Últimas indefectivações

sábado, 18 de novembro de 2017

Vermelhão: Obrigação cumprida...

Benfica 2 - 0 Setúbal


Qualificação garantida, afinal o mais importante. Estes jogos, após-Selecções são sempre muito ingratos, muitos jogadores passaram este longo 'intervalo' nas Selecções, os que ficaram tiveram vários dias de folga... e alguns que tiveram a oportunidade de regressar à titularidade não têm o ritmo normal de jogo, por não serem opção principal nos últimos tempos! Tudo somado, uma equipa com muitos 'remendos'...
Discutiu-se no pré-jogo, qual seria a opção do treinador: manter o 433 ou voltar ao 442... Pessoalmente, defendo que neste tipo de jogos devemos jogar sempre com dois avançados... até posso compreender que os próximos dois jogos - Moscovo, Corruptos -, o  433 seja o ideal, e assim o treinador pretendeu reforçar os 'automatismos'. Regressar hoje ao 442 podia 'confundir' os 'mecanismos', mas assim jogámos com pouca presença na área...
Sendo que para Moscovo, ainda ira existir um problema extra: o Krovinovic não está inscrito na Champions!!! E este 433, tem resultado em alguns momentos, muito devido à qualidade do Croata!

O jogo não foi muito entretido, não houve muitas oportunidades... o Benfica atacou mais, a vitória é justa, mas o regressado Varela também teve algum trabalho...
Destaco a estreia do Keaton Parks, o norte-americano tem tudo para ser 'jogador': qualidade técnica, físico, inteligência... Joga simples, não complica, defende e ataca com qualidade, precisa só de ser um pouco mais agressivo...!
O Douglas confirmou que não pode ser defesa-direito no Benfica, pois defensivamente não tem qualidade...
Uma nota ainda para o Capela: péssima arbitragem. Mesmo considerando que as bolas na Mão dentro da área não foram deliberadas, no critério de faltas a meio-campo esteve simplesmente horrível. Se o jogo foi feio, muito se deveu às faltas e faltinhas que ele foi marcando, sempre em favor do Setúbal, assinalando todos os 'mergulhos', mesmo os mais escandalosos... Recordo que o Capela era um dos árbitros, com um critério mais 'largo' no Tugão, e por isso teve problemas em alguns jogos, mas aparentemente está totalmente condicionado pela campanha de coação que tem sido feita contra o Benfica!!! Esta semana, até o Setúbal se queixou da nomeação do árbitro no pré-jogo...!!!

Líderes...

Benfica 27 - 15 ISMAI
(11-9)

O final da 1.ª parte foi um pouco 'estranho', mas depois na 2.ª parte estivemos inultrapassáveis: ganhámos este jogo na defesa, foram cerca de 15 minutos sem sofrer golos!!!

Apertada !!!

Benfica 83 - 81 Ovarense
21-20, 21-14, 18-20, 23-27

Apesar do resultado 'apertado', deu sempre a sensação que se fosse necessário o Benfica teria 'acelerado', e daria o 'golpe final'... mas ao manter o adversário por perto, acabámos por dar esperança à Ovarense, e nos segundos finais tudo podia mudar...
Compreendo que não é fácil gerir o físico e a motivação com sucessivas semanas a jogar na Europa, mas seria mais prudente, gerir vantagens maiores!!!

Apesar do jogo abaixo do nosso potencial, a Ovarense só chegou ao final 'dentro do jogo, porque o trio de arbitragem permitiu uma agressividade defensiva muito 'acima' das regras! É habitual no Basket os árbitros, equilibrarem aquilo que deverá ser desequilibrado, mas hoje exageraram... Critérios completamente diferentes nos contactos, felizmente os jogadores do Benfica já estão 'vacinados' para este tipo de situações, e já nem sequer protestamos, pois só iria servir para os jogadores desconcentrarem-se...!!!

Mais uma...

Benfica 3 - 0 Leixões
25-16, 25-12, 25-21

Mais uma vitória, nas vésperas da estreia Europeia... contra um adversário acessível, mas que já deu trabalho a muita gente (por exemplo: perderam por 3-2 com o Sp. Espinho!).

Rotação completa na equipa, com a estreia do Winters, e com o Mrdak e o Dusan mais integrados na equipa... Creio que este ano, com mais alguns 'automatismos', vamos mesmo ter 2 equipas, quase ao mesmo nível!!!

1.ª classe e sem classe nenhuma

"Por onde anda António Pimenta Machado? Onde parará o homem que foi presidente do Vitória de Guimarães durante um quarto de século e que ficou para a história ao resumir numa frase a insofismável natureza da verborreia da indústria: "No futebol o que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira", disse no século passado. A propósito de quê já ninguém se lembra – talvez do iminente despedimento de um qualquer treinador… – mas a realidade é que o seu axioma não só perdura como se revigora a cada dia. Esta semana, então, tem sido um exagero.
Faz falta aquela verve única e descomprometida de Pimenta Machado que, talvez por não ser presidente de nenhum ‘grande’ e por ter fortuna própria, podia dar-se ao luxo de dizer o que lhe ia na alma antes de haver redes sociais e directores de comunicação. Muitos gostariam de conhecer a opinião que terá hoje António Pimenta Machado, se ainda tiver paciência para estas coisas, ao ouvir "o pior funcionário do Mundo", o ex-futebolista Manuel Fernandes segundo o seu ex-actual-patrão, afirmar que o seu ex-actual-patrão não passa a vida a dizer que "trabalha 24 horas por dia" quando, comprovadamente, passa mesmo a vida a proclamar que trabalha 24 horas por dia? E o que teria a dizer hoje António Pimenta Machado, se é que segue estas aventuras culinárias, sobre "o melhor funcionário do Mundo", Francisco José Marques, publicando sobre cefalópodes neste outono quando ainda no último inverno as paredes das casas, dos escritórios e as montras dos restaurantes dos seus patrões e afins foram pintadas a tinta de choco por adeptos portistas – "híbridos", certamente – em fúria? Em fúria, sim, vá lá saber-se porquê.
Volta o futebol a sério neste final de semana com a Taça de Portugal depois de uma paragem devida a dois jogos amigáveis da nossa Selecção neste período que pode ser chamado de tudo menos de amigável no âmbito alargado do futebol português. Até insultos tem havido. Neste interregno, o presidente do Benfica, por exemplo, chamou "merceeiro" a um comentador afecto ao clube, o que pode ser considerado um insulto. O presidente do Sporting, para não ficar atrás, insultou Luís Filipe Vieira, António Salvador, Augusto Baganha, Octávio Ribeiro, Ribeiro e Castro, Pedro Madeira Rodrigues, Paulo Pereira Cristóvão, Rui Santos e todos os sportinguistas que não o amam a quem chamou "vermes", o que também poderá ser considerado um insulto. O presidente do Porto não insultou ninguém. Está a aprender francês.
A última prestação de João Gobern no programa ‘Trio de Ataque’, da RTP3, foi o melhor momento de comunicação em prol do Sport Lisboa e Benfica desde que Eliseu saltou para a lambreta na festa do ‘tetra’. Que classe, Gobern. Aliás, nestas coisas, só há duas classes: 1.ª classe e sem classe nenhuma."

O lado mais belo do futebol

"As palavras de Abel Ferreira, treinador do SC Braga, deviam fazer-nos pensar. «O segredo é sermos felizes, sendo intensos em todos os momentos da vida. A vida são dois dias e só nos lembramos disso quando acontece alguma coisa às pessoas mais próximas», disse ontem o treinador do SC Braga quando convidado a comentar as infelizes insinuações - de Nuno Saraiva, director de comunicação do Sporting, depois do encontro com os bracarenses. Cada um é feliz à sua maneira, mas querer responder a todos os ataques é (mais que uma perda de tempo) dar importância a quem não tem importância nenhuma. Percebessem todos isso e o ar seria bem mais respirável.
As palavras de Abel Ferreira fazem-nos também lembrar (não devia ser preciso, mas pronto...) aquilo que o futebol tem de melhor - em Portugal então, isso é cada vez mais flagrante: jogadores e treinadores. Isso ficou, de resto, bem claro nas entrevistas de Jonas e Luisão, o primeiro a dizer sem problemas que o FC Porto pratica, neste momento, o melhor futebol na Liga e o segundo a falar sem assombros da importância que Jesus teve na sua carreira. Pena que por cá, ao invés de ouvirmos os verdadeiros protagonistas do jogo, tenhamos de levar, todos os dias, com figurinhas que, com mais ou menos humor, mais não fazem do que tornar feio o que devia ser, sempre, belo. É o que temos. E talvez, se calhar, o que merecemos...

PS: O lado mais belo de futebol mostrou-o ontem também o Portimonense no Estádio do Dragão. Os algarvios foram eliminados, sim, mas a forma como abordaram o jogo merece todos os elogios. Devia ser sempre assim. Talvez de passasse a falar sempre do que de facto interessa."

Ricardo Quaresma, in A Bola

O ordinário e a notícia

"Quando estudava jornalismo, há quase 20 anos, um dos temas era a progressiva rotina dos directos televisivos desinteressantes, com repórteres nos locais sem nada a reportar, por incapacidade ou impossibilidade. Recordo aula em que se debateu um plano do Douro, de minutos, só a água a correr, nas horas seguintes à ruína da ponte de Entre-os-Rios. Lastimo, de alguma forma, já não frequentar a universidade para ouvir especialistas sobre assunto de agora: a cobertura do terrorismo. Antes, esta seria mais consensual, pois em bombas da ETA, do IRA ou de uma máfia qualquer, havia alvos identificados, e, mesmo que moralmente pudesse ser fácil escolher lado, jornalisticamente nem havia debate sobre se deveria um tal ataque ser ou não notícia. Mas hoje, a versão mais patológica do terrorismo jihadista, de tão arbitrária nos alvos, já não ataca, então, qualquer lado, agride tudo e nada e, assim, noticiá-la torna-se a execução final do acto: o terror. De qualquer forma, a multiplicidade de meios editoriais e pessoais tornaria, creio, qualquer concertação de não difusão num frustrado esforço. É matéria que, espero, esteja a ser dada nas universidades.
No futebol português, o terrorismo é outro. Os clubes que há vinte anos queriam ser modernos, ser empresas e nisso extraordinariamente se tornaram, voltaram agora a uma comunicação personificada, habitual e descortês. O ordinário é o ordinário. Já se vai, abordando, também, a questão de não noticiar insultos de canais oficiais de clubes, contrariando que os media sejam veículos últimos, mas não menores de recados destruidores. Jornalisticamente, não obstante, parece-me ilusório um dia assim, pois neste lodaçal há lados identificáveis e ignorar as mensagens seria desconsiderar os que atacam e proteger os atacados. Espero, ainda assim, que também isto ande a ser estudado nas universidades."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Quatro bons exemplos

"O cenário catastrófico que Manuel Machado sentenciou no início da época está cada vez mais longe da realidade. Percebeu-se logo na hora que o ‘professor’ tinha falhado o alvo ("Tirando os três grandes, o resto é carne para canhão"), mas a cada semana que passa o que vai crescendo é a ideia de que há finalmente no futebol português um conjunto de boas equipas capazes de bater o pé aos três grandes como raras vezes tinha sido feito – e não apenas na discussão de resultados.
Uma estratégia mais defensiva, um projecto mais ‘musculado’ e o recurso ao anti-jogo foi sempre uma combinação simplista que ia permitindo a equipas menores travar Benfica, Sporting ou FC Porto em determinados momentos. A questão desta vez é outra. Há quatro emblemas capazes de desafiar os clubes mais poderosos naquilo onde eles sempre foram intocáveis: no controlo do jogo através da posse de bola, na qualidade do seu processo, na estética do futebol produzido e até na ambição revelada.
O caso de sucesso do Sp. Braga nem sequer é uma novidade, porque há vários anos que joga (e ganha) como um grande. O nível qualitativo de Rio Ave, Marítimo e Portimonense é que surpreende e constitui uma enorme novidade no futebol português. Um serviço inestimável que bem merece ser registado. Parabéns!"

Benfiquismo (DCLXI)

Jamor 2017

Jogo Limpo... Estado criminoso...!!!

Uma Semana do Melhor... Modalidades

Esse enorme escultor

"2 mil títulos 'arrebatados' em 17 meses a uma média de 4 títulos por dia podem ter passado despercebidos.

Escrevia, no já distante ano de 1983, Marguerite Yourcenar sobre as "modificações sublimes" que a passagem do tempo inevitavelmente produz sobre as obras dos homens e as intenções dos mesmos sem nunca lhe ter passado pela cabeça como o futebol "au" Portugal se viria a transformar nesta segunda década do século XXI numa espécie de laboratório vivo do seu postulado ‘O Tempo, Esse Grande Escultor’. Tomemos por exemplo o fenómeno dos títulos do Sporting segundo Bruno de Carvalho.
Em Abril de 2016 apontou Carvalho na rede social da sua predilecção para um número de títulos conquistados pelo emblema de que é o mais inspirado representante de todos os tempos: "Quase 110 anos de história ajudam a explicar o porquê de o Sporting ser unanimemente considerado a Maior Potência Desportiva Nacional e um dos Clubes mais vitoriosos de todo o Mundo.
Os números podem falar por nós: temos no nosso património cerca de 20 000 títulos arrebatados." Menos de um ano e meio depois desta incursão ao Facebook, e por ocasião de uma festa interna ocorrida na semana passada em Alvalade, verificou-se que o tempo para o presidente do Sporting não é um grande escultor, é um enorme escultor.
Oiçamo-lo: "Somos o clube do Mundo com mais títulos. Não é de Portugal, não é da Europa. É do Mundo! Temos mais de 22 mil títulos nacionais e internacionais, o que faz de nós a maior potência desportiva nacional e mundial!"
Os 2 mil títulos "arrebatados" em 17 meses a uma média de 4 títulos por dia podem ter passado despercebidos a muita gente de má-fé mas o que não se pode ignorar de todo é como o tempo, esse grande escultor, foi um enorme escultor no caso ainda mais recente do "perdão" a Bryan Ruiz, o costa-riquenho proscrito vá lá saber-se porquê. Por ter falhado um golo de baliza aberta num jogo com o Benfica não terá sido com certeza.
No dia 6 de Novembro, a FIFA e a Federação Internacional de Futebolistas Profissionais assinaram um acordo que permite automaticamente aos jogadores abandonar os clubes que não cumpram com o pagamento dos salários ou que tenham "condutas abusivas" como é o caso de um clube que obrigue um jogador a treinar-se por conta própria e à parte dos restantes colegas de equipa.
E, posto isto em cima da mesa, não é que 6 dias depois, a 12 de Novembro, foi anunciado o tal "perdão" a Bryan Ruiz depois de um encontro "reconciliatório" com o presidente do clube. Um reencontro adorável, garante a imprensa livre, que só o tempo, esse brutal escultor, poderia finalmente proporcionar. E proporcionou. Qual FIFA, qual carapuça!

Mais um crime de lesa-Porto
Danilo no call center e não obriguem o Catão a ir "mais longe"
Até a selecção nacional tem a sua utilidade para que o combustível pingue para esta fogueira que vai aquecendo e sobreaquecendo o ambiente geral do futebol cá da gente.
Não se atrevendo – por enquanto… – a chamar "lampião" a Fernando Santos, veio o FC Porto protestar contra a "sobreutilização" do seu jogador Danilo Pereira nos tão amigáveis encontros com a Arábia Saudita e com os EUA considerando, certamente, que se tratou de um crime de lesa-Porto à semelhança de tantos outros que fazem furor nas redes sociais.
Prova provada de que o Benfica manda nisto tudo é o facto de Pizzi ter sido convocado não para se cansar jogando mas para se sentar, com toda a comodidade, no call center da Federação Portuguesa de Futebol atendendo telefonemas da linha solidária com as vítimas dos incêndios deste verão.
Estes tratamentos de privilégio têm de acabar. Não obriguem o Catão a ir "mais longe" desobedecendo "às ordens" para não "rebentar mais bombas". Mas ordens de quem?"

Amadores demais

"Decorrido já um terço do campeonato nacional, acho que isto é evidente: deixámo-nos enrolar demasiado nas artimanhas FC Porto.

Decorrido já um terço do campeonato nacional, acho que isto é evidente para todos os benfiquistas: deixámo-nos enrolar demasiado nas artimanhas do FC Porto.
Fomos, por muito que nos custe admitir, passarinhos. Amadores mesmo! A forma como deixámos crescer sem contraditório a novela dos e-mails e como desdenhámos as alegações de corrupção, remetendo-as para algo humorístico, deixou-nos vulneráveis no espaço público.
É uma daquelas lições que aprendemos para a vida: quando a banalidade da calúnia começa a germinar no espaço mediático tem de ser imediatamente afrontada. E, sobretudo, temos de travar o combate com organização e sinergia de esforços.
Chamem-lhe cartilha, irmandade, o que quiserem. O nome do Benfica é que não pode voltar a ser colocado na lama."

Jamor é uma prioridade

"Contra o V. Setúbal, que simula uma crise, só pode entrar a melhor equipa. Não se aceita outra alternativa.

Volta o futebol para dentro das quatro linhas, o que tem a grande vantagem de diminuir o espaço mediático do lixo tóxico que anda fora do relvado. Para quem gosta do jogo, quem quer ver o jogo e não vive dos negócios à sua volta, é uma excelente notícia. Venha a Taça de Portugal, e a sua festa. Venham adeptos, famílias e golos. Venha o fora de jogo mal assinalado, o remate por cima da barra e o passe de trivela, venha tudo, ou qualquer coisa, menos o que temos tido.
O Benfica recebe sábado o Vitória de Setúbal num jogo de todos os perigos. O Setúbal simula uma crise, quando ocupa um lugar dentro do expectável para os seus recursos, na classificação. O Setúbal está nas duas taças com percursos imaculados. O Setúbal é especialista em criar dificuldades ao Benfica, independentemente de estar melhor ou pior classificado. Os Vitórias (de Setúbal e de Guimarães) são os únicos clubes que, no século XXI, venceram nesta prova uma final ao Benfica. Queremos estar no Jamor, é uma prioridade e, por isso, contra o Vitória de Setúbal, só pode entrar a melhor equipa, com a maior motivação e a máxima competência. No Benfica não se aceita outra alternativa, mas convinha fazer a pedagogia das dificuldades, para não haver surpresas.
Por falar em surpresas, vimos o mundo do futebol admirado por ver a Itália fora do Mundial. Não temos Buffon, mas teremos Lindelof na Rússia. Não foi a maior surpresa, nem foi um desfecho injusto. A Suécia mereceu e procurou a sorte nesta eliminatória contra os transalpinos, numa classificação onde para mim o maior alarido se devia fazer com a ausência da Holanda do próximo Mundial. Tantos jogadores de qualidade, tanto talento, tantas soluções e não conseguem fazer uma selecção de top? Posso sugerir dois ou três nomes de treinadores portugueses que punham aqueles jogadores holandeses a lutar pela conquista de um Europeu ou Mundial. Essa, sim, é a grande ausência da Rússia.
Rússia onde estaremos na quarta-feira com vontade de vencer, não para apagar uma má campanha europeia, mas para lutar pela ténue hipótese de continuar na Europa. Para quem chega a Moscovo com zero pontos, os zero graus que nos esperam parecem-me um castigo justo."

Sìlvio Cervan, in A Bola

Com tudo...

Benfica 7 - 3 Valongo

Hoje, entrámos a 200%... ao contrário do que vinha acontecendo, nas jornadas anteriores, entrámos com 'tudo': muita intensidade, muita velocidade, pressão alta... e com golos!!! No 1.ª tempo, só tivemos mal, alguns minutos depois do golo do Valongo...
Curiosamente a meio do 2.º tempo, também tivemos uns minutos de desconcentração... mas rapidamente voltámos a 'forma' original!!!
Boa exibição, com golos bonitos e grandes jogadas... foi pena termos 'acertado' em demasia nos ferros!!!

Com todos os jogadores disponíveis (o Diogo regressou hoje após lesão), temos duas equipas titulares, dá para rodar toda a gente, e manter o nível... A integração do Vieirinha, está feita, e com muito sucesso...

O 5 inicial: Pedro; Valter, Vieirinha, Nicolia e Adroher. Neste momento, estes, são mesmo os jogadores em melhor forma, o João e o Chiquinho têm que melhorar...

Assim vai o mundo da bola...

"Excelente a entrevista a Luís Filipe Vieira na BTV! Foi a voz dos benfiquistas na indignação, incisivo na denúncia e presidencial em tudo o que é estratégico. Se outra medida faltasse para avaliá-la, bastariam as reacções dos adversários:
A gasta ironia de um lado, a patetice grosseira do outro.
Pinto da Costa e os seus acólitos lembram-me o António Mourão: 'Ó tempo, volta p'ra trás, traz-me tudo o que eu perdi, tem pena e dá-me a vida, a vida que eu já vivi'. O apito, desta feita, é de pechisbeque, mas convém acautelarmo-nos, pois a experiência é um posto. E os soldados? Abominam o YouTube, mas dominam os e-mails de outrem e os perfis do Facebook de quem lhes dá jeito. É coagido e intimidado? Não tome 'Pedroproença', um fármaco composto por inacção, vaidade e oportunismo, concedido para preservação do tacho. Vá antes à Polícia Judiciária, que há quem já sinta saudades de Vigo.
Já Bruno de Carvalho deixa-me dividido. Se me divirto e lhe agradeço o cariz amulético da sua presidência para os nossos intentos, também me importuna. É como ter obras intermináveis no apartamento ao lado. É barulho inconsequente, mas está lá. O que vale é que 'tenho em casa muitos rolos de papel higiénico, cujas folhas têm inscrita uma citação sua adequada à situação'.
Agora e sempre muito bem faz Luís Filipe Vieira em apelar à união dos benfiquistas. Borges Coutinho, há quatro décadas, explicou porquê: 'Os laços de solidariedade que unem todos os benfiquistas têm-se revelado não apenas indestrutíveis, mas progressivamente mais apertados através dos tempos e de todas as vicissitudes. Este é que é o grande segredo da força e da grandeza crescente do Sport Lisboa e Benfica'. Apoiado!"

João Tomaz, in O Benfica

Um benfiquista nunca está saciado

"O próximo obstáculo no caminho para o Jamor é o V. Setúbal, oponente certamente motivadíssimo por defrontar o Glorioso. Se a expressividade da festa da Taça é de proporção equivalente à diferença entre o emblema vencedor e o clube vencido, então quando alguém bate o Benfica é normal que haja um autêntico arraial - independentemente do opositor, a desproporção é sempre, sempre, gigantesca. Como tal, é natural que qualquer eliminatória da Taça esteja carregada de perigo. Seja o Chico Torpedo do Alcains ou o Bas Dost do Sporting, qualquer jogador se transcende quando tem o privilégio de enfrentar craques consagrados e apinhados de títulos como Luisão e Jonas ou futuras estrelas - no clube certo para se apinharem de títulos - como Rúben Dias e Diogo Gonçalves.
As recordações que guardo do último duelo com os sadinos na Taça - e creio que o leitor partilhará deste sentimento - são horríveis. Corria o ano de 2005 e o jejum de 11 anos sem poder gritar 'campeão' tinha acabado. Avizinhava-se a final da Taça de Portugal frente ao V. Setúbal e descobri que 'dobradinha' era um termo que não se aplicava apenas ao bucho de animais cozidos em pequenos pedaços com grande variedade de condimentos e acompanhamentos. Lamentavelmente, após o apito do árbitro e a derrota por 2-1, a única dobradinha passível de contemplar era mesma aquela composta por carnes e feijão - o problema é que já tinha perdido o apetite.
Agora, o apetite é outro - o meu e o do leitor. Não só já degustámos duas dobradinhas como ainda nos deleitámos com três tripletes. Mas não chega. Queremos mais e mais e mais. No fundo, nós, benfiquistas, somos um pouco como o Taarabt: nunca estamos saciados."

Pedro Soares, in O Benfica