"Segundo o dicionário, um flop é uma falha, um erro. A verdade é que no futebol o significado continua a ser o mesmo. Desde a chegada de Jorge Jesus ao comando técnico do SL Benfica, em 2009/10, muitos foram os jogadores que chegaram a pedido do técnico da Amadora, mas nem todos singraram de águia ao peito.
Hoje faremos um onze de autênticos flops que vestiram (ou não) a camisola dos encarnados e que chegaram a Lisboa pela mão de Jorge Jesus.
Guarda-redes
Roberto – Não há volta a dar! Roberto marcou uma geração por tão mau que foi de águia ao peito.
Custou 8,5 milhões de euros aos cofres encarnados, isto na sua transferência, porque em termos de rendimento desportivo, devia ter pagado para jogar. Foram 41 jogos na baliza benfiquista, em que sofreu 46 golos, um registo notável pela negativa.
Até podia dizer para ficarem descansados, que o pior deste XI já passou, mas não seria verdade.
Lateral direito
Luís Felipe – Parece inacreditável, mas esta entrada no XI foi o mais perto que Luís Felipe esteve de integrar um XI do Sport Lisboa e Benfica. É uma hipérbole, claro, mas não anda muito longe da verdade.
Chegou à Luz em 2014/15 e totaliza uns incríveis zero jogos pelo Benfica. Tendo custado dois milhões de euros, o brasileiro nunca se afirmou no Benfica onde tinha a concorrência de Maxi Pereira e André Almeida.
Acabou por sair em definitivo em 2016/17 para o Vitória FC, onde também não teve sucesso.
Defesa central
Steven Vitória – Decorria a temporada 2013/14 quando chegou à Luz um dos melhores jogadores da temporada anterior da Primeira Liga portuguesa.
Steven Vitória havia realizado duas temporadas de alto nível no GD Estoril-Praia, ao disputar 67 jogos e marcar 25 golos, números estonteantes para um defesa central, pelo que era esperado muito do luso-canadiano.
No SL Benfica realizou apenas cinco jogos e não mostrou a sua qualidade, nem a sua veia goleadora, que, ao que parece, ficou na cidade de Estoril até aos dias de hoje.
Defesa central
César – Atualmente no SC Farense, e a realizar uma temporada, até ao momento, bem conseguida, entrou no campeonato português e no SL Benfica em 2014/15, pela mão de Jorge Jesus.
O defesa central brasileiro realizou nove jogos pela equipa principal encarnada, mas não se conseguiu impor no plantel, tendo sido emprestado consecutivamente a vários emblemas portugueses e brasileiros.
Atualmente com 27 anos, César encontrou no CD Santa Clara um lugar para se reinventar, onde realizou duas temporadas de qualidade até se transferir para o Farense.
Lateral esquerdo
Bruno Cortez – Chegou ao Sport Lisboa e Benfica no “carrossel” de defesas esquerdos que fechou apenas com a chegada de Grimaldo.
Quando chegou a Lisboa, Cortez vinha rotulado de craque, um dos melhores jogadores do brasileirão, mas em Portugal nunca mostrou o seu talento.
Foram seis jogos de águia ao peito e seis exibições que deixaram os adeptos com saudades daquilo que ainda não haviam vivido. Finalmente chegou Grimaldo, uma esperança para a massa adepta dos encarnados.
Médio centro
Bryan Cristante – Este é um daqueles casos em que um jogador foi flop, mas só num clube. Resta descobrir se foi por culpa do jogador, se por culpa do clube.
A verdade é que o Sport Lisboa e Benfica não conseguiu retirar o melhor do internacional italiano Bryan Cristante, que já provou o seu valor na Atalanta BC e na AS Roma.
A qualidade do jogador é inegável, mas em Lisboa passou pelos “pingos da chuva” sem nunca mostrar toda a sua qualidade. Realizou 20 jogos em duas temporadas e marcou um golo.
Médio ofensivo
Filip Djuricic – Este é, provavelmente, o jogador que mais deixou a desejar neste XI.
Vinha rotulado de craque, o “Kaká dos Balcãs”, mas nunca mostrou a sua qualidade nos relvados portugueses. Luís Filipe Vieira chegou mesmo a admitir que Djuricic foi um dos jogadores que mais o desiludiu; pois bem, aos adeptos também.
Realizou uma primeira temporada aquém das expectativas, com 22 jogos e dois golos, mas podia ser apenas uma temporada de transição, o que não se verificou.
Atualmente joga na liga italiana, no Sassuolo, onde é uma das figuras da equipa. O que faltou para brilhar em terras lusitanas?
Extremo direito
Miralem Sulejmani – Decorria a temporada 2013/14 quando chegou a Portugal Miralem Sulejmani, um extremo direito sérvio com faro de golo.
Pois bem, na Luz, ainda que tenha realizado uma primeira temporada razoável, com três golos em 26 jogos, esperava-se mais de Sulejmani.
Ficou no Benfica por mais uma temporada em que realizou apenas oito jogos e transferiu-se para o Young Boys, onde vive tempos felizes.
Extremo esquerdo
Bebé – Tiago Manuel Dias Correia chegou a ser denominado de “novo Ronaldo”, o que coloca logo uma certa esperança no jogador.
Em Manchester representava o United, numa experiência que não correu de feição; no entanto, Jorge Jesus “repescou-o” com o intuito de recuperar o talento deste jogador.
No Sport Lisboa e Benfica disputou apenas seis jogos e não marcou qualquer golo. Um registo bastante negativo, para não dizer horrível, do “novo Ronaldo”.
Avançado centro
Yannick Djaló – Djaló foi mais conhecido por atuar ao serviço do Sporting CP, clube de onde saiu depois de uma transferência falhada para o OGC Nice por pormenores.
O SL Benfica achou por bem resgatar o avançado, uma vez que havia mostrado qualidade no rival da Segunda Circular, uma transferência que se viria a provar um autêntico erro.
No Benfica realizou cinco jogos e escusado será dizer que marcou um total de zero golos.
Ponta de lança
Alan Kardec – Em janeiro de 2010, Jorge Jesus indicava um avançado que brilhava em terras brasileiras e que poderia dar o salto no futebol europeu. Não foi bem o caso.
Kardec ainda disputou 45 jogos pelos encarnados e apontou oito golos, mas nunca atingiu o seu potencial, chegando mesmo a ser emprestado a meio do seu contrato com o SL Benfica.
Não rendeu aquilo que se esperava no futebol europeu, mas por terras asiáticas, na liga chinesa, Kardec é um autêntico goleador, com 55 golos em 107 jogos ao serviço do Chongquing Dangdai."