Últimas indefectivações

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Goleada...

Benfica 7 - 0 Estrela


Superioridade reforçada, com a expulsão do guarda-redes do Estrela ainda com 0-0 e na sequência do Livre Direto, o Benfica inaugurou o marcador... E até podiam ter sido mais!!!

Estamos nas Meias-finais, e a jogar bem...


Visão: O Benfica deve renovar com Otamendi?

Zero: Mercado - Pedro Gonçalves, Di María, Sérgio Conceição

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Mourinho na seleção portuguesa? O que se fala

O Sporting pavloviano, o Benfica de Freud


"Permitam-me pegar no elefante com jeitinho e arrumá-lo a um canto deste texto.
Todos sabemos, pelo menos os não lunáticos, que a Liga 24/25 estava decidida a entregar-se aos braços de Ruben Amorim & Ca.
A relação seguia os cânones do ritual de acasalamento. Piscadela de olho de um lado, beijinho assolapado do outro, o Sporting a viver feliz e realizado.
11 jornadas de campeonato, 11 vitórias, o futebol mais belo, mais convincente, mais automatizado.
Ah, e Viktor Gyokeres, claro. O viking inclemente.
De Manchester, porém, chegou a carta envenenada. Atraiçoou o casal de pombinhos, pegou em Amorim ao colo - libertando a Liga desse compromisso para a vida - e cravou um ponto de interrogação em todos nós.
Sem Ruben Amorim, o Sporting vulgarizou-se. Consequências de um coração partido, naturalíssimas, e mal apaziguadas por um treinador imberbe e impreparado.
Do outro lado da Segunda Circular, outro dos proponentes libertara-se de um empecilho alemão e voltara a sorrir, mais por obrigação institucional do que pela ferocidade do seu futebol.
Seja como for, Bruno Lage teve o mérito de reparar avarias perigosas e recolocar a carruagem do Benfica em cima de quatro rodas.
Saiu o verdinho Pereira dos leões, saiu também mais a Norte o contestadíssimo Vítor Bruno e saiu numa noite fria de Rio Maior a carta de alforria a Lage.
Já com Rui Borges, os leões passaram a ser um andróide pavloviano. Explico-me. Num campo minado por lesões que mais pareciam bruxaria, o autómato de Borges passou a funcionar por impulsos. Mas a funcionar.
Não eram os cãezinhos de Pavlov, mas juraria ter visto baba, dentes arreganhados e um ar esfaimado. Fui ver, era o Gyokeres.
Sinal de alerta acionado, bola na profundidade, sprint de Viktor, o Sporting a renascer. Assim foi durante quase toda a segunda volta, em aparições globalmente mais organizadas do que espetaculares, mais pragmáticas do que romantizadas.
Esses tempos, de profundo amor pela bola, sumiram-se com a ida de Amorim para Old Trafford. O recente 1-1 na Luz, meritório, é a mais recente prova dessa cambiante no modo de vida leonino.
Se em Alvalade a teoria tinha muito de pavloviana, na Luz passei a detetar um je ne sais quoi freudiano. Lage foi sempre vítima da pressão social e das imposições do dever, portador do tal superego que acompanha o andor do benfiquismo.
Nos momentos maus o peso é insuportável, nos momentos bons voa à velocidade do tapete mágico das mil e uma noites. 
Sinto que o Benfica ainda investe impérios em banalidades e, por isso, não capitaliza a sua dimensão social superior a FC Porto e Sporting. Não à toa, corre o sério risco de ganhar um só título dos últimos seis. Uma marca pobre.
Se o Vitória e o SC Braga não reclamarem as manchetes de sábado, o Sporting terá o bicampeonato aguardado há 70 anos. Um dado incompreensível, já agora, e revelador da confusão e incompetência que ao longo de décadas sobrevoou Alvalade.
Sporting ou Benfica, nenhum será um campeão admirável, merecedor de loas e uma coroa de glória. Será, sim, um campeão saído dos despojos recolhidos pela fuga de Ruben Amorim para Inglaterra. O campeão possível. Mas o campeão.
O futebol é apaixonante também por isto. Entre tiros nos pés, porta-aviões ao fundo, traições e um fratricídio quase shakespeariano, eis-nos no último capítulo e sem nada saber sobre o fim da trama
 Nos dias que correm, de streamings e bilionários de petrodólares e pouco juízo, não deixa de ser um luxo.
Viva a Liga 24/25!"

Que culpa tem Schjelderup?


"Estranho o 'timing' das despropositadas declarações do presidente da Mesa da AG da SAD. Mais estranho ainda? A desvalorização sem sentido de um talento em quem tanto se apostou...

A gestão de Andreas Schjelderup no Benfica é um verdadeiro caso de estudo e as recentes palavras de Nuno Magalhães, presidente da Mesa da AG da SAD, nome que muitos benfiquistas nem deviam sequer conhecer até à última segunda-feira, deixou ainda mais claro o que já era óbvio: o jovem norueguês é um alvo fácil para se bater. E até a utilização que Bruno Lage tem feito dele o tem mostrado, pois é pouco compreensível que, ao longo da época, por inúmeras vezes Schjelderup, 20 anos (sim, apenas 20), tenha ficado recorrentemente deixado para trás, em detrimento de Beste — ainda alguém se lembra dele? —, Amdouni e até Bruma acabado de chegar no mercado de inverno. 
Quando foi chamado e aposta de forma consistente no onze, Schjelderup deu resposta cabal: a 8 de janeiro, quando Akturkoglu estoirou e justificava ser suplente há algumas semanas, apareceu na equipa titular na meia-final da Taça da Liga frente ao SC Braga (3-0) e foi nota 7 para A BOLA; três dias depois, titular na final com o Sporting, marcador do golo e inexplicavelmente substituído ao intervalo; mais três dias volvidos, titular em Faro e autor do golo que iniciou a reviravolta (de 0-1 para 3-1) num jogo que começava a ficar complicado nos oitavos de final da Taça de Portugal; a 17 de janeiro, titular frente ao Famalicão e mais duas assistências para golo na conta. Por fim, a 21 do mesmo mês, titular e um dos melhores em campo (nota 7 para A BOLA) no épico jogo (4-5) frente ao Barcelona para a Liga dos Campeões.
A partir daí, a utilização voltou a ser intermitente e nunca deixou de se perceber algum desconforto de Bruno Lage quando com ela confrontado, chegando o jogador a ser alvo de repreensão pública — «Schjelderup tem de perceber que não tem de driblar o Mundo ou marcar para o treinador olhar para ele» —, algo que raramente se viu o treinador dos encarnados fazer com outros jogadores. Aos 20 anos, é mais do que natural que Schjelderup não seja um produto acabado, que tenha falhas e momentos de maior e menor fulgor até dentro do próprio jogo!
Perante a grandeza do investimento (€14 milhões) e do talento do extremo, a facilidade com que se aponta o dedo a um jogador que, dentro do que pôde, contribuiu de forma bastante satisfatória para a temporada da equipa, deixa no ar algumas questões e não será de estranhar que isso leve o próprio jogador a pensar noutro rumo para a carreira."

Benfica atirou a toalha ao chão?


"Da conferência de Lage aos inacreditáveis tiros nos pés do presidente da Assembleia Geral da SAD do Benfica é legítimo questionar se as águias ainda acreditam no título.... Já no Sporting, tudo o que acontecer em Alvalade resultará de uma simples pergunta a fazer segundos antes de entrar em campo...

Há dias, durante A BOLA da Noite, de A BOLA TV, Alemão descrevia o que passa na cabeça dos jogadores quando estão perfilados junto à entrada para o relvado segundos antes de entrarem em campo para um jogo que pode dar um título. O antigo guarda-redes do Sporting, também campeão em 2001/2002, até se emocionou ao falar do que se sente nesses momentos.
Naqueles segundos, enquanto aguardam que o árbitro diga «vamos lá», há uma espécie de transe. Um misto de nervoso miudinho, de concentração absoluta e de gestão emocional num contexto de momento histórico. A glória à distância de 90 minutos e a necessidade de se estar à altura da responsabilidade. Mas o decisivo mesmo é que naqueles segundos os jogadores fazem uma espécie de resumo mental da época. As dificuldades, os altos e baixos, o que viveram ao longo de 33 jornadas. As alegrias, o sofrimento, as lesões, as dúvidas, as gargalhadas em dias de vitória e a tristeza em dia de derrotas, as injustiças, os golos épicos, as conversas de grupo, as zangas do treinador, os gritos no balneário, o golo no último minuto que deu uma vitória.... Depois, concentram-se nos companheiros e há tempo para um último olhar antes da batalha. Nem precisam de dizer mais nada, sabem que contam uns com os outros e nunca como nesses momentos se sentem tão em comunhão.
Desta reflexão surge combustível para lutar, mas o sucesso também depende de uma pergunta específica: por que razão querem os jogadores ser campeões? Pode parecer uma pergunta de retórica, quiçá La Paliciana, mas, se pensarmos bem, é na profundeza da resposta que se encontram os motivos para se lutar...
No jogo da Luz, pela forma como entrou em campo e cerrou fileiras para aguentar o resultado, deu-me a sensação que os jogadores do Sporting encontraram mais razões para quererem o título. Desde o golpe da saída de Amorim, as desastrosas semanas com João Pereira, a inacreditável onda de lesões, a liderança que lhes fugiu duas vezes e por duas vezes a reconquistaram... Não me entendam mal, os jogadores do Benfica também querem muito ser campeões, mas não vi o mesmo sentido de urgência e o mesmo fogo nos olhos.
O que vi, no final do jogo, foi um Bruno Lage com um discurso que pode ser interpretado como de desistência. Não estou na cabeça do treinador do Benfica, não quero ser injusto, avalio apenas o peso das palavras. Assumir-se como responsável pelo empate e dizer que no Benfica não é suficiente não ser campeão pode ser interpretado como uma toalha jogada ao chão, por muito que também tenha dito que quer vencer em Braga. Terá sido a desilusão do momento. Talvez... Mas é de fogo nos olhos que a equipa mais precisa. Não de dar como previsível que o Sporting vença em casa o Vitória, por muito que seja favorito.
E que dizer dos tiros nos pés de Nuno Magalhães, que na Antena 1 se assumiu apenas como adepto desiludido e irritado e se esqueceu que é o presidente da Assembleia Geral da SAD do Benfica? Desancar em Schjelderup, acusar a equipa – a par do árbitro - se ser responsável por não ter vencido o Sporting, mostrar até desgaste porque nem parecia que o Benfica jogava em casa... Uma das mais absurdas intervenções que ouvi de um dirigente em semana de decisão, agora sim, de título. Uma vez mais só posso interpretar: são declarações de quem parece já não acreditar no título. E se a equipa não acreditar, não vai fazer nada a Braga...
No Sporting, o trabalho de Rui Borges, é controlar a euforia. Faz bem. O Vitória precisa da... vitória. O perigo mais eficaz e devastador esconde-se nas sombras para não ser visto. No fundo, tudo o que os jogadores leoninos vão ter de fazer é o balanço de uma época atípica e, segundos antes de entrarem no relvado, todos devem responder à mesma pergunta: por que razão querem ser campeões?"

Ruben Amorim é um visionário


"Tudo para decidir na última jornada, sinal inequívoco de competitividade da Liga. Mais: só Farense e Boavista, os dois últimos, não roubaram pontos aos quatro primeiros.

Final de campeonato digno de Hitchcock, o mestre do suspense. Está tudo praticamente por decidir, pelo que o adepto do futebol não podia pedir mais emoção. Título, UEFA e manutenção, tudo vai decidir-se no sábado, a partir das 18h00.
Sou daqueles que gosta do futebol português. Dos jogadores e dos treinadores — quanto aos dirigentes já é outra conversa... Considero que têm muito valor e uma capacidade de se reinventarem a cada momento.
Conseguem constantemente fazer muito com pouco, uma qualidade que muito aprecio. Não sou apologista de que a Liga portuguesa é pouco competitiva ou que é nivelada por baixo. Uma narrativa construída já há muitos anos e que a cada dia ganha mais simpatizantes. Eu próprio, confesso, por vezes me deixo ir na onda.
Ainda no início desta época escrevi aqui neste espaço que o campeonato estava perigosamente desequilibrado. O Sporting de Ruben Amorim voava, como dizem os brasileiros, e tudo parecia ser só facilidades. Curiosamente, foi a partir do momento a que assisti a uma conferência de imprensa do agora treinador do Manchester United que refleti melhor sobre o assunto.
Então, Ruben Amorim disse que era um privilegiado em Alvalade, que o clube estava muito bem organizado e que o plantel tinha sido construído a tempo e horas e com os jogadores que tinha pedido, além de que o Conselho de Administração do Sporting presidido por Frederico Varandas lhe dava toda a confiança. Bem diferente, sublinhou, era a posição de muitos dos homólogos da Liga, para os quais pediu tempo. Nada mais acertado, como se percebeu depois…
Recordei-me dessas palavras nestes últimos dias, com tudo por decidir na 34.ª e última jornada. O final de campeonato só não vai ser ainda mais emotivo porque o SC Braga, que tão bom trajeto estava a realizar nesta segunda volta, claudicou nas três rondas anteriores: sete pontos perdidos em nove possíveis.
Os guerreiros entregaram desta forma o terceiro lugar, que vale o acesso direto à UEFA Europa League, ao FC Porto — os minhotos só matematicamente têm possibilidades de terminar no pódio, mas daquelas nas quais ninguém acredita, pois seria necessário vencerem o Benfica e os dragões perderem em casa com o Nacional e ainda que a combinação de resultados permitisse anular uma desvantagem de sete golos.
Quanto ao título, todos os portugueses já sabem de cor e salteado o que terá de suceder para Sporting ou Benfica festejarem. Volto a reafirmar o que escrevi há uma semana: quem saísse na liderança do dérbi tinha tudo para ser campeão e considero mesmo que o mais provável é os dois rivais terminarem empatados, com a vantagem no confronto direto a fazer a diferença. Querem mais equilíbrio? Só mesmo se o critério de desempate fosse a diferença de golos. Que até é bem pequena: três — 86-27 para os leões e 83-27 para as águias.
Dada a final da Taça de Portugal ser disputada entre Sporting e Benfica abriu-se mais uma vaga na UEFA via campeonato, com o 5.º classificado a ter acesso à Conference League e também aqui não podia pedir-se maior equilíbrio, com V. Guimarães e Santa Clara empatados à entrada da última jornada.
Emotiva, como quase sempre, é a fuga aos lugares de despromoção, esta época com quatro clubes envolvidos. Entre E. Amadora, Aves SAD, Farense e Boavista só um vai festejar e dois não vão evitar as lágrimas. O outro, o 16.º classificado, ainda vai depois realizar mais dois jogos, no play-off com 3.º classificado da Liga 2 — esta, para não variar, está extremamente equilibrada e é um verdadeiro hino à competitividade temporada após temporada.
Voltando a Ruben Amorim, que como sabemos tem uma clarividência notável e uma forma de comunicar que a todos deixou saudades — não cometia gafes como, por exemplo, a de Rui Borges ao falar, de forma despropositada, dos amarelados do V. Guimarães, algo que esta sexta-feira, não tenho dúvidas, vai tentar emendar perante os jornalistas, nem tão-pouco abria exceções para comentar arbitragens, como sucedeu com Bruno Lage no final do dérbi, lamentando a não intervenção do VAR, que até identificou pelo nome, num lance no qual se sentiu prejudicado, claro… —, recordo ainda que na tal conferência de imprensa sublinhou o facto de muitos treinadores em Portugal nem terem começado as campanhas com os plantéis definidos. Nada mais verdadeiro e decisivo. Como se constatou durante a segunda volta.
E depois ainda dizem que a Liga portuguesa é desequilibrada. Olhem para a tão elogiada Premier League e vejam as pontuações de Ipswich, Leicester e Southampton, há meses (!) condenados à descida, o que permitiu que cerca de metade das equipas daquele que é considerado o melhor campeonato do Mundo andem praticamente a cumprir calendário desde o Natal…
Com tempo e sem presidentes irracionais, que trocam de treinadores como quem troca de camisa, o trabalho dá resultados. Querem um exemplo? Só Farense e Boavista, não por acaso os dois últimos classificados da Liga, não roubaram pontos aos primeiros quatro classificados! E o aflito Aves SAD travou Benfica e Sporting, tal como o Arouca, com a equipa de Vasco Seabra a ter a desfaçatez de o fazer em Alvalade e na Luz!
Os treinadores portugueses têm muita qualidade e uma resiliência notável, suportando a exigência de autênticos milagres por parte dos dirigentes, que até ousam alterações no comando técnico a duas jornadas do fim. Para já, com bons resultados. Não é, José Mota? O desenrascanço é, sem qualquer dúvida, uma arte… portuguesa.
Ruben Amorim é mesmo um visionário. É realmente de lamentar ter deixado o futebol português, onde continua muito boa gente com uma falta de bom senso aflitiva."

Pais, pressão e a crise de valores no desporto jovem


"O desporto é, por excelência, um espaço de promoção de valores: respeito, disciplina, solidariedade, resiliência e cooperação. No entanto, quando observamos os recintos desportivos ligados às competições de formação, onde jovens dão os primeiros passos na prática competitiva, onde mais do que campeões se pretende formar homens e mulheres de valores, encontramos, cada vez mais, episódios de violência que contrariam claramente os princípios que o desporto deveria enraizar.
Segundo o Relatório de Análise da Violência Associada ao Desporto (RAViD), o número de incidentes registados nos recintos desportivos em Portugal aumentou de 6.090 casos em 2022/2023 para 8.879 em 2023/2024, um crescimento expressivo de 46%. Embora grande parte destes casos esteja associada ao futebol profissional, muitos ocorrem em contextos de escalões de formação, como evidenciado pelos 917 incidentes registados no futebol distrital, onde a esmagadora maioria das equipas de formação. Esta tendência é particularmente alarmante quando os próprios progenitores, na condição de adeptos, se tornam protagonistas de comportamentos agressivos, sejam eles verbais ou físicos e que se estendem rapidamente ao campo de jogo. No futebol de formação destacam-se, sobretudo, como incidentes mais comuns as invasões de campo e confrontos entre adeptos, as agressões físicas e verbais a árbitros, treinadores e outros pais e, ainda, o uso de linguagem ofensiva e ameaças por parte de encarregados de educação.
Para compreender as causas destes incidentes (reforço mais uma vez nestes artigos que procurar compreender não é nem nunca será sinónimo de aceitar) é fundamental olhar para além dos números e aplicar uma análise fundamentada nas ciências do comportamento humano e social.
Do ponto de vista sociológico, a Teoria da Anomia oferece uma lente esclarecedora. Em contextos onde as normas sociais estão fragilizadas, ou onde o sistema de valores que deveria reger o comportamento é substituído por uma lógica puramente competitiva, instala-se a anomia: a ausência de referências claras. Nos recintos desportivos juvenis, onde a linha entre apoio e pressão é frequentemente violada, muitos pais sentem-se autorizados a atuar como treinadores, árbitros e até juízes morais, substituindo o espírito desportivo por uma lógica tribal de vencer a qualquer custo.
No desporto de formação, encontramos um cenário propício à anomia social, há uma evidente fragilidade das normas morais atendendo a que por muitas vezes os valores de respeito, cooperação e aprendizagem são substituídos por uma obsessão com o resultado e pela competição desmedida, perdendo-se assim o “mapa moral” que deveria guiar o comportamento de todos os envolvidos, pais, atletas, treinadores e árbitros. Além disso, a ausência de sanções claras ou de intervenção eficaz das organizações desportivas contribui para que estes assumam comportamentos invasivos: criticam árbitros, insultam jogadores adversários ou pressionam os filhos com expectativas desmedidas, invadem campos, agridem árbitros e outros intervenientes.
Complementarmente, a Teoria da Frustração-Agressão sustenta que a agressividade é frequentemente uma consequência direta da frustração, ou seja, do bloqueio na realização de uma expectativa ou desejo. No contexto desportivo, especialmente nos escalões de formação, esta teoria ajuda a compreender a origem de muitos comportamentos violentos por parte dos pais. Quando estes projetam nos filhos os seus próprios sonhos desportivos, muitas vezes não concretizados, qualquer obstáculo no percurso do jovem, como um erro técnico, uma substituição pelo treinador ou uma derrota, é interpretado não apenas como uma falha desportiva, mas como um ataque ao seu próprio valor pessoal. A frustração resultante gera emoções negativas intensas, que se manifestam frequentemente em comportamentos agressivos.
Este tipo de comportamento é prejudicial para desporto, mas também para a sociedade e principalmente para os próprios jovens. Por norma, os jovens atletas sentem ansiedade de desempenho, não pela competição em si, mas pelo medo de desiludir os pais. Quando os pais gritam, insultam árbitros ou manifestam agressividade nas bancadas, os filhos experimentam vergonha e constrangimento público, podendo sentir-se responsáveis por esses comportamentos. A longo prazo estes comportamentos podem condicionar o comportamento dos jovens que por um lado podem interiorizar a normalização e banalização do comportamento violento e adotá-lo como modelo de reação à frustração ou, o que acontece com muita frequência, abandonam o desporto de forma precoce. Em suma, a longo prazo poderá trazer consequências para a saúde mental, a autoestima e a motivação dos jovens.
O combate a este tipo de comportamento violento tem de passar por uma recolocação da cultura desportiva. Quando vencer se torna o único objetivo legítimo, qualquer comportamento que contribua para a vitória, mesmo que antiético ou violento, pode ser justificado, é como um parasita que corrói o desporto por dentro. É necessário refocar o desporto jovem na valorização do progresso individual, do espírito de equipa e do fair play."

Atividade benfiquista


"Há muitos jogos para acompanhar e apoiar o Benfica nos próximos dias.

1. Distinções
Bruno Lage foi eleito pelos seus pares como melhor treinador na Liga Betclic em abril.
Nos prémios da Liga Portugal Betclic relativos ao mesmo mês, Otamendi foi distinguido como o melhor defesa e Trubin como o melhor guarda-redes. Numa atribuição do Sindicato dos Jogadores, Pavlidis foi o mais votado para melhor jogador.

2. Bilhetes esgotados
Já não há ingressos para o SC Braga-Benfica da última jornada do Campeonato Nacional, nem para a final da Taça de Portugal que opõe Benfica e Sporting.

3. Nas meias-finais
O Benfica está apurado para as meias-finais dos play-offs do Campeonato Nacional de basquetebol. No segundo jogo dos quartos de final venceu o Vitória SC por 68-88. O próximo adversário é o vencedor da eliminatória entre Oliveirense e Ovarense.

4. Jogo do dia
Os Sub-23 do Benfica recebem o Estrela da Amadora nos quartos de final da Taça Revelação.

5. Agenda para amanhã e sábado
A equipa masculina de futsal inicia, na sexta-feira, o percurso nos play-offs do Campeonato Nacional com a visita ao Eléctrico (21h30). No mesmo dia, a equipa feminina de hóquei em patins mede forças com a Stuart Massamá em Vila Nova de Famalicão nas meias-finais da Taça de Portugal (18h30).
No sábado, há o SC Braga-Benfica relativo à última ronda do Campeonato Nacional de futebol. Às 11h00, a equipa B visita a sua congénere do FC Porto. Às 15h00 começa a final da Taça de Portugal de futebol no feminino. As já tetracampeãs nacionais de andebol fecham o Campeonato Nacional no reduto da Academia São Pedro do Sul (18h00). A equipa masculina de hóquei em patins tem o primeiro jogo dos quartos de final do play-off com o SC Tomar (na Luz às 15h00).

6. Em busca do triplete
As pentacampeãs nacionais e vencedoras da Taça da Liga de futebol disputam a final da Taça de Portugal com o Torreense no próximo sábado, às 15h00, no Estádio Nacional.
Andreia Norton, Christy Ucheibe e Cristina Prieto estiveram no Espaço Casa, em Alverca, para uma sessão de autógrafos, e anteviram a próxima final.

7. Título em análise
O bicampeonato nacional de basquetebol no feminino pela voz de Marcy Gonçalves e Raphaella Monteiro.

8. Iniciativa do Museu
O Museu Benfica – Cosme Damião celebra a Noite Europeia dos Museus na sexta-feira. Entradas gratuitas entre as 18h00 e as 24h00, no dia 16 de maio.

9. Ações solidárias
Elementos dos Sub-23 de futebol participaram em mais uma iniciativa no âmbito do projeto "Ligação à Comunidade". E Ana Silva e Duda, da equipa feminina de andebol, e ainda a judoca Bárbara Timo, marcaram presença numa iniciativa do projeto "Benfica faz Bem".

10. Casa Benfica Abrantes
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o seu 31.º aniversário."

Zero: Saudade - S03E36 - Bobó, o mítico: «Fui apanhado no Cinema Batalha à uma e tal e o FC Porto castigou-me»

Rabona: The Renato Sanches situation is getting WORSE, and is a WARNING…

Rabona: He survived cancer, addiction & now he's a UCL FINALIST | Acerbi

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