipe Vieira soube jogar com a política, mas falhou ao tentar conciliar isso com a gestão desportiva. O seu legado no Benfica é de uma gestão de promessas não cumpridas, de orçamentos desmesurados e de uma equipa frágil. Os anos em que Vieira esteve à frente do clube foram marcados por uma excessiva dependência da sorte e por uma gestão de resultados imediatos. A curto prazo, teve algumas vitórias, mas a longo prazo, o seu legado serviu apenas para destruir o que restava de grandeza no clube. Em vez de construir um futuro sólido, deixou o Benfica num estado de fragilidade institucional, financeira e desportiva.
Por fim, chegamos a Rui Costa, um homem que deveria ter trazido a serenidade e a estabilidade que o clube tanto necessitava após a era de Luís Filipe Vieira. Mas, como se viu, Rui Costa não estava preparado para enfrentar os desafios de liderar um clube da dimensão do Benfica. A sua gestão, juntamente com as mesmas pessoas que estavam com Luís Filipe Vieira, foi uma tentativa de mascarar a incompetência e as falhas da gestão anterior. Rui Costa nunca teve a capacidade de implementar uma estratégia a longo prazo, e a sua tentativa de arranjar soluções rápidas e superficiais não tem funcionado. Além disso, os vícios do passado, os mesmos problemas estruturais e financeiros, continuaram a assombrar o Benfica, e Rui Costa mostrou-se impotente para lidar com esses desafios. O resultado? Um clube à deriva, sem rumo, sem liderança clara, e com uma imagem completamente desgastada.
Como é possível que o Benfica tenha sido capaz de ter dirigentes de alto calibre, e agora, depois de tanto tempo, sejamos capazes de aceitar a perpetuação da mediocridade? Como é possível que um clube com tanto potencial esteja a navegar à deriva, sem rumo e sem propósito?
Demoramos muito mais? Talvez. Mas a resposta a essa pergunta só depende de nós. O Benfica precisa de uma liderança forte, visionária e que coloque os interesses do clube acima de tudo. Precisamos de voltar a acreditar, de voltar a lutar pelo nosso clube como ele merece. Precisamos de devolver ao Benfica a grandiosidade que sempre teve, e que, por tantas razões, parece ter perdido ao longo dos anos.
Enquanto houver estrada para andar, continuaremos. Porque ser Benfica é mais do que ganhar. É lutar pela grandiosidade. É lutar pelo legado de Eusébio, de Fehér e de tantos outros que fizeram do Benfica o clube que todos amamos. E não podemos, não devemos aceitar menos do que isso.
Nem agora, nem nunca. Porque, enquanto houver quem acredite no que o Benfica pode ser, o nosso caminho continuará. Nem que seja nos distritais, no meio de nenhures, à chuva, vamos continuar. Por Eusébio. Por Fehér. Pelo Benfica."

Lutar pelo apuramento


"O Benfica joga em Turim frente à Juventus (20h00) e o objetivo é disputar a fase seguinte da Liga dos Campeões.

1. Objetivo: passar
O treinador do Benfica, Bruno Lage, salienta: "Temos mais uma oportunidade para garantir pontos que nos possam fazer seguir em frente na prova. Preparámos o jogo para vencer. Queremos colocar em prática tudo o que sabemos, aquilo que já mostrámos, a qualidade dos nossos jogadores, a qualidade da nossa equipa, a competência de todos, mostrar a nossa união, mostrar a nossa determinação, porque queremos muito seguir em frente na prova."

2. Seguir em prova
O capitão de equipa, Otamendi, refere que o grupo de trabalho está "100 por cento com o treinador", aborda o desafio "com a mentalidade de que é um jogo de Champions, uma bonita partida, contra um grande rival" e pretende "fazer um bom jogo" para se poder classificar para o play-off e "tratar de ir avançando".

3. Muita confiança
Numa curta declaração no aeroporto de Lisboa, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, manifesta "muita confiança, muita esperança para o jogo" e afirma: "O foco é unicamente o jogo que temos para fazer, de grande importância para nós."

4. Informações para os adeptos
Informações úteis aos Benfiquistas que se deslocam a Turim para apoiar o Benfica.

5. O sonho do Edoardo
Uma iniciativa conjunta do Futebol Profissional e da Fundação Benfica.

6. Receitas operacionais 2023/24 em destaque
A vertente masculina do futebol do Benfica surge no 25.º lugar e a feminina no 14.º lugar no Football Money League 2025, relatório anual elaborado pela Deloitte. O Benfica é o único clube português no top 30.

7. Reforço
A norueguesa Rakel Engesvik já está às ordens de Filipa Patão.

8. Últimos resultados
A equipa B empatou 1-1 na visita ao Torreense. No hóquei em patins feminino, vitória por 18-1 frente à Stuart Massamá.

9. Jogos do dia
Além do embate em Turim, o Benfica tem as seguintes partidas agendadas para hoje: às 17h00, os Sub-23 recebem o Estrela da Amadora; às 20h30, a equipa feminina de voleibol visita o Clube K.

10. Protagonista
Considerada a melhor guarda-redes de futsal do mundo pela quarta vez, Ana Catarina é a entrevistada da semana.

11. Troféu conquistado
A equipa feminina de luta do Benfica ganhou a Supertaça.

12. Tricampeonato distrital em análise
Os Sub-18 de basquetebol do Benfica renovaram o título distrital.

13. Bons desempenhos
Os jovens nadadores do Benfica estiveram em bom plano ao serviço da Seleção Nacional.

14. Fundação Benfica: 16 anos
Em entrevista à BTV, o presidente executivo da Fundação Benfica, Carlos Moia, faz um balanço da atividade e dos projetos em curso."

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Mercado - Svensson, Arthur Cabral e Falcao

Zero: Tema do Dia - Neymar no Santos: o que esperar do regresso do príncipe?

Observador: E o Campeão é... - Champions. É possível ver 18 jogos ao mesmo tempo?

Observador: Três Toques - Transferências fogosas aquecem o mundo do futebol?

Zero: Negócio Mistério - S03E19 - Branco...

Terra queimada!


"O Sport Lisboa e Benfica não está bem, mas divulgarem aquele áudio do Lage só prova que o afastamento do plantel à aproximação dos adeptos tem a sua justificação de ser e não existe por acaso.
Não dá para confiar...
E depois de recentemente termos conquistado um troféu (Taça da Liga) já querem deitar tudo fora e partir para a "terra queimada", mesmo ainda estando inseridos em todas as competições.
Não quero com isto desculpar o que ontem se passou em Rio Maior. Há que meter a mão na consciência e perceber o que correu menos bem. Doa a quem doer!
Cabe-nos apoiar incondicionalmente o clube porque é o nosso grande amor. 🔴⚪️🦅"

Obrigatoriedade de seguro


"De acordo com o Decreto-lei n.º 10/2009, de 12 de janeiro — aprova o Regime Jurídico do Seguro Desportivo Obrigatório —, os praticantes de atividades desportivas em infraestruturas desportivas abertas ao público e os participantes em provas ou manifestações desportivas devem, obrigatoriamente, beneficiar de um contrato de seguro desportivo. Do mesmo modo, os agentes desportivos devem beneficiar de um seguro de grupo, para participação em provas – seja ele disponibilizado pelas federações, pelos clubes ou pelos organizadores.
A responsabilidade pela celebração desse contrato de seguro cabe às federações desportivas, às entidades que explorem infraestruturas desportivas abertas ao público e às entidades que organizem provas ou manifestações desportivas.
Nestas entidades incluem-se também as entidades públicas, além das privadas, que organizem ou promovam provas ou eventos desportivos. Tal seguro deverá ter, como coberturas mínimas, os riscos de acidentes pessoais inerentes à respetiva atividade desportiva, nomeadamente os que decorrem dos treinos, das provas desportivas e respetivas deslocações, dentro e fora do território português, o que deverá incluir o pagamento de um capital por morte ou invalidez permanente, total ou parcial, por acidente decorrente da atividade desportiva, bem como o pagamento de despesas de tratamento, incluindo internamento hospitalar, e de repatriamento.
A falta de celebração de seguro nos termos da lei constitui contraordenação muito grave, punida com coima mínima de €500 e máxima de €3.000, por cada agente não segurado."

Brilhava ao sol e sombra o Homem dos Sete Pulmões


"No Bétis ficou O Mito Supremo. Luis Del Sol era um ciclone sobre o relvado de Villamarín

Em Sevilha, do lado bético, chamam-lhe El Mito Supremo. Claro que falar de bético em Sevilha significa falar do Real Betis Balompié, o clube, já que béticos são todos os andaluzes. E Luis del Sol Cascajares foi um dos grandes andaluzes do futebol apesar de ter nascido na vila de Arcos de Jalón, na província de Soria, Castilla y León, vale do Rio Jalón, afluente do Ebro, nas faldas da Sierra Ministra, entre Saragoça e Guadalajara, e o mais que se possa saber. Filho de um maquinista da antiga Compañía de los Ferrocarriles de Madrid a Zaragoza y a Alicante, aos dois meses já vivia em Sevilha levado ao colo de mãe e pai, entretanto transferido. Eram gente de trabalho, os Cascajares e os Del Sol. Apesar do nome que luzia à maneira dos Homens de Ferro de Cortéz. Mas a sua fidalguia limitava-se à labuta. Nove irmãos e um pai morto e ele ainda criança. Luis tinha catorze anos e dava duro na Industria Subsidiaria de Aviación. E jogava também na equipa de futebol da fábrica. Era bom demais para andar a trocar bolas com operários trapalhões. Tornou-se bom demais para jogar com muitos que que se limitaram a empurrar bolas a seu lado. Só não foi bom demais para jogar com Santamaría e Pachín, com Puskás e Di Stéfano, com Marquitos e Zágarra, com Paco Gento e Hector Real. Mas isso foi depois, em Madrid, noReal das cinco Taças dos Campeões consecutivas, momentos mais vitoriosos da sua vida. Em Portugal, Félix Marques Guerreiro, que passou pelo Benfica e pelo Atlético mas chegou ao auge em Setúbal, no Vitória, o magnífico Guerreiro que nos acompanhava nas peladas e amesendações à beira Sado, fez com que, à conta do seu futebol de luta contínua, os jornalistas o apelidassem de Del Sol.
Em Sevilha, quando assinou finalmente um contrato profissional com o Bétis, passou rapidamente a brilhar a sol ou sombra como se estivesse em La Maestranza. Aos 18 anos exibia o n.º 11 en las espaldas. Um ciclone sobre o relvado de Villamarín. Os antigos recordam-no como se recordassem Cayetano Ordoñez, José Gómez Ortega (El Joselito) ou Dominguín. Não por acaso foi batizado em La Macarena. E aprendeu menino, no bairro de San Jeronimo, no qual vivia ouvindo o chiar de ferro dos comboios, a frase que todos os sevilhanos sabem de cor: «La vida y el fútbol sólo son para los listos». Luis corria e corria e corria. Era possível vê-lo cortando com o orgulho de um Grande de Espanha um lance na sua grande área e depois partir à desfilada para concluir o golo do outro lado do campo como se fosse a estocada de Pedro Romero que matou o primeiro touro da Plaza de Ronda e, em seguida, matou mais de cinco mil touros no resto da sua vida. Cinco mil touros eram esperados em Itália quando saiu do Real Madrid para aJuventus por vinte e dois milhões de pesetas. Em Turim deram-lhe a alcunha de Settepulmoni e o Comunale rugiu um coro tremendo quando apareceu na boca do túnel. Já não era uma questão de sol nem sombra. Era o frio, a chuva e a neve. Não, Turim e os Alpes ali ao lado não serviam para Del Sol. Foi para Roma, chamado por Helenio Herrera, o falso mago que destruiu o futebol à conta do catenaccio. O sol entrou-lhe outra vez na vida quando não resistiu ao chamado de sereia que vinha de Sevilha. Regressou ao Bétis. A aventura branca de Madrid era um capítulo encerrado. Agora queria jogar para os seus. Era outubro e as temperaturas continuavam a trepar pela corda do mercúrio. 2 de outubro de 1972. Milhares e milhares de pessoas invadiram as ruas, desaguaram na Avenida de la Palmera, tomaram conta do bairro de Heliópolis, Ciudad del Sol, espalharam-se por Casas Baratas, Reina Mercedes e por Los Bermejales. Sevilha, a Sevilha bética, tremia num terramoto de emoções. O Bétis voltava a subir a la cancha com O Mito Supremo: Pesudo; Mellado, Telechía, Frigols e Cobo; López, Genaro, Del Sol e Rogelio; Macario e Aramburu. De entre os onze, todos os olhos se fixaram num só.
Jogou apenas mais um ano a juntar aos dezanove que já levava de carreira. Como mediapunta ou extremo esquerdo, ele que podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Dizem em Espanha: «Se retiró a los cuarteles de la memoria». Luís Del Sol tornou-se Don Luis. Havia por ele adoração e respeito. Hurtado Simó, escreveu em La Leyenda de Siete Pulmones: «Ese nombre que fue de generación en generación rememorando hazañas memorables como la de aquel abrazo inmortal antes de su gol en el campo de estreno, aquel incidente con el brasileño al que fue a darle con el palo del banderín de córner, aquel larguero roto una tarde que golearon al Extremadura, aquellos desbordes imposibles, aquellos siete pulmones!». Era o dia 20 de junho de 2021. Todos os sete pulmões de Del Sol deixaram de respirar."