Últimas indefectivações

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Crime compensa...


"Diogo Faria, um dos principais rostos na deturpação e divulgação do delito materializado do roubo dos emails, foi promovido a diretor de conteúdos do FC Porto por intentar vários crimes contra o SL Benfica.
Quem disse que o crime não compensa? Em Portugal compensa. E não é pouco.
#40anosdisto #VERGONHA"

7.ª Supertaça

Sporting 43 - 45 Benfica
(9-15, 23-17, 6-6, 5-7)

Esta é daquelas vitórias, que no meio dos festejos, deu vontade em chamar alguns nomes aos jogadores, por nos fazerem passar por tanto sofrimento, aparentemente de forma desnecessária! Chegámos a ter 9 golos de vantagem, e o início da 2.ª parte até não foi mau, tudo parecia seguro... e depois, 'branca' total!!! Na meia-final da Taça de Portugal, aconteceu o inverso, fomos nós que entrámos muito mal, e o Sporting cavou uma grande diferença, nesse jogo, no 2.º tempo tentámos recuperar, mas sempre que nos aproximámos, lá vinha o apito 'contra'! Hoje, a 'recuperação' do Sporting não teve obstáculos 'artificiais' e nesses últimos 20 minutos, tudo nos aconteceu!!! E foi por milésimos de segundo, que conseguimos levar o jogo para prolongamento!!!
A partir daí, quando os prolongamentos de ontem, teoricamente poderiam afectar a nossa performance hoje, acabou por acontecer o contrário! Voltámos a acertar na defesa, e a ter mais cabeça no ataque... E acabámos por vencer, no 2.º prolongamento!!!

Parece que a vitória Europeia, trouxe-nos a confiança que é necessário para vencer nestas circunstâncias, mesmo quando não jogamos bem!

Sergey foi fundamental nestes dois jogos, mas também fiquei impressionado com a 'calma' e eficiância do Juhasz!

Creio que ficou provado neste fim-de-semana em Serpa, que temos equipa para lutar por todos os títulos internos! Mesmo assumindo que o Kukic e o Moraes eram 'melhores'! Agora, é importante não adormecer nos jogos a feijões...

PS: Mais um triste espectáculo de azia na RTP! Paga por todos os contribuintes, mas aparentemente anti-Benfica até ao tutano! É triste...

Meia-dúzia...

Benfica 6 - 0 Marítimo
Cintra(5', 56'), Cloé(19'), Vitória(57'), Faria(68'), Nycole(80')


Início com goleada, com algumas alterações... mas com o resultado esperado!!! Com alguns 'frangos' à mistura!

Mais um grande golo da Cloé! 

Mais um 'paragem' das Selecções, com uma lesão aparentemente grave, desta vez com a Kika a ser a vítima!



PS: Parabéns às nossas meninas do Hóquei em Patins pelo triunfo na 1.ª edição Elite Cup no feminino!

Missão cumprida


"Vitória difícil, mas consistente, é o que se retira da deslocação ao reduto do Famalicão. E há a lamentar mais um episódio grotesco do futebol português. Noutros palcos, celebramos a conquista da Supertaça de hóquei e estamos, agora, focados no troféu análogo, mas de andebol.

1
Vencemos de forma mais do que justa na dura visita ao Famalicão. A nossa equipa dominou a partida do início ao fim frente a um adversário que tentou como pôde fechar os caminhos da sua baliza.
Roger Schmidt está "muito feliz, porque não foi uma tarefa fácil". Na opinião do nosso treinador, "é sempre complicado quando se joga entre jogos da Liga dos Campeões". "Também difere quando se joga à tarde, com 30 graus, e não à noite", diz. Schmidt realça: "Poderíamos ter facilitado um pouco as coisas se tivéssemos aproveitado as nossas oportunidades. Precisámos de paciência, não foi fácil. Foi uma vitória merecida, com muito trabalho."
Veja a conferência de Imprensa de Roger Schmidt.

2
São 11 as vitórias consecutivas desde o início da temporada, um registo conseguido anteriormente apenas em 1982/83. Roger Schmidt considera que a série de triunfos "significa que somos capazes de ganhar jogos de forma constante", para logo acrescentar: "Não vamos ganhar na quarta-feira só porque ganhámos 11 jogos consecutivos. Temos de voltar a estar focados, vai ser um jogo difícil, fora de casa com a Juventus." Uma ideia corroborada por Diogo Gonçalves: "Trabalhar sobre vitórias é sempre melhor. É disso que estamos à procura, jogo a jogo e vitória a vitória."

3
O Sport Lisboa e Benfica lamenta que num futebol que se quer cada vez mais inclusivo, capaz de trazer cada vez mais famílias para os jogos, adeptos com camisolas do Benfica, incluindo crianças, tenham sido obrigados a despi-las para poderem assistir ao jogo Famalicão-Benfica.
Queremos um futebol diferente e todos temos de contribuir para isso.

4
A nossa Equipa B foi, de novo, prejudicada de forma flagrante, com a sonegação de um penálti que não deixa margem para dúvidas em ninguém. É pelo menos o terceiro jogo em que foi indiscutivelmente penalizada por más decisões de arbitragem. Urge a melhoria das arbitragens na II Liga e é importante que o VAR comece também a ser utilizado, de forma a minimizar os erros grosseiros.

5
Conquistámos a Supertaça de hóquei em patins pela oitava vez, um triunfo que nos fugia desde 2012. Em Barcelos, frente ao FC Porto, vencemos por 4-2. O treinador Nuno Resende não se esqueceu dos Benfiquistas nas comemorações do triunfo: "Estamos a trabalhar com sentido muito focado no futuro do Benfica. Queríamos muito partir para a época ganhando a Supertaça pelos adeptos."
Veja o resumo e leia as declarações de Nuno Resende e de vários jogadores no Site Oficial.

6
Estamos na final da Supertaça de andebol. Ontem ganhámos ao FC Porto, por 37-36 após dois prolongamentos, e vamos disputar o troféu esta tarde com o Sporting, em Serpa (17h00).
Veja o resumo do jogo aqui."

Nota Oficial


"O Sport Lisboa e Benfica lamenta que num futebol que se quer cada vez mais inclusivo, capaz de trazer cada vez mais famílias para os jogos, adeptos com camisolas do Benfica, incluindo crianças, tenham sido obrigados a despi-las para poderem assistir ao jogo Famalicão-Benfica.
Queremos um futebol diferente e todos temos de contribuir para isso."

O triunfo dos macacos


"Na Liga portuguesa, um adepto de determinado clube não se pode “misturar“ com os dos outros. Mesmo que sejam amigos ou familiares, há que respeitar o “apartheid” clubístico que acabará por desembocar nos jogos de “torcida única” como já existem há anos no ecuménico Brasil.
A incapacidade do órgão diretor e dos seus dirigentes em disciplinar uma actividade reconhecida como indústria de sucesso é um enigma que me derrota. Portugal é um dos países mais seguros do mundo, tem normas muito avançadas no que respeita à organização de eventos, mas não consegue garantir que uma criança vá pacificamente e sem medo assistir a um jogo da Liga profissional.
Passam dias, passam semanas, passam meses, e a cultura do ódio e a natureza racista das claques alastram como fogo no eucaliptal, com a conivência, para não dizer incentivo, dos líderes.
Enquanto acharmos inofensivo que um português chame “mouro” a outro português e que seja possível obrigar uma criança a despir a camisola dos seus sonhos para poder usufruir do direito de ser uma pessoa, estamos à beira do triunfo dos macacos.
Eles andam aí."

Que nem forcado amador!

Jaime Cancella de Abreu, in O Jogo

Os 3 melhores golos encarnados depois dos 90 minutos


"Encarnados venceram o último jogo do campeonato ao cair do pano mas a história diz-nos que houve mais momentos assim

O jogo só acaba quando o árbitro apita. Esta é a velha máxima do desporto rei. Muita coisa pode acontecer até esse momento e quando menos se espera, lá está a bola dentro da baliza, nem que seja ao cair do pano. E deixemo-nos de tretas.
Nada dá mais prazer do que ver a nossa equipa vencer um jogo com um golo marcado para lá do tempo regulamentar. Foi o que aconteceu no passado fim-de-semana aos adeptos encarnados no Estádio da Luz, ao explodirem de alegria com o tento da vitória no último momento da partida frente ao FC Vizela.
Mas nem sempre esses momentos são de verdadeiro entusiasmo. Da mesma maneira que ficamos loucos com os golos marcados no último suspiro a favor do nosso clube, também podemos ficar com uma azia tremenda quando vemos o nosso adversário marcar um golo para lá da hora.
Ainda hoje tenho pesadelos com o minuto 92 e quando oiço o nome de Kelvin só me apetece desaparecer. Jamais esquecerei aquele campeonato perdido no Dragão no dia 11 maio de 2013. Mas não falemos mais disso.
E se os adeptos ficam doidos com esses golos tardios, o que dizer dos que andam lá dentro das quatro linhas? Um jogador que dê a vitória à sua equipa com um golo mesmo no fim, leva-o a ficar com uma adrenalina fora do normal na hora do festejo, ao ponto de por vezes esquecer-se de tudo à sua volta. 3 melhores golos encarnados.
Que o diga João Mário, que neste penúltimo jogo do campeonato viu o segundo amarelo, após ter tirado a camisola na sequência do festejo do tento que marcou e que decidiu um desafio que mais parecia ter sido realizado por Alfred Hitchcock. Uma expulsão desnecessária mas que foi esquecida por todos.
No plano internacional, muitos foram os jogos que também foram decididos para lá do minuto 90, alguns deles a partir de recuperações épicas. O encontro que vai ficar para sempre guardado na minha memória e que tive o prazer de ver em direto na televisão, foi a final da Liga dos Campeões de 1999, disputada entre Manchester United FC e FC Bayern Munique.
Os bávaros venciam por 1-0 no fim do tempo regulamentar, até que ao minuto 91 surgiu o empate e logo a seguir o golo da vitória inglesa marcado por Solskjaer, que mudou a rota da “orelhuda” para Terras de Sua Majestade quando o destino mais provável parecia ser a Alemanha.
O golo é, sem dúvida, o clímax do desporto do rei. Ver uma partida de futebol sem ver a bola dentro da baliza é como ir à pesca e chegar a casa com o balde vazio. Todos nós vibramos quando o esférico beija as redes mas extravasamos toda a nossa euforia para lá dos limites quando isso acontece fora de horas.
Creio que todas as equipas, umas mais que outras, já passaram por esses momentos. Na história do SL Benfica, muitos jogos foram resolvidos nos instantes finais. Deixo-vos com a minha escolha dos três golos mais importantes da última década marcados ao cair do pano e que garantiram triunfos importantíssimos para os encarnados.


1. Lima, minuto 93: (SL Benfica 2 – 1 Gil Vicente FC) 2013/2014
O SL Benfica vinha de três derrotas consecutivas, duas na pré-época e uma na primeira jornada do campeonato frente ao CS Marítimo. A desconfiança em Jorge Jesus pairava no ar, até porque a formação encarnada vinha de três temporadas sem ser campeã. Mas na segunda jornada parece que houve uma intervenção divina na vitória das águias. O Gil Vicente FC foi à Luz jogar olhos nos olhos e aos 90 minutos estava a vencer por 0-1. A derrota das águias parecia mais que certa mas o querer dos homens da Luz deu frutos e a remontada histórica deu-se em apenas dois dos quatro minutos de descontos dados pelo árbitro Paulo Baptista. Markovic fez o empate aos 92 e no minuto seguinte foi Lima a provocar um autêntico turbilhão de emoções no Estádio da Luz, a sentenciar a partida que colocou o SL Benfica no trilho das vitórias no campeonato daí para a frente.


2. Jonas, minuto 92: (Boavista FC 0 – 1 SL Benfica)
2015/2016 Após o derby de Alvalade frente ao Sporting CP, o SL Benfica subiu ao topo da classificação e estava proibido de perder pontos para não ser novamente ultrapassado pelos leões.
Seguiram-se jogos bastante difíceis, entre eles uma deslocação ao Bessa para enfrentar o Boavista FC, que em casa é sempre um adversário complicado. O encontro foi equilibrado e arrastava-se para o empate a zero, quando o quarto árbitro levantou a placa a indicar cinco minutos de descontos.
Desses cinco, Jonas só precisou de dois para marcar o golo decisivo que manteve as águias no primeiro lugar do campeonato e que semanas mais tarde já estavam no Marquês a festejar o “tri”.


3. João Mário, minuto 101: (SL Benfica 2 – 1 FC Vizela)
2022/2023 O caso mais recente e claro, tinha de entrar já no meu top de preferências. O SL Benfica recebeu o FC Vizela em jogo da quinta jornada do campeonato mas teve de suar e muito para levar de vencida a formação vizelense. A perder desde o minuto 20, o conjunto encarnado não baixou os braços e foi em busca do triunfo.
David Neres empatou a um quarto de hora do fim mas faltava o tento da vitória. E quando já passavam dos oito minutos do tempo de compensação, o árbitro Fábio Veríssimo assinalou uma grande penalidade a favor das águias, e João Mário foi o escolhido para bater o castigo máximo.
Momento de verdadeiro suspense na Luz aos 101 minutos mas o médio português não tremeu e atirou para dentro da baliza, garantido os três pontos para as águias."

Falar Benfica - Especial Basquetebol - Pedro Miguel

Fura-redes: E o Benfica ganhou...

As explicações do mercado por Rui Costa num Benfica a mudar


"Após a "entrevista" de Rui Costa na BTV a explicar as movimentações do Benfica no mercado, o SLB e o Presidente estão de parabéns pelo cumprimento da promessa feita no ano passado.
Para além da importância do conteúdo, importa desde logo destacar o que entendo ser mais um passo firme na mudança que o Benfica precisa e que se começa a vislumbrar (ainda que não ao ritmo que considero ideal).
Como gosto de dizer e repetir, é preciso mais Benfica no Benfica. Em todos os momentos, em todos os departamentos, em todas as pessoas. Quem não perceber o que é o Benfica, por muitas qualidades que possa ter, não deve estar no Benfica.
E perceber o Benfica é mais que ser benfiquista ou estar há muito tempo no Benfica. Veja-se por exemplo Roger Schmidt, que apesar de ter chegado há poucos meses, entende o que é o Benfica e a exigência que tal acarreta em todos os aspectos, reconhecendo o privilégio de servir o Glorioso. Isso é essencial e tem de ser transversal ao Clube (e à SAD).
É assim de valorizar esta apresentação do mercado enquanto mudança de paradigma rumo a um Benfica mais transparente, menos opaco, conduzindo a uma inevitável aproximação dos benfiquistas à vida do Clube/SAD. Aquele orgulho à imagem dos valores dos nossos fundadores e a ideia renovada de "nunca mais chega o próximo jogo!". Porque a onda vermelha continua a crescer e é a força maior do Benfica.
Quanto à "entrevista" em si mesma, o saldo global é bastante positivo. Ouvi algumas críticas à falta de perguntas "incómodas" ou a não abertura a questões da comunicação social, mas estou em desacordo, porquanto importa ter noção do que se pretendia e essa abertura iria certamente gerar ruído e desvios desse objectivo.
Começando pelos pontos que não me agradaram, destaco o "timing" em que ocorreu. Uma apresentação em véspera de jogo da equipa de futebol é um desviar de foco que creio desnecessário. Bem sei que o calendário anda "apertado", mas penso que o dia após o jogo seguinte (Famalicão) poderia ser mais oportuno.
Não gostei também do modelo do programa, com o Presidente e o Pedro Pinto em pé num "cenário" um pouco "teatral" (e certamente pouco confortável). Admito que se pretendesse passar uma ideia de modernidade e informalidade, mas preferia ter visto o Presidente mais confortável "fisicamente", para que tudo fluísse de forma ainda mais natural.
Em relação ao conteúdo e ao mercado, creio que o ponto menos conseguido disse respeito ao negócio "Vinicius", o qual gostaria de ter visto mais detalhado.
Não obstante, creio que no geral a explicação foi muito positiva, demonstrando um Presidente mais confiante, mais conhecedor e com um discurso bem maduro e assertivo.
Destaco desde logo a parte inicial - para mim essencial - onde Rui Costa explicou a base e a estratégia de construção do plantel da equipa principal, desde o número de jogadores, ao limite de "contratados fora do Clube", mostrando que existe um plano esboçado para o futuro e já colocado em prática, com uma naturalidade de quem sabe o que pretende.
Em relação às movimentações, foi evidente a essencialidade de redução da folha salarial, mormente em relação a jogadores que não são titulares ou decisivos em termos de dinâmica da equipa, o que foi largamente obtido (de forma temporária ou definitiva) e explicado com consistência.
No que respeita à escolha dos novos jogadores, a palavra em destaque foi "critério". O Benfica definiu o critério para a contratação de jogadores (em função das necessidades, posições e características) e procurou obedecer a esse critério, fazendo crer que fará parte do passado as aquisições quase inexplicáveis para posições já bastante preenchidas e a ausência para outras deficitárias.
É assim evidente que o plantel da presente temporada é mais forte e sobretudo mais equilibrado do que o da época passada e, sem futurologia, foi claramente um bom mercado para o Benfica, seguindo uma estratégia definida e amadurecida.
Tudo visto, a estrutura do Benfica está de parabéns pelo trabalho desenvolvido neste defeso, embora fique a ideia de que, a determinada altura, também ela precisasse de algum reforço, tal o corrupio em que se viu envolvida e a demora de certos "dossiês".
Num outro aspeto em relação ao mercado, importa abordar a questão de que no Benfica a cultura de silêncio tem de ser melhorada, parecendo existir uma noção ainda insuficiente da importância do segredo profissional.
Neste sentido, importa reforçar a ideia a eventuais egos sedentos de mostrar serviço ou protagonismo, dentro e/ou fora do Benfica, de que não podem esquecer que o mundo é pequeno e não pode ser tolerada que isso possa prejudicar o Benfica.
Recorde-se que o Benfica foi feito e sonhado sobretudo por gente humilde, onde o espírito de missão e serviço para com o Glorioso estava acima de qualquer título ou reconhecimento formal. Cosme Damião, por exemplo, imortalizado no universo benfiquista, nunca chegou sequer a presidir o Clube, sendo a paradigmática demonstração de que o reconhecimento dos benfiquistas acontece de forma natural e normalmente não convive bem com quem se pretenda colocar em bicos dos pés…"

Um árbitro, um treinador, um jogador e um jornalista sentam-se à mesa para falar de tempo útil de jogo


"Quem melhor para falar sobre o que se passa lá dentro do que quem anda lá dentro? O antigo árbitro internacional Duarte Gomes fala das propostas lançadas num painel do “Football Talks” sobre um dos temas quentes do futebol português

Imaginem esta fantasia:
- Um árbitro internacional, um treinador conceituado, um jogador profissional (que deixou recentemente os relvados) e um jornalista sentados à mesma mesa, a falarem sobre o jogo. A trocarem ideias sobre o contributo que cada um pode dar no sentido de o tornar mais justo e valorizado. Parece mentira, não parece?
A verdade é que aconteceu mesmo, na Cidade do Futebol, sede da FPF.
A iniciativa, uma das muitas inseridas no evento "Football Talks", contou com a presença de Luís Godinho (árbitro FIFA), Rui Vitória (selecionador do Egito), Tarantini (ex-jogador do Rio Ave, agora dirigente do Famalicão) e João Cartaxana (Diretor de Conteúdos do Canal 11). A moderação ficou a cargo do Miguel Prates (Sport TV).
O desafio era ouvir a opinião de quem está em campo, de quem protagoniza o jogo: os seus intervenientes diretos, os seus maiores atores. Quem melhor para falar sobre o que se passa lá dentro?
O tema de fundo? O do tempo útil de jogo e a forma como o contributo de árbitros, técnicos e jogadores pode melhorar os seus números, em prol de um futebol mais atrativo.
Foram muitas as ideias deixadas no ar, que ilustraram bem a perspetiva de cada um sobre o problema e, mais importante, sobre as soluções que se podem adotar para o erradicar.
É certo e sabido que, em épocas anteriores, a Primeira Liga portuguesa tem andado na cauda do pelotão no que diz respeito a faltas assinaladas e ao tempo que a bola efetivamente rola. Porquê?
Rui Vitória referiu que, quando a tolerância dos árbitros é menor, quando são mais implacáveis a "atacar" perdas de tempo, as equipas percebem a mensagem e tendem a adotar conduta mais profissional. Se não o fizerem por respeito, farão pelo "receio" da sanção, sempre penalizadora em termos individuais e coletivos.
Para o treinador, "a questão de haver mais tempo útil de jogo, mais bola a rolar, faz todo o sentido mas obriga as equipas a alterações táticas, sobretudo ao nível da intensidade e compromisso no jogo: quando o jogo pára menos, a exigência para correr é maior. É preciso que todos estejam disponíveis para oferecer mais entrega, foco e atitude. Além disso, ninguém quer ficar associado à 'vergonha' de fazer parte de uma equipa que pratica antijogo. Essa é uma publicidade negativa, que quanto mais exposta, mais obriga os clubes a evitá-la".
Faz sentido.
Já Tarantini referiu que os jogadores têm obrigação de tratar bem o jogo que jogam. De o respeitar:
"Nenhum atleta gosta de um treinador que privilegie táticas antidesportivas. Todos preferem jogar em equipas que jogam um futebol positivo. Claro que há momentos em que o resultado quase obriga à adopção de expedientes menores, mas isso deve ser sempre a exceção e não a regra".
O internacional Luís Godinho começou por afirmar que os árbitros têm um "guião" para seguir e que esse passa por tentar imprimir mais dinâmica ao jogo, não assinalando "contactos menores" e pressionando os jogadores para a adopção de práticas éticas. Referiu que "às vezes, é difícil aplicar a vantagem porque alguns jogadores são os primeiros a caírem, a ficarem no solo e a não quererem continuar a jogada".
Acrescentou que "culturalmente há uma propensão para a queda fácil, para o grito e para o conflito", que não ajuda nada a evitar paragens prolongadas.
E tem razão.
Mas na minha perspetiva, essa constatação não invalida que os árbitros não assumam mais riscos (desde que com coerência, ou seja, todos e em todos os jogos), atuando de forma menos defensiva.
É preciso coragem, eu sei, mas em termos qualitativos, essa é muitas vezes uma das características pessoais que separa o bom do excelente.
Em suma, foi uma conversa fantástica e boa de assistir, mas infelizmente muito rara na nossa praça. A pergunta é... porquê? 
O que custa pôr a falar quem tem a palavra mais importante a dizer? E, depois de falar, o que custa fiscalizar a mudança, acompanhar a evolução, perceber se de facto as palavras deram lugar às ações? Que bicho de sete cabeças é esse que impede agentes desportivos de conversarem com frequência, abertamente, sem nada a esconder? É tão "win, win" que o seu contrário custa a digerir.
Adiante.
Da minha parte, penso que é claro que, nos últimos tempos, a atitude das arbitragens está a mudar para melhor: há menos faltas em quase todos os jogos, mais vontade em deixar jogar e (muito) mais tempo de compensação atribuído.
Falta agora que restantes agentes desportivos façam a sua quota-parte, o que nem sempre é fácil e, às vezes, até se percebe porquê:
- A pressão que o jogador está sujeito para obedecer ao técnico, para manter o lugar no "11" e para provar o seu valor, leva-o por vezes a adotar condutas em que seguramente não se revê.
Pior só o facto dos treinadores portugueses, quase todos craques na função, sentirem que estão a prazo e altamente sujeitos à obrigação da vitória em cada jogo. Com o espectro do despedimento a cada jornada, não é nada fácil evitar a luta pelo pontinho a todo o custo. Se tivessem mais liberdade e outra tranquilidade, seguramente teriam abordagem bem diferentes ao jogo.
Para reflexão dos dirigentes portugueses.
Além deste, outros pormenores ajudam a explicar esta tendência: a qualidade dos relvados, a compreensão da imprensa (jornalistas e comentadores) para o erro inerente ao risco de "deixar jogar", a tolerância dos adeptos para a bola que entrou na sua baliza após contacto dúbio sobre o defesa (ou isso, ou o "deixem jogar à inglesa" só é bonito quando é o seu clube a marcar golo) e, claro, o papel do IFAB na forma como tem que continuar a legislar no sentido de contribuir para mais e mais fluidez do jogo.
Nesta coisa de haver mais bola a rolar, o contributo de todos é essencial.
Vale a pena pensar nisso."

Impunidade!!!


"Na época passada a #LigadaFarsa passou parte da época a proteger Palhinha, evitando que o mesmo fosse admoestado com cartões amarelos.
Esta época o feliz contemplado é Matheus Uribe. Impunidade!!"

«Os árbitros têm de assinalar penálti nas simulações do Taremi»

"Deixem mergulhar o Mehdi" 😉