"Tendo presente o que tem sido a carreira da equipa de futebol do Benfica nesta temporada e, sobretudo os jogos mais recentes, não posso deixar de voltar a destacar a forma absolutamente excepcional como Fábio Coentrão está em campo e serve o projecto colectivo.
Tenho falado acerca disso com amigos benfiquistas e não benfiquistas, sendo que os primeiros não escondem o receio de ver o jogador ser contratado por um grande clube estrangeiro e os segundos não conseguem disfarçar o desejo de que tal aconteça. Compreendo a posição de ambas as partes.
Fábio Coentrão tem tudo o que um grande jogador precisa de ter para ficar com o nome registado na história de um clube ou de uma selecção nacional. Tem talento, velocidade, espírito de sacrifício, sentido de entreajuda e, sobretudo, uma invulgar paixão por aquilo que está a fazer. Enquanto expectador, sempre preferi os jogadores que dão tudo o que têm, e o que não têm, aos frios e calculistas que gerem melhor as suas energias e emoções. Coentrão, quando marca por determinação ou mesmo por raiva, deixa explodir uma alegria que lhe vem do coração e que ele de imediato partilha com a malta das bancadas, como se lhes dissesse num grito de alma: 'Foi por e para vocês que eu marquei este golo !'. E é assim que se criam laços indestrutíveis de afecto e de cumplicidade que reforçam a capacidade concretizadora e a legítima vontade de triunfo de uma grande equipa, de um enorme clube.
Tenho netos que gostam de futebol e um que está a fazer a iniciação à modalidade numa escola própria. Ambos vibram com o sentido de dávida e o espírito de sacrifício de Fábio Coentrão. E eu com eles. São jogadores com esta fibra e esta paixão que também servem para mostrar e para dizer a um País cabisbaixo, receoso e deprimido: 'Vamos a isto, sem deixar cair os braços, que a vitória há-de ser nossa, nem que seja no último minuto!'. Vale a pena aprender esta lição."
José Jorge Letria, in O Benfica
Tenho falado acerca disso com amigos benfiquistas e não benfiquistas, sendo que os primeiros não escondem o receio de ver o jogador ser contratado por um grande clube estrangeiro e os segundos não conseguem disfarçar o desejo de que tal aconteça. Compreendo a posição de ambas as partes.
Fábio Coentrão tem tudo o que um grande jogador precisa de ter para ficar com o nome registado na história de um clube ou de uma selecção nacional. Tem talento, velocidade, espírito de sacrifício, sentido de entreajuda e, sobretudo, uma invulgar paixão por aquilo que está a fazer. Enquanto expectador, sempre preferi os jogadores que dão tudo o que têm, e o que não têm, aos frios e calculistas que gerem melhor as suas energias e emoções. Coentrão, quando marca por determinação ou mesmo por raiva, deixa explodir uma alegria que lhe vem do coração e que ele de imediato partilha com a malta das bancadas, como se lhes dissesse num grito de alma: 'Foi por e para vocês que eu marquei este golo !'. E é assim que se criam laços indestrutíveis de afecto e de cumplicidade que reforçam a capacidade concretizadora e a legítima vontade de triunfo de uma grande equipa, de um enorme clube.
Tenho netos que gostam de futebol e um que está a fazer a iniciação à modalidade numa escola própria. Ambos vibram com o sentido de dávida e o espírito de sacrifício de Fábio Coentrão. E eu com eles. São jogadores com esta fibra e esta paixão que também servem para mostrar e para dizer a um País cabisbaixo, receoso e deprimido: 'Vamos a isto, sem deixar cair os braços, que a vitória há-de ser nossa, nem que seja no último minuto!'. Vale a pena aprender esta lição."
José Jorge Letria, in O Benfica