Últimas indefectivações

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Traiçoeiro...

O sorteio da Liga Europa, realizado esta manhã, foi traiçoeiro... O PAOK pode parecer um adversário acessível, mas não é. Na minha antevisão ao sorteio, avisei para isso mesmo.
Acompanhei com atenção os jogos do Play-off de acesso à Champions, onde os Gregos defrontaram o Schalke 04, e em ambos os jogos deram muita luta... No Campeonato Grego estão em 2.º lugar, logo atrás dos nossos conhecidos Olympiakos.
São treinados por um experiente treinador Holandês - Hubb Stevens, que como treinador fez carreira na Alemanha... -, que conseguiu montar uma equipa, colectivamente forte...
No plantel além do 'nosso' Miguel Vítor, temos ainda o Katsouranis. Aliás, antes da lesão do Miguel esta era a dupla de centrais!!!
O defesa-esquerdo é o Dino (ex-Académica e ex-Corruptos!!!)... O capitão é o Salpingidis, experiente internacional Grego (ex-Panathinaikos)... Contam ainda com o veterano Pablo Garcia (ex-Real Madrid e ex-Milan), o Tziolis (ex-Panathinaikos, e ex-Weder Bremen), o Ninis (ex-Panithinaikos), Vukic (internacioanl Sérvio, ex-Partizan, e ex-Shakhtar), Necid (internacional Checo), o Oliseh (ex-CSKA Moscovo), mas a grande estrela é o Miroslav Stoch (eslovaco, que o ano passado jogava no Fernebache... e que já jogou no Chelsea). Têm ainda no plantel alguns jogadores Espanhóis, que jogaram em equipas 'secundárias' em Espanha, sendo o Lucas Martinez o mais perigoso (ex-Dinamo Kiev, ex-Karpaty Liev, ex-Rayo Vallecano)...

Recordo-me da eliminatória que jogámos contra eles, em 1999/2000, foi mesmo antes do pesadelo de Vigo!!! Vitória muito suada em Salónica, por 1-2, e depois derrota na Luz pelo mesmo resultado, e eliminatória resolvida nos penalty's!!! No dia do jogo em Lisboa, acordei essa manhã em Santiago de Compostela, foi uma longa viagem até à Catedral para ver 120 minutos, mais penalty's!!! Enke na baliza do glorioso, e Sabry do lado de lá...!!!



Em caso de vitória, nos Oitavos-de-final vamos defrontar o vencedor da eliminatória entre os Ucranianos do Dnipro e o Tottenham, que hoje despediu o Aldeias-Reles!!!
Os Ingleses, foram a equipa que mais dinheiro gastou em contratações no Verão em Inglaterra, no meio-campo, e na avançada têm muitas opções, na defesa nem por isso, ainda por cima neste momento estão quase todos lesionados, é uma incógnita o que o próximo treinador vai conseguir fazer, com este plantel... Com o Aldeias-Reles, tinham muita posse de bola, mas não marcavam golos, em Fevereiro logo se verá...
O Dnipro tem um forte colectivo, e alguns bons jogadores, muito perigosos no contra-ataque, preferia jogar com o Tottenham, até porque a viagem à Ucrânia é cansativa...

PS: Hoje também foi o sorteio da UEFA Youth League. O nosso adversário nos Oitavos-de-final será o Áustria de Viena, que ficou em 2.º lugar no grupo dos Corruptos. Nós fizemos os melhores resultados fora de casa, mas creio que além do caparro, estes Austríacos não nos devem trazer problemas...!!!
Em caso de vitória vamos jogar - fora -, com o vencedor do Atlético de Madrid-Manchester City (equipa do Ronny)...
O trajecto até à final ficou totalmente definido, assim em caso de vitória nos Quartos-de-final, na Final 4 que vai ser realizada na Suíça, vamos defrontar nas Meias-finais, o vencedor das eliminatórias entre o CSKA-PSG ou Real Madrid-Nápoles...
Jogar os Quartos-de-final fora, poderá ser um problema... mas fugimos às duas equipas mais fortes - na minha opinião -, o Barcelona e o Chelsea, que só podemos encontrar na Final!!!

António Simões confessa-se

"Esta minha experiência de escrever sobre outros foi extremamente agradável e gratificante, deu-me saúde mental, prazer, sobretudo conferiu-me o bonito sentimento de fazer justiça. Falar sobre mim, reconheço, foi algo esquisito, nunca tive semelhante prova, não me parecia (nem parece) adequado ao meu feitio, à minha sensibilidade. De facto, algo que nunca pensei, muito menos me preparei para o efeito. E continua a parecer-me um tanto descabido.
Este desafio, que o meu grande amigo João Malheiro me propôs, de escrever 'coisas' sobre pessoas que fui conhecendo, numa altura em que a vida me conduziu (im)piedosamente para os 70 anos, afigurou-se-me irrecusável, apesar de alguma teimosia inicial. Conheci, trabalhei e associei-me a muita gente ilustre da bola e de outras sensibilidades. Aceitei o repto com paixão, dediquei-lhe algumas horas, nas mais diferentes latitudes, sempre com alegria, até com entusiasmo crescente. Eu e muitos outros, escritos pela minha pena, resultou num testamento de vida(s), cujo interesse só o leitor pode avaliar, mas o meu apego, confesso, foi inquestionável.
Talvez não saiba falar de mim, mas recordo e tenho bem presente opiniões de outros, em circunstâncias e pretextos diferentes, que me parecem de todo oportuno aproveitar para este documento. Efectivamente, gente com visão, gente com experiência, gente ilustre. Gente para quem o jogo ao mais alto nível proporcionou opiniões do... mais alto nível. Gente, do Futebol, no Futebol que eu amo, da melhor de sempre, da que fez história, da que cativou lugar na história.
Uma deles, logo à cabeça, o nosso Eusébio, passo a citar, com proximidade, quase absoluta: 'Simões foi, para mim, aquele que melhor compreendeu e se relacionou com a minha capacidade, cultura e inteligência de jogo; aquele que melhor percebeu o meu futebol, o que que queria e, por vezes, até o que eu não queria; Simões foi o companheiro cujo Futebol pensado e bem jogado pertenceu à minha universidade, a do bom futebol'. Agora, acrescento eu, António Simões da Costa: privilégio foi para mim ter estado à altura de o perceber, de vir a ter o reconhecimento público do Senhor Futebol, o enorme senhor Eusébio.
Outra enorme figura, Pelé, um dia, algures nos Estados Unidos, quando por lá jogámos, em tom amistoso, teve um impulso carregado de genuidade, afirmando, na minha frente, dirigindo-se também aos seus companheiros do Cosmos, equipa que representou e na qual terminou a sua fantástica carreira, concretamente dizendo: 'Cuidado com este 'baixinho', não deixa chegar bola nele, não deixa organizar, não deixa pensar o jogo'. E, voltando-se para mim, olhos nos olhos, rematou: 'Tá baixinho? Vou mandar cair em cima de você'... Considerei aquele momento, e ainda hoje considero, uma observação gostosa e lisonjeira do reconhecimento, da valia, da competência que porventura eu patenteava. Foi na Califórnia, corria Julho de 1976.
Artur Jorge, o homem académico, da criativa Coimbra, da Académica e do Benfica, esse reconhecido intelectual do Futebol, celebrizado pelo seu singular pontapé-moinho nos relvados ou até pelados. Foi um estimado companheiro dos melhores anos do esquadrão vermelho. Um dia, numa atitude de reconhecimento, para com a minha carreira, não dirigindo-se a mim, mas a outros, que por sua vez me fizeram eco da mensagem, afirmou: 'Simões foi o número dois; depois do Eusébio, tratou-se do melhor'. Testemunho de um homem que sabe cultivar a independência, conhecedor como poucos, e já muito depois de ambos termos terminado o nosso trajecto de jogadores profissionais.
Referência também, se calhar a maior testemunha, refiro-me imodestamente, não na voz de ninguém, mas devido à minha presença honrosa em jogos de carácter único, de fisonomia muito especial. Ter participado em desafios, nos quais estiveram os melhores executantes da minha época, alguns reconhecidamente considerados os maiores de sempre, casos de George Best, Bobby Charlton, Yáshim, Becknbauer, Cruijff, Pelé e, claro, o nosso querido Eusébio, entre muitos outros. Diria que fui a julgamento, o julgamento da competência e do saber. Dai-me conta de que fui bem aceite e não menos bem aprovado. Por um simples gesto, razão, talvez efeito. Percebi que não houve reservas em me passarem/darem a bola e perceberem, todos eles, que seguramente teriam de volta a bola em condições jogáveis. A bola aprumada, a bola bonita, a bola de qualidade que todos exigiam, como o mais elementar e fundamental sinal (para eles), da mesma forma o mais simples ou reconhecimento para quem sabia jogar com ADN do verdadeiro bom Futebol. O Futebol bem jogado, o Futebol de todos esses monstros consagrados da bola universal."

António Simões, in O Benfica

Estratégia errada !!!

Marítimo B 1 - 0 Benfica B

O Benfica demorou demasiado tempo a compreender que neste relvado, com esta bola, a única estratégia devia ter sido pontapé para a frente, e apanhar a 2.ª bola!!! Tentar sair a jogar com passes laterais entre os centrais, além de ser ofensivamente inútil, defensivamente, é muito perigoso!!!
Apesar de Varela ter feito pelo menos 4 defesas de grande nível, as melhores oportunidades foram do Benfica, o problema é que na maior parte das vezes nem acertámos na baliza!!! Neste aspecto o Lolo esteve em destaque, por 3 vezes, com falhanços incríveis... e outro do Filip Markovic!!!

Foi interessante ouvir os comentadores da Marítimo TV: o grau isenção foi tão alto, como o 'grau' que devem ter bebido ao almoço!!!
Nas últimas 7 jornadas, 6 jogadores do Benfica expulsos!!! Parece que os árbitros descobriram o 'truque' para obterem uma boa nota: expulsar um jogador do Benfica, hoje foi o Urreta... Isto depois de nos primeiros minutos, o Filip Markovic sofrer uma entrada assassina, e o árbitro, pedir calma ao assassino, ficando os cartões no bolso!!!

PS: Já tinha notado no jogo da equipa principal. Nesta jornada, a bola de jogo, foi a Brazuca, a nova bola da Adidas, especialmente produzida para o Mundial. E pelo que se viu, é uma boa merda!!! Consegue ser pior que as anteriores...!!!
Acho que aquelas bolas de borracha para os putos, que chamamos Saltitonas, saltam menos que estas!!! O Futebol deve ser o único desporto que permite às marcas desportivas, mudar regularmente a bola do jogo. Esta mania de tornar a bola mais leve, é um absurdo... Como a maioria dos relvados são maus, na maior parte dos jogos, vamos assistir a jogos de 'ténis', em vez de futebol... Hoje, o Bernardo, tecnicamente o melhor jogador em campo, foi incapaz de dar três passos com a bola controlada...
Como tanto os jogadores, como os Clubes estão dependentes dos patrocínios das marcas, este forrobodó vai continuar...
No final dos anos 90, cheguei a jogar com uma bola da Le Coq Sportif (era a bola oficial dos Lagartos) - a bola da Adidas no Mundial de 86 também era muito boa... -, para mim, ambas, são o modelo do que uma bola de Futebol deve ser.
A continuar assim, vamos ter jogos cada vez mais atabalhoados, com poucos passes com nexo, facilitando a vida aos defesas e caceteiros... Viva ao pontapé para a frente e fé em Deus!!!