Últimas indefectivações

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Marítimo

Recebemos o Marítimo na 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. Provavelmente no dia 19 de Novembro, sábado...
Não fiquei totalmente satisfeito com o sorteio: jogamos na Luz, o que é bom, mas com um adversário complicado... isto após, de nova paragem das Selecções, e antes da viagem a Istambul, no decisivo Besiktas-Benfica para a Champions!
Será fundamental recuperar todos os lesionados por esta altura...

Aqui ficam todos os jogos:
Benfica e Castelo Branco vs Vitória FC
Benfica vs Marítimo
Real vs Olhanense
Oriental vs Leixões
Sporting vs Praiense
Vilafranquense vs Paços de Ferreira
Estoril-Praia vs Cova da Piedade
Aljustrelense vs Tondela
Varzim vs Covilhã
Boavista vs Vitória SC
Braga vs Santa Clara
Torreense vs Nacional
Feirense vs Académica
Chaves vs FC Porto
Vizela vs Penafiel
Sanjoanense vs Gil Vicente

Comentadores 'Benfiquistas'

"Tenho um amigo, indiscutivelmente Benfiquista, que em todo e qualquer assunto que possa suscitar algum tipo de dúvida sobre um eventual benefício ao Benfica, logo aponta o defende o ponto de vista contrário aos nossos interesses, mesmo nos casos em que a razão está claramente do nosso lado. Não só o faz como acusa os seus interlocutores de usarem lentes vermelhas, incapazes que demonstram ser, na sua opinião, de analisarem os assuntos com isenção. Não duvide caro leitor, é mesmo Benfiquista, daqueles que sofrem com o perigo de uma jogada de um adversário quando vencemos por 5-0. Acontece que, nessas discussões, tanto se empenha em demonstrar isenção que acaba por ser parcial contra o Benfica. Lembrei-me dele no fim-de-semana passado.
O paternalismo de Pedro Henriques dedicado, na SportTV, aos sarrafeiros do 1.º de Dezembro, foi lamentável. Perto do final da partida, lá se dignou a criticar o árbitro. Porém, não pela incrível actuação em que tudo permitiu aos rapazes de Sintra, mas por 'ser normal começar a mostrar amarelos quando se está cansado'. Só o Eliseu, que todos sabemos não ser um jogador que arrisque dribles em progressão, foi rasteirado quatro ou cinco vezes pelo n.º 11 adversário... na 1.ª parte...
Mais lastimáveis foram os comentários de Rui Pedro Bráz, na TVI, no jogo de futsal da nossa equipa no Pavilhão do Leões de Porto Salvo. Bruno Coelho foi acusado de 'estar sempre metido em confusões' quando se viu envolvido numa confusão com um adversário. Coitadito do 'leão', pensou que estava num ringue do UFC e decidiu agredir o Bruno Coelho à cotovelada. E a culpa, a julgar pelos comentários do oráculo das transferências, ainda foi do Bruno..."

João Tomaz, in O Benfica

Cheira bem, cheira a Lisboa

"A eclética semana de conquistas do SL Benfica apanhou-me na Austrália. Foi com nove horas de diferença horária que segui as vitórias europeias e nacionais do mais importante clube português.
A Supertaça Europeia de hóquei em patins é o prémio mais do que justo para uma geração de atletas e dirigentes que merece tudo o que de bom lhes tem acontecido. Foram postos em causa depois da derrota pesada contra os rivais da cidade do Porto. Responderem à campeão: com mais títulos.
No andebol, na Taça EHF, vi os relatos pela internet da imensa festa que os adeptos Benfiquistas no Luxemburgo fizeram com a vitória do clube e a passagem à próxima eliminatória da competição. Justíssimo, a dar esperanças para uma época ainda melhor que a anterior.
No futebol, para a Taça de Portugal, grande réplica do 1.º de Dezembro. O tricampeão nacional sofreu, mas Luisão resolveu. Mais uma grande resposta aos críticos do grande capitão. Foi uma semana de bofetadas de luva branca.
Depois da triste derrota contra o FC Porto na Supertaça, a equipa do SL Benfica foi ao pavilhão do rival do Norte e ganhou o jogo para o campeonato. Carlos Lisboa, o treinador que durante a semana foi contestado, respondeu da melhor forma. Ele e os jogadores, claro. Questionar o papel e o saber do melhor basquetebolista português de todos os tempos, um treinador titulado, com carisma e um fervor clubístico como o dele, deixa-me triste. Pôr no mesmo prato da balança os seus cargos como treinador principal da equipa de basquetebol e como director-geral para as modalidades é apenas maldade e despeito. Lisboa é Benfica. E o seu lugar no passado, no presente e no futuro do clube não pode ser posto em causa."

Ricardo Santos, in O Benfica

PS: Para não deixar dúvidas, como eu tenho deixado claro nas crónicas aos jogos, discordo com a opinião sobre o Carlos Lisboa como treinador do Benfica. O seu simbolismo, a sua carreira como jogador, e o seu Benfiquismo são indiscutíveis... mas ser o treinador ideal para o Benfica, é outra conversa...

Super-Benfica

"A pré-temporada não fora bem conseguida, com alguns resultados negativos. A Supertaça doméstica escapou, por via de uma primeira parte desastrada frente ao FC Porto. Mas no passado sábado, com um pavilhão bem composto, o Hóquei em Patins benfiquista regressou às suas jornadas de glória, goleando o Óquei de Barcelos por 9-2, e alcançando o 7.º título internacional em 7 épocas (8º, se lhes acrescentarmos o sector feminino). Desta vez, a Taça Continental, ou Supertaça Europeia, conforme lhe queiramos chamar.
As modalidades do Benfica, diga-se, estão bem e recomendam-se. É óbvio que não se pode ganhar sempre, e além da Supertaça portuguesa de Hóquei, também a de Basquetebol nos fugiu. Porém, conquistámos as de Futsal e de Andebol (além, naturalmente, do Futebol), faltando ainda decidir o Voleibol. E nos vários campeonatos nacionais levamos 12 vitórias em 13 partidas, registo ao qual podemos, e devemos, acrescentar a passagem à segunda ronda da prova europeia andebolista, e um triunfo histórico do Basquete em Itália.
Na ponta final da temporada passada fomos muito pouco felizes. Excepção feita ao Hóquei (título nacional e europeu) e ao Atletismo, morremos na praia nas restantes frentes da nossa grande força eclética. Estivemos nas finais dos play-offs de Futsal, Basquetebol, Andebol e Voleibol. Faltou sorte, sobretudo nestas duas últimas (nas quais, ainda assim, conquistámos as respectivas Taças de Portugal). Mas ninguém ouse dizer que não fomos competitivos.
A nova época traz outra vez um grande Benfica, em todos os domínios. Mais títulos vão seguramente aparecer. É o nosso destino."

Luís Fialho, in O Benfica

Compromisso - parte II


"Algumas linhas sobre as noites europeias da Champions, e a satisfação justificada de um Benfica que voltou a revelar espírito forte!


Este Benfica de Rui Vitória pode não jogar um futebol de encher o olho mas tem um forte compromisso com o jogo e com a vontade de ganhar. É talvez o sinal mais evidente de como equipa campeã nacional continua na linha do foi na última época. Este Benfica é muito forte no espírito, na solidariedade, no carácter. Os jogadores parecem morrer uns pelos outros e apontam sempre a uma elevada exigência competitiva, como se todos pudessem naturalmente falhar por incapacidade ou fraqueza mas ninguém pudesse falhar por desconcentração ou, pior ainda, por descontracção!
Em Kiev, o Benfica voltou a mostrar essa fortaleza de alma e foi, sobretudo, porque foi capaz de sofrer quando foi mesmo preciso sofrer e porque soube reconhecer que naquela parte final do jogo já dificilmente seria capaz de atacar - ou contra-atacar - com critério, precisão e eficácia e teria assim de permitir que o dono da casa assumisse a despesa do jogo.
Este Benfica é, pois, antes de mais, uma equipa mentalmente preparada para o desafio. Pode, na verdade, não jogar muito bem, pode na verdade nem sempre conseguir com que as coisas lhe saiam bem - como no desastre de Nápoles - mas é uma equipa mentalmente disponível para tudo o que tem e precisa de fazer em campo. Isso é inegável e é por esta altura, a meu ver, a sua grande imagem de marca.
Dá tudo o que tem e, se for mesmo indisponível, julgo que dará até o que não tem para sair do campo com a consciência de não poder fazer mais. Parece-me ser essa, sublinho, realmente a coroa destes campeões nacionais, apesar de tudo ainda bem longe de repetirem a Champions da última época.
Devemos, por outro lado, reconhecer que se trata de um campeão humilde, que arregaça as mangas, não anda de saltos altos e luta pela bola em todos os centímetros do campo. Quando joga menos parece que luta ainda mais.
Em Kiev, o Benfica foi feliz ao marcar cedo, soube construir depois vantagem superior, procurou controlar e foi conseguindo na maior parte do tempo, mas ainda acabou por passar um mau bocado quando por duas ou três vezes foi Ederson a evitar, com fantásticas intervenções na baliza, que o Dínamo de Kiev pudesse reentrar no jogo. Mas são estas vitórias, quando não se joga extraordinariamente bem, que dão maior confiança às equipas e melhor as preparam para os desafios mais difíceis. Quando se joga bem é sempre mais fácil entrar no caminho dos sucessos. Verdadeiramente difícil é quando se joga pior.
(...)"

João Bonzinho, in A Bola

A solução continua a ser Vieira

"A sucessão será tranquila, independentemente do número de pretendentes ao trono. O juiz Rangel foi adversário de Vieira há quatro anos e é agora um dos subscritores da sua candidatura.

quatro anos, por esta altura, o juiz Rangel anunciou a sua candidatura à presidência do Benfica e, nesse sentido, foi entrevistado em A Bola TV pelo jornalista José Manuel Freitas.
No entanto, em vez de aproveitar a oportunidade para uma explicação convincente a quem o via no ecrã e dar esclarecimentos sobre os princípios de um programa alternativo ao do outro candidato, preferiu criticar-me com base num texto que assinei e que o juiz classificou de abusiva intromissão no processo eleitoral. Considerou ele que emiti opinião tendenciosa e favorável a uma das partes. Para que não restassem dúvidas, ao mesmo tempo que se libertava da sua indignação,leu passagens do escrito e comentou-as em tom exaltado. Como costuma dizer-se, foi um momento brilhante em televisão que José Manuel Freitas não só não patrocinou como lhe colocou ponto final.
Que terei eu escrito que pudesse irritar o juiz? Nada de especial. Sem duvidar das suas boas intenções e de quantos o acompanhavam, permiti-me colocar reservas sobre o sucesso da candidatura, pela pressa com que havia sido desenhada, sugerindo então que talvez fosse mais sensato Rangel assumir uma oposição atenta, participativa e rigorosa, e perfila-se, desde aí, como rosto visível da sucessão a Vieira, o que não fez.
Há quatro anos escrevi em título que A solução Vieira, porque da grandiosa empreitada por ele erguida faltava-lhe concluir a chamada terceira fase e que tinha a ver com a recuperação da liderança no futebol. O défice de títulos constituía o ponto fraco do seu projecto e aquele que a lista de Rangel naturalmente iria explorar. Vivia-se ainda numa época em que o grande Jorge Jesus perdia mais do que ganhava. Estávamos em Outubro 2012, no dealbar de uma época dolorosa para o mundo benfiquista, principalmente para o seu presidente.

A solução continua a ser Vieira e, pelos vistos, quem comigo se irritou em 2012 deve ter chegado à conclusão que o caminho é este: apoiar a linha de continuidade e recusar a confluência de ruídos que qualquer tentativa de disputa pelo poder, hoje como há quatro anos, iria provocar. É evidente que ninguém defende uma presidência eterna, mas também ninguém quer ver repetidas catastróficas experiências esboçadas entre jantares de duvidoso fervor clubista e com soluções trôpegas riscadas em guardanapos de papel que descambaram em pesadelo, ao permitirem a entrada em cena de coveiros disfarçados de salvadores com asinhas de anjo...
O Benfica não precisa mais de candidatos surpresa, nem de vendedores de ilusões. Vieira vai sair um dia, é a lei da vida, e quando esse dia chegar não faço a menor ideia de quem lhe poderá suceder, mas julgo errar pouco se adiantar que a figura que os adeptos elegerem não representará mais um tiro no escuro, como sucedeu no passado. Será uma figura conhecida, escrutinada e idónea. Será uma sucessão tranquila, independentemente do número de pretendentes ao trono. Tanto assim que o juiz Rangel foi adversário de Vieira há quatro anos e é agora um dos subscritores da sua candidatura. Reflexo daquilo que pode considerar-se o trabalho invisível em que o presidente benfiquista muito se tem empenhado para superar divergências internas e colocar o acento tónico na aglutinação de sensibilidade em nome do objectivo comum que é o Benfica do futuro: mais forte, mais rico e mais vitorioso.
(...)"

Fernando Guerra, in A Bola

Benfiquismo (CCLVII)

Era uma vez...

Em tempo de eleições no Benfica, nada melhor que falar do... Benfica!

"A nova conquista da Europa é um sonho para concretizar. A tal possibilidade cada vez mais real. A tal oportunidade que não podemos voltar a perder...

Pedro Nunes
Tenho, desde novo, um enorme fascínio pelo hóquei em patins. De atleta no 2.º melhor clube português - o Académico Futebol Clube - ao Sport Lisboa e Benfica, onde joguei três épocas (quando vim para Lisboa, para a Faculdade de Direito) e onde acabei a carreira (faria lá algum sentido jogar noutro clube, depois de ter jogado no Glorioso?).
Modalidade que tem vindo a crescer, no Benfica, nos últimos anos.
Primeiro com Luís Sénica (1.º título de Campeão Europeu) e, nos últimos anos - quebrando a hegemonia do Porto - com Pedro Nunes.
Quando chegou ao Benfica em 2013, sabia qual era a sua missão.

Mas também sabia que o seu novo desafio, que tinha tanto de orgulho quanto de privilégio - como o é para todos os que servem o Benfica - era uma enorme responsabilidade!
Pedro Nunes percebeu isso, sendo, hoje, um dos responsáveis por sermos e nos assumirmos como um dos favoritos - senão o principal - à conquista de todos os troféus que estão em disputa, em cada época.

Outra não poderá ser a atitude, depois de uma grande época, com a brilhante conquista da Liga Europeia e do campeonato nacional (este pela segunda vez consecutiva),
Desde que cá chegou, além desses dois títulos mencionados e ganhos na temporada passada, conquistou, na época de 2013/14, uma Taça Continental, uma Taça Intercontinental e uma Taça de Portugal e, em 2014/15, mais um campeonato e uma Taça de Portugal.
Pedro Nunes sabe que, também esta época, o espera um conjunto de etapas difíceis, em que a manutenção da união em torno do plantel, com um forte espírito de equipa, e a ambição subjacente à condição de ser do Benfica, farão deste plantel de hóquei um permanentemente candidato a tudo vencer.
Sabe, também, como o próprio o disse, aquando da sua renovação, até 2018, que «(não) faz sentido continuar no Benfica sem pensar em ganhar tudo».
Como sabe, ainda, que a grandeza do Benfica impõe que exista a ambição de ganhar tudo o que há a ganhar.
E Pedro Nunes - que conheço há mais de 27 anos, quando o jornalismo o entretinha e o afastava (sem sucesso) da paixão pelo hóquei -, pelo seu carácter, pela sua personalidade, pela sua competência, pela sua serenidade, pela capacidade de liderança e pela humildade com que sempre encarou e lidou com o sucesso, merece voltar a ganhar tudo.

Rui Vitória
E por falar em grandes treinadores, de homens com carácter e que sabem o que é ser do Benfica - uma condição necessária e exigível - volto sempre a ... Rui Vitória.
O site do Football World Rankings, que nos dá a conhecer as classificações semanais de, entre outros, clubes e treinadores, consoante as suas prestações, coloca Rui Vitória em 19.º lugar (o 2.º melhor treinador português esta semana, só superado por Paulo Fonseca, no 10.º lugar). Ou seja... o melhor treinador português do nosso campeonato.
Outros estão em 3.º lugar do ranking português e em 33.º lugar na geral.
E há ainda quem não apareça nos primeiros 100 lugares. É o caso de Nuno Espírito Santo, que já elogiei publicamente, por diversas vezes, pelo carácter, pelo discurso e pela determinação. O treinador do Porto ficou em 192.º lugar dessa lista (pior só Pedro Emanuel, em 202.º), bem atrás do seu adversário da terça-feira passada, Michel Preud'homme, a quem ganhou, que ficou em 111.º.
Preud'homme, antes e durante as 5 épocas no Benfica (de 1994/95 a 1998/99), foi considerado o melhor guarda-redes do mundo. O que não significa que seja ou possa vir a ser um grande treinador.
Já Nuno Espírito Santo é, porventura, o jogador com maior número de jogos, no seu clube... vistos do banco. Por isso, dizem as más línguas, é o treinador do mundo com mais experiência de banco... como jogador. Dará para vir a ser um grande treinador? Seria o primeiro guarda-redes a consegui-lo.
Eu sei que há pessoas que, no futebol, conseguem (quase) tudo, mas este, pelas circunstâncias, seria... um verdadeiro milagre.
Ao nível do ranking das equipas, o Benfica ficou, esta semana, e 25.º lugar, sendo a equipa portuguesa mais bem cotada. O Porto ficou em 37.º, o Braga em 40.º e (não dizendo o nome,poupe-lhes trabalho ao nível dos comunicados)... em 46.º.
Ora, se o que parece é, o treinador que não era treinador, quando chegou ao Benfica, está - e continua! - à frente de todos os que por vá trabalham. Embora tenha estado sempre à frente, isso sim, no carácter, na elevação, mas, essencialmente, na humildade, na educação e na responsabilidade.
De facto, Rui Vitória fez do aproveitamento das potencialidades do Clube a sua maior arma. Com rigor e inteligência, para que o futuro continue a ser de grandes vitórias, tanto cá, como lá fora. Rui Vitória sabe com quem pode contar: com os seus jogadores e estes com ele. Dando a devida oportunidade a quem a merece, sem perseguir ninguém, nem fazendo de cada oportunidade concedida semelhante a uma esmola a um indigente.
Com isso, tem impedido a saída de alguns jogadores com potencial para estar na equipa principal de futebol. E só o repito para que nunca o esqueçamos (o princípio e quem o negava, por arrogância e soberba).

No topo da Europa
A Europa, outra vez. Com o Benfica a fazer parte da lista dos melhores clubes de sempre da UEFA Champions League, recentemente divulgada. Um lugar que é seu por direito e por inerência.
Perante a surpresa para alguns - felizmente poucos - estamos na lista dos dez melhores. Mais precisamente, em sétimo lugar, com 264 pontos. Estando, apenas, à nossa frente clubes como Real Madrid, Bayern de Munique, Barcelona, Manchester City, Inter de Milão e Juventus.
Para essa classificação, foram importantes os pontos alcançados com as conquistas na competição. É, de facto, motivo de grande orgulho pertencer aos melhores e, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade pelo compromisso a assumir no futuro.
A nova conquista da Europa é um sonho para concretizar. A tal possibilidade cada vez mais real. A tal oportunidade que não podemos voltar a perder. Interiorizando que tal é possível, apesar das dificuldades. Acreditando, com a obrigação de ter em nós «todos os sonhos do mundo». Agora, e como sempre!

Se for sempre como em Kiev...
Ontem, ganhámos na Ucrânia. Não significa nada, nesse caminho de podermos vencer a 3.ª... mas haverá um dia que todos os resultados - numa época - serão iguais ao que conseguirmos com o Dínamo de Kiev.
E, aí, conjugados todos os sonhos do mundo, com uma confiança ilimitada naquilo que nos ensinaram ser o Benfica, venceremos a nossa aposta.
À Benfica!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Eleições no Benfica

"Terminou o período de apresentação de candidaturas aos órgãos sociais do SLB para as eleições do próximo quadriénio. Sem surpresas, Luís Filipe Vieira é o único candidato a presidente. Alguns mandatos volvidos, a quase unanimidade de apoio no seio do clube é prova insofismável do progressivo reconhecimento de que o seu trabalho reabilitou o Benfica como o maior e mais vitorioso clube nacional. Uma única lista não é, neste caso, expressão de uma letargia democrática ou de uma quase impositiva ausência de alternativa. É a constatação que vale a pena prosseguir, com solidez, o rumo traçado e aproveita a experiência e sabedoria que, com o decorrer do tempo e humildade, sempre se podem exponenciar.
Vive-se, pois, um tempo de unidade, de estabilidade e de serenidade no clube. Para isso muito contribuíram os êxitos no futebol e modalidades nos últimos anos, os investimentos em estruturas de nível superior e de corajosa inovação, a racionalização de métodos e a optimização de recursos, o profundo respeito pela história e passado do clube e a política de comunicação por via de um excelente canal televisivo dedicado.
Unidade, não quer dizer unicidade. Estabilidade não significa conformismo. Serenidade enfrentando, sem fantasia, os muitos desafios pela frente.
Importante será que estes valores tenham expressão pública na ida às urnas para dar força e autoridade democrática à equipa dirigente, evitando a forte abstenção que uma única lista sempre sugere.
Os benfiquistas devem olhar para o importante, porque o importante está dentro do clube e não em guerrilhas externas. Ah! E o voto continua a ser electrónico. Ainda bem!"

Bagão Félix, in A Bola

Benfica mentalmente forte

"Personalidade e estratégia bem firmes em toda a hora e meia. Aquilo que FC Porto (mesmo ganhando) e Sporting não tiveram.

Atenuando um pouco a vil tristeza das nossas equipas nas duas primeiras jornadas da Champions (6 jogos, apenas 1 vitória - a do Sporting sobre o fraquinho Légia Varsóvia, em Alvalade), FC Porto e Benfica conseguiram concluir a 1.ª volta estreando-se no triunfo, e ambos fora de casa, relançado-se na corrida à fase seguinte.
O Benfica, impondo-se em Kiev, afastou o Dínamo dessa corrida (também o Nápoles ali ganhara, 1-2, tendo os ucranianos empatado em casa do Besiktas). No frio de Kiev, viu-se Benfica coeso, corajoso, decidido a vencer. Penalty (evidente) aos 10 minutos mais o embalou nessa convicção. Curioso: também de penalty (claríssimo), o FC Porto chegara ao êxito em Brugges, nos derradeiros segundos. Não se trata de sorte; para criar situação de castigo máximo, é preciso, por regra, atacar bem, com perigo...
Dínamo Jiev pera doce não é. Para o ultrapassar, no seu terreno, foi mesmo necessário um Benfica com firme personalidade, mental e estrategicamente forte desde o início e assim se mantendo ao longo da hora e meia. Pormaior: sem André Horta, Danilo, Samaris, foi decisiva a capacidade de Pizzi para se readaptar às funções de n.º 8.
Importantíssimo triunfo. Ainda assim, contas mais complicadas pela inesperada vitória do Besiktas em Nápoles. O Benfica terá de ir à Turquia... no intervalo de receber Dínamo e Nápoles.  Precisa de somar mais 6 pontos. Para estar na corrida foi absolutamente crucial o êxito em Kiev.
(...)"

Santos Neves, in A Bola

Kiev: o que hoje é verdade...

"Ederson é o melhor na baliza; Pizzi é o melhor a 'oito'; e o talento de Grimaldo e Cervi...

Algumas verdades, importantes de Kiev, relativamente ao Benfica e que valem o que valem as verdades no futebol: não resistem, quase nunca, à espuma dos tempos...
- Éderson caminha para ser um dos melhores guarda-redes do mundo (e são 10, quiça 20, os que habitam nesse patamar de excelência). Ontem, em Kiev, viu-se, mais uma vez, como o jogo de pés do goleiro encarnado abre uma série de pistas a Rui Vitória, que pode criar soluções que colocam a bola a 80 metros das redes do Benfica. E, dizendo isto, não estou a dizer que Júlio César não vai ser útil aos encarnados. Sê-lo-á, no tempo e no modo adequados.
- Pizzi é o melhor oito do Benfica. Jorge Jesus há tinha tirado, na Luz, proveito dos méritos do transmontano como box to box e Rui Vitória estará a concluir, presumo, que Pizzi dá à equipa, no âmbito dos equilíbrios naquela zona fulcral do terreno - onde a construção e a destruição estão à distância de um suspiro - aquilo que ainda falta a André Horta, por mais potencial que se lhe identifique, e que ainda não consegue oferecer.
- Gonçalo Guedes continua a ser um excitante projecto jogador. Mas precisa de definir melhor para estar à altura das exigências de uma Liga dos Campeões. Quantas situações criou o Benfica, de igualdade ou superioridade numérica, na partida de Kiev, susceptíveis de matar o jogo? Muitas. Mas a requererem mais qualidade ou no último passe, ou no derradeiro toque.
-Esquerda baixa. O talento não se mede aos palmos. Cervi e Grimaldo deram cabo da organização ucraniana e mostraram talento e raça, na melhor tradição à Benfica. Chalaninhas!
- Rui Vitória tem tudo em aberto num grupo inesperadamente equilibrado. E o que parece é que o Benfica está a crescer.

PS - Manifestamente exagerada a fama de pé frio de Paulo Alves, jornalista de A BOLA, relativamente ao Benfica..."

José Manuel Delgado, in A Bola

A decisão capilar de Lindelöf e a homenagem que Guedes prestou a Isaías

"Ederson
Continua a intrigar os adeptos. Tem cara de lutador da UFC e um pé esquerdo capaz de enviar Connor McGregor para as urgências do São José, mas continua a insistir no futebol. Enquanto os colegas procuravam maioritariamente chegar à baliza adversária, Ederson foi evitando as investidas de um colectivo mal encarado de indivíduos de leste, como se as redes benfiquistas fossem o seu Palácio do Kebab. À hora em que escrevemos, o espaço aéreo ucraniano continuava encerrado na sequência de um pontapé de baliza seu.

Nélson Semedo
Não tendo ainda consultado as estatísticas do jogo, e não tencionando fazê-lo, ficaríamos ainda assim muito surpreendidos se Nelson Semedo não aparecesse num qualquer onze da semana. Vejam lá se não fazemos queixa à UEFA. Nélson Semedo iniciou a época com um futebol emocionalmente paralelo aos papéis de Forrest Whitaker, planou durante umas semanas na insipidez de um Will Smith, e começa finalmente a parecer-se com o Denzel Washington pretendido de um lateral-direito moderno, na medida em que interpreta sempre a mesma personagem - a de um futebolista ultra-confiante com fogo no cu - e quase nunca vai mal.

Lindelof
Aos 22 anos, Lindelöf prepara-se para tomar uma das decisões mais importantes da sua carreira. A vontade dos adeptos é clara: máquina zero. Agora só depende dele, mas já demos tempo suficiente àquele corte de cabelo. Pior: as mangas compridas a esconderem as tatuagens tornam-no quase tão intimidante como Cervi numa luta de rua. Felizmente, tinha dois sócios por perto - Luisão e Grimaldo -, caso contrário teria acabado com um sobrolho aberto.

Luisão
O pai da defesa benfiquista voltou a protagonizar um daqueles raros episódios na presente civilização, em que um cidadão brasileiro consegue ensinar a um sueco os mais básicos princípios organizacionais. O corte magistral aos 27 minutos mostrou-nos o segundo melhor dos Luisões (o melhor é o que fala inglês no Instagram), mas ele dirá que foi #deusnocomando ou qualquer coisa assim. Fica sempre a sensação de que para fazer boas exibições só precisa de evitar - durante 90 minutos - que o adversário se vire de frente para ele. Sempre que tal não é possível, é tendencialmente comido de cebolada.

Grimaldo
Ao intervalo aceitou renovar até 2028 e, não surpreendentemente, no final da partida prolongou o vínculo até 2036, tendo a cláusula de rescisão sido estabelecida em dois Gelson e meio. Dá mundos ao mundo do futebol benfiquista, a atacar - Cervi é o seu novo BFF - e a defender. Não passou pela flash interview, mas se lá fosse diria apenas: “Yarmoquem?”.

Fejsa
Longe, muito longe vão os tempos em que o Benfica parecia ter contratado um UMM para percorrer o seu meio-campo em busca de adversários e bolas de futebol. Tem nome de Skoda, mas é hoje um verdadeiro Touareg. Pareceu sempre em casa, mais frio que a temperatura do ar, fazendo os ucranianos pareceram que estavam a defrontá-lo num daqueles estádios na Bolívia a 3 mil metros de altitude. Melhor em campo, pois claro.

Pizzi
Fez um excelente passe para Guedes no lance que deu penálti e é capaz ter sentido ciúmes do bromance entre Cervi e Grimaldo. O espanhol nunca pareceu tão apaixonado por Pizzi como pelo pequeno argentino. Segundo as redes sociais, a sua carreira continua a estar dependente do próximo passe ou marcação de canto, mas todos sabemos que não vai a lado nenhum. E ainda bem.

Salvio
É oficial: o melhor Salvio está de volta. Marcou aos 8 minutos de penálti; não querendo viver acima das suas possibilidades, pediu calma aos colegas durante os festejos. É provável que se lesione, não sem antes melhorar ainda mais o seu rendimento e o valor do seu passe. Aproveitemos que a vida é curta.

Mitroglou
Quase evitava o segundo golo do Benfica; felizmente Cervi conseguiu marcar na recarga. Nunca pensou vir a sentir tantas saudades de um homem da sua idade. Volta Jonas.

Gonçalo Guedes
Guedes, Gonçalo Guedes. Licença para cavar penáltis. Foi mais um jogo com GG9 a contribuir objectivamente para a vitória, mas o miúdo não nos pareceu especialmente inspirado. Protagonizou uma bonita homenagem a Isaías, com 43 remates para a bancada e nenhum à baliza. Actualmente a deixar crescer a barba, que atravessa uma fase similar ao relvado de Alvalade na fase Bettencourt. 

Cervi
Um dos melhores em campo. Atacou, defendeu, rematou, cruzou, chateou, entusiasmou, incomodou, jogou, fez jogar. Um metro e 23 centímetros de pura irreverência, com muitos poucos tiques de argentino em primeira época na Europa e vários de sul-americano em vias de ser despachado por 40 milhões. Esperamos um dia destes poder dizer neste espaço que gostaríamos de poder dizer aos nossos netos que vimos Cervi jogar.

Jiménez
Antes da lesão, o passe de Jiménez estaria, realisticamente, avaliado em, quê, uns 8 milhões? Com jeitinho… uns 10, vá. O seu regresso aos relvados ainda não dá para contar grande história, mas o que quer que venha a acontecer, terá de ser - de acordo com o calciomercato, o presidente e pessoas na internet - pelo menos, seis vezes melhor.

Celis
Quando éramos mais novos fizemos uma visita a Campo Maior. A meio do caminho, a professora esqueceu-se de nós na estação de serviço. Imaginem fazer o mesmo ao Celis e bloquear o acesso às contas bancárias. São 4147 quilómetros entre Kiev e Lisboa. Quando ele regressar já o mercado reabriu.

Eliseu
Entrou em campo com um papel para entregar a Pizzi, dizendo "Onde é que se janta, maninho? Tou c'uma galga"."

Qualidade individual

"O Benfica impôs-se ao Dínamo de Kiev com os mesmos argumentos que lhe têm servido para ganhar internamente

Apesar de inesperada, a vitória do Besiktas em Nápoles, com Quaresma e Aboubakar no papel de protagonistas, acabou por confirmar o Grupo B como um dos mais abertos desta fase da Champions. Tal como ficaram as contas no final da primeira volta, é tão difícil identificar um favorito claro ao primeiro lugar como seria insensato ignorar o papel que o "outsider" Dínamo de Kiev pode desempenhar na definição dos primeiros lugares.
O próprio Rui Vitória fez questão de sublinhar que os ucranianos são mais consistentes e perigosos a jogar fora de casa, onde não sentem a responsabilidade de assumir a iniciativa e podem apostar livremente no contra-ataque, naquilo que pode ser entendido como um aviso: importante como foi, a vitória de ontem só poderá ser devidamente capitalizada se os encarnados forem capazes de lhe acrescentar outra, já a seguir, na Luz, enquanto Besiktas e Nápoles se desgastam mutuamente.
De resto, mesmo ontem, num jogo em que estiveram por baixo praticamente desde o primeiro ao último minuto, há pelo menos uma mão-cheia de grandes defesas de Ederson a provar que os ucranianos têm argumentos suficientes para fazer estragos. E que, tal como também tem sido evidente no campeonato, este Benfica vai mais formoso do que propriamente seguro, impondo-se muito mais graças à qualidade individual em zonas de decisão do que propriamente enquanto colectivo coeso e articulado. Não é defeito, sublinhe-se. Pelo menos não enquanto continuar a ganhar."


PS: Resolvi 'postar' essencialmente, porque concordo com a ideia que o Dínamo é mais perigoso nos jogos fora, do que nos jogos em casa... algo que o Rui Vitória chamou a atenção, mas foi pouco realçado!!!!
No resto da coluna, é sempre agradável verificar a azia provocada pelas vitórias do Benfica!!!

O mais e o menos da semana europeia

"Em semana europeia, esta jornada da Liga dos Campeões assumia uma grande importância para as nossas equipas, face ao lugar que cada uma ocupava no seu grupo.
Estes resultados fazem antever uma próxima jornada ainda mais importante e eventualmente decisiva para alguma das equipas portuguesas.
Mas isso é só daqui a 15 dias. Para já fica a minha análise aos pontos positivos e negativos desta jornada para os clubes portugueses.

Mais
- Os últimos 30 minutos do Sporting deixaram a ideia que o resultado podia ter sido outro. É certo que foi o golo aos 60 minutos a trazer a equipa de novo ao jogo, mas o entusiasmo e outra forma de agir fizeram acreditar que era possível. Do meu ponto de vista o que se pede ao Sporting e às equipas portuguesas na Europa é que lutem, que sejam agressivas, que pressionem, que defendam quando a situação o exige, que saibam sofrer mas que não tenham medo de ser eles próprios e de acreditar que é possível.

- Esta situação também serve para o FC Porto em Bruges. Perante um adversário mais fraco demorou a agir e reagir. Ao contrario do golo de Alvalade, foram as substituições operadas e a forma como a equipa reagiu e passou a jogar que mudaram tudo. Ganhou mais largura em campo com Brahimi e Corona e a velocidade e movimentação dos seus jogadores fizeram alterar o cariz do jogo. A equipa foi atrás do resultado e neste caso as substituições tiveram efeito. À imagem do Sporting, estes 30 minutos não foram brilhantes mas foram o suficiente para alterar o rumo dos acontecimentos e garantir que o FC Poro saía já em cima do apito final com uma vitória que tranquiliza para já.

- Em Alvalade, Gelson foi o único a dar um ar da sua graça, apesar de não ter chegado ao nível que tem atingido. Não teve medo de ter a bola, criou desequilíbrios. Foi mais um passo no crescimento que vem apresentando e a equipa ganha claramente com isso.

- Layun fez um grande golo. Aos 68 minutos, a sair de trás numa saída de contra ataque, o lateral mexicano, bem servido, apareceu a rematar sem hipóteses à entrada da área.» «André Silva mostrou frieza e classe na marcação do penálti. Foi aos 93 minutos e deu uma importante vitória para a sua equipa.

- No frio de Kiev, o Benfica foi equilibrado e jogou o suficiente para trazer uma vitória. Marcou nos momentos certos e soube ter a gestão do jogo do seu lado.

- Muito contribuíram para isso Fejsa e Pizzi, desta vez na zona central. Esta dupla funcionou bem e soube dar o equilíbrio quer defensivo e ofensivo e a capacidade para ter bola e gerir o ritmo do jogo.

- Ederson foi um outro dos mais nesta equipa. Numa altura em que o Dinamo procurava alterar o rumo dos acontecimentos, o jovem brasileiro foi chamado e respondeu bem, com algumas defesas.

Menos
- Os golos sofridos por Sporting e Porto. Em Alvalade, no lance de primeiro golo sofrido, Ruben Semedo esperava que a bola lhe chegasse e o corte surgisse, mas não contou com o rapidíssimo e decidido Aubameyang à sua frente. Pedia-se acção e não reacção. Um primeiro toque na bola, antecipando-se a Ruben, a saída rápida que deixou sem resposta o jovem português e não foi a tempo de evitar a excelente finalização do gabonês.

- O segundo golo dos alemães foi o reflexo do comportamento da equipa durante dois terços do tempo. A passividade e falta de agressividade de William e Elias perante Weigl deixaram o jovem médio chegar de frente aos centrais leoninos, que não encurtaram o espaço, permitindo o remate muito bem colocado e certeiro perante Rui Patricio, que nada pode fazer.

- Em Bruges também uma má abordagem ao lance por parte de Layun deu origem ao golo belga.Um passe longo, que permitia uma boa leitura e um tempo de chegada suficiente para controlar a jogada, o que o mexicano não fez. Quando se apercebeu já o adversário saía na sua frente e cruzava, para terminar ainda com ressaltos no único golo do Club Brugge.

- O Sporting pouco fez durante os primeiros 60 minutos do jogo e isso foi determinante para o resultado final. Estrategicamente jogou baixo para não dar profundidade ao ataque alemão, mas foi durante este período uma equipa passiva e sem agressividade. A jogar assim e perante uma equipa como o Dortmund que, apesar de muito desfalcada, tem qualidade, é normal que sofra. A equipa só reagiu quando Bartra, com um erro grave que deu origem ao golo de Bruno César, a fez voltar ao jogo. Foi tarde mas fica a memória para não repetir em Dortmund.

- Markovic foi um dos elementos com pouco rendimento. Não sei se uma das suas missões passava por ser o elemento que não permitia que Weigl assumisse o controle do jogo nem desse início ao ataque do Dortmund. Acredito que sim, porque William e Elias tinham Gotze e Kagawa para vigiar. O que é certo é que o jovem sérvio não o fez e do meu ponto de vista tinha de o fazer. Com isso Weigl jogou quase sempre sozinho, sem pressão e à vontade durante todo o jogo. Se do ponto de vista defensivo Markovic não foi eficaz o mesmo podemos dizer em termos ofensivos. Correu de mais com a bola, perdendo invariavelmente, decidiu mal e com isso foi perdendo confiança. A saída aos 65m foi natural pelo que (não) fez.

- Herrera foi o capitão do Porto nesta deslocação a Brugge. Lento, previsível e com pouca movimentação, à imagem da equipa durante 60 minutos. Partiu no desenho táctico como médio interior direito e, não tendo ninguém na ala, como existia do outro lado com Octavio, não deu a largura que por vezes era precisa, nem a profundidade e movimentos de ruptura necessários para criar desequilíbrios. A sua substituição foi o reflexo do pouco rendimento que apresentou.»"

Agora querem o direito ao golo ilegal

"Estalou o verniz no Brasileirão. O Fla-Flu do fim de semana desencadeou um processo em tribunal, que devia envergonhar quem o pediu!
O Flamengo está a disputar o título com o Palmeiras e jogou frente ao grande rival carioca. Venceu por 2-1, mas os três pontos, que o deixam a quatro do Palmeiras, estão em suspenso.
O caso é este: Henrique, do Fluminense, marcou um golo em fora de jogo. O árbitro assistente assinalou a infração. Foi pressionado pelos tricolores e hesitou. O árbitro principal, de repente, assinalou golo. Foi pressionado pelos rubro-negros. Entretanto, disseram-lhe que a TV mostrava que o golo era ilegal. O que só por si é ilegal também. O juiz voltou à decisão inicial, a correta em campo. No entanto, o Flu quer a anulação do encontro porque o árbitro Sandro Meira Ricci decidiu após recurso a imagens televisivas.



Sempre achei que a jogada mais fácil para um assistente observar um fora de jogo é o livre lateral.
A bola está parada e, regra geral, a defesa está em linha. Quem ataca também se posiciona da mesma forma. E basta uma boa comunicação para saber-se quando a bola parte, sem ser necessário estar com um olho no peixe e outro no gato, como dizem pela América Latina.
Dificilmente o jogo dá melhores condições do que esta a um bandeirinha.
Isso não invalida o erro.
Mas o assistente do Fla-Flu não errou.
Pode ser acusado de falta de coragem. Mas antes falta de coragem do que falta de vergonha.
E o que a direcção do Fluminense quer nos tribunais é ter o direito de marcar um golo ilegal.
Nenhuma dúvida há de que se recorreu a imagens de TV. Por isso, várias questões se levantam. Porque é que tal aconteceu, mesmo sabendo que tal não é permitido? Porquê neste jogo e não em outros?
São interrogações legítimas, claro, mas um valor mais alto se levanta. A tal coisa que todos os clubes apregoam, que é a Verdade Desportiva, mas que escolhem quando ela lhes convém.
Dura lex, sed lex? Nem pensar!
Num processo na justiça civil, a angariação de prova tem de ser cuidada, de modo a proteger-se o cidadão, a sua privacidade. É por isso que muitas escutas são consideradas ilegais, por exemplo.
Mas esta questão de recolha de prova [neste caso, de que o lance é ilegal] não me parece que possa ter equivalente num golo que todo o Brasil, e agora o resto do mundo, viu! Não faz sentido, pois não?
Convenhamos que decidir sobre um golo, e é isso que está em causa, não tem a mesma importância do que julgar a prisão de alguém.
A FIFA proíbe que se recorra a imagens televisivas para decisões de arbitragem. Mas a FIFA também é (ou devia ser) a principal guardiã dos valores e princípios de Fair-Play e Verdade Desportiva.
E é esta última que tem de prevalecer sobre todas as outras. Como a Justiça, aquilo que é de facto justo, tem de se sobrepor.
O Fluminense é culpado de ter marcado um golo ilegal. Mas ao recorrer para tribunal da decisão, ou do processo de decisão, de Sandro Meira Ricci está a querer inverter o que é justo. E a «atirar um inocente para a cadeia»."

Lanças no pós-Kiev

Sonhando SLB em Malta

Sonhando SLB na Guiné-Bissau (II)