"Hoje Portugal defronta o Gabão. Simpatizo com este país africano, até porque é um anagrama de Bagão, assim se tornando foneticamente familiar. Mas sobre tão inusitado jogo jogo algumas notas.
1. Vem mesmo a calhar este jogo de preparação para Israel em 22 de Março de 2013! Depois de, há anos, termos jogado com as geladas Ilhas Faroé antes do Mundial de 2010, nada melhor que o tropical Gabão tendo em vista o Brasil-2014. Um verdadeiro kit futebol-turismo.
2. A nossa diáspora de seleccionadores chegou, em boa hora, aos gabonenses com a escolha de Paulo Duarte, na esteira do que acontece ou aconteceu em países tão díspares - cito de memória - como Grécia, Suíça, Lituânia, Marrocos, Tunísia, Camarões, África do Sul, Angola, Burkina Faso, Irão, EAU,Ilhas Maldivas, Coreia do Sul, Vietname.
3. O Benfica volta a não ter atletas seleccionados. Mas Paulo Bento tem razão: não pode escolher de um conjunto vazio. Aos encarnados só resta ir à alentejana Gavião, a terra homofonamente próxima de Gabão, para jogar com o C.F. Os Gavionenses.
4. Por fim, o mistério do gabão (com minúscula): Bento tem seleccionado uma plêiade de jogadores destros para defesa-esquerdo. Agora convocou o desconhecido Rùben Ferreira (e já vão três Rùben) para a direita. Continua a ignorar Eliseu que, no Málaga, joga bem e marca golos europeus. Eliseu no Gabão seria destoar. Eliseu só em Paris...
P.S. 1 - Pedro Proença, lá fora, arbitra bem e é considerado. Cá dentro, é um desastre recorrente. Porque será?
P.S. 2 - Peseiro demonstrou, de novo, o seu bom carácter e elegância face à malfeitoria arbitral de domingo. Um exemplo."
Bagão Félix, in A Bola