Últimas indefectivações

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Complicado...

Benfica 2 - 1 Juventude Pacense

Talvez o jogo menos conseguido da época, contra uma equipa que tem surpreendido em alguns jogos, mas com o Benfica a ficar abaixo do esperado! Valeu o Conti, que 'defendeu' dois penalty's!!!

Derrota na despedida...

Ostrava 85 - 52 Benfica
18-13, 23-8, 15-15, 29-16

Despedida da Europa, com 6 jogos, 6 derrotas, quase todas pesadas!
O plantel foi mal construído, a 2.ª brasileira lesionou-se, e nada foi feito para alterar a onda...
As expectativas para os play-off's não são boas!

Terceiro Anel: Bola ao Centro #163 - Um auto de fé !!!

Backstage | AFC Ajax 0-4 SL Benfica | UEFA Youth League

Futebol Arte: Bernardo Silva

O ter de ganhar


"Eurocenário
O Benfica chegava a Amesterdão com a certeza incómoda da obrigatoriedade de vencer. Não havia volta a dar, nem mais contas para fazer, no confronto com um histórico europeu e rival de outras eras, em que reinavam Eusébio e Cruyff. A reedição do duelo acontecia em condições de extrema fragilidade pontual de ambas as equipas.
Não havendo espaço sequer para considerar um empate, era de uma verdadeira final que se tratava. Na antevisão ao jogo, Mourinho classificou a diferença entre o «querer ganhar» e o «ter que ganhar», esta última realidade bem mais ilustrativa da delicadeza e importância do momento.

Final
O onze escolhido por Mourinho recuperava, sem surpresas, o sistema de quatro defesas, mais rodado pelo treinador do Benfica, abdicando de alas de raiz em favor da superior consistência coletiva.
O período inicial deu um Benfica personalizado e agressivo na frente, onde Barreiro acrescentava presença, quer na profundidade, quer no apoio a Pavlidis. O desejado golo não demorou, com nova participação de Ríos e respetivo aproveitamento vistoso de Dahl, no seguimento de um canto. O Benfica embalou com o golo para alguns minutos em que ameaçou dobrar a vantagem, mas o Ajax não tendo nada a perder não demorou a reagir, sobressaltando a defesa portuguesa. A qualidade dos alas contrários e a dinâmica que traziam ao ataque era clara e a robustez e experiência de Weghorst pedia o máximo cuidado.
O Benfica ia para o intervalo em vantagem, mas com o jogo longe de estar controlado e, na altura, já se ia suspirando pela pausa. A segunda parte não começou melhor e embora o Benfica mantivesse a equipa subida, o Ajax ameaçaria marcar em duas jogadas consecutivas. O duplo susto passou, mas o receio e a insegurança com bola eram visíveis. Ao mesmo tempo, a falta de profundidade atacante empurrava a preocupação e o receio para o lado português. Com o decorrer dos minutos o Benfica viria finalmente a controlar melhor com bola o destino do jogo.
O lance capital acabaria por premiar muito justamente dois dos principais jogadores, Barreiro e Aursnes, unidades preciosas deste Benfica. Jogo de grande desgaste físico e emocional, mas também de insegurança associada ao caráter decisivo do jogo. Objetivo cumprido e com goleadores que não se medem aos palmos.

Sistema pontual
Benfica e Atlético reeditaram um saudoso clássico lisboeta em eliminatória da Taça de Portugal. O Benfica acabou por ganhar sem grande brilho, beneficiando de uma 2.ª parte mais dominadora. De positivo para o Benfica pouco houve a retirar deste jogo, exceção feita à surpresa que nos trouxe Rodrigo Rêgo, para se afirmar como um dos melhores em campo. Mas se a ideia fosse eventualmente transportar o sistema tático ensaiado no Restelo para Amsterdão, a dúvida estaria desfeita na 1.ª parte, tal o desacerto que se viu. Curiosamente, a fórmula tentada no Restelo acabou por valer como recurso com o Ajax, respondendo à entrada do segundo avançado adversário, Dolberg. No final, valeu o apuramento e a réplica alcantarense.

Mais uma festa
Na grande maioria dos casos, os nossos clubes lutam com dificuldades para subsistir. As infraestruturas são modestas e a capacidade de investimento reduzida, mas mesmo assim representando o espírito digno de um povo historicamente corajoso. A cada eliminatória da nossa Taça encontramos motivos para admirar o esforço e o valor daquilo que se faz nas divisões inferiores, mesmo em condições precárias. O que fizeram Atlético, Marinhense e Sintrense, mesmo perdendo, contrariando os nossos maiores clubes, é prova disso. Fafe, Caldas e Vila Meã foram, desta vez, os heróis principais, surpreendendo e continuando a dar vida ao sempre renovado carisma da nossa Taça.

Zeist
A visita-chave do Benfica a Amesterdão fez-me regressar à minha primeira experiência de treinador, enquanto assistente de Artur Jorge na nossa principal Seleção, vivia-se ainda a longínqua década de noventa. Nessa altura, o cargo de treinador de guarda-redes não era ainda algo muito assumido nem cuidado. Longe vai o tempo em que o treino para quem defendia a baliza se resumia a remates consecutivos sem fim, até que, finalmente, o keeper implorasse pela pausa.
Lembro-me que chegou, nessa altura, à FPF o anúncio da realização de um curso da UEFA para essa especialidade, em Zeist, o famoso complexo de treino da federação holandesa. Achei interessante e propus-me a participar na iniciativa, no sentido de poder ajudar os nossos guarda-redes, com um conhecimento reforçado, numa fase em que Vítor Baía era o titular. Éramos cerca de cinquenta candidatos de toda a Europa. Na apresentação dos inscritos, percebeu-se que eram todos antigos defensores das balizas, alguns deles famosos, com uma única exceção: eu.
Claro que fui alvo de alguma ironia, mas o ambiente criado foi divertido. Afinal, se o conhecimento prático dos antigos defesas das balizas tem evidente utilidade para um treinador, não deixa de ser verdade que, ao mesmo tempo, o saber bater os guarda-redes, arte dos avançados, também poderia ajudar.

CR7
Prossegue o debate sobre a titularidade de Cristiano Ronaldo na Seleção Nacional e, mais recentemente, criticam-se convívios do craque em ambientes políticos muito duvidosos. CR7 já admitiu publicamente não conseguir ver os noticiários. Talvez devesse, para conhecer os atores da atualidade política mundial e aquilo que vão fazendo, antes de os promover com a sua presença.
No meio desta agitação, ainda se encontra tempo para golos especiais, esta sim a principal e mais apurada qualidade do astro português. O golo marcado recentemente por Cristiano em movimento acrobático é mais um momento digno do seu imenso histórico. São estes momentos espetaculares que encantam os seguidores de Cristiano, capazes de baralhar, ou não, as convicções dos críticos, que o superatleta insiste em contrariar."

A música de José Mourinho: 'all he wants for Christmas is'... alas


"Benfica trouxe de Amesterdão os três pontos obrigatórios, mas quem quis ver bom futebol talvez tenha mudado de canal. Enquanto não chegarem reforços, o discurso repete-se

Quando José Mourinho chamou Tomás Araújo para entrar em campo, aos 81 minutos, na primeira substituição que fez, o raciocínio não foi muito complexo: «O objetivo era ganhar», justificou o próprio. A linha de 5 meteu trancas à porta e o golo de Leandro Barreiro que se seguiu deu a impressão de que o plano correu todo bem. O Benfica venceu (um Ajax que assusta menos do que várias equipas da Liga portuguesa, mas não é altura de ser esquisito), tem finalmente três pontos na Liga dos Campeões e, apesar do temível calendário (Nápoles, Juventus e Real Madrid...), ainda acredita na passagem.
A exibição foi mais uma vez cinzenta, mas suficiente para evitar que Mourinho quisesse substituir nove ao intervalo. Vá lá, a culpa desta vez não esteve no esforço dos jogadores. O árbitro também se safou, sobretudo depois de não assinalar fora de jogo antes do canto que deu origem ao primeiro golo. Restou o argumento habitual para justificar a tal substituição tardia: «Se eu tivesse no banco alas...» Daqui até janeiro, só a música de Mariah Carey poderá ser ouvida mais vezes do que isto.
Desde que chegou ao Benfica, Mourinho é coerente (ou repetitivo): o plantel é insuficiente, é preciso reforçar as alas (sobretudo após a lesão de Lukebakio) e as águias não podiam ter perdido três pontos em casa com o Qarabag. Só os grandes conspiradores que comentam muito os arrasos de José Mourinho aos seus jogadores é que podem ver aqui matéria para um atirar de culpas. Para quem construiu este plantel, suponho, e que terá certamente de desembolsar mais uns largos milhões no mercado de inverno para satisfazer o treinador e dar-lhe mais armas para apresentar um futebol até agora nem sequer prometido. Já no caso da primeira de quatro derrotas esta época na Champions - a tal com o Qarabag que está a comprometer a passagem! -, sabemos que não há nenhum recado para Bruno Lage (os dois são tão amigos...). Trata-se só da estratégia muito política de passar mais tempo a falar do que outros fizeram mal do que de fazer melhor.
Mas o calendário do próximo mês é muito pouco dado a enganos. Na Madeira, contra Sporting, Nápoles ou equipas minhotas, será mais difícil ao Benfica ganhar mantendo este nível exibicional. A equipa terá de provar as suas forças, disfarçar as suas fraquezas e já foi prometido pelo treinador que os jovens da formação entretanto terão mais oportunidades. Isto, claro, enquanto não chegam os reforços. A partir daí, pelo menos os argumentos serão outros. Até lá é ouvir em repeat: all he wants for Christmas is... alas."

BolaTV: Entrevista - Pizzi

Zero: Canto - "Bomba" pós-Taça e redenção em Amesterdão: afinal, que jogadores quer Mourinho?

BF: Barreiro...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Benfica continua vivo

Observador: E o Campeão é... - “O Benfica já tem pontos, mas não tem brilho”

Observador: Três Toques - Ronaldo de castigo? “Isso já está esquecido”

Vitória justa


"O Benfica ganhou por 0-2 na visita ao Ajax a contar para a fase de liga da Liga dos Campeões. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Exibição sólida
Na opinião de José Mourinho: "O jogo foi completamente controlado por nós. Essa solidez da parte da equipa, o esforço dos jogadores, a concentração dos jogadores, a alegria do grupo depois da vitória, é uma coisa bonita. Os jogadores estão de parabéns, jogámos com as armas que tínhamos para jogar, soubemos defender bem, soubemos ser sólidos."

2. Reações dos jogadores
Dahl, considerado o homem do jogo, releva: "Estamos vivos na Liga dos Campeões."
Barreiro sublinha: "O segundo golo mesmo ao fim do jogo ajudou-nos muito."
Trubin reforça: "Queremos continuar nesta competição."
E Pavlidis realça: "Jogámos de forma inteligente."

3. Sorteio da Taça de Portugal
Nos oitavos de final, o Benfica visita o Farense. Em caso de passagem, os encarnados defrontam o vencedor do FC Porto-Famalicão na eliminatória seguinte.

4. Apuramento assegurado
Na UEFA Youth League, o Benfica ganhou ao Ajax por 0-4 e garantiu a presença nos 16 avos de final da competição.

5. Outros resultados
Na visita ao FTC-Green Collect, o Benfica foi derrotado por 33-31, mas garantiu a presença na Main Round da EHF European League. Na Liga dos Campeões de voleibol no feminino, o Benfica perdeu por 3-0 no campo do Fenerbahçe Medicana.

6. Jogos do dia
A equipa feminina de basquetebol joga às 18h15, na Chéquia, ante o SBS Ostrava na última jornada da fase de grupos da EuroCup Women. Às 20h30, na Luz, o Benfica recebe o Juventude Pacense em hóquei em patins.

7. Sorteio
Em futebol no feminino, o Benfica tem embate no reduto do Damaiense nos oitavos de final da Taça de Portugal.

8. Parceria anunciada
Sport Lisboa e Benfica e BMW anunciam nova parceria, em vigor até final da temporada 2028/29."

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Competições internas 'versus' jogos de seleções nacionais


"Volto a um tema que me parece de extrema importância na planificação e periodização das cargas de treino e suas adaptações para atletas que por motivos das suas convocatórias em jogos das seleções de seus países, intervalaram o processo normal das competições e daí um assunto de reflexão na planificação ou estruturação do modelo de treino desportivo a adotar.
Verificamos nas convocatórias tidas em causa, e no que diz respeito aos cognominados clubes a lutar de forma efetiva para a conquista do título nacional, que o Benfica foi o clube com mais jogadores convocados, no total 15 (11 seleção A e 4 nos sub 21); o Sporting no total com 13 (9 na seleção A e 4 nos sub 21) e FC Porto com 12 (10 na seleção A e 2 nos sub 21).
Tendo em conta que, no processo de inserção nas respetivas seleções, os jogadores estiveram sujeitos a uma média de 8 a 10 dias de interrupção de rotinas presenciais de treino no seu clube de origem e pelo facto de passarem a ser enquadrados noutros perfis de exigência técnica, tática, competitiva e emocional, com distintas equipas técnicas e por vezes com diferentes objetivos de conquista, podem ver comprometidas algumas respostas comportamentais, nomeadamente ao nível do espírito de coesão de grupo, que nalguns casos o vapor do êxito propaga e acalenta e noutros casos a marca do insucesso dissimula e constrange.
Depois, temos os jogos das respetivas seleções realizados (quando, para tal, os jogadores foram ou não chamados a intervir), a definição do resultado conseguido (positivo ou negativo) e a consequente resposta referente ao rendimento obtido, sabendo-se que, em todas as situações, as consequências de um rendimento superior conduzem a futuros e melhores desempenhos, podendo vir a ser mais desafiadores e perdurando com mais eficácia a qualidade do futuro que o suporta.
É claro que tudo isto pode ser um elemento de estudo e reflexão para o regresso de funções ao clube de origem, não falando tão pouco de uma ou outra lesão ou algo que possa ocorrer como possível indisponibilidade a curto prazo, pois, como temos vindo a referir, em termos de planeamento gerir comportamentos após os êxitos conseguidos é completamente distinto de gerir frustrações após os insucessos apresentados.
A anotar ainda a atenção para os locais dos jogos realizados, as viagens de longas durações por parte de alguns jogadores selecionados, as alterações climáticas detetadas e os consequentes fusos horários a ultrapassar pelo jet lags existentes, que globalmente conduzem a situações de dessincronização dos ritmos biológicos, gerando manifestações de fadiga, perturbações do sono, maior dificuldade de concentração, maior irritabilidade ao desgaste, maior perceção à ameaça, diminuição do estado de alerta, alteração do ritmo cardíaco, etc…
Felizmente que, quer ao nível das seleções, quer ao nível dos clubes, verificamos a existência de equipas pluridisciplinares de suporte, potencialmente autenticadas de rigor e competência técnica e científica, transformando-se em autênticos baluartes na readaptação dos jogadores, para a retoma das suas valências anteriormente justificadas.
Mas, por demais metodologias físicas, atléticas, táticas, fisiológicas, funcionais e comportamentais que se dispõem atualmente na recuperação desses atletas, creio bem que o estado de autoconfiança, o desejo e motivação para a partilha e consolidação dos caminhos do sucesso, o estado de alma, o espírito de equipa e o eco de presença daqueles que lhe estão próximos, ainda é capaz de provocar uma força suplementar aglutinadora para a consecução dos êxitos anteriormente obtidos.
Estejamos, contudo, atentos, quer ao rendimento dos jogadores nas respetivas seleções, quer à retoma competitiva nos clubes de origem, pois nem sempre qualquer processo, por mais científico que se possa apresentar, será suficiente para esclarecer muitas dúvidas e algumas incertezas, cujas respostas se encontram em céu aberto.
Refirmo, contudo, o que tenho vindo a justificar ao longo do tempo: qualquer que seja a equipa que esteja movida por princípios de lealdade, identificada por sentimentos de orgulho cooperante e participativo, comprometida por um elevado sentimento profissional e reconhecida por uma identidade coletiva demolidora, esta sim, creio mesmo que se obrigará a responder de forma mais abrangente nesta tríade que suporta o êxito: mais oxigénio nos pulmões, mais sangue nas veias e mais crença nos sentimentos."

A nova equação do futebol português na Europa


"Para os clubes portugueses, competir em alto nível na Europa já não depende apenas de qualidade em campo. A realidade do futebol moderno é clara. Sem bases financeiras robustas, a ambição transforma-se em frustração. O cenário europeu não se compadece com indecisões.
O desafio principal é gerir de forma inteligente o orçamento. Hoje, os clubes vivem sob regras que limitam a proporção de receitas aplicáveis a salários e comissões. Quem não adapta o modelo de gestão corre o risco de ser constantemente ultrapassado por rivais mais estruturados. A receita não é um luxo. As receitas são a chave para manter talentos, investir estrategicamente e evitar ciclos de venda que comprometem a competitividade.
Para clubes com sonhos europeus, cada milhão conta. A diferença entre conseguir contratar reforços de qualidade ou apenas equilibrar contas é cada vez mais estreita. O futebol nacional já conhece histórias de talentos promissores que saíram cedo por falta de folga financeira, deixando lacunas difíceis de preencher.
Além do plantel, a saúde financeira é decisiva. Dívidas mal geridas limitam a liberdade de ação, obrigam a vendas compulsivas e condicionam qualquer estratégia a longo prazo. Estruturas financeiras sólidas permitem renegociar empréstimos, amortizar encargos e planear com tranquilidade, garantindo que a ambição desportiva não choca contra a dura realidade orçamental.
O ponto fulcral é que não se trata apenas de gastar mais, mas de gerar mais. Modelos de gestão eficientes transformam receitas em resultado, estabilidade em crescimento e ambição em liderança. Os clubes que conseguem alinhar essas dimensões estão mais próximos de competir de forma consistente com as melhores equipas europeias.
A lição até parece simples. A competição europeia não perdoa improvisos. Sem visão estratégica e bases financeiras robustas, qualquer plano de sucesso fica comprometido. Para os clubes portugueses que ambicionam deixar uma marca fora das fronteiras nacionais, a prioridade deve ser clara: investir na estrutura que sustenta a ambição, antes de sonhar com títulos.
Competir a nível europeu não é só uma questão de talento ou sorte. É um exercício de planeamento, disciplina financeira e capacidade de transformar receita em vantagem competitiva. Para clubes portugueses que ambicionam deixar uma marca fora das fronteiras nacionais, atingir marcos como os 500 milhões de euros em receitas deixa de ser apenas um objetivo numérico. Este número torna-se o limiar que separa a ambição real da pura intenção. Quem conseguir atravessar essa barreira estará um passo à frente na corrida da competitividade internacional."

Cristiano Ronaldo: uma decisão puramente disciplinar


"Foi divulgada nesta terça-feira a decisão do Comité Disciplinar da FIFA relativa à sanção aplicada a Cristiano Ronaldo pela conduta no jogo da Seleção frente à Irlanda, em que o jogador foi expulso com cartão vermelho direto. O episódio em questão gerou grande atenção mediática, especialmente devido à implicação que uma sanção severa poderia ter na participação do jogador no Campeonato do Mundo de 2026.
A FIFA enquadrou juridicamente a ação como «conduta violenta», infração que, segundo o regulamento disciplinar em vigor, acarreta uma sanção mínima de três jogos de suspensão. Neste contexto, e considerando que Ronaldo já havia cumprido o primeiro jogo de suspensão, na partida contra a Arménia, o cumprimento integral da sanção teria como consequência a impossibilidade de o jogador participar nos dois primeiros jogos da fase de grupos do Mundial de 2026.
Porém, a decisão final do Comité Disciplinar da FIFA, notificada ontem e após apresentação dos argumentos de defesa por parte da FPF, reduziu significativamente as implicações para o jogador e para a Seleção Nacional. Cristiano Ronaldo terá de cumprir apenas o jogo de suspensão já realizado, ficando os dois jogos adicionais suspensos por um período probatório de um ano, em conformidade com o disposto no artigo 27 do Código Disciplinar da FIFA. Este mecanismo permite a suspensão da execução do remanescente da sanção, ficando, contudo, o jogador sujeito a um período probatório durante o qual não poderá incorrer em infrações disciplinares de natureza idêntica."

“Temos Plano. Falta Coragem"


"O Governo apresentou esta semana o Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo. Um documento ambicioso: 44 medidas, seis eixos estratégicos e uma visão a 12 anos. É positivo que exista. Finalmente, Portugal parece querer falar seriamente de desporto.
Mas entre querer tudo e transformar alguma coisa vai um abismo. E o plano, tal como está, corre o risco de cair na armadilha clássica do desporto português: tenta agradar a todos e, por isso mesmo, pode não mudar nada.
Antes de planear é preciso diagnosticar. Antes de prometer é preciso escolher. E o PNDD, apesar das boas intenções, continua a evitar as escolhas difíceis.
Uma das lacunas mais gritantes é precisamente essa: numa economia de recursos limitados, a ausência de escolhas. A definição de modalidades prioritárias continua a ser tabu. Aqui falo com consciência tranquila, nas jornadas do IPDJ para a construção de um Plano Desportivo nas quais participei como quadro federativo, coloquei essa sugestão de forma clara: um pilar estratégico baseado em diagnósticos e escolhas, onde se definisse onde apostar e porquê. A resposta foi quase unânime e totalmente corporativa: “NÃO!”
Continuamos a financiar o sistema como se todas as modalidades tivessem o mesmo potencial, o mesmo retorno, a mesma massa crítica ou o mesmo nível competitivo. Não têm. Fingir que sim não é estratégia, é apenas a distribuição simpática de recursos para não incomodar ninguém.
No alto rendimento, a mesma falta de coragem. Ainda não conseguimos responder à pergunta fundamental: o que é, afinal, SUCESSO?
É ter mais atletas apurados? É chegar a finais? É trazer medalhas? É bater recordes?
Sem nada disto definido, não há responsabilização. E sem responsabilização, o alto rendimento continua entregue ao acaso, ao talento individual, ao herói ocasional. Portugal vive de exceções, não de sistemas. O plano fala do abandono juvenil mas falar não resolve. Enquanto não houver articulação real entre escola, clubes e universidades; incentivos à prática regular; exigência na qualidade do ensino desportivo; e uma estratégia nacional para manter adolescentes ativos, continuaremos a perder talento antes de ele nascer.
A responsabilização aparece no documento, mas de forma tímida. Monitorizar não chega.É preciso metas públicas, avaliação independente, financiamento ligado a resultados e coragem política para mexer em estruturas que sobrevivem precisamente porque nunca são medidas.
Mas nada disto me impressiona tanto como outra grande ausência: a voz dos próprios atletas. O plano fala de atletas, sobre atletas, para atletas, mas quase nunca com atletas. E não, não basta ter agora e alguns, em cargos dirigentes para justificar que “a voz dos atletas está representada”. Muitas vezes, essa voz é engolida pelo sistema; outras vezes, cede à lógica instalada onde o silêncio compra influência futura.
É duro assumir isto, mas alguém tem de o dizer: os atletas portugueses ainda não se afirmaram como força transformadora. Participam pouco, intervêm menos e raramente contestam. Será medo? Será desgaste? Falta de tradição democrática? Ou apenas a recusa em pagar o preço da mudança? Não sei. O que sei é que, enquanto forem tratados ,e se deixarem tratar como carne para canhão, nada mudará.
E depois há o tema que o país insiste em tratar como secundário: as infraestruturas, Continuamos a construir sem perguntar “para quê?”.Fala-se em redes, acessibilidade, descentralização… mas ignoram-se as perguntas básicas: O que estamos a construir? Para que modalidades? Para que comunidades? Com que critério técnico? Em função de que escolhas?
Sem isto, repetimos a velha tradição portuguesa: edifícios novos, pouco uso, impacto quase nulo. E há ainda um detalhe que não é detalhe: a cronologia do processo. Primeiro exigiu-se às federações que elaborassem um Plano de Desenvolvimento Desportivo, ensinaram-se os básicos, os rudimentos. Só depois apareceu a visão estratégica da tutela, Resultado: uma manta de retalhos. De um lado, o nacional porreirismo e a boa vontade das federações; do outro, a visão da tutela. Não casa. Não encaixa. Não resulta.
O PNDD tem boas intenções e algumas boas medidas. Mas numa economia de recursos limitado, falta-lhe o que sempre faltou ao país: prioridades, escolhas, metas, responsabilização e coragem para enfrentar a cultura instalada. E falta-lhe algo que não se escreve em papel: atletas que levantem a voz. Portugal diz que quer transformar o desporto, mas será que quem o pratica todos os dias quer mesmo fazer parte da mudança?
Até agora… duvido!"

Rabona: How did a TINY, new island nation qualify for the World Cup?

Zero: Negócio Mistério - S05E06 - Farnerud no Sporting

Champions: Golos...

JÁ ESTÁ, JÁ ESTÁ, JÁ ESTÁ!


"Ajax 0 - 2 BENFICA

> Dois históricos do futebol europeu, dois ex-campeões europeus, metidos nesta situação aflitiva: zero pontos e os dois últimos lugares da fase de liga da Champions ao fim de quatro jornadas.
> Pela segunda vez neste estádio. Na outra, na final da Liga Europa de 2013, saí daqui na merda com a injustiça do resultado. Hoje é para sair daqui com os três pontos!
> Grande apoio dos Benfiquistas, enchemos o centro de Amsterdão, nunca falta apoio à equipa, nunca me cansarei de elogiar os adeptos que nunca falham.
LA-LA-LA-LA-LA-LA-LA
FORÇA BENFICA VENCE POR NÓS
06 o Dahl a habituar-se aos golões? Toma lá um igual ao de Guimarães, não perdeu tempo com o estudo da situação, foi balázio cruzado lá para dentro na hora. Que mais poderíamos querer para início de jogo? Já levei um banho de cerveja aqui dos vizinhos de cima em festa! BENFIIIICAAAAAAA!!!
15 estamos a descer com perigo à área deles, o Ajax com muita posse para o lado e para trás.
20 jogo controlado. Livre perigoso para nós. Ríos? Sudakov contra a barreira...
33 estamos a entregar-lhes a iniciativa e agora valeu-nos São Trubin. Que tal irmos para cima deles? A defesa parece manteiga...
45+1 a pormo-nos a jeito? Nossa senhora, que perigo...
45+2 gostava de poder escrever que vi uma grande primeira parte no estádio que tem o nome de um dos maiores monstros da história do futebol mundial. Mas a mentira mais deslavada. O que não é mentira é que se a segunda acabasse como a primeira, connosco na frente do marcador, eu sairia daqui satisfeito. E quem não?
46 vamos carregar para a "nossa" baliza. Vá de dar alegrias aos Benfiquistas que mesmo na difícil situação da equipa vieram aqui apoiá-la.
50 cinco minutos de naopassa nada e sai um tirão para a segunda grande intervenção do Trubin no jogo. Cuidado, porra!
52 e agora um falhanço inacreditável do avançado deles. Acordem!!!
58 eles a colecionar cantos, antigamente eram neio golo, agora são estatísticas.
64 Pavlidis está cá hoje?
70 este jogo parece um treino de posse de bola de parte a parte. Mas agora com uma fantástica transição dos nossos em que o redes tirou o golo ao Dedic.
75 Trubin irrepreensível! E substituições?
81 Sudakov por Tomás Araújo, três centrais para agarrar os três pontos?
90 BA-RREI-RO!!! Já está!!! TUDO A SALTAR, SLB, SLB, SLB...
90+3 sejas bem regressado Manu!
90+4 Ó SLB, SLB, SLB, FORÇA SLB!!!"

Um golo a abrir, outro a fechar, uma exibição q.b., os tão necessitados pontos. O Benfica foi a Amesterdão buscar o que precisava


"As águias venceram (2-0) o Ajax, conseguindo os primeiros pontos na Liga dos Campeões. Dahl, aos 6', e Barreiro, aos 90', relançaram a campanha europeia da equipa de José Mourinho

O Benfica de José Mourinho é uma entidade desportiva recente, tem pouco mais de dois meses de vida. É, por isso, notável que tão escassa existência possua já tantas versões, diversas roupagens, modos de ser distintos.
Começou por haver a ideia de juntar Pavlidis e Ivanovic, alterando a dinâmica que vinha de Bruno Lage. Durou uns dias. Depois entrou-se na fase Lukebakio, do belga a voar pela direita, um íman de ataques, começando e acabando, viver por Lukebakio e morrer por Lukebakio. Durou umas semanas, terminando com a lesão do canhoto.
Chegamos ao final de novembro, chegamos a nova reconstrução. Os três centrais duraram uma parte no Restelo. Nos Países Baixos, entrou o Benfica dos médios. Com uns atacantes lesionados, outros sem confiança, Mourinho rodeou Pavlidis de médios: Enzo, Ríos, Aursnes, Barreiro, Sudakov.
Ainda as intenções das águias não eram claras e já o marcador lhes sorria. Dahl, carrasco da passada partida na Liga dos Campeões, aproveitou, logo aos 6', a ressaca de um cabeceamento perigoso de Ríos para lançar uma bola rumo ao 1-0.
Foi o tónico perfeito para o Benfica, privado de gente de esticões e drible, assumir uma postura mais passiva, de espera. Não se aproveitou o mau momento do Ajax, não se fez sangue, talvez não haja capacidade para isso. Os encarnados foram aguentado, só sofrendo um pouco no final do primeiro tempo e no começo do segundo, e lá trouxeram os três pontos. Depois de seis derrotas seguidas na Liga dos Campeões, finalmente uma vitória. Três pontos antes das três rondas finais, diante de Nápoles, Juventus e Real Madrid. Será preciso bem melhor.
O Benfica foi à Johan Cruijff Arena para um duelo de campeões europeus, de gigantes forjados no século XX que, no século XXI, deixaram de ter na conquista desta competição uma hipótese viável. Circunstâncias do futebol pós-Bosman, da ditadura do dinheiro no futebol sem fronteiras, dos constrangimentos de um mercado interno pequeno.
Foi contra o Ajax que Eusébio disputou a última grande eliminatória europeia da sua gloriosa carreira. Nas meias-finais da Taça dos Campeões 1971/72, o Pantera Negra esteve, pela derradeira vez, numa fase tão adiantada de uma competição internacional. O Ajax do mago da camisola 14 venceria, rumo à segunda das três vitórias consecutivas na prova europeia. Em 1973, Benfica e Ajax haviam estado presentes em nove das 18 finais da Taça dos Campeões realizadas, vencendo cinco.
Sem sonhos tão ambiciosos, portugueses e lisboetas tentavam sair da cauda da extensíssima tabela da Liga dos Campeões. Ajax e Benfica chegavam a este final de tarde de Amesterdão com um registo combinado de zero pontos averbados, três golos marcados e 22 sofridos.
Após o madrugador 1-0 de Dahl, os visitantes tiveram 20 minutos de clara superioridade. Sem argumentos de velocidade ou desequilíbrio individual, era através da bola parada ou da pressão alta que os encarnados podiam ferir o adversário. Na sequência de um roubo de Dahl, Leandro Barreiro, que joga tanto melhor quanto mais andar a correr sem bola — em pressão ou desmarcação — do que com ela, serviu Pavlidis, que ficou perto de dobrar a vantagem.
Com o passar dos minutos, o Benfica foi-se encolhendo. Sem muita capacidade para circular com intenção, permitiu que o frágil Ajax crescesse, muito pela rebeldia do criativo Bounida, da eterna fábrica de extremos de Amesterdão. Aos 33', o belga deu para Klaassen, que obrigou Trubin a evitar a igualdade. Em cima do descanso, e antes da clássica ida precoce de Mourinho para o balneário, Godts, fletindo da esquerda para o meio, causou outro susto às águias.
O arranque da segunda parte acentuou a tendência de encolhimento da equipa de José Mourinho, que era um coletivo expectante, até receoso, o seu medo de jogar uma espécie de oxigénio de confiança para este Ajax debilitado. Bounida, artista ambidestro, testou Trubin, antes de Klaassen desperdiçar, sozinho no coração da área, uma soberana oportunidade para o 1-1, finalizada com a fiabilidade na trajetória de uns pneus carecas, escorregadios, sem acerto.
No banco, Mou ia aguardando. Não é novidade que o técnico não confia no plantel, não vê no banco um conjunto de soluções válidas, talvez até pense que Simão Sabrosa e Ricardo Rocha, sentados perto de si, poderiam ir lá para dentro e fazer uma perninha. Em Newcastle, o setubalense só fez uma substituição. Em Stamford Bridge, a primeira substituição só surgiu aos 73', no Dragão a primeira troca foi aos 79'. Em Amesterdão, apenas mexeu aos 81’, lançando Tomás Araújo para trancar definitivamente a porta aos visitados.
Dedic ficou perto do 2-0. Do outro lado, Wout Weghorst ia protestando e lutando, perdido em duelos com Otamendi que fizeram recordar a épica batalha entre Países Baixos e Argentina no Mundial 2022. O Ajax, que tem o pior ataque (um golo marcado) e a pior defesa (16 sofridos) da prova, acentuou uma crise que dita agora que, nos derradeiros 13 encontros, só ganhou dois.
Já aos 90', os médios que vão tentando fazer de quase atacantes, Aursnes e Barreiro, combinaram para o 2-0. O luxemburguês é um futebolista peculiar, que até quando é para ir festejar golos com companheiros é o mais voluntarioso a ir celebrar com eles. "Um bom soldado", como descreveu há semanas Mourinho. Rematou de pé esquerdo e sentenciou o resultado.
Houve ainda tempo para Manu Silva, quase nove meses depois de se ter lesionado, regressar ao ativo. O Benfica precisava de três pontos e conseguiu-os. Será este o Benfica do futuro, uma equipa a jogar com cinco médios, repartidos por diferentes funções, e a acabar com cinco defesas e quatro centrocampistas? Possivelmente não. Mas, contra este Ajax de circunstância, ganhar era mesmo a única opção."

Sabe tão bem um bombom assim para enganar a fome


"No jogo entre o mau e o menos mau, o Benfica ganhou, sim, mas teve mais uma exibição cinzentona. Ferido no orgulho, Ajax foi melhor e o que valeu à águia foi a desinspiração na hora de finalizar

AMESTERDÃO — Encostado à parede pelo miserável arranque na Liga dos Campeões e condenado a ter de vencer para ainda acalentar o sonho de, a partir de fevereiro, continuar na competição, o Benfica encontrou o melhor adversário possível para somar os primeiros pontos. José Mourinho colocou de parte o sistema de três defesas que ensaiou na Taça de Portugal e recuperou o 4x2x3x1 que mais tem utilizado, com António Silva a voltar a ganhar o lugar a Tomás Araújo, muito displicente no Restelo, e Leandro Barreiro como muleta de Pavlidis.
A águia apareceu solta e a querer, desde cedo, pegar no jogo, assumindo a bola e empurrando os neerlandeses para trás. Num canto erradamente assinalado - havia fora de jogo de Leandro Barreiro no lance antecedente -, Ríos foi às alturas fazer o primeiro cabeceamento, Jaros defendeu para a frente e deixou a bola mesmo a jeito do míssil de Dahl, que só parou no ângulo superior direito da baliza. Estava feito o mais difícil para a águia, que a partir daqui tinha o jogo na mão para o controlar frente a um Ajax que está longe, muito longe de ser a equipa temível de tempos passados.
Logo depois do golo, Pavlidis dispôs de nova boa chance e foi tudo o que o Benfica mostrou na primeira parte de Amesterdão, não capitalizando as várias perdas de bola em fase recuada do Ajax, em clara crise de confiança e com o assobio dos adeptos sempre ao virar da esquina. Daí em diante, a equipa de Fred Grim, ferida no orgulho por ter entrado para o jogo com apenas uma (!) vitória nos últimos nove jogos, tomou conta do jogo e o Benfica foi-se deixando encostar aos primeiros 30 metros à frente de Trubin.
Aos 33' o ucraniano opôs-se com qualidade a bom desenho ofensivo do Ajax, concluído por Klaassen, e já em cima do intervalo foi Godts, em iniciativa individual a partir da esquerda, a rematar em arco e com perigo. Eram os primeiros sinais de perigo e o Benfica dominador e seguro do arranque do jogo já se tinha afundado e transformado no Benfica curtinho e plantado à frente da sua baliza a ver jogar, sem capacidade de se esticar , porque sem Lukebakio não há outro capaz de dar velocidade ao último terço...

Na segunda parte... mais do mesmo
Como acabou o primeiro tempo foi como começou o segundo e só a desinspiração neerlandesa impediu o empate aos 52', quando Taylor e Weghorst combinaram à entrada da área encarnada e o gigante ponta-de-lança serviu Klaassen. O médio só tinha de encostar no frente a frente com Trubin, mas pegou mal na bola e atirou ao lado. Só aos 72' o Benfica deu um ar de sua graça, num remate de Dedic para defesa de Jaros, depois de contra-ataque conduzido por Sudakov. Fred Grim tentou tudo para chegar ao golo lançando peças ofensivas, mas foi Barreiro, aos 89', a dar a machadada no assunto, numa excelente finalização após combinar com Aursnes.
Conhecendo José Mourinho, muito mais resultadista e pragmático, não se espera um Benfica de futebol avassalador e virado para o ataque e o plantel, mesmo depois de investimento recorde no verão, é desequilibrado e não permite grandes magias, mas a equipa portuguesa viu-se subjugada por um adversário perfeitamente ao seu alcance. Valeram os primeiros pontos na Champions, mas, tudo espremido, foi só mesmo isso que a o Benfica trouxe na bagagem para Lisboa."

Golaço de Dahl, suspiros de Trubin e grito de Barreiro


"As águias venceram em casa do Ajax, para a Champions, com dois grandes golos e boas defesas. Sem grande destaque individual, mas com equipa solidária e sólida

MELHOR EM CAMPO - Leandro Barreiro (7)
A energia do médio internacional luxemburguês nunca deixou a equipa cair e essa luz nunca se apagou, do primeiro ao último minuto do jogo. Barreiro saltou sempre na primeira linha de pressão, com Pavlidis, e tentou várias vezes movimentos em zonas de finalização. Aos 10’ teve um bom passe a desmarcar Pavlidis, aos 15’ voltou a fazer passe interessante para o companheiro do ataque. Foi muleta muito importante para o grego e para a equipa. Pressionou, recuperou bolas, tentou o remate, esteve no lance que originou canto e depois o golo de Dahl e, para fechar com justiça a boa exibição, marcou grande golo no final do desafio.

TRUBIN (7) - O ucraniano não esteve muito em jogo, mas quando foi chamado respondeu de forma competente, com boas saídas, concentração e pelo menos três defesas de grande nível: aos 33’ travou remate de Klaassen, aos 50’ negou golo a Bounida e aos 77’ impediu a festa de Gloukh.

DEDIC (6) – Está ainda à procura de maior confiança, mas já conseguiu equilibrar a solidez defensiva com o atrevimento no ataque. Teve lances prometedores pelo flanco direito, mas quase sempre travou a fundo na hora da definição. Travou duelo defensivo interessante com Mika Gods e, aos 72’, esteve perto de marcar num grande remate na passada que o guarda-redes do Ajax defendeu.

ANTÓNIO SILVA (6) – Algumas desatenções nas compensações à direita, mas boa resposta em lances de perigo iminente. Fez vários cortes determinantes, como, aos 14’, quando Weghorst ganha metros à entrada da área dos encarnados.

OTAMENDI (6) – Dominou pelo ar e junto à relva e não deu um palmo de espaço ao gigante Weghorst. Aos 33', quando o avançado se preparava para rematar a um metro de Trubin, o central argentino esticou a perna e fez um grande corte.

DAHL (6) – Grande golo, logo aos 6’, e uma exibição marcada pela competência, mas também por algumas dificuldades para fechar o flanco e deficiência na definição de lances ofensivos que poderiam ter resultado em maior perigo. Mas trabalhou muito e deu solidez ao bloco das águias.

RICHARD RÍOS (6) - Rematou de cabeça e obrigou o guarda-redes a defesa de recurso no lance do golo de Dahl, foi responsável por várias recuperações e o principal motor para acelerar a equipa, embora nem sempre de forma clarividente. Sob pressão, pensou algumas vezes mal, como no passe disparatado para os pés de Klaassen, aos 67’, que colocou a equipa em sobressalto. Esteve de novo no melhor, aos 72’, com bom passe para Sudakov construir ataque perigoso.

BARRENECHEA (5) – Sem bola teve dificuldade em ocupar os espaços defensivos e pareceu jogar quase sempre numa rotação abaixo dos restantes. Com bola jogou curto, sem risco, mas foi importante para garantir um bloco compacto e bola na posse dos encarnados.

AURSNES (6) – Muito importante a compensar a vertigem de Dedic e inteligente a receber a bola em zona central nas transições. Não foi (nem poderia ser) ala puro, mas ainda assim tentou, cruzou e, aos 72’, em envolvimento com Sudakov, passou para Dedic rematar numa grande oportunidade de golo para o Benfica. Aos 90’, foi o norueguês quem assistiu para o golo de Barreiro.

SUDAKOV (5) – Solidário a defender e com a bola nos pés a procurar sempre o passe de rutura, normalmente a tentar ganhar as costas da defesa e quase sempre de forma algo ansiosa. Mas arrastou muito os defesas neerlandeses, permitindo largura para Dahl no flanco, e variou bem o jogo. Aos 72’ conduziu lance de classe, com passe para Aursnes e remate de Dedic. Marcou o canto no golo de Dahl.

PAVLIDIS (6) – Belo trabalho a passe de Barreiro, aos 10’; grande remate, mas ao lado do poste, cinco minutos depois. Trabalhou muito, desceu para ter bola, procurou a profundidade, mas não foi noite do goleador. Aos 88’, rodou ainda antes da linha de meio-campo, correu metros, mas, já na área do Ajax, mediu mal o cruzamento para Aursnes.

TOMÁS ARAÚJO (5) - Entrou para ser garante de maior segurança, como central pela esquerda, aos 81’, mas num ou noutro lance, sobretudo nos passes para a transição, complicou e transmitiu exatamente a sensação contrária. Depois acertou e ajudou a fechar o jogo para o Benfica.

MANU SILVA (-) – Voltou a competir depois de lesão grave e quase um ano a recuperar. Não teve tempo, nem bola para se mostrar, mas o ter entrado já significa muito.

RODRIGO RÊGO (-) - Entrou já nos instantes finais da partida, sem tempo para deixar marca."

Falar Benfica #227

3 Toques: Ajax...

Terceiro Anel: React - Mourinho - Ajax...

Visão: Ajax...

Operação: Ajax...

Simples: Ajax...

Terceiro Anel: Ajax...

BF: Ajax...

Observador: Relatório do Jogo - Ajax...

5 Minutos: Ajax...