"A arbitragem do alemão Felix Brych na final de Turim deve ser motivo de preocupação para quem acredita que o progresso do futebol só pode ser construído sobre alicerces de credibilidade. Quando assim não é...
Na memória de quem segue o futebol está, por exemplo, a inapresentável arbitragem do norueguês Tom Honning Overbo em 2009 num tristemente célebre Chelsea- Barcelona em que os blues de Londres foram vítimas daquilo que um dia José Maria Pedroto qualificou como «roubo de igreja». O que aconteceu em Turim na última quarta-feira entra na mesma galeria de crimes de lesa-futebol, Brych mostrou ser do campeonato de Overbo, com prejuízo do Benfica.
Infelizmente, Portugal (ainda) pesa pouco nas instâncias da UEFA, cujo Comité de Arbitragem é presidido por Angel Villar, presidente da Federação Espanhola de Futebol... O que deve fazer, então, o Benfica perante a forma ostensiva como foi prejudicado pelo árbitro alemão Feliz Brych, em Turim?
Não valerá de muito, creio, barafustar na praça pública. Mas será imperioso (até porque, apesar dos jogos de poder, quem está na UEFA sabe ver futebol) assumir uma posição firme que sirva, pelo menos, para que não fiquem dúvidas de que o que levou à lamentável arbitragem de Brych não pode ter a ver com futebol.
Nenhum árbitro (o melhor dos alemães, neste caso!!!) é assim tão mau."
José Manuel Delgado, in A Bola