Últimas indefectivações
terça-feira, 21 de outubro de 2025
Preparação...
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Grau de dificuldade elevado
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O Desporto português e a arte de pedir sem convencer!
"Mais uma vez escrevo sobre este tema.... O desporto português sofre de um problema de auto-respeito. Década após década, repete-se o mesmo ritual: dirigentes a pedir mais dinheiro, ministros a prometer o que podem e no fim, todos a queixarem-se de que o Estado dá migalhas. E dá mesmo. Mas há uma pergunta que ninguém quer enfrentar: o que é que o desporto faz para merecer mais do que migalhas?
A verdade é dura, mas necessária: o desporto nacional continua preso à lógica da mão estendida, não da mão que constrói. Pede-se mais, mas raramente se apresenta um plano. Pede-se orçamento, mas não se mostram resultados. Exige-se apoio, mas não se oferece visão.
Há dias li, no Público, um artigo assinado por um dirigente desportivo, mais um que retoma o discurso do costume: a “necessidade urgente de mais apoios”, sem uma linha sobre o que fazer com eles. Sem metas, sem visão, sem KPIs. É a velha escola da mão estendida: a crença de que o problema do desporto português é apenas a falta de dinheiro, e não a falta de estratégia. o autor segue a tradição inaugurada por quem, há décadas, criou verdadeira jurisprudência nesta matéria o antigo presidente do COP arrastando toda uma classe dirigente.
Mas o desporto português não precisa de palmadinhas nas costas. Precisa de respeito. E o respeito não se mendiga conquista-se.
De facto os números não mentem: nos últimos 25 anos, o número de praticantes duplicou, enquanto o financiamento real encolheu. O Estado pede mais com menos e muitos clubes e Associações estão hoje à beira do colapso. Algumas medidas óbvias que o referido dirigente preconiza continuam por tomar: redistribuir parte do imposto especial do jogo online (mais 13 milhões por ano), aplicar IVA a 6% nos bilhetes de espetáculos desportivos, equiparando-os aos da cultura. Mas, no fim, o que se propõe é apenas mais um SNS do desporto, uma máquina pública sem estratégia, feita para sobreviver, para triturar recursos e não para evoluir.
O poder político, por seu lado, continua a ver o desporto como um luxo simpático, um adereço social que só ganha importância quando alguém traz uma medalha. Entre Jogos Olímpicos, e Campeonatos do Mundo e depois regressa o silêncio. E nesse silêncio, repete-se a ladainha: “precisamos de mais meios”.
Mas o problema não está apenas em quem decide. Está, sobretudo, em quem pede. O desporto português ainda não aprendeu a falar a linguagem que convence quem tem a caneta do orçamento: planeamento, metas, retorno social e económico,
sustentabilidade. Em vez de apresentar projetos com impacto, apresenta listas de necessidades. Em vez de indicadores de sucesso, apresenta queixas.
Nos países que levaram o desporto a sério — Reino Unido, Austrália, Noruega — o investimento público não cresceu por generosidade, mas por método. Planos plurianuais, metas mensuráveis, governação profissional, accountability. Resultado: medalhas, sim mas também sistemas desportivos sólidos, que geram valor económico, reduzem custos na saúde e reforçam o tecido social.
Em Portugal, o desporto continua a viver à boleia dos ciclos políticos. Confunde financiamento com favor e investimento com subsídio. E enquanto não se afirmar como causa estratégica nacional, com um plano a dez anos e resultados tangíveis, continuará a sobreviver de “migalhas com cerimónia”: palmadinhas, selfies ministeriais e promessas recicladas.
Chegou a hora de mudar o paradigma. Deixar de pedir e começar a convencer. Trocar a mão estendida por uma visão estendida sobre o futuro.
Em nota de rodapé e para os nossos Governantes, o verdadeiro investimento começa quando o desporto português deixa de ser um apelo emocional e passa a ser uma estratégia nacional."
Será agora que a máquina arranca, Ruben?
"Aleluia! Pela primeira vez desde que chegou a Manchester, o seu treinador ganha duas vezes seguidas para a Premier League. E logo em Anfield, casa do campeão inglês em título...
Será agora, Ruben? Será agora que, por fim, o Manchester United engrena e faz uma época ao nível de outros tempos? Ninguém sabe. A verdade, porém, é que o triunfo em casa do Liverpool (o 2-1 chegou pela cabeça de Maguire, o Coates dos red devils de Amorim), campeão de Inglaterra em título, teve muito de surpreendente e de heroico. Três pontos semelhantes a tantos outros que, em 2020/2021 — quando se sagrou campeão nacional pela primeira vez ao serviço do Sporting —, Ruben Amorim foi somando aqui e ali. Em Alvalade, por exemplo, houve jogos em que o fator Amorim apareceu: frente ao Farense (Sporar fez o 1-0 aos 90+1), contra o Benfica (Matheus Nunes marcou o 1-0 aos 90+2), diante do Santa Clara (Coates fez o 2-1 aos 90+3, depois de Costa ter empatado aos 84), frente ao B SAD (Coates reduziu para 1-2 aos 83 e Jovane Cabral fez o 2-2 final aos 90+5) e ainda na vitória sobre o Gil Vicente, em Barcelos (Coates marcou aos 83 e aos 90+1, invertendo o 0-1 para 2-1).
Ruben Amorim já vivera outros momentos altos nestes mais de 11 meses ao comando do Manchester United. Como, por exemplo, ao sétimo jogo pelos red devils, quando foi vencer a casa do rival City — então campeão inglês e futuro campeão europeu — com Bruno Fernandes e Diallo a virarem o resultado nos minutos finais (aos 88 e 90), transformando o 0-1 num 2-1 memorável. Porém, logo depois, seguiu-se uma série negra de quatro derrotas consecutivas: 3-4 com o Tottenham, 0-3 diante do Bournemouth, 0-2 frente ao Wolverhampton e 0-2 com o Newcastle. Já esta época, o United recebeu e venceu o Chelsea por 2-1, mas voltou a cair na jornada seguinte, perdendo com o Brentford por 1-3. Agora, finalmente, a equipa soma duas vitórias consecutivas na Premier League — algo que ainda não havia conseguido em 35 jornadas sob o comando de Amorim.
A pergunta faz mesmo sentido: será agora, Ruben? Será agora que, por fim, o Manchester United engrena e faz uma época ao nível de outros tempos? Até ao final de 2025, o United não terá de enfrentar Arsenal, City, Liverpool ou Chelsea. O jogo mais complicado, em teoria, será a receção ao Bournemouth, atualmente 4.º classificado da Premier League. O calendário restante inclui partidas em casa contra Brighton, Everton, West Ham, Bournemouth, Newcastle e Wolverhampton e deslocações a casa de Nottingham, Tottenham, Crystal Palace, Wolverhampton e Aston Villa. Onze jogos que, embora não possamos chamar de decisivos, serão fundamentais para definir a época 2025/2026 para Ruben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot. Não se sabe se será mesmo agora, mas a verdade é só uma: Ruben Amorim merece, pela tenacidade e estoicismo demonstradas ao longo de 11 meses, ter um período com menos stress. Para já, vem aí o Brighton. Que já ganhou a City, Chelsea e Newcastle. Será mesmo agora, Ruben?"
O Coração do Benfica
"A campanha de João Diogo Manteigas começou a 13 de setembro de 2024. No dia 19 de outubro de 2025, apresentou o seu programa eleitoral. Mas nenhuma data, nenhum documento, nenhuma contagem de voltas pode medir aquilo que verdadeiramente aconteceu. Porque o que esta campanha trouxe ao Benfica não se mede em números. Mede-se em corações. Mede-se em paixão. Mede-se na alma viva do benfiquismo de base.
O Benfica de base ainda existe. Vive em cada adepto que acorda cedo e sonha alto. Vive em cada voluntário que percorre o país, que sacrifica horas de sono, que entrega o que tem de mais precioso: o seu tempo, o seu suor, o seu coração. Vive em cada gesto silencioso que ninguém nota, mas que sustenta o clube de geração em geração. Este Benfica não se compra. Não se vende. Não se submete. Este Benfica sente-se.
Enquanto voluntário desta campanha, senti o que é pertencer a algo maior do que nós. Senti a força de pessoas como eu: que largam compromissos, que caminham quilómetros, que enfrentam a exaustão, apenas por acreditar que o clube pode voltar a ser o gigante que foi. Que o clube pode voltar a ser temido, respeitado e admirado. Que o Benfica ainda pode erguer-se, mais forte, mais unido e mais dono de si. E mesmo que esta candidatura não alcance uma segunda volta, mesmo que não vença nas urnas, o que se alcançou é eterno: a certeza de que o benfiquismo de base está vivo. Que pulsa. Que inspira. Que transforma.
O programa de João Diogo Manteigas é mais do que um conjunto de propostas: é um manifesto de amor. Um grito que atravessa tempos e espaços, dizendo ao Benfica que ele pertence a todos, que cada sócio, cada adepto, cada voluntário é o seu alicerce. Que o clube precisa reconhecer quem o sustenta, quem o protege, quem o ama de forma incondicional. Que a mudança não é de uma só voz; é o coro de todos os que acreditam num Benfica mais democrático, mais inclusivo, mais dono de si, mais consciente do tesouro que possui.
O Benfica não se mede em vitórias nem em títulos. Medimos o Benfica pelo coração que pulsa em cada adepto,pelo suor que escorre na busca do impossível,pela coragem de acreditar quando todos os outros duvidam.
O Benfica de base ainda existe.
É vivo. É forte. É dono da sua alma. É feito de quem ama sem esperar nada em troca, de quem luta sem medo, de quem sonha com o clube gigante que sempre foi.
É a nossa paixão que o mantém vivo.
É a nossa dedicação que o faz crescer.
É a nossa voz coletiva que lembra ao clube
quem realmente o sustenta, quem constrói o seu futuro, quem mantém acesa a chama do benfiquismo autêntico.
O Benfica de base não morre.
Florece em cada gesto, em cada ação, em cada sonho. É o sorriso de quem se levanta cedo para ajudar,
o abraço entre irmãos que partilham a mesma fé, o grito silencioso de quem torce, luta e acredita.
Enquanto houver quem o ame assim, o Benfica será sempre grande. Sempre nosso. Sempre eterno. Sempre indomável. Sempre imortal.
Esta campanha é a prova de que o Benfica, mesmo nos tempos mais desafiadores, não perdeu a sua essência. Que o benfiquismo de base, feito de pessoas comuns mas extraordinariamente apaixonadas, continua a existir, a resistir, a inspirar. Que o futuro do clube não se escreve apenas em títulos, mas em cada coração que bate pelo Benfica, em cada gesto que mantém viva a chama da sua alma.
O que esta candidatura mostrou é simples, mas profundo: o Benfica só será gigante enquanto houver quem acredite nele de corpo e alma. Enquanto houver paixão, entrega, coragem e amor. Enquanto houver quem lute, caminhe, sonhe e construa pelo Benfica todos os dias. E enquanto houver isso, o Benfica será eterno. Porque o Benfica não é apenas um clube. O Benfica somos todos nós. O benfiquismo de base é isso mesmo: a essência do clube, fundada em valores de união, solidariedade, dedicação e amor incondicional. É o espírito que fez do Benfica uma instituição maior do que o futebol, que respeita as suas raízes, valoriza os sócios e adeptos e mantém o clube próximo das pessoas que o constroem todos os dias."
Atualidade do Benfica
"Esta edição da BNews aborda vários temas da atualidade benfiquista.
1. Preparação para o Newcastle
Veja as melhores imagens do treino realizado nesta manhã.
2. Prestianni em destaque
O jogador do Benfica sagrou-se vice-campeão do mundo Sub-20 e esteve em bom plano ao serviço da Argentina.
3. Taça de Portugal
O Atlético Clube de Portugal é o próximo adversário do Benfica, o qual atuará na condição de visitante.
4. Troféu conquistado
A equipa feminina de hóquei em patins venceu a Taça Professor João Campelo, ao ganhar a final, por 2-0, frente à Stuart Massamá.
5. Outros resultados
Em masculinos, o Benfica ganhou ao Imortal, por 98-57, em basquetebol. Venceu, por 0-3, na visita ao Valongo em hóquei em patins. E foi derrotado em râguebi pelo Direito por 21-25.
Em femininos, vitórias em futebol (1-5 no Marítimo), futsal (1-6 no Águias de Santa Marta) e voleibol (3-1 ao PV Colégio Efanor). Em basquetebol, desaire, por 63-55, no pavilhão do Quinta dos Lombos.
6. Outros resultados (formação)
Os Sub-23 triunfaram, por 2-0, ante o Santa Clara, os Juniores empataram a um golo (1-1) no reduto do Santa clara, os Juvenis ganharam, por 0-2, ao Casa Pia, e os Iniciados empataram 1-1 com o Sporting.
7. Excelente desempenho
Vasco Vilaça conquista o bronze no Mundial de triatlo.
8. Comunicado
Leia o comunicado oficial da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica.
9. Eleições 2025
Veja o debate entre todos os candidatos a presidente da Direção do Sport Lisboa e Benfica na BTV, em direto e em sinal aberto, na próxima quinta-feira às 21h00.
10. Casa Benfica Tavira
Conheça esta embaixada do benfiquismo através da lente da BTV."
Comunicado da MAG
"A MAG esclarece o seguinte:
1. É totalmente falso que existam cadernos eleitorais diversos ou que os mesmos não sejam consultáveis pelas candidaturas;
2. Como tem sido referido pela MAG, no Sport Lisboa e Benfica há um caderno central e único, onde constam, para efeitos de identificação eleitoral, o número de sócio, nome e número de votos a que cada sócio tem direito – o que é essencial para permitir que qualquer sócio possa votar numa das 108 secções à sua escolha;
3. Mais, a operação de descarregamento do voto é operada e monitorizada pela empresa contratada para assegurar, formal e materialmente, a integridade do processo;
4. Neste quadro, na passada semana realizou-se uma reunião com os mandatários das candidaturas, onde foram referidos, entre outros, dois aspetos essenciais:
A) as candidaturas foram convidadas a apresentarem um mandatário suplementar para, no dia das eleições, acompanharem a evolução eleitoral, no âmbito do caderno – e verificarem o estado de cada sócio com capacidade eleitoral ativa;
B) as candidaturas poderão, também, consultar o caderno, na secretaria geral, mediante solicitação, não sendo passível, naturalmente, a sua reprodução;
5. Torna-se necessário, ainda, relembrar o seguinte: o caderno eleitoral encontra-se fechado desde 25 de setembro, com os números que foram comunicados aos sócios – 255 117 sócios – com possibilidade de votarem, desde que a sua situação, no dia 25/10, seja regular, isto é, com, pelo menos, as quotas do mês de agosto de 2025 pagas."
Sábado, o Benfica vai a votos
"O poder encontra-se onde deve estar, nas mãos dos sócios, que – todos e não apenas alguns - são o Benfica. Decididas as eleições, ganhe quem ganhar, o maior perigo virá sempre de tendências autofágicas que coloquem o ego à frente da instituição, que minem a estabilidade e não sejam mais do que agentes do caos...
No próximo sábado realizam-se as eleições para os Órgãos Sociais do Benfica, em que pela primeira vez, só será eleito quem obtiver metade mais um dos votos, nem que para isso haja necessidade de uma segunda volta. Esta medida deriva dos novos estatutos, e parece-me justa e clarificadora, já que umas eleições com grande número de candidatos podiam levar a uma pulverização dos votos, que legitimasse na presidência quem representasse, por hipótese, a vontade de apenas 20 por cento dos eleitores. Esta foi uma das partes positivos da revisão estatutária, que deixou de lado, incompreensivelmente (e não me digam que foi por dificuldades técnicas, porque bastava copiar e adaptar o que é feito noutros grandes clubes ibéricos) a possibilidade da criação de uma Assembleia de Delegados, que substituísse a atual Assembleia Geral, mais próxima, na lógica, de 1904 do que 2025.
Do que foi visto na campanha eleitoral, há que dizer que houve tudo, ideias boas, ideias originais, ideias boas que não eram originais e ideias originais que não eram boas. Também houve quem se preocupasse em debater construtivamente, e quem se limitasse a lançar lama para a ventoinha, algo que não terá passado em claro aos sócios eleitores, que normalmente cheiram à légua uns e os outros, e sabiamente chegam a boas conclusões. Existe, porém, um lado fraco na força das eleições dos clubes, e o Benfica não é exceção, que tem a ver com a tendência em embarcar no canto da sereia, tornando-se vulnerável à demagogia. Na Luz, o exemplo de Vale e Azevedo, que derrotou nas urnas, claramente, o Professor Luís Tadeu, que apresentava um projeto sério e responsável, é prova disso mesmo.
Às eleições do próximo sábado vão concorrer dois candidatos que sempre venceram as eleições do Benfica a que se candidataram, Luís Filipe Vieira e Rui Costa; e há também a questão da vantagem que normalmente se associa ao incumbente, neste caso, Rui Costa: é preciso recuar a 2000, com Vale e Azevedo, e antes a 1987, com Fernando Martins, para encontrarmos exemplos de presidentes recandidatos que perderam eleições (para Manuel Vilarinho e João Santos, respetivamente). Pelo caminho, de Fernando Martins (que por sua vez tinha vencido o presidente incumbente, José Ferreira Queimado, em 1981) para cá, houve três líderes que não levaram os mandatos até ao fim, Jorge de Brito, Manuel Damásio e Luís Filipe Vieira.
Perante o crescimento do número de sócios, e atendendo ao mediatismo em torno deste ato eleitoral, é de esperar uma afluência às urnas que bata o recorde de um pouco mais de 40 mil votantes, verificado na confirmação de Rui Costa. Se assim for, estará dada mais uma prova de vitalidade global de um clube que tem mantido uma média de espetadores altíssima nos jogos caseiros, e que tem na juventude que se interessa pela vida da instituição a maior garantia do seu futuro.
Os dados estão lançados, e a disparidade entre a importância eleitoral dos sócios com mais anos de filiação, relativamente aos mais recentes, torna os resultados, em minha opinião, insondáveis. O que há para ser enfatizado neste momento é que o destino do Benfica está onde pertence, ou seja, mas mãos dos seus sócios porque, no fim do dia, eles é que são o Benfica. Todos e não só alguns. E será com aquilo que decidirem que o clube terá de viver, sendo saudável que, mal termine o processo eleitoral, as divisões se esfumem. Nada pior do que as tendências autofágicas, que colocam os egos acima das instituições."
O escrutínio de Rui Costa
"Campanha no Benfica entra na fase decisiva, com o atual presidente alvo de todos os outros candidatos. E o resultado em Newcastle pode desequilibrar os pratos da balança
Falta menos de uma semana para as eleições do Benfica e os seis candidatos multiplicam-se em intervenções públicas para captarem os indecisos — ou pelo menos para tentarem ganhar terreno para uma segunda volta que parece inevitável.
As promessas repetem-se, as acusações reforçam-se, os soundbytes reiteram-se, e fica cada vez mais difícil distinguir o trigo do joio.
Não o digo em tom de crítica, porque o leitor de A BOLA não ouve necessariamente a rádio Observador, ou o espetador da SIC não lê necessariamente o Diário de Notícias, e portanto qualquer órgão de comunicação social tem interesse em entrevistar os candidatos, e qualquer candidato tem interesse em ser entrevistado para chegar a mais gente. Mas para quem tente ler, ouvir, ver tudo, a campanha já é uma espécie de ruído de fundo de onde só sai, aqui e ali, uma frase forte — e a maior parte já foi dita, talvez com outra formulação, um dia, uma semana, um mês antes.
Claro que há sempre espaço para ideias novas. Mas a queixa de Rui Costa, recente, em entrevista a A BOLA, nota-se cada vez mais: os outros candidatos falam mais dele do que do futuro, ou pelo menos fazem-se ouvir melhor quando o fazem.
Aconteceu com Luís Filipe Vieira, na entrevista que A BOLA publica esta segunda-feira, e o ex-presidente será até quem tem mais noção do que pode e deve fazer se voltar a liderar os destinos do clube (também é verdade que considera ter sido atraiçoado por Rui Costa, e isso transparece quase sempre que fala em público...).
Mas não há como fugir a isso. As eleições de sábado vão ser um escrutínio ao último mandato do atual presidente, e é natural que assim seja. Rui Costa sente-se frustrado com isso, por não se discutir o futuro, mas é legítimo que discutir o futuro seja discutir o passado — o que se fez mal, o que se faria diferente... —, e que seja ele, o atual presidente, o alvo principal de todos os outros.
E se o escrutínio de sábado é um escrutínio ao reinado de Rui Costa, o futebol profissional (mesmo com as finanças e o aumento do passivo a entrarem em força na campanha) dominará sempre as atenções.
Se a contratação de Mourinho passou sem grande oposição pelos outros candidatos (mesmo que uns se vinculem mais que outros à sua continuidade), um eventual desaire em Newcastle, amanhã, deixando o Benfica com zero pontos em nove possíveis na Champions, pode desequilibrar definitivamente os pratos da balança."
Benfica: o passado, o presente e o futuro
"Tinha 19 anos, quando vivi o verão quente de 1993 com o último presidente à altura da história do Sport Lisboa e Benfica.
Atacado por um adversário direto, Jorge de Brito fez tudo o que estava ao seu alcance para estancar o golpe — e o que não conseguiu evitar de imediato, veio mais tarde a ser minimamente recompensado com a indemnização que o clube que nos tentou atingir teve de pagar ao Sport Lisboa e Benfica.
Em 1993, já era evidente que o Benfica não podia continuar a viver à custa de presidentes-mecenas e Jorge de Brito foi o último. Deixou o clube sem concluir o mandato quando entendeu que os sócios já não o queriam, convocou eleições antecipadas e saiu pela porta pequena, numa saída injusta para um Benfiquista que tanto deu ao clube. Ainda assim, deixou ao seu sucessor excelentes equipas de futebol, basquetebol e hóquei em patins.
Em maio de 1994, as equipas deixadas por Jorge de Brito foram campeãs, e nessa altura o Sport Lisboa e Benfica era detentor de metade dos campeonatos de futebol disputados até então, além de ser o clube mais vencedor de Portugal nas modalidades de basquetebol e hóquei em patins.
O presente
Infelizmente, constatamos que os últimos 31 anos foram um oásis em títulos e vida associativa.
Deixámos adormecer o gigante, e esse gigante é a incomparável massa associativa do Sport Lisboa e Benfica.
Primeiro fomos liderados por quem parecia mais interessado em fazer parte do jet set; depois, pelo Alves dos Reis do Benfica; e mais tarde, a 27 de outubro de 2000, no exacto dia em que celebrava 26 anos, tive o presente mais envenenado da minha vida associativa com a vitória de Vilarinho sobre Vale e Azevedo, pois mal eu sabia que na verdade seria a eleição dum cavalo de Troia do vieirismo, que contaminou posteriormente o sangue e o fervor benfiquista.
Por fim, elegemos alguém que, tendo a obrigação de saber o que foi e deve ser o Sport Lisboa e Benfica, não esteve à altura do cargo: Rui Costa.
O retrato de 31 anos
Nestas três décadas, o Sport Lisboa e Benfica viu o FC Porto viver a melhor década desportiva da sua história, e o Sporting alcançar feitos que nem os nossos bisavós se recordam de ter visto.
Passámos de indiscutíveis no futebol, a disputar com os nossos rivais o pódio de quem tem mais conquistas.
Fomos ultrapassados como clube mais vencedor no hóquei em patins. No andebol gastamos milhões, mas as vitrinas do museu permanecem vazias. No futsal vencemos apenas quando os adversários estão em renovação. E só no basquetebol e voleibol demonstrámos que a nossa grandeza continua viva, construída com competência e uma vontade de vencer superior à dos adversários.
O futuro
O futuro do clube dependerá muito das eleições da próxima semana.
É legítima a candidatura de todos os associados que se apresentem ao ato eleitoral de 2025, mas sem beliscar o Benfiquismo de ninguém, votarei obviamente em João Diogo Manteigas para presidente, e respetivamente, em João Leite para a Mesa da Assembleia Geral, do movimento Servir o Benfica, e em Luís Coradinho da lista de João Diogo Manteigas para o Conselho Fiscal.
João Diogo Manteigas é um candidato jovem, na flor da idade dos 40s, como jovens eram outros presidentes na altura em que foram eleitos — Borges Coutinho, Adolfo Vieira de Brito, Fezas Vital, Félix Bermudes ou Maurício de Brito foram determinantes e determinados no crescimento do nosso clube noutras décadas.
O Sport Lisboa e Benfica precisa de uma mudança significativa — uma mudança que devolva os associados ao centro das decisões, e que entenda que, no Sport Lisboa e Benfica, não basta ter saúde e participar. O que importa é ter saúde para lutar, nos relvados, pavilhões, pistas e piscinas, e terminar em primeiro.
E para terminar em primeiro, é fundamental votar naquele que mais conhecimento tem do Benfica e de todo o edifício nacional e internacional do futebol e do desporto em geral, o que escolheu a equipa mais capacitada para colocar em prática um programa com 173 páginas que é um autêntico manual do que tem de ser feito para voltarmos a ser Benfica.
João Diogo Manteigas com a sua equipa fizeram este documento com o único objetivo de escrever todos os detalhes que possam facilitar a cada equipa masculina e feminina, de todos os escalões, aquilo que todos os Benfiquistas ambicionam, que é apenas e só terminar em primeiro.
A perfeição é uma utopia, mas trabalhar com afinco, competência e Benfiquismo para a alcançar foi o que fez do Benfica um clube incomparável e único em Portugal e no mundo.
E é isso que será uma certeza na eleição de João Diogo Manteigas como o 35.º presidente do Sport Lisboa e Benfica, sem medos nem receios do julgamento dos verdadeiros donos da mística: os sócios do Sport Lisboa e Benfica!
Viva o Sport Lisboa e Benfica!"
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