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domingo, 17 de abril de 2016

Ouriçar

"Os arrepios de uma boa refeição, dos ecos de um vibrante Benfica-Bayern, dos aplausos sentidos dos adeptos e da ponta final da Liga 2

1. O sol, bem tímido diga-se, desapareceu. Dele resta na orla do imenso horizonte deste oceano que nos banha o lampejo do seu séquito de luz. Que se vai pouco a pouco apagando. Como a chuva que nos molhou ao longo da semana e perturbou a chegada, a horas, do Ministro da Educação e do Desporto a uma reunião no nosso Parlamento. Como se a previsão das circunstâncias não fosse uma exigência de qualquer responsável da pasta da Educação... e também do Desporto! Chegados à Ericeira é hora de jantar. Na estrada, em rigor na auto estrada, os sons da rádio, nos seus momentos desportivos, trazem-nos vozes e frases em que não se combinam o mérito e a sorte. E logo na semana em que o Benfica empatou, na Luz, contra o poderoso Bayern de Munique! Mas perante tais sons logo recordamos o verbo ouriçar. Que significa encrespar. Ou seja, agitar. Mas também arrepiar. Como lembramos que o ouriço é uma pessoa empertigada ou difícil. Imbuídos de tanto verbo e múltiplos significados chegamos ao Sul. Um acolhedor restaurante bem perto da bonita Praia do Sul. Perto também da Praia dos Pescadores. E estes na busca desesperada de um porto de amparo. Para uma luta permanente pela vida. Ali a Ana Gomes, o Paulo e o Horácio Rodrigues, sempre com um sorriso que percorre aquele espaço, após o festival do Ouriço do Mar, servem-nos um arroz de ouriço que quase nos leva, num ápice, ao céu dos melhores sabores. Tal como aquela pancada do sino - ou da sirene dos Bombeiros - que vem, lenta mas precisa, vibrar em certos momentos. Formidável degustação. Divino manjar que as mãos do Paulo - verdadeiro chefe! - constroem seja no ouriço assado, no creme de ouriços ou, para com beleza terminar, num creme brulée com cristais de ouriço do mar. Inundados deste prazer gastronómico português olhamos para o local onde embarcou D. Manuel a 5 de Outubro de 1910 e recordamos, com respeito, o último Rei de Portugal. Como recordamos que o nome Ericeira provém da grande quantidade de ouriços do mar que se encontram nesta parte da costa e que a esta vila antigamente se dava sugestivamente o nome de «Oyriceira». Olhamos para trás e confessamos que temos de regressar ao Sul. Para o Paulo nos servir um prato de galinha do mar que muitos degustam, hoje como ontem, como se fosse uma verdadeira e luxuosa salada de lagosta. Mas tudo, tudo mesmo, nos surgiu, com muito mérito e aqui com toda a sorte, do verbo ouriçar. Para outros, como para nós, um verdadeiro arrepio.
2. Também me arrepiei - logo fiquei ouriçado - na passada quarta feira no final do jogo no Estádio da Luz. Fui cumprimentado, com respeito, pelos principais dirigentes do Bayern de Munique. Já durante o almoço oferecido, e muito bem, pelo Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, me tinha apercebido da sua admiração pela beleza de Lisboa e pela grandeza do Benfica. E pelo reconhecimento da qualidade e sagacidade indiscutíveis dos dirigentes do Benfica e também do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes. Acompanhei, após a eliminação digna, os aplausos sentidos que os milhares de adeptos do Benfica dedicaram aos seus jogadores e, também, à sua respeitada equipa técnica. E ao olhar para o relvado fiquei ouriçado com o conjunto de jovens talentos que terminaram o jogo contra o Bayern de Munique. Acreditem que os grandes Senhores do futebol e do Bayern me perguntaram por alguns deles e pediram a sua idade. Com dezoito anos Renato Sanches e Luka Jovic. Com dezanove Gonçalo Guedes. Com vinte e um Lindelof. Com vinte e dois Talisca e Ederson. São jovens talentosos. E razão tem Luís Filipe Vieira em ficar babado. Diria arrepiado. Ousadamente ouriçado. É mérito. E já agora também sorte! E como o escreveu Virgílio na sua Eneida - poucos anos antes do nascimento de Cristo - «a sorte ajuda os audazes»!
3. Portugal, muito graças à excelente época do Benfica, fechou a participação nas competições europeias num fantástico quinto lugar no ranking da UEFA. O que significa que teremos seis equipas nas próximas Liga dos Campeões e na Liga Europa. Mas importa, nesta semana em que saberemos a composição das listas candidatas aos diferentes órgãos da nossa Federação, não ignorar que vamos iniciar a próxima época de futebol no sétimo lugar já que será naturalmente eliminada a boa classificação - coeficiente! - alcançada em 2011/2012. E, assim, seremos ultrapassados pela França e pela Rússia que, aliás, já nesta época tiveram melhores coeficientes. E ficar em sétimo significa diminuir o número de equipas envolvidas naquelas competições e, também, o número de presenças directas na fase de grupos. É caso para uma reflexão interna. E para que os principais clubes meditem acerca do seu futuro próximo. E em que alguns devem ficar mesmo ouriçados!
4. Também na segunda liga faltam cinco jornadas para o seu derradeiro apito. A disputa pela subida é intensa. E a luta pela não despromoção é imensa. Acredito que para os dois lugares que permitirão o acesso aos milhões de receitas da principal competição há cinco clubes com muita esperança: Chaves, Portimonense, Feirense, Freamunde e Famalicão. É com a percepção que alguns dos investidores estrangeiros envolvidos tudo farão para chegarem ao seu ambicionado sonho. Mas na luta pela não despromoção estão nomes do futebol português, como o Farense e a Oliveirense, o Oriental e o Leixões, o Académico de Viseu e o Santa Clara. E, igualmente, o Benfica B. Que tem de lutar, e muito face aos próximos adversários, para se manter numa competição que é relevante para a promoção e a progressão competitivas dos jovens talentos que a Academia do Seixal vai formando. Importa acreditar e agitar. Diríamos importa também aqui ouriçar!"

Fernando Seara, in A Bola

Cuidado nos jogadores

"Não há como desconhecer que um dos dilemas da gestão profissional de uma sociedade desportiva do futebol é a duração dos contratos dos jogadores. No palco das negociações (originárias ou supervenientes), o binómio 'tempo de vigência' e 'retribuição anual' faz toda a diferença no momento de os jogadores decidirem no elenco de possibilidades. Por exemplo, esse binómio pode fazer com que um jogador desejado opte pelo nosso campeonato em detrimento de outros mais competitivos. Ou que um atleta que acaba um contrato entenda continuar a sua carreira noutro clube, naquela óptica do 'custo zero' compensado pela maior atractividade de um contrato mais longo. Sendo certo que, nessa ponderação, se percebe que a estabilidade temporal de um vínculo a termo é sempre fundamental para os atletas em carreira curta e a responsabilidade indemnizatória dos clubes pela extinção (sem ou com acordo) dos contratos se afere e se negoceia pelo valor total dos salários até ao fim do tempo do contrato.
O problema surge quando essa permanência longa - na hipótese de rendimentos aquém das expectativas - se coloca como entrave à 'renovação' dos plantéis. Por outras palavras, quando é preciso 'despachar' alguns desses jogadores e não se encontra solução imediata, mesmo que essa seja uma 'cedência' a outro clube que possa partilhar a obrigação salarial. E assim vemos os dramas que são as transições de épocas nas nossas sociedades desportivas (nomeadamente as três grandes SAD), com 'exércitos' de jogadores para 'colocar' (definitiva ou temporariamente) fora do plantel, com a assistência de 'empresários' mandatados para esses efeitos e treinadores expectantes nessas 'saídas' para terem 'novos' jogadores.
É nesse momento que devemos questionar se os administradores e gerentes dessas sociedades desportivas foram cumpridores do 'dever geral de cuidado' nos termos das contratações desses jogadores, o dever que os obriga a tomarem decisões de gestão informadas, razoáveis (no catálogo de alternativas) e (no intuito de afastar responsabilidade) não irracionais. Mais em particular, se usaram da diligência devida e exigível neste sector específico, de acordo com o máximo interesse da sociedade e tendo em conta a disponibilidade, a competência técnica e o conhecimento da actividade adequados às suas funções. Se assim não foi, temos ilicitude e culpa no ato de gestão. E indemnização dos prejuízos causados à sociedade desportiva. Como em qualquer outra sociedade comercial. Conviria não esquecer."

Iniciados - 2.ª jornada - Fase Final

Sporting 0 - 5 Benfica
Penetra, Gomes(2), Ronaldo, Ramos


Imparáveis... Demolidores... Já não existem adjectivos para classificar esta equipa de Iniciados. Dois jogos na Fase Final: 9 golos marcados e 0 sofridos!!! Creio que a dificuldade vai ser mesmo sofrer um golo...!!!

Curiosamente ao intervalo até estava 0-0, mas no 2.º tempo, não demos hipóteses!!!

Benfica.......... 6
Sporting ........ 3
Belenenses ..... 3
Braga ........... 0





PS: Neste Domingo tivemos 4 Derby's na Formação, e vencemos todos!!! Além dos Iniciados, vencemos em Juvenis A (2-1), Juvenis B (fora 0-1), e nos Infantis C (4-1)...
Destaco a vitória dos Juvenis A, que com os 'reforços' Jota e Zé Gomes, podem ajudar o Benfica a conquistar o título nacional de Juvenis...

Más vibrações !!!

Oliveirense 84 - 77 Benfica
18-13, 20-25, 24-25, 22-14

Mais uma derrota, mais um péssimo sinal, e mais uma derrota com uma recta final horrível...
Outra má notícia, é esta gestão na utilização do Gentry, que normalmente só joga nos jogos mais 'complicados' e depois nem sequer faz parte da ficha do jogo!!!

Terminámos a 2.ª Fase em 1.º lugar. A Ovarense garantiu o 3.º lugar (mesmo sem a nossa ajuda!!!), tal como queríamos... Mesmo assim, vamos para o Play-off com muita desconfiança...

Vamos jogar com o Lusitânia nos Quartos (cuidado com os jogos na Terceira...), e muito provavelmente vamos encontrar esta Oliveirense nas Meias...

Obrigatório vencer...

Sporting B 2 - 1 Benfica B

Santos; Alfaiate, Nunes, Dias, Yuri; Lystcov (Dino, 54'), Dawidowicz; Dálcio, Digui (Saponjic, 75'), Berto; Carvalho (Pêpê, 75')

A margem de erro deixou de existir, é obrigatório vencer os próximos jogos...

Nem com um esquema surper-defensivo conseguimos pontuar, mas quando se falha penalty's (pelo segundo jogo consecutivo), tudo se torna mais complicado...
Fomos sempre inferiores, sofremos um golo de penalty, logo a seguir falhámos um penalty... Sofremos o segundo no inicio do 2.º tempo, o Rúben é expulso, e reduzimos no último minuto...

Antes que se comecem a fazer comparações, enquanto o Benfica tem feito este Campeonato com uma equipa base de Juniores; os Lagartos, 'baixaram' vários jogadores que têm trabalhado com a equipa A (Tobias, Matheus, Esgaio... já para não falar dos Guald ou Podence...)!

Benfiquismo (LXXVII)

Uma das grandes Finais do Benfica,
mesmo antes da 'tempestade'...!!!

Benfica 5 - 2  Boavista
Jamor,
Final da Taça de Portugal,
10 de Junho 1993