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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Teimosia e sentido de Estado

"O que devem, então, os portistas fazer quando André Villas Boas subir ao palco para receber o seu Dragão de Ouro? Fazer barulho? Virar as costas? Abandonar o recinto? Fazer o pino?

DEPOIS de na temporada passada ter feito uma figura tristíssima na Liga dos Campeões, o Benfica vai agora bem lançado para o apuramento e pode até encarar a perspectiva de ir a Manchester com o assunto resolvido, o que é um grande alívio, com toda a franqueza.
Anteontem, em Basileia, o Benfica fez o que lhe competia. Ganhou, somou 3 pontos e reforçou a economia do país com os euros devidos por cada vitória na competição.
Dizem os entendidos que Jorge Jesus está agora com um grande problema na linha de ataque porque tem de escolher entre Nolito ou Bruno César ou Saviola ou Cardozo ou Rodrigo ou Rodrigo ou Bruno César ou Saviola ou Nélson Oliveira para o lugar de todos os demais. É, na verdade, um problema maravilhoso de resolver e Jesus lá o tem resolvido com sucesso e perante a aprovação geral.
Do ano passado para este ano, de facto, o Benfica tem mais um problema - o tal no ataque - mas, por outro lado, tem menos um problema, o problema da baliza.
E aqui está um problema que deixou de existir porque Artur tem dado conta de recado com um tal sentido de Estado, de modo tão imperturbável que mais parece um jogador de cartas do tipo poker face, daqueles que nem pestanejam e deixam os adversários à beira de um ataque de nervos por não conseguirem adivinhar o que lhe vai na alma.
No sábado é em Aveiro. E também é para ganhar.

POR fim, a Justiça portuguesa alinhou com a decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e limpou o crime de difamação do cadastro do jornalista José Manuel Mestre.
Para que este caso morresse foram precisos 15 anos e uma reprimenda do TEDH, sediado em Estrasburgo, ao Estado português por «não ter acautelado a defesa da liberdade de expressão» que consta na carta universal dos direitos do homem.
Assim sendo, os Juízos Criminais do Porto que tinham condenado José Manuel Mestre e a SIC em primeira instância, reconhecem agora que não houve da parte do jornalista intenção em difamar o presidente do FC Porto quando, em 1996, entrevistando Gerhard Aigner, à época secretário-geral da UEFA, Mestre perguntou ao dirigente estrangeiro se achava normal que Pinto da Costa, à época presidente da Liga dos Clubes, se sentasse no banco dos suplentes à frente dos árbitros quem era «por inerência de cargo» o patrão.
Com as próximas eleições na FPF e com o frenesi estratégico que por aí vai com o regresso da arbitragem ao seio da Federação, seria bom para o país - porque tempo é dinheiro - que Fernando Gomes, neste particular, não demonstre uma sensibilidade tão à flor da pele quanto exibiu Pinto da Costa quando acumulava o cargo de presidente da Liga e isto num tempo em que a arbitragem ainda estava longe, muito longe mesmo, de regressar aos poderes da Federação.
Também é verdade que não se vislumbra motivo algum para Fernando Gomes se sentar no banco do FC Porto à frente dos árbitros de quem, por inerência de cargo, vai brevemente ser o patrão, o que não constitui ofensa alguma.
Neste período pré-eleitoral, lendo transversalmente as notícias dos jornais sobre o assunto, fica-se com a ideia, provavelmente errada, de que o acto do próximo mês de Dezembro não serve para eleger um novo presidente da FPF mas sim um novo patrão dos árbitros.
E deste lamentável paradoxo nem Fernando Gomes nem nenhum dos outros concorrentes tem culpa alguma.

VOLTEMOS ao tema da liberdade de expressão a propósito da notícia de que André Villas Boas será agraciado com o Dragão de Ouro para o treinador do ano na próxima Gala de distribuição de prémios entre a nação portista.
Garantidamente que o ex-treinador do FC Porto vai ter direito à liberdade de expressão na festa do Coliseu do Porto.
Mas ainda Villas Boas nem sequer aterrou em Pedras Rubras, muito menos teve ainda tempo para alinhavar as palavras do seu discurso de agradecimento, e já a liberdade de expressão de terceiros anda a fazer das suas. É que não param, por SMS, e-mail, redes sociais e literatura vária, as sugestões para uma recepção condigna ao jovem que trocou a sua pátria cadeira de sonho por uma vida profissional, enfim, na Europa.
O que devem, então, os portistas fazer quando André Villas Boas subir ao palco nessa noite que se avizinha histórica no Coliseu?
Fazer barulho? Virar as costas? Abandonar o recinto?
Fazer manguitos? Fazer o pino?
A seu tempo se verá mas fez bem o FC Porto em atribuir o Dragão de Ouro de melhor treinador ao treinador que lhe deu a vitória em quatro celebradíssimas competições oficiais numa única época. Demonstrou sentido de Estado. Aliás, outra coisa não poderia fazer sob pena de ridículo.
Resta também saber o que vai fazer e dizer Villas Boas quando agradecer a distinção.
Vai ser humilde?
Talvez...
Ou vai, com a ironia do costume que reina na casa, dedicar o prémio a Vítor Pereira com quem aprendeu tudo?
Pouco provável...
Ou vai fazer como Danny e, sem grandes explicações, não comparecer na soirée marcada para o Porto?
Improvável...

APESAR de já ter estado marcada para a soirée, quem não vai comparecer no Estádio de Alvalade no próximo dia 15 de Novembro é a selecção nacional de futebol. Afinal, a selecção vai receber a Bósnia no Estádio da Luz, o que levou a um natural reacender de teimosias entre sportinguistas e benfiquistas.
Ouçam-nos:
-O vosso estádio dá galo e está o destino da Pátria em jogo...
-Mas foi no vosso Estádio que perdemos a final do Euro 2004 para a Grécia.
-Em Alvalade, o Paulo Bento só coleccionou desgostos.
-Isto há política aqui metida. Será por não termos apoiado o Fernando Gomes primeiro que vocês?
-O homem ainda nem sequer foi eleito. E o nosso estádio tem mais 15 mil lugares do que o vosso.
-Mas achas que há mais de 15 mil pessoas a pagarem bilhete com IVA a 23% para não verem o Bosingwa e o Ricardo Carvalho jogar...?
-Dá graças a Deus por ser na Luz. Se fosse em Alvalade e se, por acaso, vocês vissem o Hélder Postiga a marcar um golo de bicicleta à Bósnia até vos dava uma coisinha má...
-Quero lá saber do Postiga, nós agora temos o Van Wolfswinkel.
-Ai é? Então vai apoiar a selecção da Holanda e deixa a nossa selecção em paz?
-A nossa selecção? A tua selecção deve ser a da Argentina, com certeza, são tantos...
-Olha, o Djaló tem-te escrito?
Têm sido assim as conversas na 2.ª Circular desde que a FPF trocou de estádios sem avisar ninguém.

VÍTOR PEREIRA diz que «se fosse hoje» até tinha inscrito o Walter na Liga dos Campeões. Jorge Jesus diz que «se fosse hoje» não tinha mudado de opinião e que inscreveria sempre Rodrigo no lugar de Joan Capdevila na Liga dos Campeões.
Isto não é teimosia. Isto é sentido de Estado. E é por estas e por outras que eu gosto muito do treinador do meu clube.

VÍTOR PEREIRA disse no final do jogo de ontem que empatar com o APOEL não é empatar com uma equipa qualquer. E não é, não senhor. Empatar com o Apoel em casa é isso mesmo: empatar com o APOEL em casa, um resultado que até se pode considerar positivo se retivermos na memória o último lance da partida com Helton em grande atitude a roubar a vitória aos cipriotas.
O grande protagonista do jogo foi, no entanto, o árbitro que era estrangeiro. Deu 8 cartões amarelos a jogadores do FC Porto.
Um árbitro teimoso, está visto. Mas que herói!

A equipa goesa de futebol dos Churchill Brothers venceu a 124.ª edição da Taça da Índia. A final foi disputada no Ambedkar Stadium, em Nova Deli, e o adversário vencido foi o Prayag United. Depois de 120 minutos sem golos, os Churchill Brothers triunfaram no desempate por grandes penalidades.
Parabéns ao nosso professor Neca, treinador dos Churchill Brothers!"

Leonor Pinhão, in A Bola

Porto mingua, Benfica cresce

"É a última tendência, sobretudo na Europa. Zenit e APOEL face a Basileia... dá ferrugem/tristeza 'versus' ritmo/convicção


TRISTE, enferrujado e nervoso FC Porto. Mantém-se na corrida à fase seguinte da Liga dos Campeões, mas muito aumentam as rugas de preocupação: empate, em casa, perante o APOEL de Chipre, de seguida a contundente derrota na Rússia. E o nível de exibição limitou-se a passar de péssimo para medíocre.

O campeão de Chipre, líder do grupo, é mesmo surpresa. Mas, caramba, o FC Porto só assim, como anda, em rodas baixas, não consegue ganhar-lhe - e até consente que a disputa da vitória se faça taco-a-taco em quase todo o tempo. Na primeira parte, chegou a ser aflitivo, apesar de cedo ter surgido o golo de Hulk com ajuda do guarda-redes. Ivan Jovanovic tem de ser muito bom treinador para conseguir tão sólidas organização e convicção - as frequentes saídas para ataque cipriota chegaram a ser espectaculares - numa equipa sem estrelas (Ailton, brasileiro, ponta-de-lança, tem muito para vir a sê-lo), onde entram Manduca (ex-V- Setúbal e ex-Benfica) e Kaká (ex-SC Braga) e cujo meio-campo é manobrado por Hélio Pinto e Nuno Morais, dois portugueses sem lugar no nosso futebol...


BENFICA: em Basileia confirmou nível de rendimento anos luz à frente do fraquíssimo Benfica dos primeiros meses da época passada (e da tão penosa ponta final...); este Benfica é mesmo potencialmente superior ao da penúltima temporada, campeão nacional. Potencialmente... - o que significa ainda lhe faltar (múltiplas) prova dos 9, ao longo da maratona até à meta final de Maio.

Jorge Jesus disse, na pré-época, não ter agora melhor onze-base do que o de há dois anos. Percebeu-se: sentia faltarem-lhe o então fantástico Di Maria (que poder de explosão em drible e velocidade nos contra-ataques!), o melhor Saviola que Portugal viu e já quase esqueceu, o superconsistente médio todo-o-terreno Ramires, David Luiz no auge de ganas para atingir galarim internacional e Fábio Coentrão que, com enorme mérito de Jorge Jesus, iniciava fulgurante transfiguração de mentalidades (acima de tudo, isso!) e de extremo talvez um dia bonzinho para defesa-esquerdo de mão cheia.

Só que, depois dessa afirmação de Jorge Jesus, chegaram Witsel e Garay, muito fazendo crescer a capacidade do meio-campo e do centro da defesa. Mais: Gaitán, não equivalente a Di Maria, tem confirmado consistente evolução competitiva do seu talento (até como extremo, para minha surpresa, pois sempre lhe vi superiores qualidades para se impor na zona central, como médio ofensivo, ou mais perto do ponta-de-lança), Nolito entrou a todo o gás e Bruno César, gradualmente, à medida que progride em condição física e ritmo, vai mostrando muito bom nível técnico, inclusive no remate.

Comparando idênticos períodos da temporada, este Benfica está melhor do que o de há dois anos. Poderá parecer que não, no campeonato, face à fulgurância daquele arranque para o título; mas os adversários desse Benfica foram apanhados de surpresa, e, para além disso, estavam débeis, mormente o FC Porto. Mas é sobretudo à escala europeia (e agora na Champions, em vez da Liga Europa...) que tem sido evidente o crescimento benfiquista, em maturidade e... consistência táctica. A grande diferença está no meio-campo. Javi Garcia tem agora dois anos de rodagem; e há a novidade Witsel, cujas capacidades e características trouxeram pujança à linha média (bem superiores ritmo e segurança nos desdobramentos ataque-defesa) e versatilidade nas opções táctico-estratégicas. O Benfica de há dois anos era trepidante, amiúde até fulgurante, na ofensiva, mas o actual fez desaparecer as então notórias debilidades na transição defensiva. Foi-se a sofreguidão de dar espectáculo, chegaram bem maior solidez, muito mais equilíbrio; logo, superior capacidade competitiva.

Finalmente, e sempre face ao último Benfica campeão, o actual plantel tem muito melhor naipe de alternativas no banco de suplentes. Atenção, porém: isso é indiscutível na força atacante; mas há debilidades nas opções: qualitativas, para o sector defensivo, e numéricas, para o meio-campo."


Santos Neves, in A Bola

Javi Poves

"Numa semana de futebol europeu, com o Benfica forte, escrevo sobre Javi Poves, até há pouco um jogador (defesa) do Gijón da 1.ª Liga de Espanha. Que, em Agosto, decidiu deixar o futebol.

Ao longo da sua carreira várias vezes quebrou a norma. Recusou a oferta de um carro pelo seu clube, ao contrário dos colegas. Fez várias declarações, umas vezes de revolta sobre «o dinheiro e corrupção no futebol», outras de uma rebeldia utópica e até inconsequente.

Javi Poves decidiu virar missionário: «Quero ajudar quem mais precisa. No futebol não era feliz. Andava iludido. Agora quero ser últil ao mundo, ajudar o próximo. No Senegal vou voltar a sentir valores perdidos como a amizade, solidariedade ou companheirismo. Numa palavra, vou tornar-me mais humano».

Um caso que tem tanto de invulgar, como de respeitável.Perante um mundo desigual e injusto, o atleta sentiu o desassossego das incongruências que alimentam o futebol de elite.

As suas palavras e atitude têm tanto de romantismo ingénuo e sonhador, como de mal-estar perante uma actividade que se alimenta intensamente do fascínio efémero, da aparência falsa e demolidora e da busca vertiginosa do sucesso a qualquer preço.

Onde a linha de separação entre êxito e fracasso é perigosamente imperceptível. Quantas vezes, à euforia do sucesso, se seguem o drama da solidão e do esquecimento, num palco pouco ético e pejado de predadores?

Erich Fromm escreveu um dia: «A partir do momento em que o homem se sente não só como o vendedor mas também como o bem a ser vendido no mercado, a sua estima própria depende de condições que vão além do seu próprio controlo. Se ele é bem sucedido, tem valor; se não é, é inútil».

Será que Javi Poves o leu?"


Bagão Félix, in A Bola

Ferguson da Luz

"A memória dos adeptos é curta. Quando Jesus chegou ao Benfica, o clube estava de rastos: tinha ficado em 3.º lugar no campeonato e não passara da 5.ª eliminatória da Taça de Portugal e da fase de grupos da Taça UEFA.

Jesus operou o milagre de não só ganhar logo o campeonato, mas praticar um futebol como há muitos anos não se via na Luz. E na “horrível” época passada, conseguiu o 2.º lugar no campeonato, ganhou a Taça da Liga, e chegou às meias-finais da Taça de Portugal e da Liga Europa. Mas não foi assim tão mau...

Jesus iniciou no Benfica um ciclo novo: implantou um padrão de jogo, deu um estilo ao futebol encarnado e projetou o plantel, valorizando jogadores que já renderam (ou vão render) muitos milhões ao clube: Di María, David Luiz, Coentrão, Gaitán, Emerson.

Por tudo isto, o Benfica devia começar a pensar fazer de Jesus uma espécie de Ferguson da Luz. Um treinador da velha guarda, que não aderiu a modas de circunstância, que conhece muito bem os meandros do futebol, que tem pulso de ferro e garante boas exibições, mesmo quando não ganha.

Com Jesus, o Benfica valerá sempre mais – como acontece com o Manchester United de Ferguson.

Jesus devolveu a esperança aos benfiquistas, sendo em muitos anos o único treinador que o conseguiu. E o clube tem de agarrar isso com ambas as mãos, iniciando um ciclo novo que faça esquecer os tempos Jupp Heynckes, Camacho, Toni e companhia.

Se Jesus saísse, o Benfica voltaria à estaca zero, à instabilidade interna, à descrença, aos tempos em que a equipa passava um jogo inteiro sem criar uma oportunidade de golo. Seria inglório se isto acontecesse."


Zangas e arrelias

"Jorge Jesus tem razões para estar arreliado com Emerson. Não só foi o menos concentrado dos jogadores da linha defensiva como chegou a dar mostras de alguma displicência. Falhou um golo obrigatório. E, embora lhe tenha calhado em sorte o melhor jogador do Basileia (Shaqiri), o lance que vale o segundo amarelo ao brasileiro é digno de um tenrinho. Ou seja, com a retribuição à porta e a hipótese (invulgar) de conseguir de imediato o apuramento, passeando e gerindo as duas últimas partidas, Jesus tem motivos para estar zangado consigo mesmo, por se comprovar agora que daria algum jeito que um homem como Capdevila pudesse ser opção. Ainda assim, talvez haja uma saída chamada Luís Martins. É uma aventura, um risco? Que seja. Pode acontecer que o jovem português vista uma daquelas personalidades que se agigantam perante os grandes desafios. Com exceção desse pormenor, Jorge Jesus não pode zangar-se com mais ninguém: do inultrapassável Artur ao eficaz Cardoso, tudo resultou com precisão. Com sofrimento, mas também com espetáculo.

Amuados, ao que consta, ficaram os dirigentes do Sporting, com a súbita transferência do Portugal-Bósnia para o Estádio da Luz, depois de “vistorias” e documentos trocados. Alguma razão lhes assiste, sobretudo se for possível confirmar que foram os últimos a saber. Mas, ao mesmo tempo, não podem deixar de reconhecer que a diferença da lotação e que as próprias características do recinto são argumentos insofismáveis a favor da mudança. Pode dar-se o caso de ser a receita de despedida (cruzes, canhoto!) deste Europeu, o que significa que a Federação Portuguesa de Futebol já encara o minorar dos “estragos” resultantes de uma ausência da fase final. E, em matéria de apoio, todos não serão demais – se puderem ser 65 mil, deve perder-se a oportunidade?

Furiosos, vociferantes, andam alguns dos peões de brega do FC Porto para o combate mediático. Tudo por causa do Ministério Público (MP) e da conclusão a que este chegou relativamente ao comportamento de cinco jogadores portistas no túnel no Estádio da Luz. Nem Pinto da Costa se aventurou a tão iradas tiradas – limitou-se a regressar à sua pueril ironia e a comparar o incomparável (Scolari, claro). Os outros não: da palhaçada à conspiração (além dos limites da demagogia ao acusar o MP de perseguir atletas do clube por ter falhado o presidente), sucederam-se as acusações. Todas alinhadas por um nível que envergonha quem o assume e que só se entende por um bizarro nervosismo. Há remédios eficazes. E não me parece que as espumantes figuras dependam de taxas moderadoras. De resto, à falta de melhor, moderar deveria ser um dos verbos a tomar, já. Mesmo em automedicação – é por uma boa causa."