"O único jogador Português, suspenso pela UEFA (aí não houve Madaís ou FPF que o pudessem salvar, foi à vista de todos), durante um ano, por dar literalmente uma cacetada num fiscal de linha, foi o Zé Beto, jogador do patético Pinto da Costa, que juntou 300 num almoço em Caminha, disse mais umas palermices, que a subserviente Imprensa, chama de ironia. Acha que o Norte gosta dele, mais uma revista de Beja e isso é o País. Falou de um país que se orgulha dele e do seu clube. Um país que, como Guerra Junqueiro escreveu, pela existência de indivíduos como ele, anda a reboque de:
"Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter (...) de pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo (...), escândalos monstruosos (...) A Justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara, ao ponto de fazer dela saca-rolhas."
Atacou Pragal Colaço, por apelar às armas. Que apelo às armas? Se Bem me lembro, deveria estar a referir-se a uma entrevista de António Oliveira à "falecida" "Gazeta dos Desportos", quando na 1ª página disse que além de ter estado metido no caso N'Dinga, iria a Lisboa de metralhadora, matar uns quantos. Como Luther King disse:
"O que mais me preocupa, não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos sem carácter, nem dos sem-ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos Bons."
Obrigado Pragal Colaço, obrigado João Malheiro, Afonso Melo, Alberto Miguéns, Ricardo A. Pereira, Miguel Góis, Tiago Dores, Zé Diogo Quintela, L. Pinhão e a esmagadora maioria deste povo sério, que é o Português. Pinto da Costa uma vez provinciano, provinciano até morrer! E morrerá admirado por imbecis e lambe-botas. E morrerá sem saber o que significa honestamente."
António Melo, in O Benfica