Últimas indefectivações

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Lixívia XXX

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica............... 75 ( 0) = 75
Corruptos........ 72 (+13) = 59
Sporting.......... 66 (+10) = 56
Braga................ 54 (+1) = 53


As arbitragens nas últimas épocas, estão um pouco melhores, ainda existem alguns 'restos' dos Douradinhos, mas com a saída do Desdentado, fica mais difícil ao Sistema condicionar os 'grandes' jogos. Neste momento, temos o Olegário (em pré-reforma...), o Marco Ferreira, e o Soares Dias como cabeças do 'monstro'!!! São aqueles ladrões, com estatuto suficiente, para apitar os 'grandes' jogos...
Não coloco  Jorge Sousa, neste grupo restrito, porque a melhoria é notória. Não me esqueço do arraial de porrada no Estádio do Algarve numa final da Taça da Liga, com os Corruptos; não me esqueço de uma eliminação da Taça de Portugal, com o Guimarães, na Luz; não me esqueço de uma Meia-final da Taça de Portugal em Alvalade, com o Chalana no banco... entre outros. Mas reconheço num determinado momento, um ponto de viragem nas arbitragens do Jorge Sousa, nos jogos com o Benfica: num famoso Leiria-Benfica, onde teve a coragem de marcar um penalty claríssimo nos minutos finais, por falta sobre o Aimar (mesmo que no resto do jogo, tenha sido uma miséria!!!!). Depois deste jogo, ainda teve duas recaídas: um Marítimo-Benfica na 1.ª jornada do Campeonato; e a Final da Taça de Portugal no Jamor com o Guimarães.
Este ano apitou 3 dos 4 jogos Grandes do Benfica, e sem estar perfeito, não teve nenhum erro de grandes dimensões. Onde continua a errar, é no critério disciplinar. E o jogo de ontem, é prova disso.

Durante a 1.ª parte, resolveu (estrategicamente?!!!) não mostrar nenhum amarelo aos Corruptos. E isso condicionou todo o jogo. Evandro, Alex Sandro, Maicon, Óliver, Casemiro... todos eles mereciam ter levado amarelo. A estratégia defensiva dos Corruptos passava por efectuar faltas, para parar sistematicamente as saídas de bola do Benfica. E isso foi feito durante os 90 minutos, sem qualquer receio... Nenhum jogador Corrupto, foi obrigado a refrear os ímpetos com medo de um 2.º amarelo, algo normal, nos jogos de muito contacto...
Dou um exemplo concreto: no lance que acaba, com o remate rasteiro do Talisca (o 1.º remate de jeito do Benfica à baliza!!!), o Lima, quando faz a tabela com o Baiano, sofre uma entrada por trás do Maicon. Falta, claríssima para amarelo... Aceita-se a lei da vantagem, mas o cartão tinha que ser mostrado, mais tarde. Esta impunidade, foi constante durante todo o jogo...; outro bom exemplo, foi o lance do amarelo ao Gaitán, que começa com uma entrada bastante perigosa, do Óliver sobre o Talisca, onde nem sequer foi assinalada falta...; e ainda houve outra falta sobre o Maxi não assinalada, que não deu jogada de perigo, por incompetência Corrupta!!!
Em sentido contrário, com os cartões ao Eliseu e ao Nico, os jogadores do Benfica ficaram logo a saber, que seriam castigados severamente ao mínimo descuido. E talvez por isso, o Benfica acabou por fazer menos faltas, praticamente metade... E nem estou a contar com as muitas faltas não assinaladas aos Corruptos.
Apesar de toda esta impunidade, a 'critica' no final do jogo, esqueceu-se disto tudo. Para a 'critica independente' o único cartão que ficou por mostrar, foi ao Fejsa!!! Muito sinceramente, a pisadela do Fejsa, para mim, é completamente involuntária... Agora, o pontapé do Jackson não foi. A leitura se o Benfica ou os Corruptos estavam a 'queimar' tempo, é indiferente. O jogador desrespeitou ('armado' em xico-esperto...), as indicações do árbitro, chutou a bola, quando o Benfica estava a bater um livre, atrasou a reposição da bola, devia ter levado o amarelo, neste caso o 2.º. Por muito muito menos, o Emerson foi expulso pelo Proença na roubalheira de 2012, e nessa altura, até muitos Benfiquistas aceitaram a justiça do 2.º amarelo...!!!

Também é verdade que Jorge Sousa, teve alguma 'sorte', já que no maior erro da partida: um duplo fora-de-jogo num ataque Corrupto (responsabilidade do Fiscal...), os Corruptos não conseguiram marcar. Tanto Óliver - descaradíssimo -, como Jackson, estavam em fora-de-jogo!!!

Os habituais aziados, 'descobriram' outros supostos erros, todos 'contra' o Benfica!!! O suposto penalty de Eliseu sobre Jackson (numa jogada, onde a falta é do Jackson sobre o Eliseu), é tão hilariante, que só o Mestre Coroado, é capaz de inventar tal anedota!!! No lance entre o Luisão e o Jackson, sou obrigado a recordar a única oportunidade de jeito que os Corruptos tiveram, com o remate do Jackson por cima da barra: após o cruzamento do Danilo, o Jackson apoia-se nas costas do Luisão. Pois bem, se neste lance, ninguém discute a legalidade da forma como o Jackson ganhou a bola ao Luisão, porque razão, discute-se o contacto entre o Luisão e o Jackson, na jogada onde os Corruptos pedem penalty?!!! Sabendo ainda, que independentemente dos méritos, é muito mais fácil, marcar as faltas dos atacantes, do que as faltas dos defesas, principalmente dentro da área...!!!

Não vi qualquer outro dos jogos. Em Braga afinal do Pedreiro também critica os árbitros!!! Deve estar a preparar a Final da Taça!!! Os jornaleiros afirmam que os dois jogadores do Braga foram bem expulsos... o único erro terá sido um fora-de-jogo ao Zé Luís.
Em Moreira de Cónegos, num jogo sem 'malas', os Lagartos venceram. Marcaram o 1.º golo em fora-de-jogo; e foi mal anulado um golo ao Moreirense, que daria na altura o 1-3 (que devia ser o 1-2)!!! É muito difícil, ou mesmo impossível, determinar o impacto deste tipo de erros, num jogo com um resultado destes (1-4)...
Como não assisti ao jogo, se for alertado para outros erros, farei uma adenda.

Anexos:
Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Cosme, Prejudicados, Sem influência no resultado
2.ª-Boavista(f), V(1-0), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Setúbal(f), V(0-5), Capela, Nada a assinalar
5.ª-Moreirense(c), V(3-1), Luís Ferreira, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
6.ª-Estoril(f), V(2-3), Vasco Santos, Nada a assinalar
7.ª-Arouca(c), V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Braga(f), D(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, (2-3), (-3 pontos)
9.ª-Rio Ave(c), V(1-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
10.ª-Nacional(f), V(1-2), Bruno Paixão, Prejudicados, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
11.ª-Académica(f), V(0-2), Jorge Ferreira, Beneficiados, (0-1), Sem influência no resultado
12.ª-Belenenses(c), V(3-0), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
13.ª-Corruptos(f), V(0-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14.ª-Gil Vicente(c), V(1-0), Capela, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
15.ª-Penafiel(f), V(0-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
16.ª-Guimarães(c), V(3-0), Rui Costa, Nada a assinalar
17.ª-Marítimo(f), V(0-4), Xistra, Nada a assinalar
18.ª-Paços de Ferreira(f), D(1-0), Paixão, Nada a assinalar
19.ª-Boavista(c), V(3-0), Hugo Miguel, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
20.ª-Sporting(f), E(1-1), Sousa, Nada a assinalar
21.ª-Setúbal(c), V(3-0), Manuel Oliveira, Prejudicados, Sem influência no resultado
22.ª-Moreirense(f), V(1-3), Jorge Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Estoril(c), V(6-0), Capela, Nada a assinalar
24.ª-Arouca(f), V(1-3), Vasco Santos, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
25.ª-Braga(c), V(2-0), Soares Dias, Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
26.ª-Rio Ave(f), D(2-1), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto)
27.ª-Nacional(c), V(3-1), Xistra, Nada a assinalar
28.ª-Académica(c), V(5-1), Luís Ferreira, Nada a assinalar
29.ª-Belenenses(f), V(0-2), Rui Costa, Nada a assinalar
30.ª-Corruptos(c), E(0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Académica(f), E(1-1), Soares Dias, Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
2.ª-Arouca(c), V(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, (2-0), Sem influência resultado
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Proença, Nada a assinalar
4.ª-Belenenses(c), E(1-1), Cosme Machado, Nada a assinalar
5.ª-Gil Vicente(f), V(0-4), Xistra, Beneficiados, (1-4), Sem influência no resultado
6.ª-Corruptos(c), E(1-1), Benquerença, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
7.ª-Penafiel(f), V(0-4), Rui Costa, Beneficiados, Impossível contabilizar
8.ª-Marítimo(c), V(4-2), Manuel Oliveira, Beneficiados, (4-3), Sem influência no resultado
9.ª-Guimarães(f), D(3-0), Hugo Miguel, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
10.ª-Paços de Ferreira(c), E(1-1), Bruno Esteves, Beneficiados, (1-2), (+1 ponto)
11.ª-Setúbal(c), V(3-0), Soares Dias, Beneficiados, Impossível contabilizar
12.ª-Boavista(f), V(1-3), Jorge Sousa, Nada a assinalar
13.ª-Moreirense(c), E(1-1), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
14.ª-Nacional(f), V(0-1), Duarte Gomes, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
15.ª-Estoril(c), V(3-0), Soares Dias, Nada a assinalar
16.ª-Braga(f), V(0-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
17.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
18.ª-Académica(c), V(1-0), Rui Costa, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
19.ª-Arouca(f), V(1-3), Jorge Ferreira, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
20.ª-Benfica(c), E(1-1), Sousa, Nada a assinalar
21.ª-Belenenses(f), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
22.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Jorge Tavares, Nada a assinalar
23.ª-Corruptos(f), D(3-0), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
24.ª-Penafiel(c), V(3-2), Bruno Esteves, Beneficiados, Impossível contabilizar
25.ª-Marítimo(f), V(0-1), Rui Costa, Nada a assinalar
26.ª-Guimarães(c), V(4-1), Jorge Sousa, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado
27.ª-Paços de Ferreira(f), E(1-1), Cosme Machado, Nada a assinalar
28.ª-Setúbal(f), V(1-2), Benquerença, Prejudicados, Sem influência no resultado
29.ª-Boavista(c), V(2-1), Luís Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
30.ª-Moreirense(f), V(1-4), Vasco Santos, Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar

Corruptos
1.ª-Marítimo(c), V(2-0), Xistra, Nada a assinalar
2.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-0), Mota, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar
4.ª-Guimarães(f), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
5.ª-Boavista(c), E(0-0), Jorge Ferreira, Nada a assinalar
6.ª-Sporting(f), E(1-1), Benquerença, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Braga(c), V(2-1), Proença, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
8.ª-Arouca(f), V(0-5), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado
9.ª-Nacional(c), V(2-0), Nuno Almeida, Nada a assinalar
10.ª-Estoril(f), E(2-2), Soares Dias, Beneficiados, (3-2), (+1 ponto)
11.ª-Rio Ave(c), V(5-0), Benquerença, Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
12.ª-Académica(f), V(0-3), Manuel Mota, Nada a assinalar
13.ª-Benfica(c), D(0-2), Jorge Sousa, Nada a assinalar
14.ª-Setúbal(f), V(4-0), Manuel Oliveira, Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
15.ª-Gil Vicente(f), V(1-5), Nuno Almeida, Nada a assinalar
16.ª-Belenenses(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
17.ª-Penafiel(f), V(1-3), Soares Dias, Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
18.ª-Marítimo(f), D(1-0), Capela, Nada a assinalar
19.ª-Paços de Ferreira(c), V(5-0), Marco Ferreira, Beneficiados, Impossível contabilizar
20.ª-Moreirense(f), V(0-2), Xistra, Nada a assinalar
21.ª-Guimarães(c), V(1-0), Nuno Almeida, Nada a assinalar
22.ª-Boavista(f), V(0-2), Hugo Miguel, PrejudicadosBeneficiados, Impossível contabilizar
23.ª-Sporting(c), V(3-0), Soares Dias, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
24.ª-Braga(f), V(0-1), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
25.ª-Arouca(c), V(1-0), Jorge Tavares, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
26.ª-Nacional(f), E(1-1), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
27.ª-Estoril(c), V(5-0), Bruno Esteves, Beneficiados, (3-0), Sem influência no resultado
28.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
29.ª-Académica(c), V(1-0), Duarte Gomes, Nada a assinalar
30.ª-Benfica(f), E(0-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar

Braga
1.ª-Boavista(c), V(3-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-0)?!, Impossível contabilizar
2.ª-Moreirense(f), E(0-0), Paixão, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
3.ª-Estoril(c), V(2-1), Hugo Miguel, Prejudicados, (3-1), Sem influência no resultado
4.ª-Arouca(f), D(1-0), Proença, Nada a assinalar
5.ª-Nacional(f) E(1-1), Jorge Tavares, Prejudicados, Impossível contabilizar
6.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Bruno Esteves, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Corruptos(f), D(2-1), Proença, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
8.ª-Benfica(c), V(2-1), Marco Ferreira, Beneficiados, (2-3), (+3 pontos)
9.ª-Académica(f) E(1-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar
10.ª-Gil Vicente(c), V(2-0), Manuel Oliveira, Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-Penafiel(f), V(1-6), Hugo Miguel, Nada a assinalar
12.ª-Guimarães(c), E(0-0), Xistra, Nada a assinalar
13.ª-Belenenses(f), V(0-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar
14.ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Manuel Mota, Nada a assinalar
15.ª-Marítimo(f), D(2-1), Jorge Sousa, Nada assinalar
16.ª-Sporting(c), D(0-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
17.ª-Setúbal(f), V(1-3), Paulo Baptista, Nada a assinalar
18.ª-Boavista(f), D(0-1), Duarte Gomes, Beneficiados, Sem influência no resultado
19.ª-Moreirense(c), V(1-0), Soares Dias, Nada a assinalar
20.ª-Estoril(f), V(0-2), Manuel Oliveira, Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
21.ª-Arouca(c), V(2-0), Tiago Martins, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
22.ª-Nacional(c), V(3-1), Bruno Esteves, Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Rio Ave(f), V(0-2), Xistra, Nada a assinalar
24.ª-Corruptos(c), D(0-1), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-1), (-1 pontos)
25.ª-Benfica(f), D(2-0), Soares Dias, Beneficiados, (3-0), Sem influência no resultado
26.ª-Académica(c), E(0-0), Paixão, Prejudicados, (1-0), (-2 pontos)
27.ª-Gil Vicente(f), V(0-2), Capela, Nada a assinalar
28.ª-Penafiel(c), V(4-0), Marco Ferreira, Nada a assinalar
29.ª-Guimarães(f), D(1-0), Xistra, Nada a assinalar
30.ª-Belenenses(c), E(1-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar

Vem aí o sprint final

"«É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma». Mesmo que muito glosado, este velho adágio, que o escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa atribuiu a Don Fabrizio, príncipe de Salina, não perdeu acuidade. Perante os ventos da mudança, a inteligência do 'Leopardo' permitia-lhe focar-se no essencial, preservando a sua forma de vida.
Talvez seja também esta a melhor metáfora para o Benfica-FC Porto de ontem: foi necessário que alguma coisa mudasse (mais uma jornada de campeonato, com o Benfica a manter uma distância de segurança face ao FC Porto), para que tudo ficasse na mesma (o título será decidido num sprint final, após uma longa maratona). Já o Benfica teve a inteligência de focar-se no essencial - não perder pontos para o rival.
De resto, o jogo foi um reflexo das debilidades e das forças das duas melhores equipas portuguesas. Enquanto o FC Porto tem um óptimo plantel, com muitas soluções, mas um jogo colectivo com fragilidades e perturbado pelas alterações sistemáticas no onze titular, o Benfica vive de uma ideia de jogo consolidada ao longo de 6 temporadas com Jorge Jesus, em que a organização colectiva, em particular nos momentos defensivos, torna possível que até o 'Manel' brilhe (por exemplo, foi notável a exibição de Jardel, transformado num verdadeiro Garay).
Como acontece em muitos jogos decisivos, o que a partida teve em intensidade, faltou-lhe em qualidade nos momentos ofensivos. Nem Júlio César, nem Helton fizeram defesas dignas de nota e quer Benfica, quer FC Porto estiveram bem melhor a defender do que a atacar.
Numa altura em que o campeonato se aproxima da recta da meta, o Benfica leva vantagem no confronto, parece estar melhor fisicamente e reforçou a sua confiança anímica. Com o embalo que leva, só um enorme percalço permitirá que o Benfica se deixe ultrapassar no sprint final."

'Operação Marquês' ficou em 'stand-by'

"Confesso que gosto de jogos fechados, com muita táctica à mistura. São mais difíceis de apreciar mas valem mais do que aparentem.

O Benfica-FC Porto esteve longe de ser espectacular. Com boa vontade vislumbraram-se duas oportunidades, uma para cada lado (Jackson, primeiro, e Fejsa, depois) e houve uma preocupação constante por parte das equipas de não se desposicionarem, defendendo sempre em superioridade numérica. Os treinadores (compreendendo-se melhor Jesus do que Lopetegui) estiveram longe de enviar estímulos atacantes aos seus jogadores e estes foram sempre escrupulosos nas marcações. O jogo foi tão fechado que pôs fim a 92 jogos dos encarnados sempre a marcar na Luz. E para quem possa ter dúvidas da prudência de Julen Lopetegui, o facto é que Quaresma só jogou a segunda parte e Aboubakar nem do banco saiu.
É fácil dizer que não se veem jogos assim no futebol inglês. Mas isso não corresponde a toda a verdade. De facto, a Premier League é um fantástico espaço de espectáculo, mas quem seguiu as incidências, por exemplo, do Arsenal-Chelsea de ontem - o jogo do título em Inglaterra - sabe que Mourinho conteve a equipa adversária com uma teia de seis médios, todos eles em regime de disciplina táctica espartana. E que dizer do último Real Madrid-Atl. Madrid da Champions? Dificilmente se encontrará um jogo mais italianizado que esse...
Ontem, na Luz, na cabeça de Jorge Jesus esteve a certeza de que o empate não era um mau resultado. Sem Salvio, chamou Talisca mas o brasileiro foi o elo mais fraco a defender, perdendo vários duelos com Alex Sandro. Com Pizzi, esse flanco ficou mais protegido, mas onde o pragmatismo falou mais alto foi na entrada de Fejsa, para, com Samaris, compor um duplo-pivot de respeito. A esta medida pragmática, que não contribuiu para maior espectacularidade do jogo mas deu mais consistência defensiva ao Benfica, respondeu Lopetegui com... pouco. Onde o FC Porto precisava de mais presença, se de facto queria ganhar o jogo, era na área contrária e Jackson Martinez andou sempre só, marcado à vez por Jardel e Luisão. Faltou coragem a Lopetegui para colocar Aboubakar ao lado do capitão, apostando num 4x4x2 que lhe permitisse incomodar verdadeiramente o Benfica.
Uma vitória encarnada colocaria a Operação Marquês em movimento. Assim teve de ficar em stand-by. Domingo há mais."

José Manuel Delgado, in A Bola

Desta vez, o 'inventor' foi outro

"Jesus jogou pelo seguro, sem dúvida, mas tudo o que fez foi bem feito, principalmente ao não abdicar da sua equipa-base.

Os treinadores querem fazer-nos crer que nunca se enganam, que tudo quanto decidem é cientificamente testado e imune a reparos. Se perdem, a responsabilidade será de algum jogador que não captou a mensagem ou do árbitro de qualidade duvidosa. Se ganham, nem é preciso aprofundar o assunto: mérito único e absoluto de quem teve a complexa empreitada de escolher a equipa e indicar-lhe o caminho do sucesso. É o que pensam, se não todos, seguramente a maioria, como escudo de protecção, talvez, tentando tornar difícil a compreensão de um jogo que fascina precisamente pela sua simplicidade.
Neste particular, Jorge Jesus tem fama e pouco proveito, na medida em que, revela-nos a experiência, da sua incontrolável tendência para interferir no que está bem ressaltam mais pecados do que virtudes. No entanto, como nunca é tarde para aprender, verdade, verdadinha que no clássico de ontem, palco convidativo a surpresa, o inventor foi outro, e pagou elevada factura por isso. Jesus jogou pelo seguro, sem dúvida, mas tudo o que fez foi bem feito, principalmente ao não abdicar da sua equipa-base, o que só por si foi sinal de inequívoca prova de confiança e de firme manifestação de força, com inevitáveis reflexos no estado de espírito do adversário.
Pode argumentar-se que Jesus não arriscou o suficiente para ganhar. Nem precisava. Assim como não alinhou em aventuras que lhe prometiam mais prejuízos do que benefícios. Quem tinha de provar alguma coisa, por ser segundo na classificação e, sobretudo, a seguir à goleada de Munique, era Lopetegui, mas, sabe-se lá por que desígnios, continuou a chapinhar no mar de equívocos em que se gaba de navegar desde que chegou a Portugal.
Inventou mais uma equipa. Liquidou o guarda-redes Fabiano, baralhou a linha de médios, retirou Óliver Torres do seu território natural e abdicou de Herrera, dos elementos mais utilizados do plantel, e de Ricardo Quaresma, o indisfarçável mal-amado. Na Alemanha foi porque teve que ser, ontem foi porque assim decidiu, e mal. Lá está, o treinador espanhol é daqueles que, ao não assumirem os fracassos, julgam que nunca se enganam..."

Fernando Guerra, in A Bola

PS: Mesmo sendo de forma enviesada - e com alguma bicadas pelo meio... -, não posso deixar de assinalar, finalmente, uma crónica do Fernando Guerra, onde indirectamente, elogia, o seu maior ódio de estimação: Jorge Jesus!!!

Grécia contra o Mundo

"A FIFA e a UEFA preparam-se para abrir mais uma frente de batalha na guerra contra as intromissões das leis estaduais na autonomia reguladora e poder coercivo das federações. Agora será com a Grécia (envolvida em várias frentes na luta contra o 'exterior'...). Mais uma vez, aliás, depois do conflito que sucedeu em 2006. A ameaça é a 'bomba atómica' do costume: suspensão da federação e consequencial exclusão das selecções e clubes gregos das competições internacionais. A causa é um projecto legislativo do governo grego que, depois dos incidentes verificados no campeonato principal (com interrupção da prova entre Fevereiro e Março), visa instituir um programa de combate à violência nos espectáculos desportivos e à corrupção no desporto. Os pretextos são as sanções e providências desse projecto - multas muito pesadas, inibição de participação nas provas internacionais, adiamento ou cancelamento de jogos, prevenção de comportamentos violentos, mudanças no procedimento de nomeação e no registo patrimonial de bens e rendimentos dos árbitros, etc. - e a possibilidade de ser o executado governamental a fiscalizar e a aplicar as penas. De Atenas do Syriza vêm ecos de que, em nome da ordem constitucional grega e da soberania do povo, não se aceitam ultimatos. E de que não se pretende abdicar da supervisão sobre o desporto que utiliza dinheiros públicos. No fim, a velha história: mandam mais as confederações sediadas na Suíça ou os governos eleitos em cada um dos países?
Confesso que continuo sem perceber os critérios a que a FIFA e a UEFA recorrem para salvaguardar as autonomias das federações nacionais e, numa outra vertente, o (alegadamente inviolável) respeito pelas cláusulas estatutárias que fecham o futebol no seio das organizações desportivas (e entidades reconhecidas, como o Tribunal Arbitral de Lausane). Fica sempre uma certa ideia de que a discricionariedade da FIFA e da UEFA é total e os cálculos políticos se sobrepõem nos casos em concreto - por exemplo, no controlo e punição do recurso a tribunais comuns dos Estados, activados nuns casos e esquecidos noutros (mesmo para casos semelhantes ou análogos no mesmo país, como no caso português), ou no respeito e execução dos 'casos julgados desportivos' das federações. Como também fica a convicção de que as federações nacionais (a nossa é disso ilustração) não têm denominador comum no cumprimento das obrigações e proibições da FIFA e da UEFA e respectiva comunicação. À Grécia resta testar novamente o braço com essa autocracia sem medida."