Últimas indefectivações
domingo, 3 de dezembro de 2023
Goleada...
Prishtina 1 - 10 Benfica
Contra a equipa da casa, goleada, numa das qualificação mais tranquilas para a Final Four dos últimos anos, contra todas as expectativas...
Mas agora, o mais importante, é o próximo jogo: Sábado, com o Braga.
Vitória na Taça...
Sesimbra 3 - 12 Benfica
Mesmo com muita juventude, goleada esperada, com passagem natural aos 16 avos de final da Taça de Portugal...
Vitória na Maia...
Castêlo da Maia 2 - 3 Benfica
25-23, 14-25, 25-22, 19-25, 9-15
48 horas após um jogo de Champions, com viagem até à Maia, e jogo muito complicado... num plantel, onde a idade, já pesa!!!
Mas esta secção já nos habituou, que nunca desisti...!!!
Derrota nas Aves...
AVS 1 - 0 Benfica
Contra uma das equipas mais experientes e manhosas da II Liga, sofremos um golo de bola parada, e não conseguimos dar a volta ao marcador
Circo!
Na mesma jornada... 🤦♂️pic.twitter.com/bVgmeMwmGK
— GonçaloDias17 (@goncalo_diass17) December 2, 2023
G-A-T-U-N-O-S!
“É com o peito!” AHAHAHAHAHA
— Polvo das Antas - Em Defesa do SL Benfica (@moluscodasantas) December 2, 2023
G-A-T-U-N-O-S! FC Porto só a roubar! inacreditável! Todos os jogos a mesma coisa! Todos! pic.twitter.com/kFdVPw2huQ
Peitadas!!!
"VAR - Rui Costa
Comentador - Luis Freitas Lobo: "É no peito!"
Cúmplice - Rui Costa, Presidente do Benfica e o silêncio ensurdecedor.
Amanhã há mais em Moreira de Cónegos com Fábio Verdíssimo e Fábio Super Dragão Melo no VAR.
Adepto do Benfica sofre e está completamente abandonado à sua sorte. Assim como o treinador do Benfica, já agora. Quantos anos mais vamos precisar para limpar a trupe Vieirista toda do Benfica e elegermos de uma vez por todas um BENFIQUISTA que não esteja preso pelos tomates para nos defender de toda a corrupção e tráfico de influências que voltou a dominar o futebol em Portugal?
P.S.- Luis Freitas Lobo, és uma vergonha de um ser humano. É triste ser-se como tu. Um fanático andrade contratado para mentir a todo o Portugal. Ainda tiveste vergonha há uns anos atrás quando toda a gente te topou, mas perdeste-a novamente voltando ao activo. Há um Presidente do Putedo para eleger em 2024 e os soldados foram todos chamados para o combate. És repugnante."
"É no peito!" - diz o aldrabão do Luís Freitas Lobo.
"Mais um ROUBO de todo o tamanho, quando o resultado está em 0-1.
No outro lance a sorte do jogador do FC Porto é não se chamar Musa!!"
"É peito", Luís Freitas Lobo.
"A lata desta gente que tenta condicionar o que as imagens ilustram de forma clara.
Árbitro, VAR e Sport TV.
Mais um jogo. Mais um escândalo."
120 mil...
"Comemorou-se ontem o 69° aniversário do dia em que Joaquim Ferreira Bogalho quase sucumbiu à comoção de colocar um ponto fnal da maior epopeia não desportiva da História do SLB. A construção do Estádio do Sport Lisboa e Benfica é tão emocionante que se guarda na prateleira das Lendas e explica em grande parte o fascínio dos adeptos pelo Gigante de Betão. O saco de cimento doado pelo adepto, o tijolo assente pelo simpatizante ou a parede pintada pelo sócio são estórias dignas de contos de fadas que não podem ser passadas sem lamechice na ponta dos dedos e que definiram para sempre o misticismo vitalício que o anfiteatro tem no imaginário da Nação Benfiquista. Não duvidem que estamos muito bem servidos actualmente, mas se a Nova Luz é toda modernaça, uma espécie de automóvel do séc. XXI, lindo, apinhado de gadgets, confortável e dinâmico, a Catedral era crua, rija e barulhenta, o carro dos anos 70/80. Abria-se o capôt e estava tudo ali. Qualquer problema que houvesse, era sempre nos platinados... em qualquer um dos 120 mil que tinha."
Cada vez mais atacado: 10 boas razões para defender Roger Schmidt
"1. Por princípio, qualquer treinador do Benfica é para defender até à morte.
2. Sempre que um dos nossos é alvo de uma campanha de bota-abaixo, eu estou do lado dele.
3. O valor da estabilidade é fundamental para atingir o sucesso em futebol. O Benfica não pode ser um cemitério de treinadores campeões (Rui Vitória, Bruno Lage...).
4. Depois de longas três épocas de frustrações imensas, Roger Schmidt devolveu-nos a alegria de festejarmos um empolgante título de campeão.
5. Lideramos a Liga quando estão disputadas 11 jornadas (1/3 da prova) e apresentamos a melhor diferença entre golos marcados e sofridos. Temos, inclusivamente, mais 3 pontos do que nos mesmos 11 jogos da época passada (contra os mesmos adversários nos mesmos estádios).
6. Para a Liga, vencemos o Porto (1-0) e o Sporting (2-1) na Luz, coisa que não acontecia desde 2013/14. Neste século (desde 1999-2000), só tínhamos conseguido essas duas vitórias 3 vezes (agora 4). Desde que chegou, Roger Schmidt tem 4 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota em 7 clássicos e dérbis.
7. Vencemos clara e merecidamente o primeiro troféu oficial da época. Note-se que não ganhávamos uma Supertaça ao Porto desde 1985 e íamos numa série de 8 finais perdidas com eles.
8. Estamos na luta pelas taças de Portugal (nos 1/8 final) e da Liga (a um empate caseiro do apuramento para a Final Four).
9. Rui Costa não é infalível, toma, como todos, decisões erradas, mas está seguramente mais habilitado do que nós para ajuizar o trabalho de Schmidt e decidir o melhor para o Benfica.
10. O apoio massivo dos adeptos não é uma condição suficiente, mas é uma condição necessária para uma equipa
se sagrar campeã."
se sagrar campeã."
𝗜𝗻𝗾𝘂𝗮𝗹𝗶𝗳𝗶𝗰𝗮́𝘃𝗲𝗹 𝗰𝗮𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗼 𝗕𝗲𝗻𝗳𝗶𝗰𝗮
"Pensávamos que já nada nos iria surpreender depois de semanas seguidas a vermos o Benfica e Roger Schmidt serem alvo de ataques cerrados completamente injustificáveis por parte de várias personalidades reconhecidamente anti-Benfica, mas Pedro Henriques, ex-árbitro e ex-avençado do Sporting, conseguiu a proeza de ultrapassar todos os limites. No podcast "E o campeão é", da Rádio Observador, o comentador desportivo foi longe demais, afirmando que «Roger Schmidt revela algum autismo. Ao menos que faça uma coisa, aprenda a falar português, que já estou farto de ter alguém que não respeita o meu país e a minha língua».
1. Estas declarações absolutamente inaceitáveis a resvalar a xenofobia e o insulto demonstram uma patologia evidente: amnésia. Bobby Robson, Graeme Souness, Co Adriaanse, Ronald Koeman, Frank Vercauteren, todos eles estrangeiros e nenhum falava português. Onde andava a indignação de Pedro Henriques? Onde andavam os jornalistas que combinaram o ataque concertado contra Roger Schmidt na semana passada? Das duas uma, ou todos estes jornalistas e comentadores estão agora mais burros e subitamente deixaram de perceber inglês, ou então precisamos do regresso dos programas e-oportunidades e e-escolas para que estes indivíduos e outros tais possam tirar uma formação na língua mais falada do mundo, atualmente com 1.5 biliões de falantes (onde claramente Pedro Henriques e os referidos jornalistas não se inserem, pois só percebem português de Portugal e mirandês).
2. Talvez Pedro Henriques se esqueça do contexto altamente desfavorável com que Roger Schmidt se deparou quando chegou ao maior clube de Portugal, enfrentado uma crise desportiva que persistia há 3 anos. Ao treinador alemão não se exigia que aprendesse português. Ao treinador alemão exigia-se trabalho, empenho e resultados. E foi exatamente isso que fez. Montou uma equipa de alto nível que logo na primeira época alcançou o título nacional. Na segunda época, já conquistou uma Supertaça, venceu todos os jogos contra os rivais e encontra-se em 1.º lugar no campeonato português, com todo o mérito.
3. Na Europa, difícil é ganhar ao Autuérpia, empatar com o Raków e perder com a Atalanta. Empatar com o Inter, atualmente vice-campeão europeu, é coisa de clube pequeno. Em Portugal, ao contrário do FC Porto, que ganhou ao Montalegre - atualmente 3.º classificado do Campeonato de Portugal, e do Sporting, que goleou o poderosíssimo Dumiense - atualmente no último lugar do Campeonato de Portugal (14.º, com apenas uma vitória), o Benfica enfrentou e derrotou o Famalicão, uma das equipas complicadas da liga portuguesa. Tivesse o Benfica goleado por 8-0, e teríamos assistido a uma tempestade dos jornalistas e comentadores devido «à falta de competitividade». Como foi o Sporting, tratou-se de «respeitar os adeptos» e «garantir espectáculo».
4. Os jornalistas, comentadores e especialistas desportivos ligados aos rivais (esmagadora avençados, como foi o próprio Pedro Henriques) sabem que enquanto o Benfica continuar a despedir treinadores, estará sempre mais perto do fracasso e da instabilidade. Ainda assim, não deixa de ser curioso que quando Amorim ficou em 4.º lugar e fez uma campanha miserável nas competições europeias, não vimos ninguém a falar em crise nem a pedir o seu despedimento. A memória é tramada. «Dores de crescimento», não era?
5. Uma Supertaça, três jogos frente aos rivais, três vitórias, cinco golos marcados e apenas um sofrido, primeiro lugar no campeonato com apenas uma derrota na primeira jornada, oitavos de final da Taça de Portugal e, por fim, um jogo na Taça da Liga, uma vitória e primeiro lugar do grupo. Esta é a nossa crise.
Que continuem as campanhas para nos tentar derrubar que nós continuaremos o nosso caminho.
Sempre pelo Sport Lisboa e Benfica! 🔴⚪️"
Roger Schmidt, vamos lá falar do nosso treinador.
"O que tenho assistido nos últimos meses, sim meses e não semanas, não é nada de novo, assistimos a folclore idêntico com todos os que passaram pelo nosso banco com especial incidência sobre aqueles que triunfaram.
Jorge Jesus era alvo de escárnio e gozo por parte de tudo e todos, mesmo da comunicação social dita sua amiga não havia um que não o atacasse pelas suas incapacidades em matéria de vocabulário, ou por não se saber expressar em português correto;
Rui Vitória, um senhor exemplar no banco e fora dele, teve de dar o corpo às balas na fase do maior ataque levado a cabo a uma instituição nacional, defendendo e clube com unhas e dentes, sempre presente sem virar as costas, foi trucidado por tudo e todos, principalmente os Benfiquistas, que nunca lhe perdoaram os zero pontos na Champions, esquecendo a fase de reconstrução da equipa e plantel pelo qual passávamos e também o feroz ataque que ia desde e-mails a sei lá mais o que é que até à data resultou apenas na queda de treinadores e direção…mais de resto nem uma vitória em tribunal para o lado de quem atacou!
Bruno Lage, o menino bonito das conferências de imprensa, estatuto que só gozou enquanto não limpou tudo e todos com números arrasadores, depois foi um fartas vilanagem, até com um 10-0 foram embirrar, bem sei que não é o mesmo ganhar 10-0 ao Nacional do que 8-0 ao Dumiense…mas prontos…um foi um enxovalho, o outro um resultado glorioso, só lhes faltou a habitual volta olímpica…voltando atrás, Bruno Lage passou do comunicador nato que até do canal panda podia falar, para o homem perdido e confuso que nem para escolher equipas de matraquilhos dava;
Veríssimo esses gozou sempre de boa imprensa, ao final de contas veio sempre para apanhar os cacos que ficaram para trás, mesmo assim quando ganhou uns jogos consecutivos, os escribas afiaram logos as penas e as bocas de ressonância para o atacar;
Jorge Jesus novamente, acho que nem vale a pena mencionar, marcado por tudo e todos que não o queriam de volta, foi esmagado por tudo e todos e pelo próprio ego. Faz parte, foi um erro de casting, mas não teve complacência da comunicação social em nenhum momento, o novo normal;
Roger Schmidt, chegou com “If you love football you love Benfica”, com o seu gegenpressing é futebol atraente, falando em inglês apesar de ser alemão e que não fazia comichão, como não fez com Mortimore, Robson, Boloni, Vercauterem, Camacho, Lopetegui etc etc que nunca esboçaram um português correto, mas agora, e eu percebo, é constrangedor ouvir indivíduos formados em comunicação social, que na maioria das vezes nem conseguem articular um português correto para ler as encomendas que lhes fazem quando mais ainda ter de traduzir isso para inglês, é uma trabalheira danada e as avenças da santa aliança não incluem serviço de tradução, logo levas com o bom português algum do Brasil inclusivamente que é para aprenderes que se vens para o Benfica para ganhar vais levar connosco experts de coisa nenhuma que nem o curso de treinador conseguimos tirar apesar de falarmos com eles todos os dias!
E é nisto que se transformou a comunicação social portuguesa, sem um pingo de isenção, sem um pingo de dignidade ou profissionalismo…o código deontológico dessa profissão nem para substituir papel higiénico hoje em dia serve.
Juntamos a isso ex tudo e mais alguma coisa que na maioria dos casos todos juntos tem menos conquistas do que o Diogo Luís…perdão que este mesmo tendo jogado no Benfica não ganhou merda nenhuma apenas um grande contributo durante o nosso Vietnam para rechear as suas e as nossas vitrines de ar!
A estes artistas quase circenses juntam-se agora ex avençados verdes cuja carreira arbitral todos conhecem e que resolvem ser xenófobos só porque sim, o novo normal na boca destes indivíduos que vivem em regime de protetorado azul e verde!
Dito isto tudo, não pensem que estou embevecido por RS, mas é o meu/nosso treinador, e se não formos nós Benfiquistas a defendermos os nossos quem o fará??
Bem sei que nós não podemos aceitar viver com “tranquilidade” ou em constante “crescimento”, muito menos podemos chamar os “bois” no Jamor ou mandar bocas xenófobas sempre que nos apetece “Veio a dormir, tem de perceber que tem um treinador português, não espanhol", mas não podendo isto tudo com as gargalhadas da plateia de escribas, ao menos que defendamos agora o Roger Schmidt para não voltarmos a repetir o passado recente!
Lembrem-se que eles não querem o nosso bem, nunca o quiseram nem nunca irão querer, para eles um Benfica bom e digno é o que terminou há umas décadas em 6 lugar!"
Um problema chamado Schmidt
"De um treinador perdido e inseguro nunca poderá nascer uma equipa de forte personalidade e afirmação. Schmidt tem de sair do seu labirinto
Penso, muito sinceramente, que Roger Schmidt não sabe o que se passa na cabeça dos seus jogadores. Tem de ter a noção de que se passa alguma coisa que, sem aviso prévio, os leva a sentirem-se condicionados e a jogarem sob brasas, numa intranquilidade que condena qualquer tática ao fracasso. Mas por que será que isso acontece? A pergunta, para um jornalista, é óbvia e legítima. Porém, feita pelo próprio líder do grupo torna-se grave e, até, indesculpável.
Um treinador de uma equipa em manifesta crise psicológica, com jogadores sempre assustados pelo que possa vir aí e correr mal, tem de saber as causas, quanto mais não seja, para medir as consequências. Claro que pode ter um discurso otimista para o exterior e dar sinais de que está tudo sob controlo, mas esse não pode ser um comportamento de validade sem prazo, fora de qualquer compromisso com a realidade. É fácil para o comum dos observadores constatar que o treinador alemão está a passar por muitas dificuldades. Não consegue, sozinho, encontrar antídoto para o veneno que destrói todas as tentativas de crescimento consolidado da equipa e, pelos vistos, não tem, no seu ciclo profissional mais restrito, quem o ajude a encontrar respostas.
A segunda parte do jogo com o Inter foi ainda mais preocupante porque se sucedeu a uma primeira parte de invulgar competência, onde tudo parecia estar a correr bem. Essa primeira parte deveria ter sido mais do que suficiente para acalmar os jogadores, dar-lhes a confiança que lhes tem faltado e impulsioná-los para uma segunda parte de apoteose. Mas não foi o que se viu. Pelo contrário, a equipa que se instabiliza e se diminui em qualquer contrariedade que encontra pelo caminho, também mostrou não se adaptar a situações de sucesso.
Pensemos um pouco: se o desastre acontece numa reta e com o carro à velocidade de cruzeiro, alguma coisa de grave aconteceu ao condutor. É decisivo começar por se perceber o quê. O que parece, embora careça, naturalmente, de confirmação, é que de um treinador perdido e inseguro nunca pode nascer uma equipa de grande personalidade e afirmação. Mas, se assim for, o que levará um treinador que fez uma época desportivamente notável e pôs uma equipa a jogar um futebol atrativo e vencedor, a regredir de tal forma que a sua equipa se torna irreconhecível?
Schmidt, muito dentro do tipo de personalidade alemã, não gosta de se expor, nem de discutir publicamente as suas dúvidas, ou confessar as suas inquietações. Já foi mais longe do que se poderia esperar quando lembrou que o Benfica tinha ficado sem Grimaldo, sem Enzo Fernández e sem Gonçalo Ramos e que por isso nunca poderia ser o mesmo. Mas não explicou o que todos os benfiquistas gostariam de saber: qual a razão de terem falhado tão clamorosamente as escolhas para as laterais direita e esquerda da defesa e por que razão colapsou, até agora, a gorda contratação de Arthur Cabral?
Claro que os benfiquistas e todos os observadores minimamente atentos dos jogos do Benfica percebem que a solução dos problemas começa no treinador. Ou Schmidt, com ou sem ajuda, encontra saída no labirinto em que se meteu; ou Rui Costa, na altura que entender como mais conveniente, terá de tomar uma decisão mais drástica e definitiva no que respeita à continuidade do treinador.
Desejável para o Benfica seria que o restrito universo do seu futebol profissional encontrasse uma solução consistente e eficaz. O Benfica já perdeu, e de forma desastrosa, a sua época europeia. Tem de se concentrar, agora, nas provas nacionais e reconquistar a confiança abalada dos seus adeptos."
Um duche gelado de realidade
"Os números dão conta do declínio português no ‘ranking’ da UEFA. Quem faz o quê?
Pedro Proença, presidente da Liga Portugal, foi eleito presidente da Associação de Ligas Europeias, cargo prestigiante que confirma a imagem de competência associada ao ex-árbitro.
E quais são os propósitos da Associação de Ligas Europeias? Consultando o site desta entidade, lê-se: «A Associação de Ligas Europeias reúne 40 Ligas de futebol profissional, que representam mais de 1150 clubes em 34 países da Europa. Enquanto voz comum dos organizadores de competições a nível nacional, e das entidades patronais de clubes de futebol profissional a nível europeu, a Associação de Ligas Europeias procura melhorar e proteger o equilíbrio competitivo das competições de futebol profissional no futebol europeu. A Associação de Ligas Europeias acredita que é do interesse de todas as Ligas nacionais, de todas as associações nacionais e da grande maioria dos clubes europeus defender e fortalecer o equilíbrio competitivo do futebol para o bem do jogo, dos jogadores, dos adeptos e dos clubes.»
Estamos perante princípios orientadores bastante saudáveis, que apontam o equilíbrio como a via certa para o fortalecimento das competições. Ora, equilíbrio é o que falta à Liga portuguesa, onde quatro clubes dispõem de meios muito superiores aos restantes, onde está por fazer (e quando se fizer será tarde demais) a venda centralizada dos direitos televisivos, e onde existe uma competição profissional que não traduz a realidade do País, baseada em clubes a mais e numa fórmula competitiva ultrapassada.
Prova de tudo isto, que tem a ver com a falência completa da classe média do nosso futebol, é o facto de em três edições da Liga Conferência, importante para as contas do ranking da UEFA, Portugal nunca ter conseguido meter uma equipa que fosse na fase de grupos. As consequências, para quem estiver minimamente atento, são desastrosas: na corrente temporada, partimos na sétima posição do ranking (correspondente às últimas cinco épocas) e, apenas levando em conta os jogos disputados em 2023/2024, ocupamos o 14.º lugar, atrás de República Checa, Turquia, Grécia, Dinamarca, Noruega e Polónia, e pouco à frente de Israel, o 15.º.
Se Pedro Proença não convencer, dentro do espírito da organização internacional que passou a presidir, os clubes nacionais da necessidade urgente de mudança, no sentido do equilíbrio, o futebol português não abandonará o plano descendente em que se encontra e que teve como custo mais próximo a perda de pelo menos uma equipa na Liga dos Campeões de 2024/2025, a tal que vai acrescentar milhões aos milhões que a UEFA já paga.
Há clubes a mais na I Liga, o modelo competitivo é retrógrado e a distribuição das receitas televisivas permite diferenças de um para quinze, entre quem recebe menos e quem recebe mais. Depois, estão à espera de quê?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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