Últimas indefectivações

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Objectivamente (vergonhas)

"Cada vez me custa mais assistir semanalmente aos lamentos parvos do André Boas, esse miraculoso jovem treinador que caiu nas Antas como sopa no mel depois da corrida em osso dada ao seu antecessor Manuel Ferreira.
Quando alguém tem a distinta lata de se sentir prejudicado pelas arbitragens no FeCePe, dá logo vontade de abandonar tudo e desligar de vez do futebol! E esta falta de vergonha este menino tem-na!
Quem o ouve sempre a chorar e a reclamar - ao ponto de já ter sido expulso do banco algumas vezes - até parece que a sua equipa tem razões de queixa! Que coisa ridícula! Será que ele não percebe que está a gozar com as pessoas?
Igual ou pior que ele, só mesmo Guilherme Aguiar, fanático tontinho portista disfarçado de comentador na SIC. No último programa conseguiu irritar todo o mundo ao dizer que o penálti sobre Fábio Coentrão no jogo com o Rio Ave, não existiu, tal como não o foi - no seu entender - uma falta cometida sobre o mesmo Fábio e em que deveria ter sido assinalado em penálti a favor do Sport Lisboa e Benfica. Mas em contrapartida ele achou que o penálti que deu o segundo golo ao FC Porto já era castigo máximo quando a bola bate ostensivamente no pé de um defensor Pacense. É incrível como uma pessoas pode ter são descarada a anda por aí defendendo o que não tem defesa e sem se rir!...
O que vale é que as imagens são tão claras que não deixam dúvidas: quem passa vergonhas são estes comentadores 'isentos' que não conseguem cumprir o seu papel, quando às vezes tudo parece tão fácil!"
João Diogo, in O Benfica

Natal

"Eu poderia comemorar a quadra natalícia nesta coluna, escrevendo sobre a forma brilhante como o Benfica encheu 'o cabaz' de Natal no passado fim-de-semana de competição: goleadas no Futebol, no Hóquei em Patins, no Futsal, vitórias concludentes no Voleibol e no Andebol, assim como no Futebol nos escalões de Juniores e Iniciados, vitórias sofridas no Basquetebol e no Râguebi. Mas a dimensão do Benfica permite que se fale do Natal na perspectiva de um clube que é uma grande instituição solidária, que bem se casa com o chamado «espírito de Natal».
Enquanto outros constroem projectos de poder, máquinas de guerra e sistemas de trapaça, o Benfica é o único grande clube de futebol que desenvolve de forma organizada uma acção contínua de solidariedade. E foi assim que no passado sábado - bem como no dia anterior - no espaço grandioso da 'Catedral' da Luz, a Fundação Benfica, associada desta vez à EDP, promoveu uma recolha de roupas, artigos de higiene, brinquedos, artigos de bebé e livros para ajudar os que precisam. Não foi uma acção de caridadezinha para aparecer nos jornais. Foi uma forma concreta de praticar a solidariedade numa fase difícil da vida do País e do povo e num momento sensível de partilha, como é o Natal.
A Fundação, nascida no início de 2009, ultrapassou já as fronteiras do País, seguindo aliás a vocação e projecção universal do Benfica, com participação em projectos associados a programas das Nações Unidas. A educação, a saúde, a habitação, o apoio à infância e às crianças em risco, o combate à pobreza e à exclusão são alguns dos campos de intervenção da Fundação. E um motivo de orgulho tão grande, ou mesmo maior, que a conquista de um titulo desportivo por este enorme e tão diferente clube.
Um Feliz Natal para todos os benfiquistas."

João Paulo Guerra, in o Benfica

A falta que faz um jogador

"De parte deixo a apreciação aos adversários do SLB, parecendo-me no entanto evidente que o da zona das Antas está bem melhor do que o ano passado. De lado deixo também as análises às opções tácticas de Jorge Jesus e deixo igualmente fora desta crónica o sucesso das contratações feitas para a temporada 2010/2011. Para chegar onde pretendo, mantenho-me agarrado somente à falta de um jogador, apenas um: Di Maria. A ausência do argentino que brilha no Real Madrid faz com que o Benfica de hoje seja menos prolífico. O mesmo é dizer que Saviola e Cardozo marcam metade do que marcavam no ano passado. Com Di Maria em grande forma, os clubes que jogaram contra nós viram-se obrigados a orientar as suas linhas recuadas para estancar a corrente criativa por ele originada. Todo o ataque do SLB era temível, mas Angelito, imprevissível, obrigava a escolta redobrada. E o resultado imediato era uma maior liberdade para Saviola e o triplo de passes limpos para o ponta-de-lança. Mais, García, Ramires, David Luiz, Maxi, Coentrão e Aimar subiam de rendimento e criatividade com Angel em campo. Despreocupavam-se os centrais e o guarda-redes, os médios fechavam as portas logo no meio-campo contrário e o estrangulamento era evidente desde cedo. A partir de determinadas altura, os defesas já só pediam para não perder por muitos. Lembro que Di Maria, passado o primeiro ano, algo intermitente diga-se, foi o perigo constante que Gaitán ainda não consegue ser. Com tempo lá chegará. Paulo Futre, capaz de furar toda e qualquer barreira defensiva, imaginativo, empolgante, letal, veloz e apontado à baliza, quando abandonou o Atl. Madrid e mesmo o Benfica abriu um buraco difícil de tapar. Era só um mas fazia com que todos os outros jogassem melhor. Daí que a discussão à volta da saída de Di Maria não se possa limitar à saída de um elemento de um plantel de 25. Não é um Eusébio nem Maradona, mas que faz muita falta, lá isso faz."
Ricardo Palacin, in O Benfica