Últimas indefectivações

domingo, 31 de março de 2019

O atropelo dos grandes

"Entende-se mal que, precisamente os medianos, ajam em função das ambições dos grandes e contribuam a dar estatura moral ao atropelo

Aplaudindo a expropriação
A FIFA, a UEFA e a ECA (Associação Europeia de Clubes, com a sigla em inglês) disputam os dias para vender o produto. O produto é o jogo, a luta é pelo negócio e faltam os dias para tanta ambição. Está a modelar um futuro em que os clubes grandes, conscientes do seu poder, cheguem ao patamar de grandíssimos. Uma voracidade que não respeita nem a tradição, nem a saúde dos jogadores nem os interesses dos clubes medianos. Entende-se mal que, precisamente os medianos, ajam em função das ambições dos grandes e contribuam a dar estatura moral ao atropelo, participando num organismo que, como a ECA, não se caracteriza pela sua piedade. Tendo em conta que já perderam os seus melhores os fins de semana e, finalmente, a relevância e a capacidade económica, pelo menos não aplaudam. Quanto aos jogadores, não falam. Os anónimos porque não têm voz e os consagrados porque têm a boca cheia.

Como perder o tempo
muitas maneiras de atrasar a maturidade futebolística. A mais dolorosa é que se faz por escolha própria. Há bons jovens jogadores que estagnam de uma forma lamentável por se apressarem a chegar a uma grande equipa. Ignoram que se evolui competindo, não treinando. O norueguês Odegaard é um caso exemplar. Os representantes têm uma responsabilidade séria no erro, mas quem paga é o jogador. Ciovani Lo Celso soube rectificar. Dois anos no PSG, jogando pouco e fora de posição, foram o castigo da sua impaciência. Perdeu tempo. No Bétis vê-se que é um jogador interessante, que no último quarto evidencia a sua pureza técnica da esgrimista com os pés e a sua clarividência criativa para ver o que os outros não veem. Jogando 40 partidas por ano, a ponte para um grande está assegurada.

Como o exemplo ganhou ao euro
Jaime Mata dedicou a sua vida ao futebol e o futebol decidiu recompensá-lo. Tarde, mas de um modo espectacular. Com 30 anos estreou-se na I Divisão e ganhou o direito a ser seleccionado. Da irrelevância ao êxito e, sobretudo, ao reconhecimento pessoal que merece quem nunca se rende. Mata fez a sua parte divinamente. Pôs a sua paixão ao serviço da tenacidade e a sua inteligência ao serviço da melhoria contínua. Dizer que «o futebol é assim» não explica o caso. O futebol é gente que joga, gente que vê e gente que toma decisões. Alguma coisa falhou quando não sabemos ver antes o potencial de um jogador de selecção que vagueou pelo futebol pobre e sem identificarmos o seu talento. Haverá mais casos de jogadores notáveis que têm alguns defeitos. Só necessitam dum treinador que se enamore pelas suas virtudes. E da integridade granítica de Jaime Mata.

Ben Yedder
Move-se com soltura por toda a frente de ataque, com sentido de desmarcação implantado e inteligência. Tem um corpo fibroso, mais leve do que ressonante, com um rabo descaído, pança saliente e extremidades curtas. Tudo na sua arquitectura joga a favor do equilíbrio. Essa razão, mais o requinte técnico e o instinto predador, explicam as suas travagens secas, as voltas ágeis, a sua capacidade para tirar um remate de qualquer posição e em grande velocidade. Pela manobrabilidade do seu corpo e dos seus hábitos de futsal onde se iniciou, quando mais pequeno o espaço maior é Ben Yedder. Na área o seu futebol deixa de ser lógico e torna-se astuto, pleno de espanto e com a atraente habilidade dos canhotos. Um bom rematador, mas também um jogador capaz de criar perigo desde o nada. Um daqueles avançados invisíveis para os quais tem de se saber olhar."

Jorge Valdano, in A Bola

Os fantoches do futebol português

"No palco do futebol português os fantoches ganharam espaço e ganharam vida. Até já são levados a sério, como se fossem humanos...

Os fantoches, por definição, são bonecos articulados por fios. Também são conhecidos por marionetas. Figuras históricas de divertimento público. Protagonistas ancestrais dos palcos de teatros mais populares.
Os fantoches não são para levar a sério. São representantes de uma arte cénica figurativa e que representam um certo lado pitoresco, como se fossem uma caricatura da realidade, um desenho excessivo das pequenas e grandes misérias da própria vida.
No palco do futebol português, os fantoches ganharam espaço e ganharam vida própria. O seu espectáculo começou por ser, apenas, um espectáculo de fantoches e de marionetas articuladas por mãos habilidosas, mas o povo inculto e pouco demorado nos pensamentos deixou-se cativar por aquele lado alarve e estúpido dos bonecos e não tardou a que as televisões vissem, ali, um projecto de agitação do seu clube de audiência mortas.
Hoje, podemos encontrar os fantoches do futebol português um pouco por todo o lado e a questão mais intrigante é a de que nem todos são imediatamente reconhecíveis à vista desarmada. Podem estar no nosso lado, no restaurante ou no supermercado, no parque de diversões ou na paragem do autocarro, vestidos como pessoas, agindo como pessoas, andando como pessoas, rindo e falando como pessoas e nós não nos apercebemos de que não são mesmo pessoas, mas apenas fantoches, bonecos que por um estranho desejo de autonomia, se desenfiaram dos fios e de quem os manipula, se despiram de figurantes e quiserem experimentar como seria a vida humana.
Não há perigo especial nessa vontade inócua e ingénua. Não aguentam muito tempo a realidade da vida e depressa eles próprios se atam, se novo, aos fios que os controlam e aos seus superiores que os comandam.
Há, no entanto, uma inquietação legítima: os fantoches começam a ser muitos e têm uma particular sedução pelas câmaras televisivas, pelos microfones da rádio, pelos títulos gordos dos jornais e, muito especialmente, pelo uso das redes sociais. É aliás neste universo egocêntrico da comunicação impessoal e não raras vezes absurda que os fantoches se sentem como peixe na água. Aquilo foi feito para eles, mesmo que possa ser usado por pessoas, mesmo que tenha o seu espaço pensante e crítico, a rede social é a cama onde qualquer fantoche gosta de estar, porque se sente mais próximo daqueles que o atormentam com movimentos que não querem ter, como acções que não querem assumir, com representações que fazem por serem obrigados.
Todos nós temos épocas do ano em que nos exigem mais na nossa vida profissional. No caso dos fantoches do futebol, o final de cada época é uma tormenta que só não é desumana porque os fantoches não são verdadeiros humanos, mas apenas caricaturas dos humanos.
Sem horário de trabalho, sem sindicatos que os protejam, sem poder de reivindicação, sem salários, sem dignidade profissional, sem reconhecimento público, os fantoches trabalham, incansavelmente, todos os dias, a todas as horas no interesse dos donos do teatro da bola, que não prescindem da enorme vantagem de não aparecerem por detrás dos cenários e manobrarem os fios das mais alarves fantochadas.
Surgiu, entretanto, um perigo inesperado para o futebol português. É que algum povinho desaprendeu de saber que o fantoche é apenas e só um fantoche. Alguns começam a acreditar que são gente a sério, com uma vida para viver. E, de repente, a fantochada, que devia ser só um ingénuo entretenimento, começou a ser levada como se fosse coisa séria, em que vale a pena pensar."

Vítor Serpa, in A Bola

Pinto, Catão, Pinto, Catão, Pinto, Pinto e Catão

"António Fiúsa disse que Proença 'é um homem volátil e um banana'. É certo e sabido que tudo o que meta fruta ao barulho no futebol português - banana, neste caso - é prontamente conotado com o caso Pinto da Costa. Não está bem.

Pinto da Costa lembrou que o caso Calabote fez agora 60 anos e se cada homem é um caso, é verdade, sim, que fez 60 anos, neste mês de Março o caso Calabote. No próximo mês de Dezembro, por sua vez, o caso Pinto da Costa propriamente dito já vai fazer 82 anos. O tempo passa a correr e os casos também, ainda que haja casos que passam mais a correr do que outros.
Já o primeiro caso Catão fez agora 26 anos. Parece que foi ontem que um jornalista da RTP em serviço no relvado das Antas apanhou um justo correctivo às mãos de Vítor Catão e familiares. Deu em directo na televisão e logo fez jurisprudência.
O antigo presidente do Gil Vicente, António Fiúsa, congratulou-se com a decisão da FPF que impõe à Liga de Clubes a reintegração do clube de Barcelos no campeonato da 1.ª Divisão já a partir da próxima temporada. Fiúsa foi todo ele elogios para Fernando Gomes, o presidente da FPF, e foi tudo menos cordial para Pedro Proença, o presidente da Liga pessoa que definiu em termos ousados, ainda que contraditórios. António Fiúsa disse que Pedro Proença 'é um homem volátil e um banana'. É certo e sabido que tudo o que meta fruta ao barulho no futebol português - banana, neste caso - é prontamente conotado com o caso Pinto da Costa. Não está bem. Não foi, no entanto, ao caso Pinto da costa que, nesta ocasião recente, o antigo presidente do Gil Vicente se quereria com certeza referir. Nem a este caso nem, aparentemente, a nenhum outro do domínio do razoável, visto que não há, não pode haver, comparação possível em termos de carácter, de literalidade ou de vocação entre o caso de um homem volátil - que é um homem que voa e, como sabemos, os homens não voam - e o caso de uma peça de fruta, que não só não voa como não tem carácter nenhum. O caso das próximas eleições para a Liga de Clubes está marcado para o próximo mês de Junho e promete. Pouco, mas promete.
Já no século XXI, deparamo-nos com o segundo caso Catão vindo do século XX. Não promete rigorosamente nada, mas, ainda assim, prossegue em laboração lenta. Na próxima semana acusará a águia Vitória de um qualquer crime e a comunicação social, pouco a pouco, irá perdendo o interesse no Catão. Interesse que só se recuperará daqui a 26 anos, porque o Catão não é bissexto. Aparece a cada quarto de século e isto tem o seu valor.
Fez agora dois meses que o advogado Aníbal Pinto acusou a Doyen de o subornar para denunciar o 'hacker' Rui Pinto. Fez agora um mês que o mesmo Aníbal Pinto acusou o Benfica de drogar os seus jogadores. E faz hoje dois dias que o Ministério Público acusou o mesmíssimo Aníbal Pinto de ser suspeito de um acto de extorsão de contornos muito embaraçantes e que envolve, imagine-se uma coisa destas, o nome do 'hacker' Pinto.
Com estas coisas todas, o Catão esta a perder audiências, diz-se por aí. Que tragédia. Carrega Benfica!"

Leonor Pinhão, in Record

Novo diploma para os contratos-programa

"Na semana passada, a 26 de Março, foi publicado o Decreto-Lei n.º 41/2019 que altera o regime jurídico dos contratos-programa de desenvolvimento no Decreto-Lei n.º 273/2009, a 1 de Outubro. O contrato-programa de desenvolvimento desportivo é a contrato celebrado com vista à atribuição, por parte do Estado, das Regiões Autónomas ou das autarquias locais, directamente ou através de organismos dependentes, de apoios financeiros, materiais e logísticos, bem como patrocínios desportivos. O objectivo desta alteração legislativa é actualizar um regime jurídico com quase 10 anos de existência, «conferindo uma maior agilidade dos mecanismos de concessão de apoio público ao desporto», tal como é referido no preâmbulo do diploma agora aprovado. De referir que esta é a terceira alteração desde a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 273/2009. Existem algumas modificações relevantes ao regime até agora vigente, que importa destacar:
- Uma delas está relacionada com a entrada em vigor contratos-programa de desenvolvimento desportivo. Passa-se a prever que a mesma opera na data da publicitação destes instrumentos na página electrónica da entidade concedente do apoio.
- É introduzida a previsão de que a comparticipação estabelecida no contrato-programa abrange a totalidade do programa desportivo a apoiar, independentemente da data do seu início.
- É determinado que a violação da limitação às remunerações dos membros dos corpos sociais prevista no contrato-programa constituí a entidade beneficiária na obrigação do restituir à entidade concedente a montante correspondente a parte que ultrapassa a limitação."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Luz de inferno ou de iluminação?

ebelo
"Desde sempre - e em "sempre" incluo a "Velha Luz" - o Benfica quis realçar a importância do factor casa. Importância essa que só poderia ser traduzida numa forma: os seus adeptos. Os jogadores que passaram quer pela "Velha Luz", quer pelo Estádio da Luz, sabem a imponência que o mesmo tinha. A importância do 12º jogador - porque sim, ele existe - faz, muitas vezes, ganhar jogos. Uma prova disso? Remonto-vos ao ano de 1990, a uma quarta-feira, 18 de Abril: Benfica x Marselha. Jogava-se a 2ª mão da meia-final das Taça dos Campeões Europeus. O Benfica trazia uma desvantagem (2-1) de França mas precisava apenas de marcar um golo para chegar à final da competição. A "Velha Luz" juntava então 120 mil pessoas na tentativa de que o público, na condição de 12º jogador, empurrasse a equipa para a final em Viena frente ao AC Milan. O ambiente? Fiquem com o testemunho de quem viveu o momento no relvado:
Um exemplo de quem conhecia o Benfica e fez perceber aos seus companheiros que mesmo perante aquele ambiente adverso à sua equipa, os adeptos não iriam calar as suas vozes porque o importante, era o Benfica ganhar, e se eles ali estavam para apoiar a equipa, então fariam de tudo para que a sua presença tivesse consequências no jogo. Poderia ser uma opinião mais parcial uma vez que Mozer havia representado o Benfica nas duas épocas anteriores, mas, ouçam então o que disse um jornalista francês, completamente alheio ao Benfica, num texto realizado especialmente para este jogo (depois reaproveitado numa peça da TVI) :
Em 115 anos de história, este é só um dos muitos exemplos que poderia referenciar ou tomar em conta para provar que os adeptos também fazem resultados. A verdade é que é inevitável afirmar que a Luz vai, aos poucos, perdendo o seu verdadeiro 12º jogador. Uma peça fundamental para o crescimento do clube. Os adeptos são e serão sempre uma referência - para quem vai e para quem fica. Este, é um tema que vai com certeza divergir nas opiniões que suscitarão da sua discussão mas é também um tema que merece (e necessita) de reflexão e discussão. Reflexão enquanto adeptos e benfiquistas. Discussão tendo em vista a melhoria do ambiente da Luz. A modernização da massa associativa tem tido reflexos negativos. Um bom (e recente) exemplo disso é o jogo de ontem. Uma equipa desinspirada e um público impaciente e influenciador na criação de jogo da equipa. A equipa precisava de cabeça e paciência - tudo o que o público (desesperado por um golo) não deixava ter. Pelo contrário, os adeptos forçavam a equipa a "bater bolas longas" e sem nexo para a frente de ataque. A Luz precisa de um público inteligente e motivador. É óbvio que ninguém gosta de perder (pontos), contudo, todas as situações exigem cabeça e, neste caso, respeito por um processo de assimilação de ideias (de jogo) que têm vindo a ser implementadas. A Luz precisa de perceber o que poderá ajudar um jogador num momento onde está "por baixo". O que poderá levá-lo a ultrapassar todas as desvantagens do jogo. Refiro-me a "Luz" porque nos incluo a todos nós. Todos aqueles que tomam parte integrante do jogo enquanto adeptos, na medida em que devemos reflectir sobre se o nosso papel - para empurrar a equipa para a vitória - tem sido o mais correto. O que está em causa não é o "cantar do início ao fim" ininterruptamente, o que está em causa é a nossa presença enquanto potenciais influenciadores do resultado do jogo. Todo o "folclore" (e permitam-me o epíteto) das "luzes" faz-me crer que a mística do Benfica (e principalmente a que deveria passar no estádio) está a perder-se. O jogo está cada vez mais a tornar-se um espectáculo e não o futebol a que fomos habituados desde sempre. A culpa não é das "luzes" ou das "Fanzone's", a culpa é do modo como os jogos de futebol são actualmente encarados por nós (adeptos).
Que se discuta e que se mude (o que houver para mudar) em prol do bem da comunidade benfiquista mas que nunca nos esqueçamos que há um valor pelo qual teremos sempre que lutar, o Benfica.
A vosso ver, o que acham do ambiente da Luz e que medidas poderiam ser tomadas para melhorar a situação?
Porque o Benfica é feito de história, e a história, somos nós que a escrevemos.
E Pluribus Unum"

Good Bye White Hart Lane, une question d’ambiance dans le stade

"13 Mars 2014, l’une des plus belles soirées de notre SLB. J’ai eu cette chance d’être parmi ces près de 2000 encarnados ayant assisté à l’une des meilleures prestations de notre club sur la scène européenne. Cette saison se termina avec une nouvelle finale européenne et un « triplete » qui reste à ce jour un fait unique .
Je ne pouvais pas manquer ce match car Tottenham est mon club de coeur en Angleterre et je savais que je n’aurai pas d’autre opportunité de voir mon SLB rejouer dans le stade leplus mythique du Nord de Londres.
Actualité oblige, White hart Lane n’est plus et bien que le nouveau stade soit magnifique, je me met à la place des nombreux spurs vivant ce changement. J’espère qu’ils arriveront à maintenir cette tradition et cette ambiance si particulière que j’ai pu ressentir à plusieurs reprises lors de mes déplacements à Londres.
les benfiquistas se sont retrouvés dans la même situation avant 2004 et je m’en souviens, ayant participé et voté à cette assemblée générale qui conclura le projet du nouveau stade. Il s’agit du vote le plus difficile que j’ai eu à faire dans ma vie de sócio et mon avis reste encore à ce jour partagé.
J’ai des souvenirs uniques na velha catedral tout comme j’apprécie la facilité d’accès et le confort du nouveau stade, mais je pense que le supporter du SLB devient victime d’un embourgeoisement et s’accommode d’une position clientéliste qui s’oppose à l’esprit Inferno da Luz. (moi le premier parfois)
Je ne cherche pas là à généraliser bien entendu, et nous ne pouvons pas tous être des supporters de virage, mais l’ambiance d’hier au stade contre Tondela doit nous engager à une réflexion. Je n’ai pas eu l’impression de voir tout un stade et tout un peuple derrière son équipe. Pourtant au bout un 37e titre nous attend et nous ne pouvons pas l’oublier. Tout est contre nous à ce stade de la saison, les instances du football portugais (si peu compétentes à tous les niveaux), la presse du syndicat vert et bleu, la justice partiale, nos rivaux... Nous sommes un club différent mais ne pouvons rien lâcher et nous nous devons de montrer l’exemple no terceiro anel, a central et les virages.
Nous devons retrouver cette ambiance du stade plein à craquer et à guichet fermé match après match jusqu’au bout. Si tout le monde attend la 34e journée il sera peut-être trop tard. Nous sommes tous sortis du match d’hier avec ce constat de victoire difficile... N’étant pas fan des after matchs le plus important reste devant nous avec les 7 finales à venir.
De Todos Um"

Fora de jogo: abuso sexual no Desporto

"Proteger as vítimas de abuso sexual no desporto exige medidas políticas com aplicação prática, por forma a criar ambientes seguros e de confiança, centrados na criança.

O abuso sexual é uma realidade transversal, que ocorre com crianças de ambos os sexos e de qualquer idade, nos mais diversos contextos. Sabemos, no entanto, que se observa uma maior prevalência em contextos familiares da criança. Na sua maioria, os agressores sexuais são familiares ou mantêm uma relação de proximidade e conhecimento com a criança e com a sua família. A ideia do estranho que sai detrás de um arbusto e abusa sexualmente da criança é um mito.
O desporto acaba por ser um contexto privilegiado para a ocorrência de abuso sexual, na medida em que é caracterizado por uma elevada tolerância a incidentes não intencionais de violência e ofensa física, assimetria nas relações de poder entre treinadores e atletas e um estilo de liderança mais autoritário. Identificam-se no desporto vários contextos de risco potenciais como, por exemplo, os vestiários e os balneários, o transporte dos atletas e as dormidas durante estágios ou competições. Também os chamados “rituais de iniciação” envolvem, por vezes, práticas sexualmente abusivas.
A revelação de um abuso sexual é sempre difícil, inibida por sentimentos de culpa ou vergonha, medos ou conflitos de lealdade para com o agressor. No contexto desportivo, a revelação parece ser especialmente difícil, atendendo a que é esperado que os atletas sejam fortes. Ao mesmo tempo, a ambição em progredir na modalidade e em “vencer a todo o custo” acaba por aumentar a vulnerabilidade das vítimas, que sentem receio de eventuais consequências negativas (p. ex., não serem seleccionados).
Proteger as vítimas de abuso sexual no desporto exige medidas políticas com aplicação prática, por forma a criar ambientes seguros e de confiança, centrados na criança. Para além do enquadramento jurídico que este tipo de crime tem em Portugal, salientamos a Declaração de Princípios “Safe Sport” (2014), que define os princípios que devem estar subjacentes à protecção de todos os atletas contra qualquer forma de violência. Em paralelo, a Declaração de Consenso do Comité Olímpico Internacional (2016) assenta no consenso relativo ao assédio sexual e ao abuso sexual no desporto.
É urgente criar estratégias que permitam mais facilmente identificar e dar resposta a situações de abuso sexual. As organizações nacionais devem ter uma política sobre protecção das crianças e jovens, códigos de conduta para adultos e jovens e procedimentos claros sobre como actuar face a uma suspeita ou queixa de uma situação de abuso sexual. Os clubes desportivos devem ainda assegurar que as crianças e jovens conhecem os seus direitos e os serviços de apoio onde podem pedir ajuda. Idealmente, deveriam ainda existir pessoas designadas para a protecção das crianças, facilmente identificadas por todos.
Diversas recomendações no âmbito do projecto “Pro Safe Sport+” permitem identificar Medidas de Protecção Internacionais para as Crianças no Desporto, a saber:
1. Desenvolver uma política própria.
2. Estabelecer procedimentos para dar resposta a preocupações relativas à protecção.
3. Aconselhar e apoiar.
4. Minimizar os riscos para as crianças e jovens.
5. Definir linhas orientadoras em matéria de comportamentos.
6. Recrutamento, formação e comunicação.
7. Trabalhar com os parceiros.
8. Monitorizar e avaliar.
O abuso sexual no desporto existe. Não fique fora de jogo."

Quando se fala em centralização, os mais abastados assobiam para o lado

"1 - Recentemente, a Federação Portuguesa de Futebol reuniu com a Liga e com os representantes de quase todas as SADs e clubes para apresentar um estudo que, analisando as várias vertentes relacionadas com a competitividade externa das equipas portuguesas, propõe dois cenários distintos: se houver remodelações e medidas importantes a curto e médio prazo (cenário que permitirá aumento da competitividade) ou se nada for feito. Todos concordaremos, por certo, que a competitividade das equipas portuguesas "lá fora" está muito dependente da própria competitividade das competições internas e esta é, como bem sabemos, muito baixa. O estudo propõe quatro medidas, que passam pela reorganização das competições (mais outra...), por forma a diminuir a carga de jogos, pela valorização dos jogadores formados localmente, pela diminuição da carga fiscal e pela implementação de um modelo financeiro mais solidário. Se relativamente às três primeiras medidas o acordo de todos parece existir, já quanto à última as coisas não parecem tão pacíficas. Isto porque quando se começou a falar na centralização da negociação dos direitos televisivos (a liga portuguesa é a única que não tem os direitos centralizados), os mais abastados começaram a assobiar para o ar. Como se, nesta matéria, a conversa não fosse nada com eles...
2 - É inglória a tarefa de escrever a presente crónica, pois será lida no dia seguinte ao de um importante jogo, um Braga-Porto. O caro leitor saberá já, quando ler esta crónica, o resultado deste importante jogo. Mas eu, enquanto redigo estas palavras, não o sei. Por razões profissionais, encontro-me na Holanda para o Festival Rewire e não pude ver o jogo de ontem. Aliás, escrevo esta crónica antes de embarcar no avião, na passada sexta-feira (a escrita permite estas automáticas viagens no tempo, saltar no tempo entre quem lê e quem escreve). Ora, na sexta-feira passada vivia-se ainda a ressaca dos jogos da selecção nacional e os jornais já antecipavam o jogo de ontem. Falarei da selecção: não partilho com a grande parte dos comentadores a visão negativa do que sucedeu. Ou melhor, sei que, em termos pontuais, os resultados foram maus. Mas continuo a pensar que temos a equipa mais forte e mais capaz de vencer este grupo, no qual, estou convicto, só a Sérvia nos pode atrapalhar. Tivemos sempre melhor jogo do que os nossos adversários nestes dois primeiros jogos e estou fortemente convencido que iremos recuperar os pontos perdidos nas suas casas (na Ucrânia e na Sérvia). Somos campeões europeus e, agora, jogar contra nós é mais motivador. E as vocações dos nossos adversários serão cada vez mais defensivas quando nos defrontarem (embora, nos seus estádios, não poderão sê-lo da mesma forma tão fechada como foram no Estádio da Luz) . Daí a importância de Dyego Sousa na selecção nacional, jogador muito físico, que nunca desiste da luta pela bola, jogador de área, bom de cabeça e que incomoda, e muito, os centrais. A aposta de Fernando Santos, de o colocar de início junto de Cristiano Ronaldo, não foi, é certo, bem-sucedida, pois este lesionou-se com meia hora de jogo e a estratégia desmoronou-se aí. Mas, apesar disso, mostrou que poderá, e muito, ser útil à equipa nacional."

Cadomblé do Vata

"1. Nesta altura do campeonato, quando olho para as bancadas da Luz vejo 60.000 fervorosos Benfiquistas a levarem a equipa ao colo.. já um cirurgião cardiologista, quando mete os olhos no Terceiro Anel vê uma moradia em Vilamoura com piscina e uma garagem cheia de carros italianos de alta cilindrada.
2. O Benfica demorou muito tempo a carimbar o regresso à liderança, mas tem uma boa justificação para o atraso... o FCP tinha subido ao 1° lugar com a vitória em Braga e por isso foi preciso esperar que o Trono fosse bem desinfectado.
3. Taarabt entrou, organizou o jogo e fez uma entrada a matar num tondelense... vai ser uma semana em grande para o marroquino, com estreia pelo SLB em campo e no twitter do J. Marques.
4. Sem Jardel, Almeida vai envergando a braçadeira, mas Samaris parece ser o verdadeiro capitão de equipa... basta ver a exibição do SLB após a saída do grego, claramente em modo "patrão fora, dia santo na loja".
5. Ricardo Costa é o exemplo de como a vida pode mudar em 90 minutos... começou o jogo no 1° lugar e acabou-o na zona de despromoção."

Valium? Não. Xanax? Isso é para meninos. Rohypnol? Não faz efeito. Desde que (...)j descobriu a Seferovitina não quer outra coisa

"Vlachodimos
90 minutos sem um único golpe de vista. Foi a primeira vez em alguns dias. É este o saldo que mais interessa quando falamos de Vlachodimos.

André Almeida
Mais um golo magnífico e uma assistência primorosa para Jonas, mas os poderes instituídos no futebol português não querem que André Almeidas seja o melhor lateral direito europeu. Será que estas pessoas dormem descansadas?

Rúben Dias
Não obstante um número considerável de acções em benefício da equipa, voltou a ter uma daquelas travadinhas em que passa para trás e desmarcar um adversário. Desta vez Gabriel apareceu para resolver, mas Rúben Dias tem que ter cuidado. Está a brincar com a nossa saúde e, em última análise, com a sua.

Ferro
Quem nunca tinha visto ferro a derreter pôde tirar as dúvidas esta noite. Tal como aquele restaurante bom para grupos que mantém um 4.2 no Zomato, a não repetir.

Grimaldo
Notável. Foram 90 minutos a executar repetidamente a mesma jogada. Um trabalho aturado, paciente, imune a quaisquer crises de fé, ou até insultos à sua família, como se viu na brilhante assistência para golo. Ainda a bola ia a meio e já eu lhe chamava nomes, mas é essa a magia do futebol. Acho eu, sei lá.

Samaris
Sofreu um penálti que valeria por meia dúzia em Braga, mas Carlos Xistra puxou dos galões dos seus dezanove anos de carreira para negar o que é evidente, o penálti, e confirmar também o que há muito é evidente: a sua incompetência. Esta catástrofe natural em forma de árbitro atirou a equipa para uma crise de ansiedade que obrigou Bruno Lage a sacrificar Samaris ao intervalo. O grego aproveitou a muita energia que lhe restava para ser um dos primeiros a chegar a Seferovic no festejo do golo. Por falar nisso, já renovaram com o homem?

Gabriel
Uma exibição que parece começar de forma adequada como esta frase mas chega ali a determinada altura e fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssllllllllllllllllllllllllllllllllllllllddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddd

Pizzi
uns anos vimos Uri Geller dobrar uma colher com o poder da mente em directo na televisão. Hoje vimos uma exibição de Pizzi provocar dor a todos os que assistiam ao jogo.

Rafa
Breve aparição do Rafa que não sabe o que é que anda a fazer neste planeta. Vai-te embora e não voltes.

João Félix
Começou o jogo com índices físicos ao nível de um adepto do Benfica depois de assistir ao Benfica-Tondela. Ao contrário do adepto, não terá tido nenhumas arritmias sucessivas.

Jonas
A dois dias de festejar o seu 35º aniversário, Jonas e o seu futebol perfumado continuam a mostrar-se.

Seferovic
Mais do que um futebolista, o nosso suíço favorito é um ansiolítico. Esqueçam os trocadilhos com esferovite, ignorem o nome civil do senhor. Valium? Não, obrigado. Xanax? Isso é para meninos. Rohypnol? Não faz efeito. Desde que descobri a Seferovitina não quero outra coisa. 

Taarabt
Finalmente. Foram quase 4 anos a trabalhar ou a não trabalhar para este momento, dependendo da fase a que nos referirmos. Adel não desiludiu e cumpriu à risca as indicações de Bruno Lage: fazer só um nadinha melhor do que Pizzi. Se é verdade que a fasquia estava muito baixa, não é menos verdade que Taarabt agarrou a oportunidade com unhas e dentes, saindo com a bola e conseguindo progredir no terreno numa fase em que Rafa já se escondia dentro da camisola e Samaris roía as unhas no banco de suplentes. Merece seguramente mais minutos nesta equipa, mas antes, meus amigos, merece uma bebedeira de caixão à cova.

Jota
Entrou em campo numa fase do jogo em que a táctica passava por ter todas as letras do alfabeto em campo. Nesse sentido pode dizer-se que fez a sua parte. Futebolisticamente falando, ainda não parece fazer aquilo que Bruno Lage pede nem mostra o futebol que alegadamente reside nos seus pés."

Benfiquismo (MCXXXVI)

Jogo aéreo...!!!

Vermelhão: a sofrer também conta!!!

Benfica 1 - 0 Tondela


Parece que em todos os nossos últimos títulos máximos, tivemos um (pelo menos um... às vezes mais que um!!!) jogo assim: sofrido, muito sofrido, mas com uma alegria enorme mesmo a terminar!!! Pode ser que a história se volte a repetir...!!!

Mais uma vez, a pausa para as Selecções fez mal à equipa! E nem sequer foram os jogadores internacionais, que estiveram pior... alguns dos que tiveram estas 'mini-férias' foram os menos inspirados!!!

Tal com o Lage disse no final, até entrámos bem no jogo, sem grande 'velocidade' mas mesmo assim criámos suficientes oportunidades para ficar em vantagem... com penalty descarado por marcar e golo anulado à mistura!!!

Mas fomos perdendo 'cabeça', com muitos erros individuais nos passes, nos posicionamentos (prejudicando as transições defensivas)... E desta vez, o Lage não tomou a decisão correcta! A saída do Samaris ao intervalo deu o 'sinal' errado! Se a equipa já estava 'intranquila' com o meio-campo 'partido' ainda ficámos mais vulneráveis aos contra-ataques do Tondela e até permitimos alguma posse de bola ao adversário no nosso meio-campo na 2.ª parte!!!
Com o problema adicional, de termos ficado com as 'linhas' muitas afastadas, perdendo quase sempre as segundas 'bolas', tanto ofensivamente, como na defesa!

A equipa é jovem, neste momento Campeões Nacionais, no onze, temos o Almeida, o Grimaldo, o Samaris, o Pizzi e o Jonas... são poucos, os 'putos' têm qualidade, têm potencial, mas é preciso ter cabeça fria nos momentos decisivos, e hoje ficámos 'nervosos' demasiado cedo!!!
Uma nota para o Tondela, que é uma equipa muito melhor do que a classificação transmite. Têm sido prejudicados em muitas jornadas, e hoje mostraram alguma qualidade nas saídas de bola... Mas a forma 'inflamada' como defenderam o empate hoje, e a forma como sentiram a derrota no final, só aconteceu porque havia seguramente uma 'grande Mala' à espera do Tondelenses no final da partida, caso o Benfica perdesse pontos!!! Tenho a certeza absoluta... tal como houve para o Belenenses!!!

O Tondela defendeu bem as laterais, nunca deixou os Alas do Benfica em igualdade numérica, tivemos sempre em inferioridade quando a bola chegava a uma das laterais (a lentidão na mudança de flanco não ajudou!!!), mas depois basculavam rapidamente e 'tapavam' a zona central... Fizeram isto durante 90 minutos, e os substituições não foram os jogadores do 'miolo'! Em condições normais, na Luz, este tipo de 'defesa' dá para 60, talvez 70 minutos, mas depois 'rebentam', hoje parece que fava para 180 minutos!!!

Além de várias exibições pouco inspiradas dos nossos jogadores, o risco total ao intervalo, como já afirmei, foi um erro! Nunca gostei de 'trocas' com jogadores a serem adaptados a 'novas' posições! A passagem do Félix para o flanco não nos deu 'nada', mas valia ter saído o Félix ou o Jonas, do que o Samaris... que na minha opinião até estava a ser o melhor do Benfica!!!
Individualmente, além do golo do Seferovic, o destaque vai todo para a 'estreia' do Taarabt!!! Nunca pensei que o Taarabt fosse 'recuperável', mais um milagre do Lage!!! E hoje foi muito útil, mesmo numa posição que não é a 'sua', acabou por melhorar a nossa circulação de bola, teve uma arrancada que deu num 'raro' falhanço do Jonas... e até deu uma grande cacetada no momento exacto para a dar!!!
Inacreditável o número de passes errados do Gabriel... e do Ferro (defensivamente também cometeu alguns erros pouco habituais...), além daqueles passes 'frouxos' que ambos fizeram, que 'baixaram' a velocidade de circulação da bola, a níveis impróprios!!! O Pizzi até melhorou quando passou para o meio... mas a insistência naquelas combinações à entrada da área, são desesperantes... e quando correm quase sempre mal!!!
O Ody fez uma enorme defesa... mas voltou a hesitar nas saídas da baliza... Uma nota para o Jota: neste momento ainda não faz a diferença, estas entradas do Jota nos últimos minutos em jogos complicados, não me parecem produtivas, para a equipa e para ele...
Tudo isto, no meio de mais uma Xistralhada!!! Desta vez lá nos safámos com os 3 pontos, mas valeu de tudo... O penalty não assinalado sobre o Samaris é grotesco!!! A forma como permitiram ao Tondela, correr 40 metros, com jogadores claramente em fora-de-jogo... e depois no golo anulado ao Pizzi, marcaram o fora-de-jogo, antes da bola entrar na baliza, é a prova provada da intencionalidade!!! O Jonas pelos pés está milimetricamente adiantado, mas pela posição do corpo até parece estar em 'linha' com um dos defesas... Mas é inacreditável como a bandeirola subiu logo... E no golo anulado ao Jonas, inacreditável, como o facto da bola ressaltar aparentemente no braço de dois defesas do Tondela não ter merecido qualquer 'atenção' mas quando o Almeidinhos mete a mão à frente da cara, já é motivo para anular o golo!!!

O 'nervosismo' dos nossos jovens jogadores, também pode estar ligado a estas situações. Não é fácil jogar, sabendo, com antecedência, que vamos ser 'roubados', enquanto os nossos adversários da classificação são levados ao colo, com roubo, após roubo!! Os jogadores devem ter visto o Braga - Corruptos, algumas horas antes... e depois, logo nos primeiros minutos, penalty por marcar, e golo anulado... e depois novo golo anulado!!! Por muito trabalho psicológico que exista, não é nada fácil, manter a cabeça fria e a motivação nestas circunstâncias!!! O Tugão perdeu toda a vergonha... Aquilo que se passou em Braga e em Chaves estar tarde, é demasiado grave... É impossível ser incompetência...

Agora novo jogo 'grande' na Quarta. Uma autêntica final da Champions para a Lagartada, com mais uma arbitragem inquinada, de certeza absoluta!!! Eu quero ir ao Jamor, mas muito sinceramente, depois do jogo de hoje, fazia alterações: Jardel, Florentino, Fejsa, Cervi... o Seferovic e até o Taarabt (numa Ala ou no lugar do Félix) podem jogar, se calhar devem mesmo jogar!!! Esta sequência de jogos, vai ser muito dura... todos os nossos adversários vão estar extremamente motivados, nem que seja pelas 'Malas', temos que tomar decisões pragmáticas, tendo consciência, que o Campeonato é a prioridade!!!

Barbara de Ouro

Grande vitória da Barbara Timo, no Grand Prix de Tibilissi! Nos -70 Kg a Barbara confirmou a boa forma... Fez um prova de grande qualidade nas eliminatórias... a Final foi muito táctica, e a decisão acabou por 'cair' para o nosso lado!!!

Com a esperada recuperação total da Telma, temos 3 grandes atletas femininas na nossa secção de Judo, que podem vencer qualquer prova de Judo a nível mundial...

Vitórias em Gondomar...

Benfica 2 - 1 Fundão

Como eu esperava, muitas dificuldades para ganhar esta Meia-final... Com dificuldade, chegámos ao 2-0 no início da 2.ª parte, mas não 'matámos' o jogo, e nos minutos finais, com o Fundão a apostar no 5x4 fomos obrigados a sofrer!!! Isto depois do Roncaglio na 1.ª parte ter tido muito trabalho...

A boa notícia, foi a utilização do Fernandinho... Aliás, uma das chaves da Final de amanhã, pode estar na escolha dos Não Formados Localmente, hoje ficaram o Fits e o Tolrá de fora, vamos ver amanhã!

PS1: Pela matina, as nossas meninas, venceram as Águias de Santa Marta por 6-0, qualificando-se assim para a Final da Taça de Portugal de Futsal Feminina, de amanhã, contra o nosso maior adversário nacional: o Novasemente.


A uma vitória da Final...

Benfica 3 - 1 Fonte do Bastardo
24-26, 31-29, 25-12, 25-14

Dois grandes Set's de entrada: perdemos o primeiro, mas ganhámos o segundo... e a Fonte deu o 'berro'!!!
Creio que neste momento, estas são as duas melhores equipas do Nacional... a Final Four da Taça de Portugal, já tinha provado isso mesmo!

Amanhã temos o 3.º jogo na Luz, que em caso de vitória, fecha a eliminatória, e poupa-se uma viagem aos Açores!!!

Torneio Vicente Lucas

Benfica 0 - 1 Sporting


O objectivo foi ajudar Moçambique e foi conseguido, com uma boa casa no Restelo... mas se o jogo tivesse sido marcado para amanhã, Domingo, a iniciativa teria mais adesão, seguramente!

Em relação ao jogo, voltámos a fazer um bom jogo, mas com muito desperdício... notou-se que apesar de ser um jogo 'amigável' havia orgulho em jogo! A Darlene e a Geyse são de 'outro' campeonato, no caso da Geyse um bocadinho de 'cabeça' fazia jeito!!!
Como não podia deixar de ser, acabámos por perder o jogo, num penalty nos últimos minutos! Nota para a forma como a Lagartada festejou a vitória, como se tivessem ganho a Champions!!!

A falta de competitividade na II Liga explica alguma coisa, mas estas duas derrotas recentes, deixam algumas dúvidas no ar... Independentemente das 'inclinações' apitadeiras, temos que marcar mais golos (algo que não deixa de ser irónico!!!).

Campeonato perdido...

Benfica 4 - 5 Valongo

Não jogámos bem, falhámos muitos golos e a transição defensiva voltou a ser deficiente, mas fizemos o suficiente para ganhar este jogo com tranquilidade... Mas entre o desperdício e a vergonhosa arbitragem, voltámos a perder!!!
Sinceramente, não percebo a insistência dos 'roubos': o Benfica está fora da luta pelo título! Será que querem o Benfica fora da Liga Europeia?!!!

Defendo à muito tempo, a ideia que o Benfica deveria fazer tudo para ir jogar para a Liga Espanhola! Também existiriam 'roubos' na Catalunha, mas pelo menos os 'ares' seriam outros!!!

Derrota 'suja'!!!

Aves 3 - 2 Benfica


Mais um triste espectáculo: 2 penalty's e uma expulsão perdoada ao Aves - poucos minutos depois, o jogador que devia ter sido expulso, marcou um golo...!!!
Fizemos um dos melhores jogos dos últimos tempos, contra o líder desta Liga, chegámos aos 0-2, mesmo com o apitadeiro a fazer tudo ao 'contrário' e depois em poucos minutos 'permitimos' o empate!!!
Nos minutos de desconto, o jogo ficou totalmente partido, tudo podia ter acontecido (ficou um penalty claro a favor do Benfica por marcar...) e na última jogada, o Aves marcou!

Algumas notas individuais: o Kokubo, na baliza é uma parede, nas saídas comete muitos erros...; o Ganchas está-se a fazer num grande Central, ainda por cima é canhoto; o Gouveia com vontade é dos melhores...; grande golo do Diogo Pinto...

Cadomblé do Vata ('comunicado')

"Caros Benfiquistas,
Quando um azul esverdeado se dirigir a vocês todo sorridente e ufano, exibindo a noticia da cópia de 20 e tal terabytes de informação que as autoridades francesas asseguraram do acervo do Hacker do Sporting, não lhe digam que toda a informação do SLB já foi vista, revista e tornada pública em blogues, páginas e salas secretas portuenses. Pode-se dar o caso de eles repararem que o luso-húngaro também roubou os servidores dos clubes deles e entre outras coisas, é também o material resultante desses assaltos que os amigos franciús estão a impedir que seja apagado.
Saudações Gloriosas."

Seleção nacional: É preciso (e urgente) jogar mais, muito mais!

"A fase de qualificação para o Euro'2020 não começou bem para a Selecção Nacional, que somou dois empates em outros tantos jogos, ambos realizados no Estádio da Luz. Portugal continua com as suas possibilidades intactas e o mais provável ainda é marcar presença na fase final da competição. Considerando apenas os resultados e probabilidades, eu diria que não há motivo para alarme. Mas se fizermos uma análise mais profunda e olharmos para o jogo, o jogo em si, o rendimento da equipa, julgo que é hora de o nosso seleccionador Fernando Santos reflectir...
Sejamos claros: Portugal joga pouco. Tem vezes que não joga nada! E isto é ainda mais preocupante se nos lembramos dos jogadores que temos hoje em dia. Uma das coisas mais absurdas no Futebol é o desperdício de talento a que se assiste um pouco por todo o lado em nome de constrangimentos táctico-estratégicos. Desgraçadamente Fernando Santos é mestre nisso. Com uma ideia de jogo pouco arrojada, quase sempre em função do adversário, sem uma identidade vincada, a estratégia - variável de jogo para jogo - sobrepõe-se claramente a um modelo trabalhado, a uma matriz concreta e homogénea ao longo do tempo, onde as dinâmicas e comportamentos colectivos revelam intenções gerais análogas, sejam quais forem os adversários.
É verdade que o rácio de vitórias por jogos disputados é muito elevado com o Engenheiro ao leme da nau lusitana. No entanto, em fases de qualificação, Portugal encontrou quase sempre adversários muito, mas muito inferiores. Mais faltava que não conseguisse assumir o jogo, ser dominador, criar muitas oportunidades e ganhar na esmagadora maioria das ocasiões. O que se verifica, por oposição, é que sempre que o grau de exigência sobe, os problemas aumentam exponencialmente, e há uma dificuldade reiterada em apresentar um futebol condizente com a qualidade individual existente, ainda que se ganhe algumas vezes. Nas fases finais, na realidade, aquele rácio não é grande pistola... 
É aqui que muitos dirão: "Mas então Portugal não foi campeão europeu em 2016?" Foi! Para todos os efeitos, Fernando Santos foi o treinador que deu ao futebol português a maior conquista da sua História. Esse crédito, esse mérito, esse orgulho pessoal nunca ninguém lhe vai subtrair. Mas o que jogámos? Praticámos um futebol que conquistou a admiração dos apaixonados pelo jogo e não apenas pela bandeira? Ou fomos apenas a personificação da Grécia sensaborona e enfadonha que criticámos em 2004?
Nesse Euro em França, como todos nos lembramos, triunfámos sem jogar grande coisa, mas beneficiámos de um caminho bastante acessível até à final e tivemos sempre a "estrelinha" do nosso lado. De todos os jogos, só com o País de Gales é que assumimos o jogo e fomos superiores. Nos restantes, depois de três empates na fase de grupos contra selecções acessíveis (Islândia, Áustria e Hungria) e de termos passado como um dos melhores terceiros classificados, tivemos a felicidade sempre do nosso lado. Contra a Croácia, caiu para nós no fim do prolongamento, como podia perfeitamente ter caído para os croatas. Diante da Polónia, foram as grandes penalidades a decidir. E na final com a França, Éder fez o remate de uma vida, no prolongamento, após um jogo onde a França foi sempre superior.
Há umas mentes brilhantes que atribuem o triunfo de 2016 ao "pragmatismo" com que a selecção portuguesa se exibiu. Defender muito e com muitos, ser ofensivamente pobre, pensar pequenino, ser uma equipa curta e conservadora, é visto como uma fórmula de sucesso. Pois se quando fomos "pragmáticos", fomos campeões, e quando jogámos bem, fomos eliminados, então só temos de continuar a jogar feio mas a ganhar!! Que raciocínio brilhante! A eliminação do Mundial'2018 nos 'oitavos' perante o Uruguai, após um torneio sofrível, em que se tentou replicar a mesma fórmula do Euro, foi um tremendo abanão, um abre-olhos que rasgou ao meio tal argumentação.
Ao longo da história, quantas vezes jogámos bom futebol e estivemos perto do sonho de um título e só não o conseguimos porque nos deparámos com adversários de maior qualidade que País de Gales, Croácia ou Polónia? Mundial'1966, Euro'1984, Euro'2000, Euro'2004, Mundial'2006... E quantas vezes não jogámos nada e pelo caminho ficámos? Todas as vezes que nem a fase final alcançámos, Mundial'2002, Euro'2008, Mundial'2014... Muitas vezes jogámos feio e fomos eliminados. Muitas vezes jogámos bem e estivemos tão perto, e só não chegamos lá porque apareceu a França de Zidane, ou a Espanha de Xavi e Iniesta, ou a Grécia da "estrelinha". Achar que o "pragmatismo" é alguma fórmula de sucesso, só porque foi assim que nos exibimos quando os astros se alinharam todos a nosso favor, é facilmente rebatível com o passado, é estar a ver o filme todo ao contrário, é uma completa falácia!
A melhor fórmula para ganhar há-de ser sempre a qualidade de um modelo em todos os momentos do jogo. É conseguir controlar o mais possível tudo o que acontece no jogo e não esperar que o acaso possa ditar a sua lei. É ser pró-activo, ir à procura, ser dominador e influente no jogo, ao invés de ser passivo, esperando que as nossas vedetas estejam sempre inspiradas, que Cristiano Ronaldo resolva ou que um Éder qualquer apareça nos jogos todos, rezando, ao mesmo tempo, para que o adversário acerte sempre no poste. É promover um jogo ligado e conexo, maioritariamente em posse, assente na qualidade técnica, inteligência e criatividade natural dos jogadores portugueses.
Portugal foi campeão da Europa em 2016, com mérito, mas porque calhou, a imprevisibilidade do futebol assim permitiu, não porque adoptou um estilo "pragmático". É bom que se perceba isso, para que no futuro se volte a mudar o chip, se potencie novamente toda a qualidade individual que temos e se torne a estar mais próximo de ganhar um grande torneio, como em 1966, 2000, 2004 ou 2006.
Rui Patrício, Nélson Semedo, João Cancelo, Ricardo Pereira, Diogo Dalot, Raphael Guerreiro, Mário Rui, Rúben Dias, Pepe, Ferro, Diogo Leite, Rúben Neves, Danilo, William Carvalho, João Moutinho, Gedson, João Mário, Bruno Fernandes, Pizzi, Bernardo Silva, Gelson Martins, Rafa, Bruma, Gonçalo Guedes, Diogo Jota, Cristiano Ronaldo, João Félix, André Silva, Gonçalo Paciência, etc, etc, etc... Quantas selecções no mundo se podem vangloriar de ter um conjunto de jogadores deste calibre? Muito poucas! Isto não pede, não requer, não exige, um futebol de maior qualidade, onde a acção da equipa técnica acrescente valor, levando a que o colectivo seja muito maior que a soma das individualidades? Obviamente que sim! É por isso que esperamos nos próximos jogos, nas próximas competições..."