Últimas indefectivações
domingo, 8 de junho de 2025
Campeões...
Os 9 jogadores da nossa formação que foram CAMPEÕES EUROPEUS.
— Alberto Mota (@lbrtmt1904_mota) June 7, 2025
Algum dos já conhecidos candidatos aà presidência do Benfica endereçou os parabéns aos nossos miúdos!? pic.twitter.com/bGXVdumyhq
Palhaçada!
Barcelos 6 - 4 Benfica
Asco autêntico, autêntica palhaçada com mergulhos atrás de mergulhos, até à eliminação do Benfica!
O facto do Benfica não se ter retirado do recinto é vergonhoso: cumprimentar os apitadores no final é o cumulo do absurdo; o facto do Benfica voltar a estar presente nesta fraude de modalidade na próxima época, é um desperdício, de tempo e dinheiro!
Espanha-França: não troco isto por nada
"É uma discussão antiga, incluindo com gente que percebe infinitamente mais de futebol que eu: serei sempre Brasil-82 e nunca Itália-82. Quem viu, viu, quem não viu pode ir ao YouTube — tem mais sorte do que eu tive durante muitos anos com Pelé e Eusébio, por exemplo. Só valia a palavra dos mais velhos, não havia imagens à mão para ir tirar teimas.
A meia-final da Liga das Nações entre Espanha e França foi o jogo de sonho para um adepto. Só faltou maior alternância nas tendências, mas mesmo assim valeu. Os treinadores, provavelmente, detestaram ter sofrido quatro e cinco golos, respetivamente, mas eu sou só um adepto. E ainda sou quem financia o futebol.
De chorar por mais
Tomo a liberdade de exagerar, porque sou adepto: Lamine Yamal será o melhor do Mundo durante anos e anos.
No ponto
Vi aquele golo de Carlos Manuel no Carzé, um café do Algueirão. Esperei 40 anos para voltar a ganhar na Alemanha.
Insosso
Para quê complicar penáltis? Se o batedor der dois toques qual é o problema? Se for por cima, pode repetir? Menos…
Incomestível
Quem diria que dois estadistas como Trump e Musk iam andar às turras em meio ano? Há cada surpresa na vida…"
A 'selfie' e o microfone
"Em cada pessoa há uma perspetiva, uma dinâmica e um comportamento de ação e reação, consoante os estímulos e o reconhecimento de autoridade e de domínio das circunstâncias de quem estimula ou dita regras.
A dicotomia entre chefia e liderança é um velho palco de atuação de estudos comportamentais, e resulta da necessidade que cada indivíduo tem, em si próprio, de reconhecer e validar cada momento em cadeia de responsabilidades ou em atitudes perante determinada situações.
Dito assim, parece académico e será decerto um indicador, mas apenas isso, e talvez por demais ontológico, do que seria ideal em qualquer cadeira de Teoria das Organizações.
Mas é exatamente isso, na prática, o que sucede na maioria das nossas empresas, qualquer que seja a sua dimensão. A propensão para o sucesso é tanto maior quanto for equitativa em relação à melhor liderança, ao melhor apoio, à mais eficaz relação transversal e dimensional, no quesito indispensável entre responsável e responsabilizado.
Ademais, no século XXI (bem ao contrário do que sucedia anteriormente), há fatores tecnológicos que esbatem diferenças operacionais e que ajudam a compreender, a montante e a jusante de cada situação, razões, motivações, pressões, elementos essenciais no processo de tomada de decisão.
O que resta, então?
Claro, as pessoas! O indivíduo, na sua estrutura única, pensante, decisora e atuante. E a sua capacidade uma intransmissível de perceber as realidades, analisar as diversas dimensões e perceber que, ao cabo, haverá sempre uma consequência para cada ação.
Pode ser coletiva ou individual, pode marcar estrutural ou conjunturalmente, mas trará sempre consequências.
Os parâmetros de comunicação, desenvolvidos e estendidos do modo como o foram e são, nos últimos 25 anos, obrigam os responsáveis a um redobrado cuidado.
Aparecer, com toda a imagem de coincidência, à hora dos principais serviços informativos, num local em que há concentração de equipas ENG, microfones e muita sede de soundbites, já não é uma boa solução, sobretudo se emerge da tentativa de se apoderar de feitos alheios ou de momentos para os quais a respetiva presença e participação, sendo um facto, não resultam em mais-valias para a imagem pública de determinada conquista.
Ao longo do tempo e dos tempos, se há coisa que fomos aprendendo nos diversos recantos do mundo e panoramas de competição que abordámos, foi que colocar-se em bicos de pés é uma ótima estratégia imediata, e uma péssima opção mediata.
Porque há um fator transversalmente conhecido e relativamente ao qual não temos a perceção do alcance e das ondas de choque dos momentos atingidos: a memória.
Para tudo, na vida, ela é essencial. No desporto, em particular, temos de a honrar, sobretudo se os protagonistas que dela fazem parte atingiram patamares, à altura a atendendo às circunstâncias envolventes, de grande mérito e notoriedade.
No futebol português, nomes como os de Eusébio, Borges Coutinho, João Santos, João Rocha, Luís Figo, Carlos Queiroz, Jesualdo Ferreira, Pinto da Costa, Joaquim Campos, António Garrido, Vítor Pereira (e, como estes onze, poderia citar outras variantes de onzes de imensa qualidade), não podem ser esquecidos. E, quando o escrevo, não pretendo — obviamente — que sejam emoldurados ou citados a cada passo e a cada evocação. Pretendo algo, creio, muito mais importante e determinante: que o que fizeram e o que marcaram (cada qual a seu modo), na modalidade em Portugal seja suficiente (e é) para termos a plena consciência de que o Futebol já existe há séculos e continuará a existir muito para lá da nossa passagem por lugares que — muitos já o demonstraram — não se compaginam com autopromoção permanente e soundbites de ocasião (apenas para preencher oráculos e valer como aproveitamento do momento).
O apuramento de Portugal para a final da Liga das Nações resultou de um trabalho que — bem ou mal — foi pensado e planeado ao longo dos últimos anos, tal como a criação da própria competição se deve à genial leitura de um português (Tiago Craveiro), visando estabelecer parâmetros de competitividade direta entre os diversos níveis qualitativos da esfera do futebol europeu, um ecossistema onde, tradicionalmente, prevalece uma lógica do mais forte. Ora a Liga das Nações trouxe, justamente, a perspetiva de maior nivelamento entre países e seleções com estruturas mais débeis e talento menos identificado.
Para Portugal e para as outras grandes seleções do cotejo europeu, terá sempre de constituir um renovado objetivo, dependendo a interpretação e análise da respetiva participação dos selecionadores e jogadores.
Os protagonistas são eles. Se algum spin doctor me contradisser, estará a soldo de outros objetivos (admissíveis, permissíveis, mas criticáveis). São o selecionador e os jogadores da equipa nacional que devem estar à disposição após um jogo de meias-finais ganho com tamanho brilhantismo pela seleção de Portugal. O momento é deles e, ainda que o discurso possa ser de loas ao feito e de apoio ao efeito, um Presidente da Federação Portuguesa de Futebol deve, no final de um jogo desses, ser líder e nunca ser chefe. Isto é, deve mostrar a todos (numa perspetiva interna e externa), que o mérito será sempre assacado, pelo menos no local da conquista e nos momentos imediatos, aos participantes diretos.
Pedro Proença (decerto não muito bem aconselhado…), no culminar de três meses em que teve mais publicações nas redes sociais do que o seu antecessor num ano, perdeu em Munique uma bela ocasião para… abrir alas e nada dizer.
Temo que, em futuras ocasiões, o impulso seja mais forte que o recato."
Vitinha não é um acaso: este é o ADN de Portugal
"Frente à equipa com a melhor posse de bola não será mal pensado usar a mesma moeda. Com Vitinha, Bernardo e Bruno isso é possível
Contou Jorge Valdano que Di Stéfano começava logo a ganhar os jogos ainda antes do apito inicial quando no momento da moeda ao ar se dirigia ao capitão da equipa contrária e lhe dizia apenas: 'É bom que tenham outra bola porque esta vai ser para nós'. Era uma forma de dizer ao que vinham e criar um desconforto psicológico no oponente. Recordei-me dessa tática na final da Champions quando Vitinha, seguramente instruído por Luis Enrique, atirou a bola de saída diretamente para fora, no meio-campo adversário, como no râguebi, com isso fazendo subir todas as linhas do PSG e iniciar, nos primeiros, segundos, a pressão sobre o adversário. A mensagem implícita naquele gesto foi clara: nós viemos para mandar no jogo.
O que se passou nos 90 minutos seguintes entrou diretamente para os livros de história. Houve concerto de violino mas só possível por causa de um maestro português na linha de Rui Costa ou Deco, mas com uma característica que define o centrocampista moderno: uma imensa intensidade de jogo, tanto na reação canina à perda de bola como na oferta de linhas de passe com corridas curtas mas cadenciadas no ritmo e espaço certos.
Admito que já vi vezes sem conta o terceiro golo dos parisienses diante do Inter, o lance que expõe a dimensão de Vitinha em toda a sua amplitude: o jogador que começa a jogada lá atrás, toca e volta a receber, que corre mais com os outros porque sabe para onde correr (pensa à frente) e deixa Doué na cara do golo. O que os antigos números 10 faziam com passes longos, como se fossem quarterbacks do futebol americano, Vitinha faz por etapas. Não porque não saiba lançar bolas longas, mas porque o futebol de elite é hoje muito menos vertical.
Aqueles que mais ganham são os que mais fazem a bola girar, com paciência, inteligência e talento. Não por acaso, assistiu-se a nove golos no Espanha-França da Liga das Nações e nenhuma das equipas jogou de início com ponta de lança fixo (só mais tarde entraram Samu e Kolo Muani). Venceu aquela que melhor domina a posse, a que melhor pensa o jogo e aquela que tem o melhor jogador do mundo da atualidade (Lamine Yamal). Por vezes parece não haver antídoto para vencer La Roja, mas talvez não seja mal pensado usar a mesma moeda, não só porque é a única forma de deixar o campeão europeu desconfortável mas porque esse também é o ADN de Portugal. Andou adormecido, mas Vitinha abriga a resgatá-lo. Tal como Bernardo e Bruno. Tragam duas bolas porque este promete ser o jogo do ano."
Neymar?
"Por ter sido mais vezes gritado, cantado, aplaudido, saudado, ovacionado e aclamado do que simplesmente falado, alguém escreveu um dia que o nome de Pelé se devia escrever Pelé!, assim mesmo, com o ponto de exclamação anexado à alcunha mais famosa do mundo do futebol — e de todos os outros mundos.
Já Neymar, outra estrela made in Santos Futebol Clube tão ou mais famosa do que o Rei, menos graças ao rendimento em campo e muito mais por causa da força das redes sociais e da globalização dos tempos atuais, justifica, a cada temporada que passa, ser escrito Neymar?, com um ponto de interrogação adjacente.
É mais talentoso do que Zico, Romário, Ronaldo Fenómeno e outros apóstolos de Pelé? Vai ser tão bom como Messi ou Cristiano Ronaldo ou até superá-los? Triunfará no Barcelona? Levará o Paris Saint-Germain a uma ansiada vitória da Liga dos Campeões? Liderará algum dia o Brasil rumo ao hexa mundial? Jogará três ou quatro vezes seguidas no Al Hilal? Mas e o Al Hilal precisa mesmo dele?
Vai passar mais tempo em pé ou caído durante os jogos? Mais tempo a jogar ou no departamento médico? Mais a tempo a treinar ou a comentar as últimas do Big Brother Brasil, a envolver-se em controvérsias estéreis na net, a cantar música brega, a apostar em desportos de teenager? Vai, finalmente, crescer? Quem decide que passos dar na carreira, ele ou o ganancioso pai?
Nos últimos tempos, três novas interrogações: Carlo Ancelotti vai, de facto, contar com ele na seleção? Depois de ter custado, até ver, 260 mil euros por jogo, e atuado por 90 minutos numa partida apenas, continuará no Santos? Ou permitirá que a última imagem dele no clube seja a de uma expulsão por ter pontapeado um rival e marcado um golo com a mão numa derrota caseira?
O atacante tem todo o direito de não querer se esforçar para ser melhor do que Zico, Romário ou o Fenómeno, do que Messi ou CR7, até triunfou, e muito, no Barça e parte das lesões que sofreu foram por pura infelicidade. Mas a outra parte resultou da ausência de um estilo de vida pouco profissional que o resumiu a um estorvo ruinoso em Paris, na Arábia Saudita e, agora, na Vila Belmiro.
Neymar?, este, o com o ponto de interrogação, sabota o Neymar, aquele que poderia ser uma certeza, porque vive rodeado de gente que o trata como um bebé reborn, que o mantém numa redoma de luxos e privilégios, de desculpas e mimos. Alguém escreveu também um dia que se não tivesse nascido homem, Pelé teria nascido bola. Neymar tem crescido numa bolha."
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