Últimas indefectivações

domingo, 13 de janeiro de 2019

Urgente, definir o futuro próximo...

Benfica B 2 - 3 Braga B


A ausência do Bruno Lage, está claramente a afectar esta equipa, é importante efectuar as 'promoções' definitivas. Neste caso, parece que será o Renato Paiva que irá assumir esta equipa... As saídas do Parks e do Amaral... e a lesão do Zlobin também não ajudam!

A equipa mantém os princípios de jogo, mas hoje fomos lentos e pouco objectivos, isto contra uma equipa que jogou no nosso erro... e acabou por marcar 'golas da vida' dos jogadores!!!

PS: A renovação do Tiago Dantas, foi anunciada hoje. É uma boa notícia, pois é um excelente jogador... Não é todos os dias que um miúdo que começa a jogar no Benfica com 4 anos, tem hipóteses de chegar à equipa principal!!!

Vitória nos Oitavos-de-final da Taça...


Benfica 3 - 0 Leixões
25-15, 25-18, 25-13

Jogo bastante diferente da recente partida, para o Campeonato, disputada em Matosinhos. Desta vez, jogámos 'avisados'!!!
Nos Quartos-de-final recebemos o Guimarães.
O próximo jogo, é na Roménia, na 2.ª mão da Challenge Cup...

PS: Parabéns aos nosso Marchadores que hoje em Porto de Mós se sagraram Campeões Nacionais por equipas: Tricampeões os masculinos; e Campeãs no feminino.

Liga a meio, Taças a caminho e malas a voar

"Seferovic voltou ontem a marcar e Jardel voltou a marcar na baliza certa. E o Benfica lá ganhou ao Santa Clara, que jogou a segunda parte toda com menos um jogador em campo e que, mesmo assim, ainda assustou umas quantas vezes o guarda-redes grego do Benfica. Estranhamente, o Benfica jogou bem melhor contra 11 do que contra 10. Quando se viu com mais um jogador em campo do que o adversário, a equipa de Bruno Lage começou a pensar nos jogos com o Vitória de Guimarães para a Liga e para a Taça de Portugal e no jogo com o FC do Porto para a Taça da Liga e resolveu "desligar". Vá lá que correu bem. O Benfica aguarda agora o desfecho do Sporting-FC Porto para definir o seu ataque à segunda volta da prova. É o que se lhe exige.
E novidades, há? Há pois! E de monta. A tese do "Ministério Público do Porto" aproxima-se amorosamente da tese que o ex-presidente do Sporting Clube de Portugal não se cansou de brandir em sua defesa durante meses a fio: o ataque "hediondo" a Alcochete, que conduziu à queda do próprio, o saudoso Bruno Miguel, foi obra do Benfica. Aliás, se não fosse obra do Benfica não seria "hediondo". seria apenas "chato". O Ministério Público portuense, de acordo com as notícias que têm vindo a lume (brando), alinha em toda a sua plenitude com a tese de Carvalho. O Benfica comprou, um a um, os jogadores do Marítimo para vencerem o Sporting no encontro da última jornada da última Liga, garantindo, assim, a qualificação para as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Mas não se ficaram por aqui as manipulações dos vermelhos. O Benfica assegurou também com a derrota comprada na ilha da Madeira, e numa relação antecipadíssima de causa-efeito, a invasão do centro de treino de Alcochete, a carga de pancada em jogadores-chave, o despedimento de Jorge Jesus, as rescisões de contrato por parte de trânsfugas de alto coturno e, finalmente, a volatividade do projecto presidencial do carvalhismo que, em poucas palavras, se reduz ao facto, indesmentível, de ter sido o artefacto mais conveniente que alguma vez caiu no colo do FC Porto em 125 anos de história ou mesmo em 250 anos de história, tal como os vindouros terão oportunidade de constatar.
Não tardará que o "Ministério Público do Porto" relate ao país como o dinheiro foi transportado numa mala do estádio da Luz para o Funchal e como ficou à guarda da mãe de um fabricante de ponchas artesanais da região. Naquele domingo à tarde já distante de maio, a senhora estava aflita porque não sabia o que fazer ao guito,já que os jogadores do Marítimo nunca mais perdiam o jogo e o plano ameaçava ir por água abaixo. Foi então que Rui Patrício em tempo de descontos, ofereceu a vitória aos insulares através de aquilo a que se pode chamar um frango monumental. A mãe do do fabricante de ponchas artesanais encolheu os ombros e disse para com os seus botões "estes tipos pensam em tudo" e nunca mais pensou no assunto."

Descentralização

"Tenho admirado - sim a palavra é essa! - a discrição e a serenidade de Bruno Lage. E, até, os seus 'feelings'. Merece ser acarinhado.

1. Terminou a primeira volta desta Liga NOS. O Futebol Clube do Porto lidera com cinco pontos de avanço em relação ao segundo classificado, o Benfica. Mas nesta última jornada, que só acaba hoje, o grande vencedor foi o Benfica. Ganhou categoricamente nos Açores, viu o Sporting de Braga empatar em Portimão e assistiu ao empate ao Sporting em Alvalade no primeiro dérbi deste ano de 2019. O jogo de Alvalade, numa bonita e singular tarde de futebol, não foi, de verdade, um grande clássico. Foi um jogo repartido, demasiado táctico e em que o Sporting pareceu contente com o empate, dando a entender que a sua preocupação era não dilatar a sua desvantagem face a Benfica e Braga. Assumindo que a liderança do Futebol Clube do Porto lhe parece inquestionável. Não foi deitar a toalha ao chão, mas pareceu. Foi, direi, a vitória, porventura do realismo e da racionalidade, bem holandesa, do treinador do Sporting. Obrigou este Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição a ser menos exuberante - diria que jogando com menos fulgor - e mostrou que a sua equipa sabe defender e sabe controlar os jogos, ao contrário do que evidenciara, negativamente, por exemplo, em Portimão e em Tondela. O empate em Alvalade foi um resultado justo e Sérgio Conceição, afinal, não ultrapassou, no que respeita a vitórias consecutivas, Jorge Jesus. Mas falta toda a segunda volta de uma Liga que se vai disputar muito nos relvados e, bastante mesmo, para não fugir ao que nos habituámos, fora deles.

2. O Benfica, agora liderado por Bruno Lage, venceu, categoricamente, o Santa Clara. A festa foi bem bonita. Com um estádio cheio, vibrante e acolhedor. E com a demonstração, inequívoca, que em termos de assistência o Benfica goleia o Futebol Clube do Porto e o Sporting. O dobro das assistências dos jogos dos rivais, o que evidencia o fervor das gentes de São Miguel como, aliás, há cerca de vinte anos constatei quando participei, na companhia do saudoso Senhor Eusébio da Silva Ferreira, numa festa de aniversário do Santa Clara. O Benfica pressionou, bem e muito, o Santa Clara e lutou, bem e muito, durante largos períodos do jogo. Este Benfica de Bruno Lage, depois destas duas vitórias, sabe que vai ter uma intensa segunda quinzena de Janeiro. Onde muito se vai decidir. Na Taça de Portugal, e no seu acesso às meias finais, já no arranque desta próxima semana. Depois, também em Guimarães, o arranque da segunda volta deste renhida Liga. Depois, ainda no Minho, e na cidade rival, Braga, a disputa da Taça da Liga, naquilo que o seu marketing, e bem, identificou com a procura do Campeão de Inverno. Uma nota pessoal: tenho admirado - sim a palavra é essa! - a discrição e a serenidade de Bruno Lage. E, até, os seus feelings. A sinceridade das palavras e a sua percepção da ligação aos adeptos sabem bem. Mesmo bem. E o balneário, este balneário, tem de o sentir e de o assumir. É que a ligação entre treinador e jogadores - onde entra a rotatividade - e a conexão entre equipa e adeptos - onde entram a disponibilidade e a responsabilidade - que motivam para o legítimo sonho da reconquista. Com a consciência que o Benfica, este Benfica, tem uma segunda volta bem complexa - com visitas a Alvalade, ao Dragão e a Braga - e tem que avançar, e muito, em termos de Liga Europa. Mas Bruno Lage merece ser acarinhado. E o carinho não é caridade. O carinho implica reconhecimento de capacidade e de carácter. Mas como Robert Frost, direi que «trabalhando dedicadamente oito horas por dia talvez acabes em chefe a trabalhar doze horas por dia». E esta novas doze horas de Bruno Lage têm sido motivanetes e estimulantes. Desde logo para este simples adepto do Benfica e este bem pequeno acionista da SAD do Benfica.

3. Vamos viver tempos complexos no futebol. Acredito que as rupturas de tesouraria se vão multiplicar nas próximas semanas. Acredito que até final deste mês de Janeiro haverá algumas mexidas de Janeiro em certos plantéis, incluindo em muitos que participando na segunda Liga - que vai mudar de patrocinador, o que implica uma saudação especial à Liga e ao seu presidente -, ainda sonham em subir à única competição que, em Portugal, gera proveitos e, por isso, é tão tentadora. E basta olharmos para os investidores estrangeiros que, com sagacidade, adquiriram parte substancial do capital social das sociedades desportivas, qualquer que seja a sua específica natureza, que participam mas por ora identificadas competições profissionais. E na antecâmara, repito, de uma mudança estrutural, diria que revolucionária, da definição dessas competições e, até, do valor dos direitos televisivos conferidos às SAD's. Desde logo àquelas que participam nesta segunda liga. Mas não só... acreditam!

4. A Taça da Liga de futsal conhece hoje o seu vencedor. O que mais importa realçar é que a fase final desta competição se disputou, nos últimos dias, no Pavilhão Multiusos de Sines. Há poucos meses voltei a Sines a convite do meu Bom e querido Amigo Joaquim Barbosa. Na companhia, bem fraterna, dos seus três irmãos, abracei o porto, degustei a sua gastronomia, deslumbrei-me com olhar penetrante das suas praias e do oceano que as acaricia. E, de cima de um penetrante miradouro, senti que vale a pena saudar e vibrar à Vida. E é esta Vida que, mesmo no final de um clássico sem muita chama, importa realçar. Sabendo que, também ontem, na ilha Terceira, ali nestes Açores que sempre nos atraem, o Benfica e o Futebol Clube do Porto chamaram muita gente aos Pavilhões do Terceira Basket e do Lusitânia para vibrarem com dois jogos de basquetebol. E, assim, o deporto, em época baixa, estimula o turismo e mostra e muitos a beleza singular dos Açores, e das suas ilhas, e a cativante hospitalidade das suas gentes. Como a que sentimos, de verdade, também em Sines! Terra hoje do futsal numa iniciativa da nossa Federação que se saúda. Aqui há, a sério, descentralização! Há mesmo!"

Fernando Seara, in A Bola

Caso de Abraham e regras da FIFA

"Abraham tem vínculo com o Chelsea na época 2018/2019 e encontra-se emprestado ao Aston Villa. As notícias deram conta, esta semana, do interesse do Chelsea e do Wolverhampton em transferir o jogador para este último clube, na presença janela de transferências. Ou seja, o jogador, durante a mesma época, representaria três clubes.
Será isto possível?
O Regulamento do Estatuto e Transferência de Jogadores da FIFA (doravante RSTP) diz, no artigo 5.º, n.º 3 (é importante referir que esta norma é, de acordo com o RSTP, vinculativa para todas as federações e que deve ser incluída a nível nacional sem qualquer modificação nos respectivos regulamentos, razão pela qual se traz aqui à colação) o seguinte (tradução livre):
«Os jogadores podem ser registados, no máximo, por três clubes durante uma época desportiva. Durante este período, o jogador só é elegível para disputar jogos oficiais por dois clubes. Como excepção a esta regra, um jogador que seja transferido entre dois clubes pertencentes a associações em épocas sobrepostas (...) pode ser elegível para jogar em jogos oficiais de um terceiro clube durante a época relevante (...)»
Assim, à partida, o jogador poderá ser transferido para um terceiro clube. Mas poderá disputar jogos oficiais pelos Wolves, caso a transferência ocorrera? O Chelsea pretende alegar que o jogador não disputou nenhum jogo oficial pelo clube referente à presente época: isto porque um dos jogos foi a Community Shield, referente à época passada, que é uma competição amigável e porque outro jogo foi referente à competição de sub-23. Porém, decisões precedentes da FIFA em casos semelhantes são contrárias à pretensão do clube."

Marta Viera da Cruz, in A Bola

Clássico: organização defensiva de excelência, num jogo rico tacticamente (atenção, este título contém ironia)

"O treinador (...) viu sábado em Alvalade um jogo paupérrimo onde a organização defensiva não se superiorizou; a ofensiva é que teimou em não aparecer

Primeira Parte
Os primeiro minutos do jogo poderiam indiciar um jogo diferente; não por parte do Porto que já nos habituou a não ter um jogo muito pausado e de passe curto, mas porque as duas primeiras acções do Sporting assim o indicavam. Um lance em que o guarda-redes participa e Wendel é parado em falta, e o lance seguinte que acaba com a entrada na área de Diaby e o remate interceptado. Logo de seguida, Renan recebe a bola e manda a equipa fechar, joga a bola na referência Bas Dost para os duelos, acabando numa disputa da segunda, terceira, (…), décima bola, falta cometida pelo Sporting e recomeço do jogo para o Porto. O jogo foi isto. Ninguém quis arriscar sair a jogar curto pressionado, deixando a construção para depois de uma segunda bola já no meio campo ofensivo ou no seguimento de uma reposição de bola.
Marcel Keizer trabalhou do ponto de vista estratégico as suas linhas para estarem posicionadas mais atrás. Bas Dost e Bruno Fernandes à entrada do meio campo, e o resto da equipa a tentar retirar espaço dentro do bloco e em profundidade para condicionar os ataques à profundidade. Não foi por isso estranho que os centrais do Porto e o Danilo tivessem a bola durante algum tempo fora do bloco, até que decidirem procurar o passe longo para Marega que se movimentava entre Mathieu e Jefferson, ou para Soares que se encontrava entre Coates e Bruno Gaspar. O Porto trabalhou da forma habitual, e optou por não pressionar Renan, fechando-lhe as linhas de passe mais próximas, como que o incentivando a escolher outro tipo de opções. Seis homens a fechar o corredor central: Marega, Soares e Herrera numa primeira linha; Corona, Danilo e Brahimi mais atrás, sendo que os dois alas tinham como missão dividir o espaço para conseguirem disputar a bola com os laterais caso Renan optasse por colocar a bola neles.
No meio campo ofensivo as duas equipas tentaram jogar, cada uma a tentar explorar as suas dinâmicas. Um Sporting a procurar ir mais em passe curto, e o Porto a tentar massacrar entre central e lateral e a forçar o passe em profundidade para os dois avançados. Por mais que a bola andasse por Brahimi ou Corona, os lances terminavam invariavelmente na procura das duas referências ofensivas naquele espaço. Também se percebeu que os jogadores do Porto tentaram, na marcação dos livres e nos lançamentos, recomeçar o jogo rápido para tentar aproveitar os momentos de desorganização do Sporting.
Nesta a primeira parte houve um encaixe das duas equipas com um ligeiro ascendente do Sporting. Porque nas situações em que ficou com a bola controlada depois de um duelo (que foram poucas), e sobretudo nas situações em que tentou jogar em passe curto pelo chão, conseguiu chegar junto à área do Porto, onde faltou a qualidade e a paciência para desmontar o que sobrava da organização defensiva do Porto. Sérgio Conceição também tem algum mérito porque a equipa pareceu saber sempre em que situação deveria parar o lance em falta para impedir a criação de uma situação de golo. Tendo Keizer optado por recuar alguns metros, a equipa do Porto entrou ficou desconfortável e esteve longe de conseguir criar situações claras de golo, excepto numa recuperação nos primeiros minutos onde Corona tenta explorar as costas de Mathieu, jogadno em Soares, mas Coates aparece muito bem a cortar o lance. Não se perceberam as fragilidades defensivas do Sporting pela alteração estratégica que criou constrangimentos ao Porto, e por ser um jogo onde os jogadores entram super concentrados nas tarefas defensivas. Sporting não conseguiu expor o Porto pela sua opção na construção, e por não ter qualidade na criação. As transições e outras situações de potencial foram muitas vezes paradas em falta. Não houve, por isso, situações de golo para nenhuma das equipas.
Há um dado interessante onde se percebe a melhor preparação do Porto para um jogo de duelos, e o quão pouco benéfico é para quem ataca optar por esse tipo de lance. Contabilizei durante a primeira parte o número de lances onde os jogadores das duas equipas, em zonas mais recuadas, optaram por jogar a bola pelo ar para uma zona onde se encontravam jogadores das duas equipas. E desses lances, tentei perceber em quantos a equipa que tinha provocado a situação (o duelo) ficava em vantagem (com a bola controlada) depois do lance estar limpo (disputas das segundas, terceiras, (…), décimas bolas). Considerei ainda dentro das vantagens a bola ir para fora e seguir da equipa que provocou o duelo numa zona mais adiantada, ou o adversário fazer falta. O posicionamento mais próximo dos jogadores do Porto, e acção mais agressiva que têm nesse tipo de lances percebeu-se. É este o tipo de jogos que jogam regularmente.
Já o Sporting ter optado por esta estratégia, retirou o erro das zonas mais recuadas, mas não lhe trouxe qualquer benefício do ponto de vista ofensivo. Começamos também com mais estes sinais a perceber que Keizer não é fundamentalista de uma ideia de passe curto, ou talvez ache que a equipa ainda não está preparada para se expor tanto, por haver pouco conforto dos jogadores, neste tipo de jogos. Ainda assim, há a responsabilidade da escolha do onze inicial onde não estavam os mais capazes de colocar a equipa mais confortável em posse.
O Sporting provocou 19 duelos, sendo que ganhou 8. Nestes estão incluídos duas faltas e três lançamentos. O Porto provocou 15 duelos, sendo que ganhou 9. Três foram faltas, e dois lançamentos. Se retirarmos as vantagens das faltas e dos lançamentos, as duas equipas juntas apenas em 7 situações ficaram com a bola controlada em 24 possíveis.

Segunda Parte
Depois do intervalo a duas primeiras situações perto da área são do Sporting. A primeira num duelo em que conseguem ficar com bola e colocar um jogador de frente para a linha defensiva, a segunda num contra ataque depois de um livre ganho pelo Porto. Em ambas as situações faltou, novamente, qualidade e criatividade para definir o lance. Para tal, Keizer teria que optar por outro tipo de jogadores.
Com a entrada de Oliver, e com o intervalo, Sérgio Conceição mudou a dinâmica do Porto. Oliver começava mais baixo: numa primeira fase perto de Danilo, perto do lado direito, para permitir que Corona desse largura e profundidade. Assim, Marega poderia sair do corredor que passou a defender para pedir, novamente, entre central e lateral e Herrera acompanhava Brahimi na tentativa de explorar os espaços entre linhas. A subida de um médio, por troca com o lateral (Maxi) causou outro tipo de problemas ao Sporting. Quando Oliver subia, era Herrera que ficava mais. Os avançados do Porto apareceram mais vezes entre linhas, alternando os movimentos de profundidade com os médios. Do lado esquerdo Brahimi tinha que conduzir para dentro para encontrar colegas para combinar, uma vez que tinha Soares a fixar o Coates e o Telles quase sempre bem tapado pelo Diaby. O Porto estava, nesta fase, mais móvel e menos previsível. Jogou de forma mais paciente por forma a procurar os espaços que lhe interessavam atacar, juntou mais jogadores perto da bola, e também por isso conseguiu mais vezes recuperar a bola nas zonas onde perdia.
Por ter Oliver num espaço de construção o critério foi diferente nas zonas mais recuadas, e é por ele encontrar Brahimi entre linhas que surge a primeira grande situação de golo do jogo. Herrera temporiza bem, depois um passe um pouco largo de Brahimi, e encontra Corona dentro da área que assiste Soares, e este falha incomodado pelo movimento de Marega.
Ainda assim, e apesar de ter tentado de forma diferente, o Porto não conseguiu fazer tremer vezes suficientes a defesa do Sporting para que se justificasse marcar um golo. E sendo o momento defensivo o pior argumento de Keizer, isso diz muito sobre o momento ofensivo de Sérgio Conceição. É um modelo trabalhado para romper pela força, e quando os adversários respondem com força na mesma medida não consegue arranjar alternativas (dentro do seu modelo) para criar embaraço suficiente.
À maior iniciativa do Porto, o Sporting reagiu partindo o jogo. Tentou sair em contra ataque quase sempre que recuperava a bola, mesmo quando as condições não eram as mais indicadas para tal. Perdeu o controlo do jogo por isso, desgastou-se mais, e expôs mais as suas debilidades defensivas colectivas e más abordagens individuais. Continuou a provocar duelos, e o jogo foi-se deteriorando à cada minuto que passava: cada acção falhada precipitava os jogadores para outra acção falhada, e por isso os espaços que o Porto tanto gosta apareceram bem mais do que na primeira parte.
No último quarto de hora, quando Bas Dost estava um tanto quanto adiantado para atacar aquela bola de forma adequada ao segundo poste, no seguimento do canto, não nos podemos esquecer que foi a pausa de Bruno Fernandes que permitiu o tempo e o espaço à Ristovski para colocar lá a bola. O Bruno estava parado, e a acção dele mostra o caminho para se atacar melhor: o critério e a qualidade de execução.
Poder-se-à dizer que foi preferível para ambas as equipas não correrem riscos lá atrás, exemplificando com o lance em que Corona atrasa para Casillas e Bas Dost esteve perto de interceptar. Mas a situação apenas acontece porque Corona está habituado a jogar num espaço diferente onde não tem que jogar sempre na frente, e como Casillas não está habituado a dar linhas de passe ali, não se disponibilizou para receber a bola e dar seguimento ao lance. Se o tivesse feito, Dost não teria chegado perto do o incomodar e ainda o desgastava por ter feito mais um sprint onde nem ele nem os colegas tinham conseguido recuperar a bola. É tudo uma questão de hábitos, é uma questão de escolhas.
O jogo foi pobre porque nenhuma das equipas quis arriscar, e a riqueza táctica perde-se na falta de controlo dos duelos e na precipitação. Atacou-se mal, e por isso não é possível dizer que se tenha defendido de forma exemplar. Porque quando as intenções ofensivas foram boas as duas organizações defensivas acabaram expostas. O título do texto é uma forma irónica de catalogar um jogo paupérrimo onde a organização defensiva não se superiorizou; a ofensiva é que teimou em não aparecer. E como não estamos habituados a ver equipas com boas ideias de ataque dizemos que em Portugal defende-se muito bem, e que do ponto de vista táctico o jogo é muito rico."

Uma Semana do Melhor... Graciano com uma entrada a pé juntos!!!

Benfiquismo (MLXIII)

CCCP!!!

Finais são para ganhar!!!

Modicus 2 - 6 Benfica

Estamos de facto a jogar muito bem... a defender e a atacar. E os nossos adversários 'reconhecem' isso mesmo, sabem que não podem dividir o jogo com o Benfica, e assim são obrigados a arriscar o 5x4 precocemente!!! O Modicus não arriscou tanto, como o Azeméis ontem, mas mesmo assim...!!!
Os dois golos no final da 1.ª parte foram decisivos, deram a tranquilidade necessária para o resto do jogo...
Amanhã na final é preciso ter cuidado, até porque o Braga teve um dia de descanso... além de ter tido mais tempo de recuperação entre jogos de ontem para a amanhã!

Hoje, os sacrificados foram o Chaguinha e o Campos, na Final logo se verá...

Vida nova...

Benfica 5 - 3 Viana

Estreia do novo treinador, com uma vitória, num jogo que não foi fácil...
Notou-se a tentativa de fazer 'coisas' diferentes: defendemos com muita agressividade, e por isso as muitas faltas... com os apitadeiros do Tugão, a defender assim, vamos ter problemas! Além das 14 faltas assinaladas, o Viana beneficiou de 6 'bolas paradas' (só marcou uma)!!! No ataque, também houve diferenças: mais jogo colectivo, mais velocidade... notou-se uma tentativa de 'montar' triângulos... Mas vai demorar algum tempo, para as ideias do treinador chegarem ao stick dos jogadores!!!

PS: As nossas meninas, tiveram um jogo muito difícil estar tarde na Champions. Vencemos 2-1 na Luz ao Voltegrá. Uma vitória é uma vitória, mas vamos ver se será suficiente para a 2.ª mão!!!

Vitória em Guimarães...

Fermentões 22 - 35 Benfica
(12-18)

Jogo sempre controlado, neste regresso, após esta pausa prolongada...
Destaque para o regresso do João da Silva, após lesão complicada... E com a lesão do Pedro Seabra (poderá não jogar mais esta época!!!), é fundamental o regresso do Central brasileiro à boa forma!

Vitória na Terceira...

Lusitânia 76 - 88 Benfica
13-27, 23-18, 25-21, 15-22

Um dos jogos mais equilibrados dos últimos 'tempos', o Lusitânia recuperou a desvantagem inicial, e esteve muito perto de 'empatar', mas no último período voltámos a 'acertar'!!!
Destaco o regresso do Barroso, do Cantero e do Hallman... só falta do Fonseca.

Mais um 'capote' !!!

Benfica 22 - 0 Almeirim


Estreia das caras novas, em mais uma goleada...

Sabe quem é? Até tumor no pé teve - Pepa

"Trataram-no como o «novo Eusébio», o destino pregou-lhe várias partidas; Do golo à Romário à massa com atum

1. Deram-lhe de nome Pedro Miguel Marques da Costa Filipe - com quatro letras apenas entrou na história a que se começou a aconchegar no CADE, clube do Entroncamento. (Em palestra numa escola de Oliveira do Hospital, contou-o: «O meu pai era cantoneiro de limpeza, em Torres Novas. Cruzava-me com ele todas as manhãs, à porta da escola. Um negro preto vestido com fato cor de laranja, imaginem... Podia fingir que não o via, mas ia ter com ele, com orgulho. Cheirava mal, mas dava-me sempre um beijinho. Os colegas gozavam comigo. Havia racismo - e eu andava muito à pancada...»)

2. Aos 14 anos, o Benfica foi buscá-lo - e pô-lo a viver no centro de estágio que havia por baixo das bancadas da Luz. Campeão europeu sub-19 (com Ricardo Costa na equipa). O fulgor no Benfica B (de Chalana) levou a que, a 23 de Janeiro de 1999, Souness o convocasse para jogo com o Rio Ave. Lançou-o no lugar de Nuno Gomes aos 89 minutos - e aos 90 fez golo: «Recebi passe do João Pinto, isolei-me, rematei de bico, à Romário. Volta e meia vejo o vídeo para matar saudades e para ser sincero é daqueles lances que em 10 marcava um».

3. Não, com esse golo não se tornou o mais jovem a marcar ao Benfica, mas quase: Chalana fizera-o com 17 anos, 7 meses e 7 dias, António Simões com 18 anos e 16 dias e Cândido de Oliveira com 18 anos, 1 mês e 9 dias (idade que ele tinha nessa tarde): «O golo teve um impacto brutal, até já diziam que eu era o novo Eusébio. E, depois tudo o não fosse tocar na bola e fazer golo já não chegava».

4. Esse golo (e não só) arrastou-o ainda para o deslumbramento (e para armadilhas que acabariam por trai-lo...) - e ele admitiu-o: «Cheguei a pensar que era o rei da noite de Lisboa. Queria boates, muitas mulheres ao meu lado, amigos. Muitos aproveitaram-se de mim, para pagar as contas, eram os amigos da onça...»

5. Foi emprestado ao Lierse - na Bélgica esteve largos meses sem jogar (devido a problemas com a inscrição). Por meados de 2001, regressou ao Benfica, à equipa B. Num jogo com o Moscavide fracturou um malar. Quando, enfim, se lhe ia abrir, de novo, a equipa principal, o destino voltou, aziago, a torpedeá-lo: «Ia ser titular, no último treino, ao ensaiarmos lances de bola parada, lesionei-me - o Fernando Aguiar caiu-me em cima» (e foi aí que perdeu, de vez, a chave do paraíso...)

6. Por 2002, o Varzim tentou-o «Foi o maior erro da minha vida. Tinha mais quatro anos de contrato. Há gente que paga para jogar no Benfica, eu implorei para que o Benfica me deixasse sair». Foi a sua cruz, o seu calvário: «Acabei a época a anti-inflamatórios de sim, dia sim. Depois, parti um braço - e até um tumor apareceu no pé que partira».

7. Do Paços de Ferreira foi para o Olhanense - e aos 26 anos (após nove operações em quatro anos) deixou de ser jogador. Em entrevista ao Expresso, revelou-o: «Houve uma altura em que o frigorífico só tinha o mínimo. Ninguém passou fome, mas fiquei a dever umas rendas ao banco. O banco podia esperar, as minhas filhas não podiam esperar para comer». (2500 euros era o que recebia ao mês do Olhanense. Tinha duas filhas, para não passarem fome, comia-se «muita massa com atum».

8. Ainda no Varzim, Luís Campos percebera-lhe o dom, aventando-lhe, certeiro, o futuro: «Vais ser o próximo treinador negro em Portugal». Para o ser teve, porém, de dar nova volta à vida (por si só): «Pensava chegar à I Liga em dez anos e foi tudo muito rápido. Nunca ninguém me deu nada. Nenhum empresário me colocou num clube, nunca andei a pedir favores. A única coisa que fiz, porque morava ali perto, foi ir ao Sacavenense perguntar se precisavam de ajuda em qualquer escalão. Foi a única vez que bati à porta de alguém. Porque à minha porta só batiam para deixar as contas da água, da luz e do gás. Não me dou com lóbis nem nada disso...»

9. Saltitou do Odivelas para o Olivais e Moscavide, do Taboeira para a Sanjoanense - e de lá zarpou (em resplendor) para o Feirense. Já no Tondela, ainda lhe faltava o Nível IV (não por «preguiça» mas meandros burocráticos) tinha de ficar no banco sempre muito bem sentadinho, se se soltasse de lá, num impulso qualquer, multavam-no em 1000, 1500, 2000 euros. E o último sinal do seu fadário, do grande treinador que ele é - deu-o, segunda-feira contra o Sporting..."

António Simões, in A Bola

Vitória justa com ideias novas

"Benfica, contra dez, mostrou força e ainda mais as dinâmicas que tem vindo a criar

Sistema igual, outra dinâmica
1. As duas equipas jogaram com dois avançados (Santa Clara, com Stephens e Zé Manuel, Benfica com João Félix e Seferovic), tendo depois o Santa Clara dois médios - Anderson e Bruno Lamas - e dois alas; sendo que Pacheco procurava mais um jogo de apoio e de equilíbrio posicional, e Ukra foi o ala mais de largura no lado contrário. Já o Benfica, com dois médios, Fejsa e Gabriel, apresentou dois alas - Pizzi e Zivkovic - que procuraram e alternaram as combinações de corredor, com os laterais a dar profundidade tanto por dentro como por fora, em função do posicionamento dos alas. João Félix e Seferovic procuraram ser linhas de passe entre linhas: quando a bola estava no corredor um procurava ser apoio frontal e diagonal, com o outro a dar linha de passe na profundidade. Estas variações, assim como a troca posicional entre o avançado que podia cair no corredor e o ala que derivava para dentro, dificultaram a organização do Santa Clara, equipa onde os avançados, móveis e rápidos, procuraram a profundidade e bola nas costas da defesa.

Consistência até à expulsão
2. O Benfica foi sempre dominador, mostrou intenções ofensivas com os alas a jogarem mais por dentro, assim como os avançados a apresentarem dinâmica diferente na procura do espaço entre linhas, saindo da marcação da defesa açoriana para serem opções de passe. Os encarnados procuraram sempre pressionar o mais alto possível, ainda que por vezes sem a linha defensiva encurtar o suficiente - esse espaço entre linhas foi sendo corrigido ao longo do jogo. Já o Santa Clara, bem organizado, foi procurando equilibrar e, com algumas saídas e fases competentes, procurou explorar esse espaço entre linhas para poder crescer. A expulsão de Fábio Cardoso, porém, dificultou a resposta açoriana.

Forte e competente
3. Na segunda parte o Benfica, contra fez, mostrou força e ainda mais as dinâmicas que tem vindo a criar com Bruno Lage. Nos primeiros 20 minutos criou inúmeras situações para avolumar o marcador e esteve muito forte na reacção à perda da bola. Com o passar dos minutos, porém, foi perdendo rigor, o Santa Clara voltou a conseguir equilibrar, depois de ter abdicado de um avançado, após a expulsão, para procurar sair na velocidade pelos alas, pelo avançado e por Bruno Lamas que, em condução ou na fluidez que trouxe ao jogo, conseguiu ligar o Santa Clara na grande parte das situações de chegada ao último terço.

Faltou manter rigor até final
4. O Benfica venceu com justiça, foi competente e demonstrou algumas ideias para o jogo já com diferenças relativamente ao que vinha fazendo, embora, de forma natural, sem a consistência que pretende. Já o Santa Clara procurou discutir o resultado mas a expulsão na primeira parte dificultou a resposta, bem como, claro, a competência do Benfica, que só nos últimos 20 minutos perdeu algum rigor e controlo do jogo."

Vasco Seabra, in A Bola