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sábado, 4 de fevereiro de 2023

Antevisão...

Emirates...

Falar Benfica: Mercado...

BI: Antevisão Arouca...

5 minutos: Antevisão Arouca...

«Saída de Enzo foi inesperada, mas decidimos não ir ao mercado» - Roger Schmidt


"Tal como adiantamos aqui, a opção de não contratar ninguém para o lugar de Enzo, foi da responsabilidade do treinador que preferiu a estabilidade do balneário a contratar alguém só por contratar."

Obrigado...


"André Almeida, goste-se ou não, deu tudo de si ao Benfica, não só em campo, mas também fora dele, transmitindo o que é ser benfiquista aos jogadores que chegavam. Merece todo o nosso respeito e merece também uma grande ovação ao minuto 34, amanhã, na Luz.
Obrigado por tudo, André. 👏"

Demais a menos!!!


"✅ Fecho do mercado de Agosto - a comunicação social acha que o Benfica tem jogadores a mais...
✅ Fecho do mercado de Janeiro - a comunicação social acha que o Benfica tem jogadores a menos...
Entende-se esta gente!? 🤔"

BI: Rui Costa...

Águia: Rui Costa...

Terceiro Anel: Mercado...

A Verdade do Tadeia #738 - Recomeça a agitação

Entre a Ferrari e o Benfica

A cláusula de Roger Schmidt


"Depois de uma longa novela com ofensivas e contraofensivas nos últimos minutos do mercado, confirmou-se: Enzo saiu, por um valor acima da cláusula, tornando-se o jogador mais caro da Premier League e a segunda maior "venda" de sempre do Benfica.

Mesmo sabendo que o River Plate tem uma parte, que há custos de intermediação e o mecanismo de solidariedade, os números são de tal forma impressionantes que não deixam muita margem aos detratores do costume. Na verdade, o Benfica foi fiel ao que sempre disse, e fez tudo para reter o jogador, dando prioridade ao plano desportivo. Só a evidência dos 121 milhões somada à irredutibilidade do jogador de querer sair conduziriam ao fecho da transferência.
Este aspeto não é irrelevante. Pois, como disse Roger Schmidt, "o Benfica é muito maior que um jogador!" e "no Benfica precisamos de jogadores que tenham paixão em jogar pelo clube". Não diria melhor e tenho quase 40 anos de sócio.
O técnico alemão interpretou, exemplarmente, o sentimento benfiquista para além de pôr a equipa a jogar bom futebol e a ganhar, como se viu com este 3-0 em Arouca já sem Enzo e, sobretudo, sem Rafa e sem Gonçalo Ramos. Passa por ele resolver o problema de perder um jogador de indiscutível qualidade. Preocupante mesmo era se alguém batesse a cláusula do técnico alemão e ele quisesse ir embora (o que não me parece que acontecesse em qualquer caso). Ele é figura central de um projeto ganhador e um profissional cuja cláusula não é estritamente financeira, mas também de compromisso com o projeto e com o clube, rumo ao 38!

A subir
João Mário goleador e o Benfica a aumentar a vantagem no campeonato.

A descer
Enzo Fernández, de 1 na Liga portuguesa para 10 na Liga inglesa."

Os 5 jogadores mais novos a atuar pelo SL Benfica


"Pelo SL Benfica, muitos teenagers se chegaram a estrear na equipa principal. Contudo, com menos de 18 anos, só sete jogadores estiveram em campo com a camisola encarnada. Um dos quais é o regressado Gonçalo Guedes.
Jorge Jesus foi o treinador que lhe deu a primeira oportunidade numa visita difícil à Covilhã a contar para a Taça de Portugal frente ao Sporting local em outubro de 2014. Na altura, o jovem tinha 17 anos, 10 meses e 19 dias. Guedes acabou por ficar três épocas nos seniores e rendeu uma maquia importante de dinheiro para o clube seguindo para o Paris Saint-Germain FC.
Tal como o extremo, Nuno Ribeiro mais conhecido por Maniche também se estreou pela equipa principal do Benfica aos 17 anos e 10 meses. O médio debutou logo nas competições europeias, na antiga Taça UEFA, na vitória na Bélgica frente ao Lierse SK na época 95/96 por apostar do técnico Mário Wilson.
Maniche ainda teve uma época de grande utilização nos encarnados, mas acabou por ser no rival FC Porto, onde atingiu o auge com a conquista da Liga dos Campeões. Curiosamente, o jogador terminaria a carreira no Sporting CP.
Apesar da tenra idade de estreia, estes dois jogadores não estão atualmente no top 5 das águias mais jovens de sempre a jogar entre os graúdos.

5. Diego Moreira Trata-se novidade mais recente desta lista. Em 2022/2023, Roger Schmidt promoveu a estreia de Diego Moreira aos 17 anos e nove meses. Filho de Almani Moreira, avançado que se destacou principalmente no Standard de Liege e no Partizan de Belgrado, Diego nasceu na Bélgica, onde deu os primeiros passos no futebol.
Contudo, em 2020/21, chegou à Luz, onde com 16 anos, se estreou nos sub23 dos encarnados para além de ter jogador nos juvenis e juniores. Na época seguinte, Diego Moreira destacou-se principalmente na formação sub19 do Benfica, ao ser um dos mais influentes na caminhada vitoriosa na Youth League.
No final de 2021/2022, Nelson Veríssimo promoveu a estreia de Diego Moreira aos 17 anos e 9 meses no jogo ao entrar aos 68´ do último jogo no Campeonato na vitória forasteira frente ao Paços de Ferreira (2-0).
Já esta época, o técnico Roger Schmidt também o utilizou no início da temporada na partida frente ao FC Midtjylland da terceira pré eliminatória da Liga dos Campeões. Só que o jogador integrado na equipa B deixou de ser aposta mesmo na equipa secundária. Na imprensa, especula-se que as dificuldades para a renovação de contrato terão precipitado esta situação.
Será que o Benfica ainda conseguirá esculpir este diamante?

4. António Simões Apareceu na fase dourada da história encarnada. Depois de ter começado o seu percurso no Almada, António Simões esteve duas épocas nos escalões de formação encarnada.
O treinador Bela Guttmann resolveu apostar no início da época 1960/1961 no extremo esquerdo. Depois da conquista da Taça dos Campeões Europeus, o Benfica disputou a Taça Intercontinental com o Peñarol, vencedor da Libertadores. O “irmão branco” de Eusébio estreou-se também com 17 anos e 9 meses, mas dois dias mais novo do que Diego Moreira.
O encontro não teve um final feliz para as águias, mas no ano de estreia nos seniores, Simões foi peça importante na revalidação da conquista da Taça dos Campeões Europeus e na conquista do Campeonato.
Ao todo, António Simões esteve 14 temporadas e fez 72 golos em 447 jogos nos encarnados ao mais alto nível com dez Campeonatos conquistados, para além da conquista europeia. O avançado fez ainda 46 jogos pela Seleção Nacional e fez parte dos Magriços no Mundial 1966, onde ainda hoje Portugal assegurou uma das melhores participações na competição. Terminou a carreira futebolística nos Estados Unidos da América.

3. Zé Gomes O luso guineense começou a dar os primeiros passos na Guiné Bissau na Academia Vitalaire. O avançado veio para Portugal aos dez anos para vir jogar no Sporting. No entanto, o miúdo acabou por rumar ao Benfica, onde se destacou. Três épocas entre sub15, sub17 e sub19 a marcar muitas dezenas de golos acabaram por convencer os responsáveis encarnados a apostarem no jovem aos 17 anos nas equipas seniores.
Em 2016/2017, na primeira época a jogar entre os graúdos, o jovem estreou-se ao entrar nos descontos da vitória das águias em Arouca à quarta jornada do Campeonato. O treinador que o lançou foi Rui Vitória.
Nessa temporada, Zé Gomes faria mais quatro jogos, incluindo a sua estreia na Liga dos Campeões frente ao Napoles, e tornou-se o mais jovem de sempre a atuar nas competições europeias pelas águias. Contudo, a temporada já foi menos produtiva em termos de golos e a partir de janeiro, o internacional jovem por Portugal acabou por deixar de ser convocado para os encontros da equipa principal.
Nas duas épocas seguintes, Zé Gomes voltou a não atingir o rendimento que mostrou na formação. O ponta de lança que também pode jogar no corredor esquerdo do ataque acabou por ser emprestado ao Portimonense da I Liga. Contudo, na formação algarvia, os minutos escassearam e a promessa acabou por fazer meia temporada na Polónia.
Em 2020/2021, o luso guineense ainda regressa ao Seixal para meia época na equipa B, mas a rescisão do contrato acaba por ser a solução encontrada para ambas as partes.
Depois dos anos no Benfica, Zé Gomes já percorreu Bulgária, Itália e em 2022/23 está na Roménia, onde foi contratado pelo Cluj aos 23 anos. O clube que já foi o mais português da Roménia acaba por ceder ao Universitatae Cluj depois de não ter efetuado nenhum jogo até ao final de 2022.

2. Fernando Chalana Tal como Simões, o “pequeno genial” falecido em 2022 foi o outro exemplo precoce que acabou por marcar de forma muito positiva o universo benfiquista.
Aos 14 anos, Chalana foi contratado pelo Barreirense em 1973/1974, mas rapidamente o Benfica o contratou por cerca de 750 contos (cerca de 3750 euros). Depois de duas épocas de formação nas águias, John Mortimore lançou o avançado em março de 1976. O Chalanix tinha 17 anos e 25 dias ao entrar no inicio da segunda parte na vitória frente ao Farense no antigo Estádio da Luz. Depois de dois jogos nessa primeira época, o jogador fez oito temporadas de encarnado, mas duas lesões graves acabaram por condicionar toda a carreira do jogador. Contudo, Chalana era o desequilibrador de excelência com muita técnica e forte no 1×1, podia jogar em ambos os corredores do ataque.
Na Seleção Nacional, Fernando Chalana fez apenas 27 jogos e marcou duas vezes, mas na memória fica como a maior estrela de Portugal no Euro 1984. A Seleção chegou até às meias finais e como estrela maior da equipa, Chalanix acabou por despertar a atenção de vários emblemas estrangeiros.
O jogador acabou por ser transferido para o Bordéus, onde as lesões o voltaram a atormentar. Depois de três anos em França, o “pequeno genial” acaba por voltar à Luz onde fisicamente limitado acaba por não mostrar o talento que mostrou anteriormente. Ao todo, Chalana fez 311 jogos e marcou 48 golos pelos encarnados, terminando a carreira no Estrela da Amadora aos 33 anos.

1. Hugo Leal Um jogador que acabou por não revelar aquilo que prometia. O percurso no futebol começa no Estoril, mas cedo integra a formação do Benfica. Lá saltou os escalões rapidamente e marcava presença nas seleções jovens. Ainda sem ter completado 17 anos, o treinador Manuel José lança o médio nos últimos 16 minutos frente ao Sporting de Espinho, em 1996/1997.
Na época seguinte, Hugo Leal faz apenas quatro jogos pelos encarnados, na primeira metade da época e segue por empréstimo para o Alverca. No Ribatejo, o jovem tem os minutos suficientes para evoluir. Assim, em 1998/1999, o médio volta, ganha a titularidade na Luz e ainda faz a sua única internacionalização na Seleção Principal.
Quando já era idolatrado pela massa adepta, Hugo Leal surpreendeu e rescindiu unilateralmente o contrato no final da época, alegando falta de condições para continuar no Benfica.
O médio seguiu para o Atlético Madrid, onde fez dois anos de bom nível. Desse modo, Hugo Leal segue para o Paris SG onde é colega de Ronaldinho e Anelka, por exemplo. Todavia, é em França que o calvário das lesões começa.
Com uma utilização intermitente na cidade luz, o organizador de jogo regressa a Portugal em 2004/2005 pela mão do rival FC Porto, na altura campeão europeu em titulo. Só que a experiência no Dragão não corre bem e acaba por ser cedido em janeiro de 2005 à Académica.
“As coisas não correram como eu esperava e eu também não estava preparado para enfrentar as exigências que uma equipa grande fazia. Vinha com muita falta de confiança e de ritmo, estava desiludido com o futebol, eu via o meu futuro muito negro”, referiu o jogador sobre a experiência no clube portista, em entrevista ao Diário de Notícias.
Na época seguinte, o médio desvincula-se do Porto e vai para Braga, onde ainda mostra lampejos de qualidade sem que as lesões o larguem.
Depois da passagem por alguns clubes nacional na I Liga e um regresso a Espanha via Salamanca, Hugo Leal terminou a carreia de futebolista profissional em 2012/2013 no Estoril Praia, onde tinha dado os primeiros passos."

Sporting, 0 Pinheiro, 2


"Já referi várias vezes, nestas crónicas, que a maior parte dos árbitros do nosso futebol profissional são tão maus que metem dó!

Porque será que a nossa Federação da bola não contrata árbitros estrangeiros? Se contrata um selecionador espanhol, qual o problema de contratar árbitros de outros países? Eu não sei quais as habilitações necessárias para se ser árbitro de futebol. Quarta classe? Curso do liceu? Curso superior? Eu acho que deve ser a quarta classe! Ou nem sequer é preciso saber ler e escrever? Lembro-me, quando estava no Sporting, de ter lido um relatório de um árbitro, e a caligrafia era pior do que a de um dos meus netos, que tem sete anos e está na primeira classe! Ó manjericos, porque é que vocês escolheram esta profissão? Porque é bem paga? Mas podiam ter escolhido outra onde se ganha muito mais! Sei lá, secretário de Estado, administrador da TAP, candidato a presidente de Câmara, agente de jogadores, dono de pastelaria, tudo menos arbitragem de futebol! O SPORTING, 0 - PINHEIRO, 2 foi o melhor exemplo de como o português não pode ser árbitro de futebol! Aquilo em Leiria, a que alguns podem chamar de um jogo de futebol, foi uma batalha campal, onde ao Wendell só lhe faltou levar uma moca para arrumar com o Pote!
No Marítimo-F.C.Porto, tudo foi normal, incluindo o pagamento de um milhão de euros, feito horas antes do jogo, de uma dívida que os azuis tinham, há anos, para com os madeirenses! Esta atitude revela a verdadeira essência do fairplay! O que também foi normal foi a expulsão do treinador do Dragão. Pelas imagens, e pelo movimento dos lábios, pareceu-nos ter chamado ao árbitro de "Nossa Senhora de Fátima"!
O estado do nosso futebol lembra-me Juca Chaves, falando da hiena que, como se sabe, anda sempre com os dentes de fora: "Animal que só come e só faz sexo uma vez por ano, ri de quê?".

A subir
A cabazada do Sporting ao Braga!!!

A descer
A final da Taça da Liga, em Leiria! Que arbitragem vergonhosa!"

Monólogo...!!!


PS: O meu único problema com este boneco, é que só 'agora' quando o seu clube é prejudicado, resolve fazer um monólogo dramático!!!

Ao entrarmos na 2.ª volta do campeonato, poderá vir aí “demasiada animosidade” e “alguma crispação”

 

Os jogadores enquanto fantoches dos treinadores


"Estou convencida de que um dos mais determinantes aspectos na carreira de um jogador de futebol é o seu conjunto de treinadores. A ideia nasceu na autobiografia de Johan Cruyff, quando nela explicou que, na altura em que assumiu o comando técnico do Barcelona, os dirigentes catalães não contavam com Guardiola, porque era «um pau de virar tripas que não sabia defender, que não tinha força e que não conseguia fazer nada no ar». E o que Cruyff fez com Guardiola, Pep fez com Sergio Busquets, repescando-o da equipa B até, compassadamente, o colocar à frente de Yaya Touré no seu 11 titular de gala.
Há quem se deixe governar pelos horóscopos da revista Maria, alegando que os bons jogadores, mais tarde ou mais cedo, acabam por chegar ao topo. Ora, eu cá não me iludo: dificilmente Busquets se sentaria à mesa com os melhores médios-defensivos de sempre se não tivesse contado com a preferência de Pep face às suas características, indispensáveis no futebol que o treinador idealizara.
Urge esta reflexão numa altura em que o mercado se tornou louco, que é também uma altura em que, através dos valores despendidos, identificamos avaliações de alguns treinadores. Rúben Amorim, responsável por transformar, em pouco tempo, um suplente da equipa de sub-23 do Sporting num dos melhores laterais do mundo, Nuno Mendes, vê-se, agora, julgado por gastar 7,5 milhões de euros, mais 5 milhões mediante o cumprimento de objectivos, no potencial de Diomande. No Benfica, Roger Schmidt fez com que milhões torcessem o nariz perante a sua aposta em Florentino, retornado à Luz após dois empréstimos mal sucedidos, que nem com a chegada de Aursnes perdeu espaço. Por outro lado, Sérgio Conceição continua sem olhar para recordes de transferências, numa altura em que já passaram mais de três meses desde que David Carmo, protagonista do negócio mais caro entre clubes portugueses, completou minutos pelo FC Porto.
São convicções.
Não se é bom treinador por se ser um bom chefe de família ou por se bater muitas vezes no símbolo, tal como a um bom cozinheiro não lhe basta ser gordo, mesmo que se pressuponha que tem boa boca. De tão pouco lhes vale a lenga-lenga de que ‘os bons lá chegarão’, já que a ignorância dessa balela começa logo por ignorar a subjectividade do termo ‘bons’. O Pep idealizava um tipo de futebol, mas se, ao invés do Busquets, lá tivesse posto o Arturo Vidal, a carroça não teria andado como andou. Se calhar, até há quem ache que tinha andado melhor, porque peixe não puxa carroça, mas o futebol mostrou-nos que, com Busquets, fluiu lindamente e essa foi a vitória da convicção daquele treinador. Com outros estilos de carroças, vencem Klopp, Nagelsmann, Simeone, Ancelotti. Amorim, Schmidt, Conceição. Nenhum procura provar que só existe um caminho para vencer, mas cada um procura vencer à sua maneira, apostando, muitas vezes, em ‘bons jogadores’ diferentes. E não é descabido explicar que Busquets não teria lugar com Simeone, Darwin não teria lugar com Pep, Florentino não teve lugar com Jorge Jesus. Claro que os treinadores têm preferências.
Ajuizar a qualidade de um jogador à luz dos clubes que representou, dos técnicos que nele confiaram ou dos minutos realizados em contexto sénior não é analisar, é enviar um currículo para o Zerozero. Já nos questionámos sobre a incapacidade de Nuno Espírito Santo em reconhecer talento no Vitinha? Por vezes, a falta de utilização de um jogador com determinadas características, pode revelar mais sobre o perfil do treinador do que sobre a falta de talento do atleta. Desde que De Zerbi chegou ao Brighton, Mitoma tem sido um dos destaques da Premier League. Pelo Japão, no Mundial, nunca foi titular. Após uma das melhores épocas da carreira, Thiago não contou para Luis Enrique. Odegaard, emprestado pelo Real Madrid ao Heerenveen, ao Vitesse, à Real Sociedad e ao Arsenal é, na actualidade, e já depois de ter sido vendido pelos merengues, um dos melhores médios do mundo.
No futebol, se estiveres à espera de que os outros validem as tuas convicções, dificilmente passarás de um cata-vento. É fácil gostar dos que são vendidos por 100 milhões e desprezar os que não constam na convocatória. Acreditar no talento do Vitinha é acreditar nele quando foi emprestado pelo FC Porto ao Wolverhampton com uma cláusula de compra de 20 milhões; acreditar no talento do Florentino é acreditar nele quando foi emprestado pelo Benfica ao Mónaco e ao Getafe; acreditar no talento do Daniel Bragança é acreditar nele quando foi emprestado pelo Sporting ao Farense e ao Estoril; acreditar no talento do Tiago Dantas é acreditar nele mesmo não tendo sido titular indiscutível no Tondela ou estando, agora, emprestado ao PAOK; acreditar no talento do Francisco Geraldes é acreditar nele sabendo que foi ignorado por Jorge Jesus, José Peseiro, Marcel Keizer, Silas, Ruben Amorim, que joga no Estoril e que, aos 27 anos, terá sérias dificuldades em passar para outro patamar.
São convicções. Não estão dependentes da validação dos outros."

Os efeitos das emoções na prática desportiva


"As emoções desempenham um papel importante na prática e nos eventos desportivos. Elas são importantes não só para os atletas, mas também para os participantes. Surgem da ação e podem influenciá-la. As emoções remetem para a zona de conforto, criando ilusões. Em psicologia, sabe-se que as emoções primárias não estão viradas para nos fazerem felizes, mas sim para sobrevivermos. No âmbito da competição, muitas vezes são as emoções que decidem os resultados. A experiência de certas emoções pode levar um atleta a fazer o melhor uso das suas capacidades e ter também uma influência positiva na performance. Não interessa aqui explicá-las todas, mas tomemos, como exemplo, seis das emoções básicas: alegria, raiva, surpresa, tristeza e medo.
No caso da alegria, verifica-se que está associada ao comportamento de ligação, manifestando-se no corpo nas chamadas “hormonas felizes”. Essas hormonas podem ter, por exemplo, um efeito positivo na nossa perceção de dor. No desporto, este comportamento poderia estar associado à procura de desempenho, ao esforço, à atividade focalizada, etc. Teoricamente, uma emoção como a alegria promove o desejo de se praticar algo ou, de uma forma mais geral, de se praticar um desporto.
Relativamente à raiva, a sua função biológica original é a destruição. A experiência desta emoção preparou automaticamente o ser humano para um comportamento agressivo, destinado a remover obstáculos para a satisfação de necessidades importantes. Tal como a alegria, a raiva pode ser associada a uma tendência para a ligação, mas com outros motivos subjacentes.
O fator surpresa: no passado, a surpresa era definida como uma emoção desencadeada por um objeto inesperado, permitindo a uma pessoa se adaptar a uma situação nova ou estranha. A surpresa negativa pode, rapidamente, se transformar em frustração ou descontentamento, ou causar uma espécie de choque, o que pode atrasar a ação e o desempenho. Se num evento, aumentarmos o desvio do valor-alvo, a surpresa tem uma carga negativa; se reduz o desvio do valor-alvo, a surpresa é sentida positivamente.
Quanto à tristeza, ela é uma reação a uma perda de algo importante que foi possuído ou valorizado. No desporto, a reação emocional não é geralmente uma tristeza enquanto tal, mas sim uma forma suavizada desta emoção: desilusão perante a derrota ou fracasso pessoal. A tristeza e a desilusão são emoções, cujas consequências negativas são mais prováveis de serem sentidas a longo prazo. A motivação, especialmente para continuar a treinar e atingir objetivos, pode sofrer alterações. Esta emoção de motivação é de grande importância na educação física, uma vez que as crianças são particularmente influenciadas pelo fracasso e perdem rapidamente o interesse pela prática desportiva.
Finalmente, uma nota sobre o medo: em contraste com a raiva, o medo não serve para destruir, mas sim para proteger. Quando confrontados com uma reação ao stresse de qualquer tipo, analisamos automaticamente a situação. Se nos vemos mais fortes do que o objeto de stresse, sentimo-nos zangados. Mas, se nos vemos mais fracos, sentimos medo. O comportamento não está focado na aproximação, mas sim em evitar. Se nos sentirmos ameaçados, adotamos um comportamento para nos protegermos do perigo e dos danos. No desporto, o medo é um fenómeno omnipresente. O medo, semelhante à alegria, pode levar a uma diminuição da atenção. Para além dos efeitos cognitivos, o medo também pode levar a um aumento geral da excitação física ou a um bloqueio do comportamento motor. Uma pessoa medrosa é, assim, incapaz de atuar.
Existem, grosso modo, quatro leis sobre a independência emocional: 1) a mente a as emoções primárias não nos fazem felizes, mas sim sobrevivermos; 2) o piloto automático (a forma de se reagir) é o resultado das decisões de uma criança muito jovem. O adulto que somos hoje é fruto da infância. 3) nós somos condicionados por regras e modelos de outras pessoas; 4) a programação emocional e personalidade foram moldadas sem nós escolhermos, e não é quem você realmente é.
Eu diria que o maior erro é se olhar para trás no tempo e lamentar o que se perdeu e aquilo que hoje falta. Os pensamentos não são a realidade. Recomendo, se me permitem, a não punição constante pelos erros cometidos, sob pena de se criar uma prisão emocional perpétua."