Últimas indefectivações

sábado, 2 de maio de 2020

Tempos conturbados por falta de assunto

"E lá temos visto desfilar o Jankauskas, o Quaresma, o Kelvin, o Álvaro Pereira e um que se chama Paulo Machado, todos a malhar no Glorioso. É cultural. A profilaxia neste caso é idêntica às profilaxias correntes, distância social, distância social, distância social.

O campeonato d.C. volta no fim do mês e vai entrar pelo Verão dentro, ocupando o espaço que era, normalmente, pertença do defeso a.C.. Como terão depreendido, logo à primeira, d.C. quer dizer depois do Coronavírus e a.C. significa antes do Coronavírus. E com esta nova datação d.C. que teremos todos de conviver no que ao futebol diz respeito e ao resto também. Por causa do vírus que não é o único vírus. Não terá sido absurdamente virulenta aquela excursão do presidente da FPF à residência oficial do primeiro-ministro com o seu pequeno séquito de presidentes? Tratar os demais clubes e os respectivos presidentes como meros figurantes da grande competição nacional não foi bonito, não. Ou iam todos ou não ia ninguém. E, assim, seria emprestada a categoria devida à presença do presidente da Liga que, ao que se diz, se fez convidado.
Os presidentes dos três maiores clubes portugueses entraram mudos e saíram calados de São Bento - não houve declarações à imprensa - e não há muito a acrescentar às suas presenças tutelares. O presidente do Sporting distinguiu-se pelo novo corte de cabelo, um corte militarizado, o presidente do Benfica fez inveja pelo bronzeado e o presidente do FC Porto foi o primeiro a transpor a soleira da porta, o que se aceita como norma de boa educação visto que é o mais velho. Para além se ter adivinhado que o campeonato ia regressar não se registaram declarações presidenciais de qualquer tipo, capazes de incendiar as plateias da rivalidade e de entreter multidões. Nestes tempos conturbados pela falta de assunto, muita falta faz à indústria do espectáculo futebolístico o ex-presidente do Sporting a quem agora ninguém passa cartão.
E é pena porque Bruno de Carvalho segue em alta nas redes sociais e agora com um pendor classicista e bíblico, comparando-se quer a Júlio César, o herói de Roma assassinado em 44 a.C., quer a Jesus Cristo, o filho de Deus, também ele assassinado em 33 a.C., e reconhecendo, um a um, nos traidores destas duas figuras de há 2 mil anos os mesmos que o traíram vai fazer agora 2 anos. E isto, sim, poderia ser um extraordinário entretenimento para as massas de Carvalho ainda tivesse relevância social, o que já não é o caso.
Sem futebol e sem dinheiro - há lá coisas mais tristes? - neste período de unidade nacional contra uma doença, o gabinete de comunicação do FC Porto tem apostado tudo em promover entrevistas a antigos atletas obedecendo a um primado civilizacional que lhe é muito caro que é o do ódio ao Benfica. e por lá temos visto desfilar o Jankauskas, o Quaresma, o Kelvin, o Álvaro Pereira e um que se chama Paulo Machado, todos a malhar no Glorioso por imperativo da relevância folclórica de grupo. É cultural. A profilaxia neste caso é idêntica às profilaxias correntes. Distância social, distância social, distância social."

«Passo dos pés para as mãos sem pôr os pés pelas mãos»

"O futebol não se vive só dentro de campo.... Habituei-me a vivê-lo de dentro, mas já o vivi de muitos lugares e formas diferentes. Do banco de suplentes, da bancada, no sofá, na rádio...
Hoje estamos todos de quarentena. Não há futebol para ninguém! Mas há...
A cada música que passa nas colunas de cá de casa parece que revivo momentos e jogos marcantes da minha vida e carreira.
Toca Let Me Entertain You de Robbie Williams e não páro de pensar naquela equipa de miúdos do Mónaco que se divertia a jogar com um futebol sem medos e de ataque que conquistou quase tudo e todos.
A cada peça que se ouve de Beethoven, vem-me à cabeça o Man. City 6 - Chelsea 0 em que tudo saiu perfeito. Vinte e cinco minutos de tempo de jogo e já ganhávamos por 4-0.
No outro dia começou a tocar A Kind Of Magic dos Queen... Não é difícil adivinhar esta... Onze Eusébios vestidos de vermelho e branco a entrar no relvado do Estádio da Luz em honra à nossa Pantera Negra num jogo que o Benfica ganha 2-0 ao Porto. Que energia! Que jogo mágico!
Às vezes depois do jantar bebe-se um copo de vinho ao mesmo tempo que se ouve um fado triste da nossa Amália. Como não pensar naquele Man. City 4 - Tottenham 3 que nos elimina da Champions? 
Há coisas que não se controlam e por isso deixo-vos uma última música que sempre que toca me faz recordar o carinho e apoio que todos os portugueses nos dão sempre que entramos em campo com a camisola da nossa Selecção: Can You Feel The Love Tonight de Elton John.
Tanto o futebol como a vida são feitos de memórias e momentos marcantes. Momentos esses que podem sempre ser revividos desde que o sentimento vivido tenha sido suficientemente forte para o conseguires encontrar noutros sítios.
A música tem-me dado a liberdade que só no relvado sentia. Transporta-me de volta para onde sou verdadeiramente feliz. Fechando os olhos a música faz-me regressar aos grandes palcos. É a minha forma de sentir o futebol durante esta quarentena.
Mas em breve a bola voltará a rolar e os adeptos a saltar e a celebrar.
Um grande abraço a todos."

Chorões Andrades !!!

"Os jogadores de andebol do #PortoaoColo estão indignados por não lhes ter sido dado o Campeonato da modalidade, quando tinham 1 ponto de vantagem sobre o Sporting e 10 jogos por disputar. Sim, é verdade o que estão a ler.
No futebol, caso não se jogasse, a “lenga lenga” seria a mesma, até porque como já explicámos é impossível atribuir um Campeonato assim face aos regulamentos em vigor em Portugal.
Importam é os factos. Nesse mesmo dia, foram anulados os Campeonatos de hóquei, voleibol e basquetebol masculinos. O Benfica era líder em 2. O Sporting era líder em 1. Indignação? Nenhuma. Houve respeito pelo momento que vivemos e pelos regulamentos, coisa que na casa do #PortoaoColo não fazem ideia do que é.
Anteriormente, já tinham sido tomadas decisões pela própria FPF, onde o Benfica era líder no futebol feminino e nos juniores de futebol masculino e o Sporting no futsal. Indignação? Pois, nenhuma.
A título de curiosidade, gostaríamos de recordar aos indagados do andebol do #PortoaoColo que na época passada, nesta mesma altura (com as 10 jornadas da fase final por disputar) estavam em 2º lugar!!! Hipocrisia acima de tudo.
Deixamos um quadro resumo com Campeonato, os líderes, as decisões e as reacções das principais provas canceladas. Todos os clubes respeitam as decisões, todos os clubes percebem momento, menos 1 (andebol masculino e voleibol feminino, no papel de patrocinador da equipa). Tudo o que é Porto tenta aldrabar, ludibriar, esconder e mentir. A começar pela data de fundação."

Plágio !!!

Chakall Vermelho #4

23 novos 'Quinas'

"Vivemos uma altura muito difícil enquanto sociedade e a nível desportivo são muitas as questões que se levantam, o futuro do desporto que tanto nos faz vibrar é ainda incerto, no entanto temos de ir pensando em soluções para que o amanhã seja risonho.
A nossa selecção nacional de futebol não vai poder defender em 2020 o seu título de campeã europeia, adiando essa tarefa para um futuro próximo (esperamos que em 2021), mas a preparação para esse evento deve começar logo que as decisões dos campeonatos de cada país estejam concluídas.
Com toda esta indefinição, também os atletas, ao estarem sem treinar (apenas o fazem em suas casas), podem não vir a apresentar os mesmos índices, principalmente físicos, nos próximos tempos e isso poderá levar a que sejam dadas oportunidades a outros companheiros. Isto pode acontecer nos clubes, mas também na selecção nacional, com o Eng.º Fernando Santos a poder ter de inovar e surpreender nas suas escolhas.
Deixo aqui uma pequena “ajuda” ao seleccionador para que nas próximas convocatórias nos possa espantar, os critérios que escolhi são apenas, terem mais de 21 anos (ou seja, não contarem para os sub-21 e outras selecções jovens) e no máximo uma internacionalização por Portugal AA.

Guarda-redes:
Cláudio Ramos (Tondela) – Tem estado em grande nível na baliza dos “beirões”, merece outros voos a nível clubístico e também a 2ª internacionalização.
Rui Silva (Granada) – Vem sendo destaque por terras espanholas e pode muito bem estar à porta da selecção.
José Sá (Olympiacos) – O guardião de 27 anos é internacional sub-21 e Fernando Santos parece claramente contar com ele para o futuro.

Defesas:
Ricardo Esgaio (S.C. Braga) – Não fosse a abundância de jogadores de qualidade para esta posição e muito provavelmente já seria internacional AA.
Wilson Manafá (F.C. Porto) – Polivalente, rápido e com muita “chegada” ao ataque. É claramente uma opção a ter em conta.
Pedro Rebocho (Besiktas) – Depois de se ter destacado no Guingamp, surgiu a mudança para um dos “grandes” da Turquia, onde tem mostrado o seu valor de forma algo intermitente.
Sequeira (S.C. Braga) – Um jogador que, perto de completar 30 anos, parece, claramente, ter passado ao lado de uma carreira maior que a que a que tem feito.
Pedro Mendes (Montpellier) – Já cumpriu o sonho de vestir a “pele” de Portugal, mas pode almejar num futuro próximo voltar a fazê-lo. Será o novo Fonte?
Domingos Duarte (Granada) – A boa época no Granada já lhe valeu uma chamada aos treinos da equipa das “quinas”, o futuro com certeza trará os primeiros minutos de jogo.
Rúben Semedo (Olympiacos) – Mais um que já mereceu a confiança do seleccionador português e parece ser um dos candidatos à sucessão de Pepe.
Ferro (Benfica) – Tem realizado uma época com altos e baixos, no entanto o bom entendimento com Rúben Dias pode fazer com que também trabalhe com o colega de sector na “Cidade do Futebol”. 

Médios:
Alfa Semedo (Nott. Forest) – Apesar de também ter nacionalidade guineense, sempre afirmou que queria jogar por Portugal. É jovem, pode jogar a “6” ou a central e tem muito ainda para evoluir. 
Palhinha (S.C. Braga) – O que tem feito ao serviço dos bracarenses demonstra que, para além de ter potencial para representar a selecção, teria feito falta ao Sporting nesta época.
Pêpê (V. Guimarães) – O “Busquets português”, como já foi apelidado, tem sido um dos melhores médios da Liga NOS e vai por isso merecendo atenção sobre si.
Gabriel (Benfica) – A sua descendência portuguesa faz com que seja seleccionável e com certeza a sua qualidade traria uma mais-valia ao já muito bem preenchido meio-campo de Portugal.
Otávio (F.C. Porto) – A viver no nosso país desde os 20 anos de idade, já demonstrou a intenção de ser chamado por Fernando Santos, agora a “bola” está do lado do engenheiro.
Chiquinho (Benfica) – Jogador de qualidade, que pode actuar em várias posições do terreno. Bruno Lage é um admirador das suas características e isso tem feito com que tenho tido muitos minutos de águia ao peito.

Avançados:
Daniel Podence (Wolves) – Mais um que já treinou na “Cidade do Futebol”, mas que ainda não cumpriu o sonho de jogar com Cristiano Ronaldo e companhia. Fez uma primeira metade de época muito interessante no Olympiacos.
Matheus Pereira (West Bromwich) – Veio para Portugal muito novo, onde ingressou nas escolas do Sporting com 14 anos e é neste momento, aos 23 anos, o “rei” das assistências na exigente segunda liga inglesa. Vamos deixar “fugir” este talento?
Ricardo Horta (S.C. Braga) – Mais um que pertence ao “clube da uma internacionalização” e que tem tido a pouca sorte de jogar numa posição onde Portugal tem jogadores de qualidade muito elevada. 
Fábio Martins (Famalicão) – O jogador formado no F.C. Porto é uma das “estrelas” do surpreendente Famalicão e vai tendo motivos para ter outras aspirações.
Paulinho (S.C. Braga) – De há 4 anos para cá que o seu nome tem surgido como hipótese para ser opção no ataque dos campeões europeus, mas essa chamada ainda nunca surgiu. Estará para breve? 
Tomané (Estrela Vermelha) – Despontou em Guimarães, mas foi ao serviço do Tondela, em 2018/2019, que teve a sua época mais goleadora. A jogar neste momento num histórico clube sérvio, pode sonhar com a presença numa futura convocatória.

Curiosidades desta “convocatória”:
- O S.C. Braga é o clube mais representado, com 5 jogadores;
- O jogador mais velho é Sequeira com 29 anos e o mais jovem Alfa com 22;
- Cinco jogadores nasceram fora de Portugal (1 na Suíça, 1 na Guiné-Bissau e 3 no Brasil);
- Desde que haja um motivo válido, sou completamente a favor de naturalizações;
- Matheus Magalhães, Tiago Ilori, Gil Dias, Xeka, André Horta, Diogo Gonçalves e Rui Fonte também foram equacionados.
Nem a equipa campeã da Europa em 2016 foi consensual, por isso esta, obviamente, não o vai ser também. Quais seriam as vossas listas de convocados, de acordo com estes critérios?"

O outro Ronaldo


""Criatividade, Qualidade Técnica, Agressividade Defensiva e uma inteligência aquando da posse absolutamente invulgar. Franzino mas capaz de se bater com quem tem outros argumentos físicos pela forma como coloca o corpo, mas mais ainda pela velocidade de pensamento que lhe permite antecipar tudo, Ronaldo torna melhores os seus colegas, porque cada bola que solta leva ideias. Nada acontece por acaso. Dá fluidez ofensiva ao jogo e ainda trabalha defensivamente."

Nomeado por nós como uma das grandes figuras da formação do Benfica, Ronaldo Camará tem o critério e gesto técnico em posse, e a agressividade sem bola que diferencia os jogadores de topo."

Tal Pai, tal Filho: Rafael Lisboa #2


"Pai e filho, treinador e jogador, ambos na mesma equipa…
Rafael Lisboa nasceu a 27 de Novembro de 1999 e é filho de uma das maiores lendas do basquetebol português. Perto de atingir a NBA aos 26 anos, Carlos Lisboa (pai de Rafael) tornou-se uma figura incontornável no basquetebol nacional atingindo números individuais e colectivos sensacionais. Seguindo as pisadas do pai, Rafael Lisboa estreou-se pela equipa sénior do SL Benfica com apenas 18 anos, já representou a selecção nacional por duas vezes e conquistou prémios individuais e colectivos que ficarão na história do basquetebol nacional.

Percurso de Lisboa
O base português, como mencionado anteriormente, realizou a estreia pela equipa sénior do SL Benfica com apenas 18 anos de idade, sendo que tem estado a representar o clube lisboeta durante toda a sua vida. A transição para sénior/profissional não se demonstrou tarefa fácil para o jovem, especialmente tendo em conta a exigência do clube, porém a existência do SL Benfica B permitiu-lhe crescer gradualmente, entrando aos poucos na disputa por um lugar na equipa A.
Para além de ter realizado toda a sua formação no SL Benfica, o jovem português teve a oportunidade de representar a selecção de Lisboa na Festa do Basquetebol Juvenil e ainda a selecção nacional sub-20, em dois europeus da divisão B (2018/2019).
Mais recentemente, estreou-se pela selecção nacional na pré-qualificação do Mundial 2023 de basquetebol, numa temporada que tem sido de maior afirmação para o basquetebolista português. Esta afirmação tem sido, no entanto, um pouco comprometida pela competitividade que existe no plantel, tendo jogadores de elevada experiência à sua frente na mesma posição. Apesar disto, não foi dado impeditivo de realizar jogos fantásticos e números excepcionais. Como partidas de maior referência desta época, temos a partida diante o Terceira Basket onde realizou 17 assistências, e o jogo diante o CAB Madeira onde efectuou 15 assistências. Lisboa, inclusive, é o base com maior volume de assistências na liga (114).

Europeu de Sonho
Depois de uma época maioritariamente na equipa secundária do SL Benfica (2018/2019), Rafael Lisboa foi umas das principais estrelas do Europeu de sub-20 divisão B, que se realizou em solo português e que Portugal viria a conquistar. O jovem base português foi considerado o melhor jogador do torneio (MVP) e executou médias fantásticas (17.4 pontos, 3.1 ressaltos e 4.9 assistências por jogo).
 Apesar da maioria das atenções estarem centradas em Neemias Queta (vinha de um NBA Combine), foi o base que agarrou os holofotes, com exibições muito bem conseguidas e numa final épica (mesmo sem Neemias) onde Lisboa demonstrou ter a capacidade de agarrar na equipa quando ela mais urgiu. De resto, a sua influência no lado ofensivo do jogo faz-se sentir assim que pisa o campo de basquetebol, aconteceu com a selecção sub-20, no verão de 2019 e aconteceu nesta época com o SL Benfica.

Como Se Define Enquanto Jogador?
Enquanto jogador, Rafael até demonstra semelhanças ao pai, como base/extremo lançador com excelente visão de jogo, todavia o jovem português seja bem mais «apegado» à bola que a lenda alguma vez foi. Apesar das semelhanças com o pai, físicas e técnicas, Carlos sempre se demonstrou mais perigoso sem bola e no «recebe e lança» (através essencialmente de staggers) e o filho, paradoxalmente, com bola, criando através do drible ou criando o seu próprio lançamento.
O jovem base português, demonstra um lançamento muito rápido e de elevada eficácia, sempre procurando o lançamento exterior como primazia na sua selecção de lançamentos, ao passo que para além do tiro exterior, Lisboa é exímio a realizar «floaters» e a procurar finalizar perto do cesto (mesmo com a presença de jogadores com elevada estatura por perto).
Apesar disto, não é no lançamento onde Rafael parece superiorizar relativamente à concorrência. A sua capacidade incrível de assistir os colegas, de tomar quase sempre a decisão acertada e de ler o jogo como poucos, são atributos que fazem do jovem português um dos melhores bases a actuar em Portugal. A juntar a isso, Lisboa segue de forma exemplar o sistema de jogo em que está inserido, adicionando naturalmente o seu requinte técnico nas suas acções.
Em termos atléticos, Rafael não é de estatura elevada (1.82 metros), podendo comprometer várias vezes defensivamente, contudo não seja este o revés que lhe impeça de singrar.
Mentalmente, Rafael não transmite a mesma personalidade extrovertida e impositiva que o pai antes demonstrava, nem é o líder dentro de campo que se pede por vezes, contudo, denota-se, pela entrega que tem ao jogo, a presença de um «animal de competição» destemido, sem medo de enfrentar os desafios.
Por fim, Rafael Lisboa é um vencedor desde pequeno e conjugando isso com a influência que acarreta na equipa, o jovem de 20 anos tem tudo para trilhar um caminho épico (que já iniciou) na sua carreira e superar alguns números que o pai já efectuou um dia."

Gostos e não gostos desportivos

"Uma certa sociologia do desporto inscreve-se na perspectiva de descrição e análise da distribuição dos gostos (e dos não gostos) desportivos, segundo as classes sociais e o género, e a compreender as funções das práticas desportivas, que se tornam os elementos constitutivos e altamente significativos dos estilos e modos de vida dos cidadãos. Esta “estilização” das condutas corporais é trabalhada, articulando com os problemas de identificação (de integração) num grupo, com a partilha de gestos e de cultura (pela assimilação dos signos, da linguagem, dos hábitos, etc.), e pelo desejo de distinção social, marcada pelas distâncias culturais aos outros grupos (se traduz pela depreciação dos gostos dos outros e pela desqualificação dos seus signos). Em Portugal, não é possível verificar isto, mas em França é possível visualizar esta distribuição social dos comportamentos desportivos, num determinado momento da sua história, através da construção do espaço ou dos sistemas dos desportos (Christian Pociello, Sports et sciences sociales, Paris, Vigot, 1981). O desporto é um sistema de competições organizadas num tempo autónomo (calendários) e num espaço estruturado (estádios, piscinas, ginásios, etc.), permitindo àqueles que se comprometem e especialmente preparados, de realizar uma proeza ou de procurar uma performance individual, na comparação (e/ou de confrontação) com os outros; são as produções “atléticas”, os “resultados” e os “recordes” realizados em condições bem definidas (normalizadas, estandardizadas), aos quais os adeptos do desporto reconhecem o valor e aos quais o grande público encontra um sentido. Pela sua mediatização, o desporto beneficia duma visibilidade social e duma lisibilidade imediatas. No entanto, essa acessibilidade não lhe confere inteligibilidade. Entre a leitura social, a significação política e a análise sociológica, as distâncias simbólicas e culturais crescem. Enquanto fato social total, o desporto pode criar uma ilusão de um espaço pacífico, apolítico, onde reina a igualdade entre os sexos. Ele carrega potencialmente as contradições da sociedade, que atravessa todos os campos da vida social, económica, religiosa, política. O desporto exacerba e organiza as rivalidades entre os indivíduos, grupos, nações, continentes e, ao mesmo tempo, permite criar relações entre eles(as) e estabelecer laços sociais a todos os níveis onde se exercem essas rivalidades."

Benfiquismo (MDXIV)

Anti-distância-social !!!

A boa gestão sofreu forte penalização

"A decisão tomada no futebol não visa salvar a época dos clubes, mas sim salvar os clubes para as próximas épocas

As autoridades decidiram o regresso do futebol para o primeiro dia de Junho. Dia Internacional da Criança parece apropriado para quem acha tratar-se de uma brincadeira de meninos. Sejamos rigorosos, haveria sempre quem concordasse e quem discordasse qualquer que fosse a decisão tomada pelas autoridades políticas e desportivas. Já aqui escrevi que por mim a época estaria acabada e não haveria outros dilemas associados àquela que seria a minha preferência. Respeito quem discorda da minha posição e não haverá verdades absolutas nesta matéria.
As decisões relativas ao hóquei, andebol, basquetebol e voleibol parecem-me correctas e sensatas. Embora desportivamente custe muito, pois acreditava que o Benfica venceria três (basquetebol, voleibol e hóquei em patins) destas quatro competições, deixando o andebol para o FC Porto. Percepção falível de adepto. Nesta conjuntura as decisões tomadas nas modalidades têm a minha concorrência e simpatia.
A decisão tomada no futebol abriu a caixa de pandora de polémicas e não visa salvar a época dos clubes, mas sim salvar os clubes para as próximas épocas. Sabemos quem adia as devoluções em assembleias obrigacionistas e sabemos quem paga capital e juros na integra. Sabemos quem paga tudo e quem paga muito pouco. Pior é que sabemos que uns e outros, lutarão pelos pontinhos como se a concorrência fosse igual, justa e com as mesmas regras. Há penáltis mal assinalados e erros de arbitragem grosseiros que distorcem menos a verdade competitiva que esta realidade económica. Uma gestão mais competente sofreu aqui uma forte penalização, o aventureirismo recebeu recebeu agora algum perdão. Veremos se perene ou momentâneo. Esta é a situação existente, estas são as regras impostas, podemos sublinhar o facto, mas isso não invalida que a competência desportiva não esteja lá toda. Ambição total, atitude à Benfica e vontade dentro de campo para vencer sempre, mesmo sabendo que fora dele, não reina nem a justiça, nem a verdade.
Veremos quais são os estádios,quais são os critérios, quais são as novas realidades que nos vão fazer crer serem as mais sensatas. Para a generalidade dos adeptos vai ser o futebol de sofá e copo na mão. Também está bem que isto precisava de hidratação e de gelo. Voto vencido mas com humildade democrática."

Sílvio Cervan, in A Bola

PS: Se o campeonato voltar a 1 de Junho a verdade desportiva 'relativa' estará sempre em causa: basta um jogador acusar positivo num dos testes, para supostamente toda a equipa ter que ficar de quarentena alguns dias, podendo mesmo acabar o clube por ter uma falta de comparência...!!! Já para não falar de se poder 'contaminar' adversários...
E ainda teremos as 'Malas' que neste contexto de lay-off  e/ou ordenados em atraso, será um factor ainda mais importante!!!
A partir do momento que me apercebi da dimensão da pandemia, defendo que o campeonato devia ser cancelado. Com o apuramento para a UEFA determinado pelo anterior campeonato 'terminado', como fizeram na Holanda. Compreendo que em França e na Inglaterra 'entreguem' o titulo ao PSG e ao Liverpool pois as vantagens que estes Clubes tinham eram enormes, mas em Ligas com equipas a lutarem verdadeiramente pelo título, não deve haver Campeão...
Jogos à porta fechada, com algumas equipas a não poderem jogar nos seus Estádios, com testes antes dos jogos, que podem alterar o 11 das equipas, podendo no limite desfalcar uma equipa de todos os jogadores disponíveis... é absurdo!!!

Quarentena VI

"Na semana passada fomos brindados pelo New York Times com um artigo sobre a justiça e o futebol português. Lá como cá, usou-se o Benfica para garantir leitores, quer no título, quer a abrir o texto. Isso é perceptível através da leitura da peça, o que exige saber inglês e não ser preguiçoso ou mal-intencionado.
Assim que foi publicado, os propagandistas da meia-tigela portistas logo se apressaram, quase acotovelando-se, a destacar o tal artigo, ambicionando figurarem no pódio do servilismo, voluntarista e acrítico ao Papa. Alguma comunicação social portuguesa aproveitou a deixa - concertadamente ou por mera vocação ou incompetência (selectiva?) - e replicou os dislates dos outros miseráveis sem dar igual destaque ao conteúdo do artigo por inteiro. E, claro, alguns tontos do Lumiar aproveitarem para darem uma prova de vida.
O artigo parte da escusa pedida pelo juiz nomeado no caso de Rui Pinto para especular sobre a influência social do Benfica e... dos outros dois 'grandes'. O jornalista omite que o Benfica nada tem que ver com o caso, e surgem declarações especulativas, nos primeiros parágrafos, de 'algumas pessoas' e da Madre Ana Gomes do Rato. Porém, a peça continua, o que, tudo espremido, sobra a única acusação concreta, convenientemente ignorada, que passo a transcrever: 'Pinto da Costa foi ilibado do envolvimento num escândalo de corrupção após as provas de escutas telefónicas que indiciavam a sua ligação a um esquema de suborno a árbitro terem sido consideradas inadmissíveis por um juiz'.

Obrigado, portanto, aos propagandistas de algibeira andrades, recomendado-lhes que leiam integralmente os artigos que publicitam alegremente..."


João Tomaz, in O Benfica

Trabalho, muito trabalho

"Hoje é Dia do Trabalhador, e esta foi a semana de regresso do futebol profissional masculino do Sport Lisboa e Benfica. Na segunda-feira, Bruno Lage, restante equipa técnica e o departamento de futebol foram submetidos ao teste diagnóstico de covid-19 no centro de treinos do Seixal. No dia seguinte, foi a vez de jogadores e familiares passarem pelo mesmo processo, ao domicilio, nestes casos. Partindo do princípio de que deram todos negativo - na esperança disso, uma vez que vos escrevo nos primeiros dias da semana -, cada um dos atletas terá sido avaliado pelo Departamento Médico. E já para o fim de semana de 2 e 3 de Maio (apontado como fim do estado de emergência) está marcada uma sessão de testes físicos.
Será então na segunda-feira, 4 de Maio,que regressarão os treinos individuais. Serão criados quatro grupos de jogadores, sendo que dois destes irão trabalhar de manhã, e os outros dois, à tarde. O distanciamento físico vai continuar a ser o necessário, seja nos campos, seja no ginásio, não faltando equipamentos de protecção e todas as condições para que desempenhem as suas funções no Benfica Campus.
Isto é o que temos pela frente para os próximos tempos. Há um plano, há hipóteses em aberto, há testes, e a equipa depender sempre dos resultados médicos, tal como cada um de nós nas suas vidas. É nestes momentos que se vê o profissionalismo, a capacidade de resposta e planeamento de um projecto saudável. E aqui a saúde de que vos falo é também financeira. Há dívidas para pagar, pagam-se. Não se inventam desculpas, não se chora por perdões fiscais como o fazem os nossos adversários. Soube-mos reinventar-nos desde a década de 90 como poucos no mundo conseguiram. E agora temos outros bichos para derrotar: além do vírus, a concorrência desleal e, preparem-se, ainda mais jogos sujos de bastidores."

Ricardo Santos, in O Benfica

Jogar a final da Taça, mas em segurança

"Durante a semana foi avançada a possibilidade de a final da Taça de Portugal desta época ser jogada apenas no decorrer da próxima. Parece-me uma opção muito sensata, uma vez que este jogo só pode ser disputado quando a DGS assegurar que existem as condições, mínimas para que tal aconteça. Quando falo em condições mínimas estou a referir-me ao ajuntamento de pessoas em redor de um porco no espeto. Cancelar o almoço de Domingo de Páscoa? Por mim tudo bem, foi da maneira que não veio cá a cada aquele meu tio que come meio cabrito sozinho - normalmente eu dou conta de outra metade, assim ainda me pude satisfazer com mais dois ou três pedaços. Realizar a final da Taça de Portugal sem comer um bom porco no espeto, temperado com sal, pimenta e uma pitada de pós da mata do Jamor? Recuso tamanho absurdo. A final tem de ser jogada - não pensem que o meu coração andou aqui a ser colocado à prova pelo Lucas Piazón e pelo Taremi para nada -, mas tem de ser jogada em segurança.

No desespero em que me encontro já nem sequer me importo de que as últimas 10 jornadas sejam à porta fechada. Por um lado, neste contexto, o Benfica é o clube mais prejudicado - está provado cientificamente que os benfiquistas são a maior factor-chave para a conquista dos três pontos. Por outro lado, o Benfica é também o emblema mais beneficiado. Muitos dos nossos jogadores são também eles benfiquistas fervorosos, portanto essa força, apesar de representada em menor escala, continua presente. Sugiro a Bruno Lage que, antes do regresso da Liga, dedique dois ou três treinos para ensaiar as músicas com o plantel. Assim, quem ficar de fora pode ir apoiando desde o banco de suplentes."


Pedro Soares, in O Benfica

O que eles querem

"Se um qualquer comerciante aceitar e revender mercadoria roubada, está a cometer um crime grave. Porém, se se tratar de um assalto por via informática, se a mercadoria roubada, se terceiros, e se a revenda for feita através da comunicação social, não se passa nada.
Ora, no caso Rui Pinto há um gatuno (ele próprio, que será julgado), há uma mercadoria (correspondência privada), mas há também revendedores que ninguém parece preocupado em responsabilizar. Desde logo o canal televisivo (e o clube que o suporta) que a divulgou, mas também os restantes órgãos de comunicação social a quem o pirata cedeu o produto dos seus confessados crimes, e o utilizaram para garantir audiências - nomeadamente o consórcio europeu do qual fazem parte, entre outros, Der Spiegel e Expresso.
Ninguém tem dúvidas de que as costas de Rui Pinto estão bastante quentes. Todo este lobby que o protege, e lhe disponibiliza advogados de luxo, consegue até plantar artigos em jornais do outro lado do Atlântico. Mas cá cai quem quer.
Não se percebe em que medida o alegado benfiquismo de um juiz pode reduzir o rigor da sentença, pois não é o Benfica que está no bando dos réus. Ou seja, o que o lobby em torno de Rui Pinto pretende agora é condicionar o processo no sentido de obter um julgamento 'dócil', que possa de algum modo relativizar os crimes cometidos.
Neste século XXI, o cibercrime é já uma das maiores ameaças à nossa segurança enquanto sociedade.
Do exemplo que vier a ser dado no caso Rui Pinto se perceberá até que ponto o nosso sistema de Justiça entende ou não essa ameaça."

Luís Fialho, in O Benfica

Suspeição

"Era expectável acontecer o que estamos a assistir após o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa ordenar o julgamento de Rui Pinto e do seu advogado - o condicionamento da justiça. Tem valido tudo porque há gente que vive da suspeição doentia. Respeitando a presunção da inocência devida a todos os arguidos, já percebemos que a campanha contra os juízes que foram sorteados para o julgamento da dupla Pinto vai ser permanente. Agora foi a vez de atingir a honorabilidade e o brio profissional do juiz Paulo Registo. Ontem foram atacados a juíza de Instrução, Ana Peres, e o juiz-desembargador, Rui Teixeira, que ousaram arquivar a absurda acusação contra a SAD no E-Toupeira. Para esta gente, idóneos são apenas os juízes que arquivaram as acusações contra Pinto da Costa no Apito Dourado.
Estamos esclarecidos acerca das campanhas vis em curso e da publicação de novos artigos difamatórios contra o Benfica, em jornais estrangeiros. Um dia de descobrirá quem pagou tudo!
Vamos ao essencial. Lucidez, serenidade e determinação são três requisitos nestes tempos. Os nossos dirigentes têm revelado isso mesmo. Quem leu a carta do presidente aos benfiquistas e a entrevista do vice-presidente Alcino António a A Bola fica com a certeza de que temos um rumo e de que o projecto traçado será para cumprir. Quem viu a entrevista d director executivo do Benfica, Domingos Soares de Oliveira, à BTV concluiu que somos uma instituição credível, que honra os seus compromissos com os sócios, adeptos, parceiros e investidores. Luís Filipe Vieira, Alcino António e Domingos Soares de Oliveira são três bons exemplos de gestores que nos fazem acreditar na superação desta crise."

Pedro Guerra, in O Benfica

Os meus dois países

"Foi assim que Rui Costa sintetizou o que sente quando pensa em Itália e Portugal. Não é para menos, vindo de quem orgulhou a Luz e o Benfica por ser o 'Maestro', assim baptizado nos campos de Itália pelas multidões de adeptos deslumbrados e assim celebrado nas terras lusas a quem deu tantas alegrias e conquistas.
Mas Rui Costa dá provas de que a inteligência demonstrada no jogo ia muito além do relvado e alcançava o coração dos adeptos também muito para lá dos golos. Uma profunda humildade e um sentido humano de serviço aos outros e à sociedade fizerem desde sempre deste ídolo futebolístico um exemplo e um modelo que a muitos inspirou e continua a inspirar.
É assim em Portugal, hoje como ontem, e foi assim também em Itália, onde arrastou as paixões latinas de futebol visceral com as cores do AC Milan e da Fiorentina. Ali jogou, encantou e apaixonou, dando alma à mítica dupla Rui Costa - Gabriel Batistuta e permanecendo bem vivo nas memórias e no coração dos adeptos. E tem boas razões para isso, porque antes em Itália, agora em Portugal, e hoje com o covid-19, no Benfica e na Fundação, com a sua acção solidária, mostra bem que no coração de um jogador, mais do que dois países, cabe um mundo solidário!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Dentro das quatro linhas

"A reunião de terça-feira abriu alguma esperança aos adeptos e em especial aos Benfiquistas, que, numa circunstância como a presente, mais conscientes estão quanto a que os resultados, as classificações e os torneios de Futebol se devam decidir, sempre e exclusivamente, dentro das quatro linhas.
Todos nós temos assistido meio indignados, mas também meio divertidos... como quem observa os palhaços na arena do circo, à generalizada campanha de descarado condicionamento da opinião pública através dos órgãos de comunicação, no sentido de criar clima para que o Futebol profissional acabasse à pressa com jogos e campeonatos.
Claro que o que está por detrás disso, numa extensão comunicacional daquele célebre 'acordo do Atlis' - agora alargado a 'jornalistas' e a comentadores avençados com pudor e pousados nas mais diversas plataformas de informação, é, objectivamente, e pio desígnio de levar ao colo duas entidades.
Seria a grande e miraculosa oportunidade para que se salvassem já de maiores infernos - tanto a 'saúdinha' financeira e, até, a pele do caudilho e seus acólitos num clube do norte do país, como as poucas-vergonhas dos calotes que, definitivamente, também parecem ter passado a ser o registo comportamental normal de um outro clube, aqui, do norte de Lisboa...
Foi vê-los a perorar e a arengar teorias sobre as valências de 'um pontinho de avanço' sem jogar nada, ou, nos do outro lado, acerca dos 'benefícios da Covid' para sacar treinadores ao concorrente mais directo sem pagar coisa nenhuma...
É consabido que os pequenos criminosos (e os maiores...) sempre costumam aproveitar as ocasiões em que os seus alvos estão mais distraídos com outros fenómenos, para 'dar o golpe'. E sob essa perspectiva, acreditavam eles que a ocasião parecia mesmo tão boa aos mandatos, como mandantes deles - de um cajada conjunta, matavam-se vários coelhos.
Mas, na verdade, as coisas afinal não são assim tão simples: nem os palhaços mandam no circo, nem o Futebol se pode ganhar, sem 'lecas' e fora do próprio jogo, sobre a relva.
Quando o Futebol voltar, apesar deles, expedientes destes e outros ainda mais grosseiros, não irão faltar à comandita, certamente e estejam eles amancebados onde lhes derem guarida - nas TV, nas Rádios, nos Jornais, ou nas sarjetas da Web.
A eles e aos seus propósitos, parece que nunca lhes falta nada. Nem vergonha.
Mas, já agora, que não lhes falte mas é a saúde, para poderem continuar a lutar pela vida e a parecerem que são gente séria..."

José Nuno Martins, in O Benfica