Últimas indefectivações

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Veni, Vidi, Vici

Ferro e Florentino, os talismãs preciosos (da formação) da Luz

"Depois de ter referido a importância de uma boa estrutura de formação, algo que o Sport Lisboa e Benfica se tem revelado especialista, trago a mesma temática para realçar o impacto que esta caminhada produz nos jogadores que chegam à equipa principal e brilham, desde muito cedo, em qualquer palco. Esta temporada mostrou essa capacidade, com um treinador conhecedor da cantera, das características dos jogadores e que fez disso a matriz essencial da época de ataque à reconquista do campeonato.
Dentro das várias alterações que Bruno Lage implementou, Ferro e Florentino destacam-se como duas das muitas surpresas, a par com tantas outras. Apesar da tenra idade – Ferro tem 22 anos e Florentino 19 – o crescimento tem sido imenso e feito em tão pouco tempo! A maturidade e entendimento a cada jogo estão apuradíssimas! Tal deve-se, em grande parte, à estrutura que os acolheu desde muito jovens e permitiu que alcançassem o estrelato, como tem sido recorrente com outros atletas nos últimos anos.
O papel que desempenham na equipa é de grande responsabilidade e tem se revelado decisivo e crucial. O que não foi difícil, dado o nível de exigência com que foi entendido e assumido a partir do primeiro momento em que foram chamados ao escalão máximo. Já o trabalho e o empenho vêm detrás, sendo que o aperfeiçoamento é agora feito ao mais alto nível.
Ferro, por um lado, é o elemento nuclear de transição entre o processo defensivo e ofensivo. Enquanto central, tem a facilidade de saber ler cada movimento que vai efectuar e o que isso irá provocar no seguimento da partida e no comportamento dos colegas e adversários, que são obrigados a adaptarem e até improvisarem a sua estratégia inicial. Florentino, por outro, desarma como ninguém e de forma absolutamente estonteante! Os 11 jogos já realizados mostraram um sentido de visão e compromisso excepcionais e de qualidade máxima nas sucessivas sequências de cortes e passes bem definidos e “tirados”. Nestes dois casos, como em tantos outros produtos da cantera, esta temporada foi de afirmação e a próxima será, pois, de afinação de processos e consolidação no plantel. Isto, claro, se ficarem, tal é a cobiça!
A frescura de Ferro trouxe uma nova dinâmica ao centro da defesa, que Bruno Lage tem utilizado com muita frequência. Em contrapartida, as lesões de Jardel provocaram uma alteração no esquema táctico. Apesar do brasileiro já se encontrar recuperado, a aposta principal passou, por estes motivos, para o 97 das águias. Quanto a Florentino, a concorrência é elevada para a posição, com mais quatro alternativas. Além de Fejsa e Gedson, Samaris é o titular e tem dado grandes provas, mas o impasse no processo de renovação pode significar a sua saída. Noutro tópico, a lesão de Gabriel deixou uma vaga em aberto e foi o 61 que aproveitou a oportunidade. Como tal, para a estabilização de Tino ser plena, o mercado de transferências será importante para clarificar algumas destas pontas soltas e que ajudarão a estruturar aquela que será a versão 2019/2020 do Benfica.
Voltando aos atletas, é extrema a importância que estão a alcançar não só no Benfica, mas também no panorama do futebol mundial. A atracção de outros mercados é natural e será logicamente difícil segurá-los por muito mais tempo.
Grande parte do sucesso encarnado desta época é de toda a estrutura de formação, de onde são provenientes. Além de seguir na frente na tabela, o Benfica é o grande líder na criação, gestão e detecção dos novos talentos, que tem todas as condições para crescerem e apresentarem um nível indiscutível de maturidade a partir do momento em que cumprem o objectivo de servir a equipa sénior. Ferro e Florentino são fortes exemplos de maturidade, crescimento, talento e qualidade. Aliás, são já muitos! Os que vieram, vêm e continuam a impressionar o mundo do futebol."

Cadomblé do Vata (ansiedade...!!!)

"Por serem ambos ateus e agnósticos desportivos, os meus pais nunca entenderam bem o fanatismo Benfiquista que viam nascer e recrudescer em mim. Geralmente tentava acalmá-los dizendo que isto passava com os anos, que era coisa de jovem, mas vendo agora tudo em retrospectiva, sinto que apenas lhes apresentava uma enorme mentira, um logro no qual, em minha defesa, também eu fui apanhado.
Sinto que estou cada vez pior do Benfiquismo, que por paradoxal que pareça, significa estar melhor do Benfiquismo. Os segundo, minutos, horas e dias que mediaram o 3-0 contra o Marítimo e um telefonema recebido em roaming anunciando a boa nova dos 4-1 "mas espera, espera que ainda vamos ao quinto... só para veres como isto está, o Sálvio na pequena área chutou contra o Seferovic", foram altamente reveladores para alguém que um dia pensou que quando estivesse à beira dos 40, via os resultados no Telejornal e seguia feliz pela vida fora.
É difícil descrever a ansiedade continua que vivi naquela semana. Tão difícil que chega a ver embaraçoso. Vendo em resumo o que foi o jogo de domingo, após 7 dias alimentado a unhas, duvido que a minha saúde cardiovascular tivesse resistido aos primeiros 45 minutos da peleja, até porque aos 38 anos sinto-me com força para viver até aos 120, excepto durante os jogos do Glorioso, onde me chicoteio mentalmente por não ter feito um testamento antes do apito inicial.
Este campeonato tem que acabar com urgência, para que eu não acabe nas urgências. A 3 jornadas do final da temporada, vejo-me obrigado a rogar ao Futebol Clube do Porto "por favor, percam com o Desp. Aves" e evitem uma tragédia. Eu preciso de ser campeão rapidamente. Não posso esperar mais um trio de semanas. A minha saúde física e familiar estão de rastos. Estou nervoso e impossível de aturar. Se pouco falta para que me torne num sem abrigo com bypass coronário, ao menos que seja com uma medalha de Campeão Nacional ao peito."

Armadilha...!!!

"Faltam 3 jornadas e as armadilhas intensificam-se!
A falta de vergonha já foi há muito e é sem surpresa que recebemos as nomeações de Artur Soares Dias (Árbitro) e Luís Godinho (VAR) para o próximo jogo frente ao Portimonense SC.
O pedido urgente de reunião com o Conselho de Arbitragem, após uma época em que têm mais 10 pontos do que deviam por razões de arbitragem, serviu apenas de pretexto para combinar tudo às claras? É uma duvida legitima que fica no ar.
Para o sistema e teia que domina o futebol Português, é a altura ideal para colocar várias fichas no próximo jogo.

Portimonense SC
O SL Benfica é bastante superior individual e colectivamente, mas que ninguém tenha duvidas, do outro lado vai estar um adversário ultra motivado e a encarar o próximo jogo como um dos mais importante da sua história – quer pela direcção, como staff, treinador e jogadores.
A relação de promiscuidade entre FC Porto e Portimonense SC é pública e conhecida:
- Theodoro Fonseca, empresário de Hulk, é sócio maioritário da SAD do Portimonense SC, liderada por Rodiney Sampaio e desde então que os negócios pouco transparentes entre os clubes se adensaram;
- Recordamos, por exemplo, que a transferência do jogador Danilo do Marítimo para o FC Porto, foi efetuada através do Portimomense SC, sem o jogador ter qualquer tipo de ligação com o mesmo;
- Mais recente, o FC Porto contratou e devolveu 2 jogadores (Paulinho e Ewerthon) ao Portimonense SC. Tudo normal para a SAD do clube algarvio, que ignorou cláusulas de recompra, deixando assim de encaixar no global 13M euros;
- São mais de 20 jogadores negociados entre os 2 clubes em apenas 2 anos. Conforme denunciado pela página Polvo das Antas;
- Exista a denuncia, ainda por desmentir, que no contrato de Wilson Manafá (contratado pelo FC Porto neste mercado de Inverno), consta uma cláusula de 1M a receber pelo clube algarvio, caso o FC Porto se torne campeão nacional.
Juntamos a isto, a ligação de ex-jogadores do FC Porto, como Jackson Martinez e ao habitual controlo destes clubes, com treinadores da sua esfera de influência - António Folha.
Toda esta relação de inimizade perante o SL Benfica, é também visível em pequenas medidas, como a de proibição da adereços por parte de adeptos do SL Benfica aquando da visita ao Algarve, contrastando com a disponibilização de bancadas e liberdade total (e bem) permitida aos adeptos do FC Porto.
Certamente que tudo é uma enorme coincidência, mas verifiquemos o registo do Portimomense SC, desde que regressou à 1ª Liga:
vs SLB – 1V | 1E | 2D | 6GM | 7GS
vs SCP – 1V | 0E | 3D | 6GM | 9GS
vs FCP – 0V | 0E | 4D | 4GM | 17GS
O Portimonense SC é uma mera filial do FC Porto. E conhecendo os métodos do clube do crime organizado, é bom que o Benfica e os benfiquistas estejam preparados para tudo.

Artur Soares Dias
O Homem da confeitaria dispensa apresentações.
Em Janeiro/17, foi vitima de coação e ameaça, após invasão do centro de treinados da Maia, pela claque organizada do FC Porto - Super Dragões. Tudo isto, apesar de desde sempre, ser conhecido adepto e conotado com o clube azul e branco.
Recentemente, tivemos uma demonstração pública de vergonha total, com visita de influentes adeptos e cartilheiros do FC Porto na inauguração da sua Pastelaria que é gerida pela Filha do Reinaldo Teles (Dirigente do FC Porto), num grande clima de cumplicidade a afecto.
Últimos 11 anos arbitrados por ASD:
FCP - 24J 18V 4E 2D | 75% vitórias | 2.4 média/pontos
SLB - 29J 16V 5E 8D | 55% vitórias | 1.8 média/pontos
Estes números ganham especial relevância, se considerarmos, que no caso do FC Porto, 42% dos jogos arbitrados foram clássicos (frente a SLB ou SCP), já no caso do SL Benfica, apenas 28% (frente a FCP ou SCP). Ou seja, apesar dos jogos do FC Porto serem na teoria de grau de dificuldade superior, o registo é consideravelmente mais favorável.
Acresce que Artur Soares Dias não é nomeado para a Liga, num jogo do Estádio da Luz - sem ser contra FC Porto ou SC Braga - desde 2010. Qual a razão para esta ´chamada`? Estamos perante um árbitro condicionado e relacionado com o FC Porto, que tem uma qualidade inigualável para inclinar campos e decidir jogos de forma habilidosa.

Luís Godinho
Árbitro da AF Évora, conhecido como fanático sportinguista de Borba.
Basta analisar algumas das suas prestações esta temporada, para perceber os perigos que advêm deste senhor, que alia a sua falta de qualidade a uma tendência crónica de beneficio da Santa Aliança.
J6 FC Porto x Tondela – Expulsões perdoadas a Soares e Filipe.
J13 Sta. Clara x FC Porto – Falta de Soares que origina o golo da vitória.
Com Luís Godinho, na sua curta carreira de 1ª liga, o FC Porto tem um registo 100% vitorioso - 5J 5V 9GM 2GS
E podemos ainda recordar a arbitragem da meia-final da Taça de Portugal, entre o SL Benfica x Sporting CP, perdoando a expulsão de Bruno Gaspar aos 58´, permitindo vale-tudo sobre João Félix e com inclinação de campo, assinalando falta inexistente para o golo de Bruno Fernandes.
Um árbitro em ascensão por um conjunto de bons serviços prestados. É caso para dizer, juntou-se `a fome com a vontade de comer´.
Só um Benfica fortíssimo, humilde e 100% concentrado pode levar de vencido tamanha montanha."

Campo de minas...

"Não conseguimos conformar-nos. É demasiado escandalosa esta nomeação para Sábado na Luz. 
Para além de todas as condicionantes relativas à sua própria filiação clubística, para além de uma inauguração recente de uma confeitaria que gere a meias com uma familiar do Reinaldo Teles, Soares Dias é o árbitro que passou a semana toda a ser condicionado pelos dirigentes do Calor da Noite acusando-o de uma série de penaltis que deixou de marcar (está bem que esses penaltis só existiram na cabeça deles mas a coação foi feita sem dó nem piedade!).
É também curioso que a última vez que Artur Soares Dias apitou um jogo na Luz para o campeonato sem ser contra o Braga ou Calor da Noite foi em... 2010! Há 9 anos que Soares Dias não apitava na luz sem ser contra um dos 4 grandes. Não é, por isso, muito difícil entender a sua nomeação para este jogo com o Portimonense. Será um campo infestado de andrades por todo o lado e Fontelas deverá ter pensado que se enquadrava bem colocar mais andrades em campo na terceira equipa. É o tudo por tudo do sistema para dar de mão beijada o campeonato ao Calor da Noite. Não foi suficiente a vergonha do campeonato inteiro que os leva a terem neste momento mais 10 pontos do que deveriam. É tudo às claras!"

Meirim... 'desmascarado'!!!

"Caríssimo Luís Bernardo e restantes elementos do Departamento de Comunicação do Benfica:
A mais recente notícia da instauração de mais um processo ao Benfica pelo Comunicado de ontem em resposta ao castigo de 90 dias aplicado a Luís Filipe Vieira é o pináculo da perseguição e é a prova de que este Conselho de Disciplina da FPF não pode continuar no cargo nem mais um segundo porque parece estar a ser dirigido directamente de um qualquer escritório da Torre das Antas.
Tendo em conta que esta gente fica muito ofendida com comunicados, talvez seja melhor deixar de usar palavras e passar a usar imagens. Se quiserem, podem usar a imagem deste post numa próxima comunicação do clube.
Não queremos direitos de autor. Queremos é a defesa do Benfica a esta série de ataques em benefício/a mando do crime organizado da Aliança do Altis.
Obrigado"

Mais uma marioneta a caminho...!!!

"O FC Porto esta a tentar de tudo para que Hugo Soares entre para a Liga de Clubes. Seria mais um a entrar em algo que já esta completamente minado. Não podemos permitir. Este ate jantares organiza para o Pinto da Costa"

O Brinco do Baptista #4

Tribuna de Honra... última Segunda...

Fair-play

"Marcelo Bielsa teve uma atitude de fair-play que deve ser um exemplo no jogo entre o Leeds-Aston Villa.
Marcelo Bielsa apercebeu-se que o Leeds marcou um golo em vantagem por lesão de um jogador do Aston Villa. Fez algo impensável, mas lindo para quem gosta de futebol: ordenou que os jogadores do Leeds deixassem marcar o Aston Villa.
Uma atitude que não é normal, mas que deveria fazer escola. Muitas equipas quando um jogador se magoa continuam o jogo, em vez de pararem. O futebol deve ser jogado em igualdades de circunstâncias e não com pressões exteriores quer da arbitragem quer de outro tipo de anomalias. 
Bielsa é diferente, controverso, mas pensa pela sua cabeça. Já antes no Lille foi suspenso por viajar para o Chile para ver um amigo com cancro em fase terminal. Como foi sem autorização, o Lille rescindiu o seu contrato. Sempre teve uma relação difícil com jornalistas. Na Lazio, Bielsa esteve apenas dois dias e demitiu-se mesmo antes de entrar em funções.
No Marselha demitiu-se logo após primeira jornada do campeonato francês na sequência de uma derrota em casa.
A imprevisibilidade do futebol tem o seu expoente máximo em Marco Bielsa, quando não gosta do que se passa bate com a porta, outros calam-se a bem do seu chorudo ordenado.
Mas voltando ao "fair-play" que é algo importante neste desporto que pode ser um exemplo positivo ou negativo. Pedir desculpas e evitar o anti-desportivismo é fundamental.
O que fez Bielsa no futebol inglês acontece amiúde. Há uns anos atrás, um jogo foi repetido por falta de fair-play, entre o Arsenal e o Sheffield United, para a FA Cup. O Arsenal venceu por 2-1 graças a um golo de Overmars recebendo um passe de Kanu, que seguiu na jogada quando esperava que lhe devolvesse a bola.
Arsène Wenger fez mea culpa, declarou que foi um mal-entendido e ofereceu ao Sheffield United a possibilidade de repetir o jogo. A sugestão foi aceite pela federação inglesa. O jogo repetido foi ganho pelo Arsenal, mas sem controvérsia.
Em Portugal algo semelhante seria impensável. Ainda no último fim-de-semana porque o FC Porto empatou, Pinto da Costa foi assobiado e insultado por adeptos que querem vencer sempre, esquecendo-se do que Pinto da Costa fez pelo FC Porto e continua a fazer, elevando-o ao mais alto nível.
O futebol português vive de "casos" e de imediatismo. Não há memória, só a vitória interessa esquecendo-se que um jogo pode ter um vencedor e um vencido, assim como, empate.
O "fair-play" passa por saber perder, mas também, por saber vencer.
Há casos extraordinários de "fair-play" no futebol estou-me a recordar de Klose, que jogava na Lazio, marcou um golo com a mão e, enquanto os seus companheiros festejavam, dirigiu-se ao árbitro para lhe confessar o que fez. O golo acabaria por ser anulado, e Klose receberia uma enorme ovação dos adeptos e jogadores do Nápoles.
O "fair-play" no futebol não é uma regra, mas faz parte da ética e os jogadores devem procurar jogar de maneira correcta sem prejudicar o adversário de forma propositada."

Manifesto de indignação

"O castigo aplicado anteontem pelo Conselho de Disciplina a Luís Filipe Vieira é o culminar de um conjunto de decisões em que a parcialidade, a dualidade de critérios e a impreparação jurídica dos seus responsáveis é óbvia.
Neste caso em concreto, estamos a falar de um jogo em que o Presidente do Sport Lisboa e Benfica teve um papel fundamental e apaziguador, no sentido de que a equipa voltasse dos balneários ao intervalo, perante a mais escandalosa arbitragem existente em Portugal de há muitos anos para cá.
As suas declarações no final do jogo, que foram objecto desta castigo, limitaram-se a constatar factos vistos por todos e até reconhecidos pela análise posterior do Conselho de Arbitragem. O que inclusivamente levou a um pedido de paragem pelos próprios intervenientes.
Esta é a verdade e está muito distante da versão ficcionada pelo Conselho de Disciplina.
Mesmo com as declarações de Luís Filipe Vieira a serem suportadas e corroboradas pela realidade dos factos – reconhecida por todos! – considera o Conselho de Disciplina que foi ofensivo para com a equipa de arbitragem. Ou seja, sustentam a decisão ignorando os factos concretos, inspirados talvez num culto messiânico mais próprio de regimes totalitários em que nem o livre direito de expressão sobre a verdade pode ser permitido.
Mas o pior é que esta obsessão só exista para com toda e qualquer pessoa do Sport Lisboa e Benfica. Relativamente a outros clubes, (mesmo para quem assume declarações impróprias e ofensivas), temos arquivamentos com base no mero reconhecimento, fazendo-se aí tábua rasa dos próprios factos que os autores assumem ter cometido.
São vários os exemplos, ao longo desta época, de decisões e atitudes persecutórias por parte do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol para com o Sport Lisboa e Benfica. Visava-se, em todas essas ocasiões, a criação de factos perturbadores e desestabilizadores da nossa actividade, sempre em momentos decisivos da época desportiva, com especial destaque para os processos relacionados com o fecho do Estádio da Luz, invariavelmente em vésperas de jogos decisivos contra os nossos principais rivais.
Nos seus órgãos próprios, o clube irá analisar esta grave situação, mas desiludam-se os que achavam que este novo castigo iria criar algum foco de distracção sobre o nosso principal objectivo.
Estamos todos concentrados na luta e nestas 3 últimas finais que nos faltam. Sabemos que será difícil, muito duro e temos a consciência de que nada está ganho.
E esta é a melhor resposta que desde sempre nos habituámos a dar: lutar no campo, ganhar no campo! Sempre, mas sempre, em nome da verdade desportiva e dos valores de que o Sport Lisboa e Benfica jamais abdicará."

Vale tudo...

"O Senhor da Confeitaria foi nomeado para missão especial no Estádio da Luz no próximo Sábado. Lançamos o repto para a PJ monitorizar os telefonemas e mensagens recebidas pelo Senhor da Confeitaria desde hoje até Sábado. E depois estes virem a ser tornados públicos...lá teríamos novo Apito Dourado no Youtube!
Perderam toda a vergonha. A Confeitaria Tupi foi inaugurada recentemente, com confraternização entre o Senhor da Confeitaria e os mais ilustres adeptos do Calor da Noite, entre eles o Presidente da Câmara e o Blind no futebol e zero na música. Acrescentar ainda que a gerente desta Confeitaria é familiar de Reinaldo Teles.
Ou seja, no Sábado na Luz, o Fontelas achou por bem colocar estrategicamente um andrade de coração, com relações próximas com os mais conhecidos adeptos do Calor da Noite, e sujeito a pressões e ameaças pela cidade onde vive. É bem! Já para nem falar da ajuda do lagarto de Borba Luis Godinho no VAR...
Isto foi decidido na reunião de hoje do Fontelas com Pinto da Costa e Luis Gonçalves? Se foi, parabéns! Estão os 3 de parabéns. Vão conseguir cumprir o desejo de oferecer este campeonato ao Casillas.
Resta acrescentar que o prémio de vitória aos jogadores do Portimonense é de 5 Milhões de Euros! Um colosso financeiro este Portimonense! Relembramos para quem estiver mais desatento que pagar para ganhar é crime desde o ano passado. Só naquela..."

Catanados (II))?!!!!

"Os irmãos Baró.
Romário Manuel Silva Baró, médio que actua na equipa B do FC Porto, é irmão de Anderson Silva Baró. Ambos naturais da Guiné-Bissau e ambos com 19 anos de idade.
Romário Baró é mais novo que o irmão apenas 7 meses. É possível, contudo pouco provável pois não existem dados que mencionem a prematuridade de Romário.
Esta interessante proximidade de gestações seria facilmente explicada se fossem irmãos sanguíneos, filhos do mesmo pai e de mãe diferente, mas é pouco crível pois ambos possuem o mesmo sobrenome (apelido ou nome de família) e pronome.
A título de curiosidade, damos outro exemplo:
Alberto Aladje Gomes de Pina (que em 2013 se destacou no Torneio de Toulon) é irmão de Suleimane Gomes de Pina. São portugueses e naturais da Guiné-Bissau. Ambos têm 25 anos, e nasceram separados por apenas 1 mês.
O especialista em direito desportivo João Diogo Manteigas trabalha com vários países africanos e conhece bem a realidade dos jovens que chegam a Portugal para jogar futebol, mas que infelizmente acabam em situações de precariedade e ilegalidade. Muitos, tal como os mencionados anteriormente, são oriundos da Guiné Bissau.
“Entrar no país é fácil. Os jogadores trazem sempre vistos de estada temporária. O problema é ficar num clube que depois ajude na renovação do visto ou na legalização. Entre aqueles que conseguem clube, cerca de 95% vão jogar para o Campeonato Nacional de Seniores, no futebol amador. Estamos a falar de clubes sem capacidade financeira, que depois não querem ou não conseguem ter despesas com a legalização do jogador”.
Isto leva-nos a outro ponto, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
O nigeriano Chidozie Awaziem, pouco depois de ter começado a jogar pelo FC Porto, em Janeiro de 2015, esteve no radar do SEF, tendo sido mesmo identificado por agentes deste serviço quando regressava de Espanha para Portugal, de automóvel - longe do restante plantel que regressou de avião - após um jogo do FC Porto frente ao Real Madrid, para a Youth League.
O nigeriano acabaria por ficar de fora dos compromissos portistas durante um mês, mas viu as suas condições de permanência no nosso país serem dadas como comprovadamente legais.
A promiscuidade entre o FC Porto e funcionários do SEF não é novidade. Em 2010 provou-se que o clube azul-e-branco oferecia bilhetes, camisolas e empregos para acelerar processos de legalizações de vários jogadores.
Leandro do Bonfim, Ibson, Cléberson, Cláudio Pitbull e Anderson foram alguns dos atletas que jogaram oficialmente pelo FC Porto quando não estavam habilitados com o adequado título jurídico. 
Na altura, o DIAP do Porto acabou por arquivar a denuncia de suspeitas de corrupção no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) embora tenho dado como provado que os funcionários do SEF agiram fora do exigido na lei, e considerado que apenas "obedeceram a uma prática institucionalizada a nível nacional, no SEF".
No caso em particular da falsidade do contrato do Anderson, citamos o DIAP quando, no despacho de arquivamento das suspeitas de corrupção no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), afirmou duvidar da legalidade do contrato do jogador brasileiro:
- "Só acredita quem quer".
Entre os jogadores acima gostaríamos de focar um, Anderson. À luz dos factos conhecidos parece-nos indesmentível que todo o processo da sua contratação é muito nebuloso e obscuro. Foi oferecido emprego à sua mãe, no qual nunca compareceu [para quê se o seu filho se iria tornar rico?]. O jogador foi contratado ainda com 17 anos, pelo que legalmente tinha de ser representado pela progenitora. E de facto foi, o FC Porto não erra em pormenores, é uma organização altamente trabalhada, rotinada e eficiente, e conseguiu trazer a sua mãe para “trabalhar” num restaurante. Bem sabemos que estes factos já têm algum tempo, 2006/2007, mas actualmente vemos clubes importantes [não tanto como o FC Porto, naturalmente] a serem castigados e impedidos de inscrever jogadores, por violarem as leis da contratação de jogadores menores. Barcelona e Chelsea os mais conhecidos.
A problemática abordada não é exclusiva do FC Porto, existem inúmeros casos semelhantes que envolvem outros clubes nacionais. O que é exclusivo é o sucessivo arquivamento de todos os casos que gravitam à sua volta. Serão os tentáculos do FC Porto a impedir que questões como estas sejam investigadas a fundo e cheguem à FIFA? Ou serão apenas infelizes coincidências o FC Porto passar incólume a toda a trafulhice que pratica?
Pergunta o Polvo: não terá o FC Porto beneficiado de toda esta rede de influências, rede essa responsável por crimes como auxilio à imigração ilegal, falsificação de documentos, corrupção para atos ilícitos, ou abuso de poder? Beneficio desportivo e também económico?
Este é só mais um exemplo da rede de tentáculos, a todos os níveis vergonhosa, que o FC Porto tem nos mais diversos campos. Como diria o seu presidente, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa, há "um manto protetor sobre tudo".
Mas não se preocupem, essa manta será puxada e tudo o que está tapado ficará a descoberto. 
Tudo.
Temos, infelizmente, novidades para breve."

Benfiquismo (MCLXVIII)

História...

Lanças... Miseráveis...

Mais um passo em frente

"Digam o que disserem os portistas e sportinguistas inflamados, o Benfica vencem com todo o mérito

1. O Benfica da primeira parte perdeu face ao Sporting de Braga por 0-1. O Benfica da segunda parte venceu (e convenceu) o Sporting de Braga por 4-0. Poderiam, aliás, ser ainda mais golos. No futebol em geral, sempre tive dificuldades em perceber mudanças tão profundas mediadas por um intervalo de quinze minutos. No entanto, cada vez mais se verificam câmbios exibicionais com os mesmíssimos jogadores de um lado, ou de outro. Tenho para mim que tais alterações se podem explicar fundamentalmente por razões mais mentais do que físicas, ainda que, neste caso, e quanto aos bracarenses fosse esperada a sua incapacidade física para jogar na segunda parte como o fizera na primeira. Tenho também presente a máxima futebolística (nem sempre comprovável) de que uma equipa joga a que a outra deixa jogar. Temi pelo meu Benfica nos primeiros quarenta e cinco minutos e desassossegou-me a memória recente ao 'deixa-andar' do jogo em Alvalade para a Taça e do jogo em Alvalade para a Taça e do jogo em Frankfurt, ao mesmo tempo que pensei que, tendo sido o golo do Sp. Braga ainda no primeiro tempo, se poderia voltar ao costume do Benfica de Bruno Lage dar a volta ao resultado (vide no Dragão, Feirense, em casa contra o Rio Ave...). E assim foi. Uma segunda parte avassaladora, que torna a vitória indiscutível e que permite ter todas as condições para se alcançar o 37.º título em 85 edições do campeonato nacional.
No rescaldo nocturno do encontro, tivemos o habitual menu: comunicados de terceiros, com a sistemática amnésia de lances difíceis ou polémicos de que antes beneficiara o clube comuniqueiro (doença endémica que a todos parece atacar), comentadores mal educados que vão para as televisões com o palavreado e o comportamento vulgar de uma taberna bolsando a sua azia, análises arbitrais norteadas ou mal dissimuladas consoante o coração clubista de cada qual. Do jogo quase não falaram. O habitual para gáudio dos vampiros e sanguessugas das audiências seja por que meio for, mesmo em canais que até constituíam antes um factor de diferenciação positiva. Há uma boa excepção, porém: a RTP. Neste domingo, em debate sereno, elegante e educado, um benfiquista, um portista e um sportinguista não deixaram de defender acerrimamente os seus pontos de vista sem entrar na bandalheira tonitruante, prática a que outros chamariam 'missa' ou coisa parecida.
Houve lances polémicos ou difíceis de ajuizar em campo? Claro que sim. O que me custa ver é analistas, jornais regionalizados e comentadores não terem um pingo de memória e caírem em constantes incoerências. O braço para o penálti, umas vezes tem de ser intencional, outras não; umas vezes tem de estar a um metro, outras a cinco metros. Um encosto para derrube na área, então esse é à vontade do freguês. Um sopro tanto dá para reclamar a justeza de um penálti, como para chamar impropérios ao árbitro por o assinalar. Um toque (curiosa expressão num jogo de contacto físico permanente) transforma-se numa verdadeira sinfonia de opiniões em função da cor clubista. Já aqui disse e repito que faço esforço para atenuar a minha natural parcialidade de quem ama um clube e gosta de sempre vencer. O que me incomoda, porém, é constatar situações em que alguns além de não fazerem esse esforço, transformam a compreensível parcialidade numa metamorfose comportamental que ultrapassa todos os limites de educação, razoabilidade e coerência.
Um tal lance aos 17 minutos em que o avançado bracarense tenta chutar e bate nas pernas de Rúben Dias é equiparado a lance em que sucede o contrário (o defesa a chutar na perna do atacante) e reclama-se penálti (nas televisões, que não no campo...)! Qual a dúvida do penálti por braço claramente aberto do defesa do Braga? Em abono da verdade, a mesma situação se verificou a favor do Porto em Vila do Conde sem, no entanto, se sancionar a infracção. Percebo a discussão e a diferença de opiniões em torno do primeiro penálti a favor do Benfica, mas o que vi no 'juízo final' da própria SportTV evidencia a infracção e a não reacção do infractor é indiciadora da sua imprevidência e culpa. Deveria João Félix ter levado um segundo amarelo? Aceito que poderia, ainda que não houvesse qualquer indício de intencionalidade do jogador. Mas quantos lances destes há em todos os jogos com igual critério de avaliação, incluindo nesta partida? Seria curioso ver, desde o início do campeonato, as dezenas e dezenas de faltas deste tipo não assinaladas com qualquer cartão.
Enfim, digam o que disseram os portistas e sportinguistas inflamados - esquecendo-se o que analistas referem como o 'estado da nação' deste campeonato e que dá um saldo bastante positivo de erros arbitrais a seu favor - o certo é que, com mais ou menos polémica, o Benfica venceu com todo o merecimento e lá teria chegado com mais ou menos dificuldades. No total dos 2 jogos, resultado foi de 10-3.

2. Aconteceu ao FC Porto ter o Rio Ave, como o Benfica teve o Belenenses. E se, aqui, foram dois erros individuais gritantes, em Vila do Conde foram dois erros colectivos inexplicáveis numa equipa que tem sabido valer a sua frieza e maturidade em situações em que se vê a vencer. Em situação equiparada tivemos também o Vitória de Guimarães como 'carrasco' do FCP (tirou-lhe 5 pontos), tal qual o Belenenses SAD o foi do Benfica.
Faltam agora três jornadas. Percebo e comungo do ambiente de satisfação depois deste obstáculo minhoto, em teoria o mais difícil. Mas não gosto do ambiente excessivamente festivo que o acompanhou, sendo mais ajuizado esperar estas três semanas. Há ainda perigos pela frente, ainda que com uma pequena margem de segurança. O futebol tem a magia (ou o desespero) da surpresa inesperada. E o Benfica, por experiências amargas no passo, sabe disso. Toda a concentração é necessária. Gostei da atitude dos jogadores: união, solidariedade, alegria, mas contenção e sentido de responsabilidade. E, como sempre, apreciei a serenidade de Bruno Lage e as suas palavras de ver cumprido, como também de apelo à concentração nos desafios ainda por cumprir.

3. O caminho de Bruno Lage no campeonato nacional tem sido quase imaculado. Começou com 7 pontos de atraso do Porto (e alguns também do Sporting). Em 16 jogos, venceu 15 (8 fora de casa) e empatou 1. O Benfica marcou 60 golos (média notável de 3,75 golos por jogo) e sofreu 12. Em 10 dos 16 jogos marcou 4 ou mais golos. Fez até agora mais 9 pontos do que o seu competidor directo. Ganhou fora em Alvalade, Dragão, Braga, Guimarães. Notável, sem dúvida.
Outro aspecto interessante e (talvez) decisivo é o dos pontos perdidos pelos 4 primeiros classificados, até agora. Vejamos:

Pontos Perdidos até à 31.ª Jornada
                 Entre Eles - Com os Outros
Benfica      - 2 (13%) - 13(87%)
FC Porto   - 8 (47%) - 9 (53%)
Sporting    - 10(43%) - 13(57%)
SC Braga  - 15(52%) - 14(48%)

O Benfica quase fez o pleno nos jogos entre as principais equipas (apenas empatou na Luz contra o SCP), tendo perdido pontos quase inexplicáveis contra o Belenenses SAD (5), Moreirense em casa (3), Portimonense (3) e Chaves, consentindo o empate no último minuto (2). Nos 6 jogos com FCP, SCP e Sp. Braga, o Benfica fez 18 golos, uma média de 3 golos por desafio! O Braga é o oposto do Benfica. Perdeu o campeonato entre 'pares', o que evidencia o que ainda lhe falta para ser um 'grande'. O porto perdeu mais pontos com os rivais (ainda falta um jogo) do que é habitual.

Contraluz
- Diferença: continuo a pensar que 18 equipas na nossa Liga é excessivo. Um exemplo para ilustrar isto: o Feirense em 31 jogos marcou 17 golos. Seferovic (o ex-dispensável), em menos jogos, marcou 19. O conjunto (Seferovic, João Félix, Pizzi, Jonas) marcou 65 golos, mais do que qualquer outra equipa do campeonato, incluindo Porto (64) e Sporting (62).
- Exemplar: a atitude do treinador do Leeds United, Marcelo Bielsa, que mandou a sua equipa sofrer um golo (o do empate) para compensar o que havia obtido com um jogador contrário lesionado e sem que houvesse interrupção. Assim, perdeu a hipótese de subida directa à liga inglesa principal. Imaginar-se-ia tal atitude noutras latitudes?
- Voleibol: depois de na anterior época ter perdido por uma unha negra o título nacional, o Benfica conquistou agora o triplete. Em 7 jogos contra o rival Sporting ganhou 6. Estão de parabéns, o jovem e competente treinador Marcel Matz, todos os jogadores e José Jardim, agora em novas funções de direcção.
- Título: ao fim de várias tentativas como finalista, o Sporting venceu a Champions de futsal, com muito mérito contra os poderosos espanhóis e o anfitrião. Mais um notável feito para a modalidade em Portugal, depois de nos termos sagrado campeões europeus em selecções e o Benfica ter vencido a Champions de 2010.
- Promoção: registo com gosto o regresso, um quarto de século depois, do Famalicão à primeira divisão.
- Inadmissível: por distracção, falta de profissionalismo ou facciosismo, o jornal O Jogo, a seguir à goleada do Benfica contra o Marítimo, fez manchete dizendo «recorde da liga: madeirenses fizeram um remate». Não têm arquivos à mão? É que basta consultar o site da Liga para constatar que o recorde foi no FC Porto - Marítimo, em que os insulares não fizeram nenhum remate à baliza de Casillas. Assim vai, certa imprensa..."

Bagão Félix, in O Jogo

O cerco a João Félix

"Quem marcou até agora mais 27 golos do que o segundo, mais 29 do que o terceiro e 39 do que o quarto, santa paciência, merece ser campeão

Nada de verdadeiramente significativamente se registou na jornada do último fim de semana, à excepção de a corrida a dois pelo título ter deixado de ser ombro. Foi devolvida ao Benfica uma almofada de conforto, equivalente a um empate, almofada essa que a águia deixara fugir no jogo com o Belenenses, na Luz. O resto são vulgaridades, como a opinião de Sérgio Conceição, a qual, na ausência de argumentos para explicar o tropeção em Vila do Conde, principalmente a forma como aconteceu, transferiu a cultura para o inexplicável, sem se dar conta que essas coisas, afinal, não são assim tão raras em futebol, uma modalidade desportiva incomparável pelo fascínio que a envolve.
O futebol nada esconde de sobrenatural, sublinhe-se, como às vezes os treinadores querem fazer crer, principalmente os mais antigos. Quanto muito, serão situações imprevisíveis, o que é completamente diferente, na medida em que é absurdo um treinador sentir-se dono e senhor daquilo que os jogadores lhe podem dar em cada jogo. Porque não são peças de xadrez, são pessoas com ideias próprias e que no universo da equipa formam uma diversidade de personalidades extremamente complexa, de aí que, como nos ensina o professor Manuel Sérgio, antes de se pensar nos modelos tácticos e nas estratégias é preciso compreender o lado humano, cada um dos praticantes e todos enquanto colectivo envolvido num projecto comum.
Em concreto, a luta pelo título continua empolgante, sabendo-se que em caso de igualdade pontual é campeão o Benfica por força do regulamento, que define o vencedor através dos resultados nos jogos entre ambos: duas vitórias de águia contra duas derrotas do dragão.
Nos casos inexplicáveis de que fala Conceição o Benfica também leva vantagem porque já passou por dois (sendo certo que em nenhuma deles, nem de perto nem de longe, os adeptos benfiquistas reagiram com o destempero que se viu em Vila do Conde, com o protagonista do costume):
Derrota em Portimão (0-2) com dois autogolos, um de Rúben Dias, outro de Jardel.
Empate na Luz, diante do Belenenses (2-2) tal como o Porto com o Rio Ave: vencia por dois-zero mas, por magia, a baliza de Vlachodimos mexeu-se e Rúben Dias, confundido as cores das camisolas, fez um passe de morte para golo do opositor.

O Benfica pratica um futebol mais atrevido, versátil e vistoso, em contraposição ao estilo mais musculado, disciplinado e seguro do FC Porto. Dois conceitos interessantes, ambos com os seus seguidores, e que, perante públicos de visão mais esclarecida sobre o fenómeno, teriam sugerido outra abordagem ao longo da época, com conversas e debates vivos, ponderados e eloquentes. Para mal do nosso pecados, porém, por cá, os jogos não se discutem, apenas se gritam os erros do árbitros.
Seja qual for o ordenamento final da classificação, por esta altura julgo não haver dúvidas sobre o merecimento do Benfica na conquista do título. Basta-lhe apresentar a competência necessária no calendário que falta preencher.
Quem marcou até agora mais 27 golos do que o segundo, mais de 20 do que o terceiro e 39 do que o quarto, santa paciência, se há sinal diferenciador este é o mais relevante de todos e o que melhor traduz a essência do futebol: o golo. Ou seja, o Benfica merece mesmo ser campeão. Se conseguirá sê-lo ou não faz parte de outra conversa, por causa dos imprevistos... explicáveis. Como, por exemplo, o cerco que se está a montar para expulsar João Félix. É uma doideira. Basta ler ou ouvir, especialistas na arbitragem, treinadores retirados, antigos praticantes e similares.
Félix ainda não sabe defender-se dos pisões que o massacram. Reage com a impetuosidade de um jovem de 19 anos e desprotege-se. É por esta e por outras que os virtuosos não cabem na Liga portuguesa.
Bruno Lage que se acautele, sob risco de ficar impedido de o utilizar nas duas últimas jornadas e meia...
(...)"

Fernando Guerra, in A Bola

Memórias de Mística

"Algures entre 1994 e 2000, o Benfica passava por um dos seus piores tempos enquanto clube. No entanto, a paixão que em mim existia pelo clube não se limitava aos resultados. Era o clube, o seu significado, aquela mística que não se explica, mas sente-se, que fervilhava em cada momento da minha vida.
A juntar ao amor pelo clube, fervilhava também o amor pelo futebol. O talento que alguns me reconheciam e que não foi alcançado por decisões pessoais. Este texto, porém, não é sobre mim, mas sobre algo maior. Vejamos o seguinte: sempre que o Benfica perdia, eu vertia lágrimas de tristeza e, como miúdo que era, não percebia o porquê das derrotas. Era esse o meu nível de amor pelo Benfica. Mesmo quando jogávamos mal, como nos dolorosos 7-1, eu não compreendia como era possível uma equipa como o Benfica ser humilhada dessa forma.
Alguém se lembra dos 3-0 do Boavista na Luz? Hat-trick de um dos avançados mais letais do campeonato português, Kwame Ayew e eu, na minha casa, a ver o jogo através da SIC, a chorar como se fosse o fim do mundo. Para nota, o primeiro jogo que vi no antigo e único Estádio da Luz foi um Benfica 4-2 Boavista, já com um tal de Michel Preud’Homme na baliza e um Claudio Caniggia no ataque na longínqua época de 1994/1995. “Preud’Homme mete a bola em Mozer que joga na linha para Vítor Paneira…” e assim começava o meu ‘relato’ enquanto jogava à bola no quintal dos meus avós maternos. Era eu e uma bola, com um relógio no pulso que marcava o tempo. Normalmente, tinha 10 minutos para cada parte (sim, eu fazia duas partes), mas acabava sempre por prolongar o jogo por mais e mais tempo, até que me chamavam para ir almoçar. A equipa rival variava; ora podia ser o Porto, ora podia ser o Sporting. Dependia de vários factores e da aleatoriedade da minha imaginação. “Vitor Paneira passa por Mário Jardel e coloca a bola em Rui Costa. Rui Costa avança no campo de forma brilhante", toco no muro para assinalar a mudança de meio-campo defensivo para ofensivo, "tira dois adversários da frente e coloca a bola em João Vieira Pinto. Lá vai o camisola 8, menino de ouro do Benfica, tira dois adversários da frente e coloca a bola em Nuno Gomes que amortece para Luís Carlos. Luís Carlos finta Jorge Costa e Fernando Couto, fica na cara de Vítor Baía, faz um remate em força e é o GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLOOOOOOOOOOOOOO DO BENFICAAAAAAAAAA”.
Era isto que eu imaginava. Nem sempre ganhava, na maioria das vezes o campeonato estava ali no limbo como está nesta época de 2018/2019. O último jogo era sempre um Benfica – Porto ou um Benfica – Sporting. Eu só queria jogar com um Maestro e um Menino d’Ouro, o resto era-me irrelevante. Nem sempre ganhava, mas divertia-me a sonhar com a camisola do Benfica, que vestia Olympic e tinha o patrocínio da Parmalat. Era genuinamente feliz e vibrava com os meus jogos imaginários tal como vibrava com os jogos a sério. Era um menino com uma bola branca e alguns quadrados vermelhos e verdes e um sonho. O sonho pode ter partido com o passar dos anos, a bola acabou quando rebentou. O menino continua a ver o Benfica, agora no alto dos seus 30 anos, com o desejo de querer ver o futebol mais bonito e atractivo a ser recompensado em cada competição. Com o desejo de um Benfica campeão em Portugal, vencedor da Taça de Portugal e da Liga dos Campeões.
Se eu voltasse a ser esse menino, só pedia um passe de Ferro para Grimaldo, que abre para Pizzi, que tira dois adversários da frente e joga para Jonas ou Seferovic que faz um passe a rasgar para João Félix e que descobre Luis Carlos na cara do guarda-redes adversário e finaliza de forma primorosa e dá o título ao Sport Lisboa e Benfica."