Últimas indefectivações

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Faltam três

"O Estoril foi a equipa que, no campeonato, melhor jogou na Luz. Não merecia ter perdido, mas - para um benfiquista como eu - felizmente perdeu. Fica demonstrado que a mudança de técnico pode ser mesmo decisiva para transfigurar um plantel.
O Benfica segue isolado na frente há 27 jornadas. Sendo uma prova longa, há sempre jogos excelentes com resultados decepcionantes (veja-se o confronto na Luz contra o Porto), mas também existem jogos no máximo medíocres com desfechos bastante positivos. Foi o caso agora. Graças ao imprescindível Jonas.
O Benfica, de facto, jogou pouco. Falhou golos improváveis, mas evidenciou, sobretudo, uma talvez surpreendente tremedeira naquele que seria, em tese, o menos difícil dos jogos restantes. Os primeiros 20 minutos da segunda parte, com uma notável exibição dos estorilistas, mostraram uma equipa encarnada perdida, dominada, mental e psicologicamente exausta. Difícil de compreender, até porque havia jogado bem melhor no principal obstáculo psicológico do anterior domingo em Alvalade (e sem Jonas...).
Para ser tetracampeão, sem a ajuda de terceiros, tem de fazer 7 dos 9 pontos restantes. E tem sobretudo de jogar melhor, sem a habitual mania portuguesa de achar que o relógio mais tarde ou mais cedo tudo resolverá. Para isso é necessário impor-se, começando os jogos como se eles estivessem nos derradeiros minutos, porque é assim que o candidato a um tetracampeonato deve fazer. E acabar com a excessiva lateralização entre os defesas e o guarda-redes, que cansa só de ver durante largos minutos.
Em Vila do Conde está o jogo-chave. A vitória é meio caminho para o almejado tetra. Força Benfica!"

Bagão Félix, in A Bola

PS: «... domingo em Alvalade (e sem Jonas...)»
Pois, Jonas, é sem dúvida o melhor jogador do Campeonato, e nos últimos 30 metros faz a diferença, mas o Benfica com Jonas e Mitro, fica mais permeável no meio-campo, a 1.ª linha de pressão, perde eficácia (em contraste com a dupla Lima/Rodrigo, por exemplo)... e talvez por isso, desde do regresso de Jonas e a saída do Guedes, temos tido jogos onde a equipa 'parece' não ter o controle da partida...!!!

Campeão da democracia

"A 'Liga Salazar' é o último exemplo de uma campanha insidiosa que tenta ligar o Glorioso ao Estado Novo e que é insultuosa para muitos que edificaram um clube eclético, plural e democrático. Vale a pena rememorar os que se fazem esquecidos e esclarecer os ignorantes.
O Benfica nasceu da vontade de um grupo de rapazes lisboetas de origem popular, com pouco recursos. Esse código genético contrastante deixou marcas: enquanto tivemos vários presidentes de meios oposicionistas (Félix Bermudes, Manuel Conceição Afonso, Ribeiro da Costa ou Borges Coutinho), os nossos rivais eram presididos por figuras do regime fascista (Urgel Horta e Ângelo César no Porto; Casal Ribeiro e Góis Mota no Sporting). Não por acaso, após o golpe militar, o Sporting mudava o nome do Estádio para 28 de Maio, para mais tarde inaugurar Alvalade a 10 de Junho, e o Porto inaugurava as Antas no âmbito das comemorações do 28 de Maio; o Benfica, quando se transferiu para a antiga estância, recuperou o nome Campo Grande e fez questão de inaugurá-lo a 5 de Outubro. Mais tarde, a velha Luz abrira a 1 de Dezembro, porque não ficara pronta a 5 de Outubro. Quem conheça um pouco de história não terá dúvidas quanto ao simbolismo das datas. Sintomaticamente, só em 1971 a Luz albergaria um jogo da selecção nacional.
Foi também o Benfica que viu o seu hino - Avante p'lo Benfica - proibido pela censura, numa altura em que os jogadores deixaram de ser vermelhos e passaram a encarnados. Durante a noite negra do fascino, enquanto os sócios benfiquistas elegiam o presidente em eleições directas, que enchiam a antiga sede do Jardim do Regedor, com filas de gente que chegavam até aos Restauradores, no Porto e no Sporting as direcções eram escolhidas por conselhos de ex-dirigentes e notáveis. 
Uma coisa é clara: o Benfica foi o campeão da democracia durante o Estado Novo. Continuamos fiéis a esse espírito, sem culto de presidentes nem revisionismos do número de títulos ou data de fundação."



PS: Para não deixar dúvidas sobre esta tentativa de revisionismo histórico abjecta deixo alguns testemunhos, de gente insuspeita...




Alfredo Barroso, conhecido Sportinguista:
"E, no entanto, nos tempos da outra senhora, o Sport Lisboa e Benfica chegou a ser considerado como uma referência democrática, um oásis onde coexistiam vozes de todas as origens políticas e em que algumas figuras notórias da oposição ao Estado Novo chegaram a ser membros dos órgãos sociais do clube. Digo isto com tanto mais admiração e à vontade, quanto é certo que sempre fui adepto do Sporting Clube de Portugal, o qual, pelo contrário, era conhecido pelas suas notórias ligações ao Estado Novo e foi quase sempre dirigido por figuras mais ou menos proeminentes da extrema-direita do regime salazarista. Para grande desespero de alguns adeptos como eu que, por carolice ou amor à camisola, nunca viraram a casaca, apesar dos dichotes e bicadas (mais que justas) de muitos adeptos do Benfica."

Mudar para ficar tudo na mesma...

"O futebol português anda a ferro e fogo, perdeu o bom senso, abdicou do equilíbrio e esqueceu os princípios básicos do desporto. Perante este estado de coisas, de pouco valerá discutir alterações pontuais a regras disciplinares. Se não houver medidas de fundo, o progresso possível num país que tem excelentes técnicos e executantes e que podia almejar a outro patamar de visibilidade, será sempre uma miragem e a Liga portuguesa continuará a ver fugir (no ranking e não só) os restantes campeonatos. Por onde passa, então, a solução? Pela aceitação, por parte dos clubes, de vários princípios já testados há muito e em funcionamento nos países onde a indústria do desporto é um caso de sucesso. Estou a falar da segurança, tornando os estádios lugares próprios para as famílias; refiro também a qualidade do espectáculo, só possível se forem instalados mecanismos de aproximação orçamental entre os clubes; e, claro está, respeito por uma arbitragem que melhorará com o vídeo-árbitro (que não resolverá todos os problemas) e que precisa de crescer em transparência para ser credível. Preenchidos estes requisitos, poder-se-á então debater a questão da medida das penas para quem agir contra os interesses do futebol. Fazê-lo no estado actual é acrescentar ruído sem que haja um ganho concreto.
O que falta então para que estes passos sejam dados? Vontade. Dos dirigentes. Aquela vontade firme e inequívoca de quem tem convicções fortes. E aqui é que a porca torce o rabo. Todos falam, falam, falam, mas na hora da verdade acabarão refugiados em clichés que são garantia absoluta de que nada vai mudar. Vai uma aposta?"

José Manuel Delgado, in A Bola

Emoções à solta no (final da época do) futebol: os desafios do treinador

"Invariavelmente, por esta altura do ano, as máquinas calculadoras saem do bolso e clubes e seus treinadores começam a fazer cálculos matemáticos para aferir a manutenção ou, por oposição, a possibilidade de ser campeão.
É uma fase profícua de emoções pois, quem não está no grande palco a protagonizar jogos de verdadeiro 'mata-mata' (expressão tão bem utilizada por Scolari), assumindo a titularidade pelas suas equipas, está também em grande "reboliço" para tentar garantir ainda os minutos de jogo necessários para "cair nas graças" de algum empresário ou clube, para a época que se avizinha. 
Também neste período, muitos atletas e treinadores vêem a sua disponibilidade mental muito (às vezes, demasiadamente) ocupada com cenários em que os contratos se encontram à beira do fim.
Esta é, por essa mesma razão, a fase em que, possivelmente, as competências de liderança de um treinador mais impacto poderão ter na performance da sua equipa, atendendo a que, por lógica, tudo o que tenha a ver com o seu modelo de jogo e cultura táctica, estará já (desejavelmente) assegurada.
Trata-se, por isso, de uma fase onde serão necessárias competências superiores de gestão emocional e gestão motivacional, sendo que, dada a pouca experiência que os atletas em Portugal têm nesta área (contrariamente ao que se assiste na Premier League, por exemplo), a "responsabilidade" desta gestão e optimização recai, quase sempre, sobre o treinador (muitas vezes, ele próprio em "alvoroço emocional").
Como pode, então, um treinador actuar, no sentido de optimizar ou dinamizar uma "atitude vencedora"?
De uma forma um pouco simplista, mas com algumas orientações importantes, a literatura científica aponta para uma actuação focada em:
1 - Fomentar uma atitude de superação, através do seu próprio comportamento. 
Ter plena consciência do seu próprio comportamento verbal e não verbal, procurando criar mensagens claras (de acção) e ser profundamente coerente em termos de comportamento não verbal. Os atletas são extraordinariamente atentos às flutuações emocionais dos seus treinadores e, por essa razão, detectam muito facilmente quando um treinador não acredita num dado resultado (ex: ganhar um jogo, garantir manutenção, assegurar a subida, etc.).
2 - Transformar envolvimento em compromisso e missão.
Este é, possivelmente, um dos maiores desafios, atendendo a que, com o avançar da época, temos já níveis de saturação emocional acumulados, seja por parte de titulares ou suplentes que, nesta fase, começam "naturalmente" a desligar do processo.
Um conhecimento aprofundado dos atletas que se gere, ajuda, neste caso, a criar cenários e propósitos de superação que, dada a fase da época, devem ser focados a curto prazo (semana a semana, jogo a jogo).
3 - Gerir o medo, a descrença e a desilusão.
Esta é uma fase onde, muitas vezes, assistimos a atletas, às vezes equipas, "congelados" em termos de acção, com uma enorme dificuldade em assumir o risco.
De facto, frequentemente, temos os atletas demasiado sobrecarregados com o "fardo" de ganhar (ou não perder), e isso resulta, invariavelmente, numa sobrecarga de ansiedade e inibição em termos do comportamento, pelo que, os atletas que exibem uma taxa de esforço e de entrega superiores devem ser destacados no grupo, bem como aqueles que assumem o papel de "motor da equipa" em campo: é importante que aqueles que "teimam" em resistir não se sintam "sozinhos" em campo.
Igualmente importante será saber manter, dentro da equipa, um espírito em que se reforça e comemora as "pequenas" coisas que correm bem.
4 - Níveis de concentração elevados = níveis de performance elevados.
Se considerarmos que a investigação nos refere que, por hora, temos mais de 2000 pensamentos... e, se juntarmos a isto, uma sensação de "iminente" derrota, fracasso ou erro... podemos facilmente imaginar que, neste tipo de cenário, a predominância de pensamentos disruptivos pode ser enorme, pelo que, uma das melhores estratégias será investir na optimização do processo de concentração dos atletas (e equipa).
Torna-se, por isso, de extraordinária importância, Focar os atletas em acções que controlem (que dependam só de si), Focados no processo(ex: acção táctica definida) e a curto prazo, reforçando sempre os atletas que se mantém neste tipo de registo (independentemente do resultado).
Indiscutivelmente, esta é "aquela" etapa em que um treinador deve "transpirar" uma "máxima" que se traduz em:
"Crer e querer" - ou seja, acreditar genuinamente na capacidade de superação dos seus atletas, para que se comprometa emocionalmente, ele próprio, com a activação da motivação (= querer) da sua equipa.
Agora, o "campeonato" dos Treinadores está, de fato, ao rubro."

Benfiquismo (CDLVII)

Precisamos de muita 'cabecinha'...!!!

105x68... Concentração nos adversários, que contam para o nosso Campeonato!

Vieira, um presidente diferente

"Pinto Da Costa recebeu auxílio inesperado e curioso. O líder leonino, hábil a dizer coisas, disponibilizou-se para o trabalho mais frenético.

Na última sexta-feira, na Casa do Benfica de Grândola, Luís Filipe Vieira em discurso bem estruturado, considerou ser chegada a hora de os órgãos que dirigem o futebol português "assumirem de forma clara a necessidade de se adoptarem regras mais rigorosas e transparentes que protejam a indústria do futebol".
Reclamou uma disciplina desportiva em que as decisões "sejam respeitadas e não impunemente desafiadas". Uma justiça célere com "regras duras e punitivas, que a todos obriguem a necessária reserva, em defesa de todos os agentes desportivos".
Na mesma intervenção, criticou o silêncio do presidente da Liga. Ao fazê-lo, pactuou com o "crescente clima de intimidação e crispação que alguns quiseram trazer para o futebol português" e perdeu autoridade ao "apenas falar agora", numa alusão ao artigo de opinião publicado em A Bola (25 de Abril), no qual Pedro Proença sugerem que se pousem "machados de guerra" e propõe uma cimeira ao mais alto nível para se discutir em local próprio tudo quanto deva ser discutido para o progresso doo futebol profissional.
Em Grândola, Vieira valorizou a grandeza do Benfica, prometeu manter o rumo, avisou que é preciso lutar "contra muitas adversidades" e pediu que se dê pouca conversa a quem pouco importa. Foi um discurso com força e diferente, feito de esperança, de confiança e de paz.

É verdade que Pedro Proença tem revelado astúcia para passar pelos intervalos dos pingos da chuva sem se constipar, não por receio de problemas ou por ausência de ideias para os resolver. Simplesmente, talvez não tivesse avaliado com a prudência devida a complexidade da empreitada a que se propôs, depois de ter triunfado em processo de ruptura quando derrotou Luís Duque em eleições, o candidato do pastel de bacalhau, respaldado no situacionismo em falência que, sem avisar, o deixou cair.
Proença possui inteligência e ambição bastantes para se bater com os sonhadores do regresso a um passado de "triste memória", como alertou Vieira. Além de, confirma com quem ele lida, ser muito competente e de horizontes amplos, todavia cauteloso nos passos que dá, progredindo com a estabilidade que a sua personalidade lhe determina, talvez mais devagar, mas com mais certeza de serem aceites as soluções por si apresentadas.
Não surpreende, por isso, a resposta rápida que foi dada às preocupações do presidente benfiquista, sintetizada também através de A Bola, na sua edição de sábado, em que se notícia que em próxima assembleia geral da Liga irão ser anunciadas medidas que apontam para o agravamento das penas por condutas indevidas dos agentes desportivos, com multas mais pesadas e penas de perdas de pontos para os clubes prevaricadores.
Ficámos a saber também que as propostas de alterações ao regulamento disciplinar foram desenvolvidas em grupos de trabalho que contaram com a participação de quase todas as sociedades desportivas, nomeadamente Benfica, FC Porto e Sporting.

O chamado jogo fora das quatro linhas foi uma artimanha durante anos movida por sinistras influências que exerceu poder e produziu dividendos. É o passado mau a que se refere Vieira. Favores a árbitros, escolhas para jogos e suas classificações, trocas de treinadores, privilegiando os amigos em detrimento dos independentes, sem olhar a competências, enfim uma teia de interesses e conveniências geralmente acautelada à mesa de restaurantes ou no bulício de estabelecimentos nocturnos. Vivia-se no tempo em que a organização do futebol funcionava ao contrário. As decisões eram tomadas em espaços de restauração e similares e depois transmitidas aos gabinetes para execução. Assim, com este despudor, sem ninguém se comprometer, favor para cá, favor para lá. Até um dia... como é público.

Afinal o que está em causa? "Visto pelos seus seguidores como estratega de inigualáveis dotes, Pinto da Costa sabe que a sua grande dor de cabeça se chama Benfica e a possibilidade de o ver campeão pelo quarto ano seguido corresponderá, em definitivo, não só a mudança de ciclo no futebol português como à sua própria capitulação" texto por mim escrito e publicado neste espaço em Julho de 2015.
O que se passou, entretanto? Pinto da Costa adquiriu infinito prestígio durante os 35 anos na presidência do FC Porto e resiste, embora cada vez mais isolado e temendo que o tetra benfiquista seja a antecâmara do fim do seu longo consulado. Temor que explica a estratégia do vale tudo, o ataque aos árbitros e aos seus dirigentes, a vozeirada de comentadores com ou sem cartilha, a boçalidade de dirigentes e outros agentes. Tudo é bem-vindo se ajudar à confusão, à intriga, à manipulação da opinião pública. Tem sido assim nos últimos três anos.
A diferença é que, ao quarto, Pinto da Costa recebeu auxílio inesperado e curioso, embora de muita utilidade, poupando-o de confrontações que a sua idade já não aconselha. O presidente leonino, hábil a dizer coisas, disponibilizou-se para o trabalho mais frenético, convencido de que, com essa parceria, importunaria o vizinho da mesma rua. Em vez de marcar o seu território e lutar por ele com equidistância dos dois rivais optou por cortejar um, pensando, com isso, fragilizar o outro. Falhou. 
Aumentou a gritaria, sim, mas comprometeu o presente e, se calhar, hipotecou o futuro. Há um ano, por esta altura, o título discutia-se entre Benfica e Sporting. Agora, discute-se entre Benfica e FC Porto.

Fernando Guerra, in A Bola

Um escândalo sem explicação

"Perante a incrível realidade que se depara pelo brutal número de mudanças de treinadores na primeira Liga, há quem tente amenizar o escândalo dizendo que se trata, afinal, de uma época atípica. 
Pelo contrário, nada se apresenta como mais típico. No total, cerca de três dúzias de treinadores já dirigiram as dezoito equipas da primeira Liga, sendo que em cinco clubes - Benfica, Porto, Sporting, Vitória Guimarães e Vitória de Setúbal - não houve qualquer alteração.
Há casos - e não poucos - em que a dança das cadeiras aproveitou treinadores sobejantes de outros clubes. Há casos de treinadores dispensados, depois de terem sido contratados como se se tratasse de um jogador de futebol (SC Braga) e há casos de treinadores que não se salvaram, nem mesmo depois de terem conseguido os seus objectivos.
O caso do Belenenses será um dos mais espantosos. Quim Machado foi chamado em missão salvadora do clube do Restelo e parecia ter tido êxito ao colocar o Belenenses com 32 pontos, muito longe ainda do final da época. Porém, uma inquietante sucessão de derrotas levou a administração da SAD do Belenenses a trocar Quim Machado por Domingos Paciência. Agora, o novo treinador azul vai na sua segunda derrota consecutiva e, de repente, o Belenenses dá-se conta de que nem sequer está está livre ainda de descer de divisão. Há, de facto, uma onda de irresponsabilidade de gestão que parece ter tido um contágio alarmante na principal Liga de futebol em Portugal. Em muitos casos, as mudanças são inexplicáveis e comprometem bastante quem as determinou."

Vítor Serpa, in A Bola