"Olegário Benquerença, depois do que andou a fazer por cá, e sob protecção de Lourenço Pinto, é considerado árbitro de elite da UEFA.
Pedro Proença, que decidiu o último Campeonato com um erro grosseiro (coisa que já fizera em 2008, e tentara em 2005), é considerado árbitro do ano, é nomeado para a Final da 'Champions', e está no Euro (assistido pelo responsável directo por aquele erro).
Bruno Paixão vê-se à beira da despromoção, depois da campanha que lhe foi movida após a derrota do FC Porto em Barcelos. Como diria um conhecido ex-ministro: quem se mete com o FC Porto, leva!
Damir Skomina, esloveno cuja entrada no lote de elite da UEFA foi apadrinhada por Guilherme Aguiar, e que lesou gravemente o Benfica com uma arbitragem habilidosa nos quartos-de-final da 'Champions', em Londres, depois de ter tentado colocar-nos fora da Liga Europa, três anos antes. Já na 1.ª mão da eliminatória com o Chelsea, doze olhos não foram suficientes para ver aquilo que todo o estádio viu: um penálti que podia ter alterado o rumo do jogo. Pelo menos esses (Paolo Tagliavento e a sua trupe), não foram ao Europeu.
Lá, numa prova que, em termos de futebol, vai sendo espectacular, as arbitragens têm sido medíocres.
Saliento penálties perdoados à Alemanha e à Espanha, equipas que Platini não esconde serem as da sua predilecção. E, sobretudo, um golo não atribuído à Ucrânia, com um daqueles inúteis que saltitam pela linha de fundo, a dois metros de distância, de olhos esbugalhados, sem dar a sinalética que se impunha.
Todos estes factos são profundamente inquietantes para quem ama o Futebol. Quero acreditar no que vejo, mas, sinceramente, começa a ser difícil. Em Portugal já sabíamos o que se passava. Também na Europa deixou de haver preocupações em, sequer, dissimular. Com estes fenómenos, com casos de apostas ilegais, com guarda-redes e defesas que umas vezes defendem, noutras fingem fazê-lo, continuar a gostar de Futebol é, cada vez mais, um acto de coragem."
Luís Fialho, in O Benfica