"Vivemos uma altura muito difícil enquanto sociedade e a nível desportivo são muitas as questões que se levantam, o futuro do desporto que tanto nos faz vibrar é ainda incerto, no entanto temos de ir pensando em soluções para que o amanhã seja risonho.
A nossa selecção nacional de futebol não vai poder defender em 2020 o seu título de campeã europeia, adiando essa tarefa para um futuro próximo (esperamos que em 2021), mas a preparação para esse evento deve começar logo que as decisões dos campeonatos de cada país estejam concluídas.
Com toda esta indefinição, também os atletas, ao estarem sem treinar (apenas o fazem em suas casas), podem não vir a apresentar os mesmos índices, principalmente físicos, nos próximos tempos e isso poderá levar a que sejam dadas oportunidades a outros companheiros. Isto pode acontecer nos clubes, mas também na selecção nacional, com o Eng.º Fernando Santos a poder ter de inovar e surpreender nas suas escolhas.
Deixo aqui uma pequena “ajuda” ao seleccionador para que nas próximas convocatórias nos possa espantar, os critérios que escolhi são apenas, terem mais de 21 anos (ou seja, não contarem para os sub-21 e outras selecções jovens) e no máximo uma internacionalização por Portugal AA.
Guarda-redes:
Cláudio Ramos (Tondela) – Tem estado em grande nível na baliza dos “beirões”, merece outros voos a nível clubístico e também a 2ª internacionalização.
Rui Silva (Granada) – Vem sendo destaque por terras espanholas e pode muito bem estar à porta da selecção.
José Sá (Olympiacos) – O guardião de 27 anos é internacional sub-21 e Fernando Santos parece claramente contar com ele para o futuro.
Defesas:
Ricardo Esgaio (S.C. Braga) – Não fosse a abundância de jogadores de qualidade para esta posição e muito provavelmente já seria internacional AA.
Wilson Manafá (F.C. Porto) – Polivalente, rápido e com muita “chegada” ao ataque. É claramente uma opção a ter em conta.
Pedro Rebocho (Besiktas) – Depois de se ter destacado no Guingamp, surgiu a mudança para um dos “grandes” da Turquia, onde tem mostrado o seu valor de forma algo intermitente.
Sequeira (S.C. Braga) – Um jogador que, perto de completar 30 anos, parece, claramente, ter passado ao lado de uma carreira maior que a que a que tem feito.
Pedro Mendes (Montpellier) – Já cumpriu o sonho de vestir a “pele” de Portugal, mas pode almejar num futuro próximo voltar a fazê-lo. Será o novo Fonte?
Domingos Duarte (Granada) – A boa época no Granada já lhe valeu uma chamada aos treinos da equipa das “quinas”, o futuro com certeza trará os primeiros minutos de jogo.
Rúben Semedo (Olympiacos) – Mais um que já mereceu a confiança do seleccionador português e parece ser um dos candidatos à sucessão de Pepe.
Ferro (Benfica) – Tem realizado uma época com altos e baixos, no entanto o bom entendimento com Rúben Dias pode fazer com que também trabalhe com o colega de sector na “Cidade do Futebol”.
Médios:
Alfa Semedo (Nott. Forest) – Apesar de também ter nacionalidade guineense, sempre afirmou que queria jogar por Portugal. É jovem, pode jogar a “6” ou a central e tem muito ainda para evoluir.
Palhinha (S.C. Braga) – O que tem feito ao serviço dos bracarenses demonstra que, para além de ter potencial para representar a selecção, teria feito falta ao Sporting nesta época.
Pêpê (V. Guimarães) – O “Busquets português”, como já foi apelidado, tem sido um dos melhores médios da Liga NOS e vai por isso merecendo atenção sobre si.
Gabriel (Benfica) – A sua descendência portuguesa faz com que seja seleccionável e com certeza a sua qualidade traria uma mais-valia ao já muito bem preenchido meio-campo de Portugal.
Otávio (F.C. Porto) – A viver no nosso país desde os 20 anos de idade, já demonstrou a intenção de ser chamado por Fernando Santos, agora a “bola” está do lado do engenheiro.
Chiquinho (Benfica) – Jogador de qualidade, que pode actuar em várias posições do terreno. Bruno Lage é um admirador das suas características e isso tem feito com que tenho tido muitos minutos de águia ao peito.
Avançados:
Daniel Podence (Wolves) – Mais um que já treinou na “Cidade do Futebol”, mas que ainda não cumpriu o sonho de jogar com Cristiano Ronaldo e companhia. Fez uma primeira metade de época muito interessante no Olympiacos.
Matheus Pereira (West Bromwich) – Veio para Portugal muito novo, onde ingressou nas escolas do Sporting com 14 anos e é neste momento, aos 23 anos, o “rei” das assistências na exigente segunda liga inglesa. Vamos deixar “fugir” este talento?
Ricardo Horta (S.C. Braga) – Mais um que pertence ao “clube da uma internacionalização” e que tem tido a pouca sorte de jogar numa posição onde Portugal tem jogadores de qualidade muito elevada.
Fábio Martins (Famalicão) – O jogador formado no F.C. Porto é uma das “estrelas” do surpreendente Famalicão e vai tendo motivos para ter outras aspirações.
Paulinho (S.C. Braga) – De há 4 anos para cá que o seu nome tem surgido como hipótese para ser opção no ataque dos campeões europeus, mas essa chamada ainda nunca surgiu. Estará para breve?
Tomané (Estrela Vermelha) – Despontou em Guimarães, mas foi ao serviço do Tondela, em 2018/2019, que teve a sua época mais goleadora. A jogar neste momento num histórico clube sérvio, pode sonhar com a presença numa futura convocatória.
Curiosidades desta “convocatória”:
- O S.C. Braga é o clube mais representado, com 5 jogadores;
- O jogador mais velho é Sequeira com 29 anos e o mais jovem Alfa com 22;
- Cinco jogadores nasceram fora de Portugal (1 na Suíça, 1 na Guiné-Bissau e 3 no Brasil);
- Desde que haja um motivo válido, sou completamente a favor de naturalizações;
- Matheus Magalhães, Tiago Ilori, Gil Dias, Xeka, André Horta, Diogo Gonçalves e Rui Fonte também foram equacionados.
Nem a equipa campeã da Europa em 2016 foi consensual, por isso esta, obviamente, não o vai ser também. Quais seriam as vossas listas de convocados, de acordo com estes critérios?"
Nem a equipa campeã da Europa em 2016 foi consensual, por isso esta, obviamente, não o vai ser também. Quais seriam as vossas listas de convocados, de acordo com estes critérios?"
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