Últimas indefectivações

quarta-feira, 27 de março de 2013

Respirar Benfiquismo

Narigudos

Zangam-se as comadres

"1. Finalmente, Sepp Blatter converteu-se às novas tecnologias e agora acusa Platini de ser o único a estar contra. Federações, ligas, árbitros e jogadores já se decidiram a favor. O patrão da FIFA aponta o dedo ao roi: «Não é a UEFA que não quer a tecnologia, é só ele». E prosseguiu em tom recriminatório: «Os árbitros de baliza que Platini quis não servem para nada e muito menos como solução para o problema do golo-não golo, tanto assim que só são utilizados nas competições europeias e no campeonato italiano, neste caso graças à intervenção de Collina que trabalha para a UEFA». Mas o boss suíço não se fica por aqui. Dois dias antes, na revista Kicker, havia estigmatizado a decisão do Euro-20 a 13 países. «É um erro crasso, uma coisa sem pés nem cabeça, que nem pode ser classificada como campeonato da Europa, pois falta-lhe coração e a alma do país organizador». Aguarda-se a réplica de Platini, que não costuma ficar calado. Um e outro chegaram à fase dos ferros curtos e estes ataques frontais inserem-se na estratégia para as próximas eleições à presidência da FIFA em 2015, quando Blatter terá 80 anos e 17 no cadeirão de Zurique. A questão de fundo é que Blatter, que ainda controla os votos de meio mundo, não quer Platini como sucessor. Se não se candidatar ele próprio.

2. Aos 36 anos, Francesco Totti é quem carrega a Roma às costas cuja (única) camisola veste há 21 anos. Não só a orientar os colegas como a marcar golos. Com a doppietta infligida ao Parma na última jornada, a sua conta pesoal atingiu a bola soma de 226. É o vice-rei dos marcadores na história do calcio, só 2.º para Piola, o fabuloso goleador dos anos 30 e 40, bicampeão do Mundo. Já o baptizaram de Francisco II. Famosos artilheiros do passado como Meazza, Altafini, Paolo Rossi, Batistuta, Signori ficam a perder de vista. Mas Totti é também o mais empenhado em que no seio da equipa prevaleça a amizade e o companheirismo, promovendo e pagando almoços de convívio."

Manuel Martins de Sá, in A Bola