Últimas indefectivações

sábado, 18 de maio de 2013

Juniores - Campeões - 14.ª jornada - Fase Final


Rio Ave 1 - 2 Benfica

Finalmente, após várias tentativas nas últimas épocas, 9 anos depois, somos Campeões Nacionais de Juniores. Desta vez, ao contrário das tentativas anteriores, ultrapassamos todos os obstáculos, e foram muitos...!!!
Por culpa própria, demorámos a fazer regressar os Juniores que estavam na equipa B, por azar nosso vimos o nosso ponta-de-lança partir a perna - João Gomes -, mas depois foi um fartar de vilanagem, praticamente em todas as jornadas: penalty's, expulsões, violentas acções de intimidação (Braga por exemplo), cobardes ataques racistas, valeu tudo!!!
Hoje, com 1-1 no marcador, expulsaram o Dino, por suposta simulação!!! Depois da roubalheira da semana passada no Seixal, onde só ficaram 3 penalty's por marcar a nosso favor, contra os Corruptos - jogo, onde deveríamos ter sagrado Campeões... -, desta vez nada, nem ninguém, nos conseguiu parar.
Nem as noticias intimidatórias durante a semana, que falavam de um pedido de 100 bilhetes por parte dos Corruptos, que o Rio Ave amigavelmente cedeu!!! Também não sei se foi por isso que o jogo foi jogado num sintético, em vez de ter sido usado o campo principal...!!!
Uma nota para este Rio Ave que fez um excelente Campeonato, tanto na 1.ª fase, como na Fase Final, com excelentes jogadores, um deles vai mesmo para o Hamburgo!!!

Sem querer desvalorizar ninguém, bem pelo contrário, até acho que esta equipa, tem menos potencial individual do que outras gerações mais recentes, mas demonstrou muito mais querer do que as outras. Não me esqueço do jogo com o Setúbal no Seixal, onde a perder por 0-2, com 10 jogadores - outra arbitragem vergonhosa -, fizemos uma 2.ª parte espectacular, conseguimos empatar, e até podíamos ter vencido!!!

O Tralhão merece uma palavra de agradecimento: depois do ano passado ter pegado na equipa, com resultados positivos imediatos, este ano a temporada foi difícil, com alguns resultados menos conseguidos. Não teve os melhores jogadores disponíveis, em grande parte da temporada, e isso notou-se. Mas no sprint final, num clima muito adverso, conseguiu unir todos os jogadores atrás do objectivo... As respostas na cara de alguns dos provocadores porcos, foram na minha opinião muito importantes, perante as ofensas adversárias não podemos ficar em silêncio, alegando que somos um Clube diferente, dentro de um certo limite, é preciso reagir... e esse exemplo tem que ser dado em frente dos jogadores, para eles perceberem o que está em jogo.

Existem muitos jogadores que têm potencial para se fazerem grandes jogadores, mas ainda têm que percorrer um caminho longo... O Cancelo que hoje marcou os dois golos (pontapé de canto directo e livre directo, mandou outro livre ao poste!!!), é o exemplo perfeito, que o talento não chega, é preciso demonstrar atitude profissional em todos os momentos dos jogos e dos treinos. Varela, Cardoso, Alfaiate, Nunes, Cancelo, Rebocho, Estrela, Teixeira, Nascimento, Guzzo, Clésio, Hélder, Bernardo, Dino e outros, podem ter futuro, mas têm que trabalhar muito...
Uma nota especial para o Dino: com a lesão do João Gomes, após algumas hesitações, foi o escolhido para fazer a posição de ponta-de-lança. Direi mesmo que foi a meu pedido !!! Acabou por ser decisivo com vários golos. Continuo a defender que o Dino, como extremo terá muitos problemas, porque não toma as melhores decisões, normalmente complica, tem pouca visão periférica, acaba sempre por encontrar o caminho com mais defesas!!! Por isso tudo - e mais algumas coisas -, e porque tem faro de golo, bom jogo de cabeça, e é rápido, creio que a aposta do Dino - e da formação do Benfica -, tem que ser na posição de ponta-de-lança... Pode ser a diferença entre um extremo normal, e um grande marcador de golos.


Benfica........30
Corruptos......29
Sporting........25
Braga............20
Rio Ave.........17
Setúbal........14
Guimarães.....9
Nacional.......7


PS: Parabéns aos putos dos Benjamins B, que hoje de manhã, derrotaram o Sporting por 2-1 e sagraram-se Campeões Distritais da categoria.

Vitória no último segundo (para variar)!!!


Benfica 69 - 67 Académica
15-15, 21-21, 17-12, 16-19

Já estava à espera de um jogo muito complicado: o Benfica até agora não teve praticamente oposição ns Play-off's, os jogos foram demasiados fáceis, a Académica pelo contrário tem tido jogos repartidos, tendo vencido na Quarta o CAB na Madeira, num jogo muito emotivo... notou-se hoje, um Benfica com pouco ritmo ofensivo. Hoje foi quase sempre, Lace Dunn contra o Mundo!!! O Betinho na 2.ª parte ajudou, e no último segundo foi o Betinho a dar-nos a vitória, num lançamento espectacular...
A partir de agora creio que os jogos podem ser menos 'cardíacos', porque julgo que a qualidade de jogo ofensiva do Benfica vai aumentar, e a Académica pode começar a 'não acreditar', mas amanhã temos que ter mais jogadores a contribuírem na pontuação. Com os lançamentos exteriores, a não caírem - mais uma vez!!! - é muito importante continuar a fazer penetrações, e continuar a carregar no ressalto ofensivo porque a gestão das faltas pela Académica pode ser um dos nossos trunfos, já que eles são muito agressivos a defender, e mesmo com árbitros amigos 'estudantes', eles não podem ignorar todos os contactos!!!
Já não é o primeiro jogo, onde ofensivamente cometemos muitos erros, mas conseguimos vencer, porque defensivamente estamos razoavelmente concentrados, hoje voltou a ser assim...
Recordo que não temos o Doliboa lesionado, o Heshimu está a jogar claramente condicionado, e o Andrade depois de uma longa paragem também não está a 100%... o Benfica continua ser claramente favorito, mas não será tão fácil como alguns esperavam. O Benfica não pode dar 'esperança' aos Estudantes (com 4 ex-Benfica!!!), temos que ser eficientes. O quarteto Fernandes/Balseiro/Hallman/Sousa é muito forte ofensivamente, é verdade que eles não têm muitas opções para rodar, mas se as 'bombas' começam a entrar, não é fácil pará-los.

Bom prenuncio


Académica 3 - 6 Benfica

Depois de uma época, muito abaixo das expectativas, depois de umas últimas jornadas da fase regular com resultados muito maus... nada melhor para ganhar confiança, do que uma vitória convincente, num pavilhão onde à poucas semanas tínhamos empatado.
É óbvio que o regresso de alguns dos lesionados ajudou... creio que a opção de fazer 'descansar' alguns jogadores nestas últimas semanas, para ter a certeza que estão todos recuperados das mazelas, foi uma boa decisão... agora falta mais uma vitória... a caminho das Meias.

Empate na última jornada...


Benfica B 2 - 2 Santa Clara

Terminou com mais um empate a época da nossa equipa B. Desta vez nunca estivemos a vencer, por duas vezes tivemos em desvantagem por duas vezes conseguimos recuperar...
O 7-º lugar na II Liga, é na minha opinião uma boa classificação. Antes da época começar, sempre pensei que as equipas B, iriam lutar para não descer, mas enganei-me...
A qualidade de jogo, na maioria dos jogos, foi fraca, pouco entusiasmante, mas esse é infelizmente o Futebol praticado em Portugal, o famoso jogo do 'pontinho'... também é verdade que os relvados não ajudam, são poucos, muito poucos os relvados em condições aceitáveis...
Mas o mais importante, é fazer evoluir os jogadores, de todos os jogadores creio que o Cavaleiro é aquele com mais potencial (começou a época muito bem, renovou, caiu a pique, nesta ponta final voltou a jogar benzinho!!!). Sim, considero o Miguel Rosa um bom jogador, mas tendo em conta todos os factores: idade, velocidade, força... acho que o Cavaleiro, tem mais hipóteses de jogar na equipa principal, algo que o Miguel Rosa dificilmente fará!!! O Luciano, e o Rosado (só meia-época, está emprestado...) na minha opinião foram os outros destaques. Os jogadores mais jovens como o Lindelof, o Guzzo, o Hélder Costa, o Cancelo (dois golos hoje nos Juniores) vão fazer mais algumas épocas nesta equipa. O Carole desiludiu-me, principalmente a defesa-esquerdo. Este jovem Chinês até tem jogado bem, mas precisa de mais minutos... o Mika teve demasiadas falhas, creio que com a excelente evolução do Varela, o Mika vai ter menos oportunidades, o empréstimo talvez seja a melhor solução. O Deyverson, é o mistério desta equipa: um jogador com tão pouca qualidade técnica,  mas com um faro para o golo fora do normal... mas muito sinceramente não creio que seja opção para a equipa principal. Mas nesta equipa não podemos ter somente jovens, ex-juniores, é necessário ter alguns jogadores mais velhos, com experiência, nesse contexto temos o Pimenta... E precisamos de mais alguns, o Sidnei por exemplo apesar de tudo, foi importante, dando alguma consistência à defesa, se ele sair, ficaremos com uma defesa muito novinha...

Título perdido


Corruptos 7 - 3 Benfica

A tarefa era praticamente impossível, tínhamos que vencer, por 3 golos!!! Não foi neste jogo que perdemos o Campeonato. Cada vez mais me convenço que a vitória do ano passado, foi algo de quase sobrenatural !!! Esta é de longe a mais Corrupta de todas as modalidades Corruptas neste país Corrupto. O ano passado fomos perfeitos, este ano não conseguimos derrotar o Paço de Arcos... é verdade que em Valongo e em Oliveira de Azeméis fomos roubados à força toda, mas isso, no início do Campeonato já nós sabemos que vai acontecer...!!!
Disputar um Campeonato no antro da Corrupção é impossível... hoje, até entrámos bem na partida, o 1.º golo deles é contra a corrente do jogo, mas logo depois o Ladrão do Apito marca um dos mais escandalosos penalty's que eu vi - e já vi muitos!!! -, os jogadores perderam a cabeça, e em 2 minutos sofremos 4 golos!!! O jogo terminou... o resto da partida ficou 3-3, mas tudo foi decidido em 2 minutos!!!
Se nós quisermos ser Campeões, este jogo não pode contar... as regras são diferentes em todo o Campeonato, mas neste local, por e simplesmente não existem...
O comportamento na bancada por trás do banco do Benfica, com a cumplicidade das autoridades, é uma das imagens de marca do antro. Não é novidade, recordo-me de um jogo de Basket em Matosinhos, creio que num jogo das Meias-finais do Play-off, com os Americanos do Benfica a reagirem (!!!), será difícil alguém superar esse momento, mas eles bem tentam...

As perspectivas para o resto da época não são as melhores: na Taça de Portugal temos que ir a Valongo. Local onde é costume a existência de fenómenos sobrenaturais!!! E na Europa, com o anuncio da realização da Final 4, no antro da Corrupção, as nossas probabilidades de vencer diminuíram drasticamente. Já não era fácil passar o Barça nas Meias, mas se isso acontecer... Prevejo mais uma final entre o Barça e os Corruptos, com o Barça a vencer, e mais um festival de porrada, tal como na última vez que a Final da Liga Europeia foi realizada na Faixa de Gaza!!! Só mesmo um Federação totalmente Corrupta, podia dar a organização de uma prova destas, a um Clube cadastrado, como podem recordar nas imagens:



Não tenho informações privilegiadas, mas acredito que vai haver algumas alterações na secção. Defendo a continuação do Sénica, mas a equipa precisa de sangue novo, dito isto, o Carlos López tem que ficar!!! Precisamos de um especialista nos Livres Directos... Se os rumores sobre a vinda do Trabal forem verdadeiros, é uma grande notícia: com muita pena minha, o Ricardo tem falhado demasiadas vezes...

Pagaia de prata

O João Ribeiro, tripulante do K4 1000m nacional, conjuntamente com o Emanuel Silva, o Fernando Pimenta e  David Fernandes, terminou a Final A, no 2.º lugar, na segunda prova da Taça do Mundo desta época, na prova realizada na República Checa.

A desdita não se diz

"As derrotas recentes do Benfica foram associadas a maldições. A velha de Gutmann, a nova do minuto 92. Não acredito em maldições, mas acredito na sorte e no azar. E tenho achado curioso, por estes dias, que quando os adeptos do Benfica se lamentam dos azares alguém lhes diga que o azar não existe no futebol, que tudo é resultado do que se sabe e consegue. Que a sorte dá trabalho, como se diz naquele tom moralistazinho. É claro que não é só assim.
Num jogo há variáveis que podem ser controladas e é a capacidade para esse controlo que separa os bons dos maus, sim; mas, por definição, um jogo implica aleatoriedade, acaso. Partindo do princípio que o futebol vive de falhas - passes e remates falhados ou corridas sem efeito prático são mais comuns do que acertos e golos -, é nos momentos em que se erra que pode detectar-se a sorte de uma equipa. Ou seja, se nos momentos em que ela falha a outra acerta sempre, ou muitas vezes, é justo dizer-se que teve azar. E, por correspondência, a outra sorte. E o oposto, claro. É uma ideia simples e desvalorizada, porque parece contrária à tal defesa de profissionalismo e competência.
Nada disto é o mesmo, no entanto, que dizer que o futebol é um jogo de azar. É, antes, um jogo com sortes e azares. Se fosse, realmente, apenas um jogo de azar já o teriam ilegalizado. Ainda na semana passada um Juiz do Rio de Janeiro, no Brasil, sentenciou o póquer como um jogo de azar e logo proibido, atendendo o pedido de um promotor que contrariava uma comissão de peritos da polícia que garantia, por sua vez, que o póquer dependia mais da capacidade do jogador do que da sorte. O velho argumento do póquer como jogo baseado na habilidade matemática a na capacidade de interpretação do adversário e não tanto na sorte ditada pelo virar de cartas pode, assim, ir caindo por terra.
No futebol, não creio que alguma vez a sorte seja tão influentemente considerada. Mas que está lá está. Ou não."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

A importância do fica Jesus

"Treinador do Benfica pôs-se em causa e saiu reforçado, tanto junto dos adeptos como enquanto pilar do projecto
Jorge Jesus vai ser o treinador do Benfica na próxima temporada, independentemente da validade do contrato que venha a assinar com o emblema da Luz. A época 2013/14 tem-na garantida, e o resto depois vê-se. As promessas "forever" já todos vimos no que dão e o facto de ter acontecido na casa do vizinho não muda nada, pois ninguém garante que não se possa repetir do outro lado da rua, ou em qualquer outro lado, se a bola entrar na baliza adversária menos vezes do que o esperado.
Depois de dois acidentes descomunais no espaço de um punhado de dias, Jorge Jesus optou por se referendar, o que só joga a favor dele. É bem pago, está num clube que ajudou a estabilizar e a tornar competitivo, tinha a garantia prévia de um novo e prolongado contrato, ou seja, condições para aproveitar a boa onda gerada em torno de si e fazer ali mesmo, no rescaldo da derrota, uma comovida jura de amor eterno.
Acreditando naquilo que faz, Jesus precisava de saber claramente se continua a ter apoios fortes dentro e fora, porque não adianta ser garantido por um presidente que manda efectivamente se depois se tem um estádio vazio ou divorciado da equipa. Ao pôr-se em causa, o treinador reforçou não só o estatuto de intocável como a solidez de um projecto de que é um dos pilares.
Depois do discurso de Vieira e das manifestações de apoio popular, já pode tratar de arrepiar caminho. E tem muito a fazer, pois estando a final da próxima edição da Champions marcada para o Estádio da Luz, o sonho benfiquista vai ser muito inflacionado."

A guarda suiça

"As probabilidades de o FCP perder o presente campeonato são ínfimas. Mas, para que as probabilidades matemáticas sejam reduzidas a zero, quem de direito já promoveu a instalação de um clima de terror em Paços de Ferreira.
O relato que transcrevemos em seguida não é ficcional e encontra-se no mural do Facebook de um elemento da Direcção de uma Casa do Benfica de um concelho confinante ao de Paços de Ferreira. Apesar de aparentemente parcial por ter sido escrito por uma pena benfiquista, apresenta silogismos extremamente plausíveis e testemunhados por alguns habitantes pacenses. Eis a transcrição:
«Jogadores do Paços ameaçados!
O "braço-armado" portista sabe onde trabalham esposas e familiares, sabem os nomes e onde estudam os filhos.
Devido a esta situação (pelo menos) dois jogadores normalmente titulares pediram a Paulo Fonseca dispensa do jogo. Foi recusado pelo treinador. Mau estar instalado no clube.
Jogadores do Paços amedrontados, desconcentrados só querem que o jogo passe depressa, que o porto seja campeão e que possam voltar à vida normal com a sua família.»

«Adeptos Pacenses agredidos e roubados.
Para conseguir o máximo dos bilhetes possíveis, elementos das claques portistas têm estado a semana todo em Paços. Agrediram adeptos adversários e roubaram os poucos que já tinham conseguido bilhete. Vários relatos inclusive de idosos mal tratados. Poucos adeptos Pacenses estarão presentes no jogo de Domingo. O medo e o terror dominam a cidade. Um clube pacato, sem grande força popular e mediática "come e cala".
Vários novos sócios do Paços nos últimos dias. Todos da zona do porto. Consta-se que todas estas inscrições foram suportadas pelo fcp e todos estes novos sócios são membros dos grupos de apoio organizado do clube. Algo que seria muito fácil de investigar por quem de direito… Objectivo "silenciar e controlar" as reduzidas áreas de sócios Pacenses.»

«Josué, jogador preponderante na equipa do Paços e membro dos "Superdragões" desde há muitos anos, garantiu no seu circulo de "amigos" que estava tudo controlado. Tem sido constantes os encontros entre neste atleta e alguns dos mais conhecidos membros da claque portista. Segundo palavras do mesmo "não há razão para preocupações, o porto será campeão ou… Campeão".
Josué tem também aconselhado colegas a não se armarem a heróis porque "aquela malta não brinca". Este talentoso médio tem servido como uma espécie de infiltrado daquele grupo de marginais no balneário Pacense. Domina os mais fracos, demove os indecisos e denuncia os íntegros. Estes últimos os principais alvos do terror psicológico em relação às famílias.»

«Ameaças de que o jogo nunca chegará ao fim se algo estiver a correr mal e de que o Paços dentro de anos disputará as divisões amadoras…»

«Ameaças aos habitantes locais de uma enorme invasão portista à cidade! É melhor para todos, para a terra e os seus habitantes que nada "falhe".
Ideia generalizada e desejo de toda a cidade, cidadãos, adeptos do clube, jogadores e dirigentes que toda esta gente ganhe, fique feliz e se vá embora. De vez.»

«Em Paços de Ferreira, e em muitos lugares da cidade do Porto sabe-se tudo isto e muito mais. Poucos aceitam dar a cara e falar com medo de represálias e os outros gabam-se, gozam e… Já festejam! Tudo às claras, tudo sob um silêncio comprometedor de milhares de jornalistas, centenas de rádios, tv's e jornais. Só interessa falar no futuro do Jesus, no Gaitan para o Manchester, no Garay de volta para o Real Madrid...»

Como benfiquista do Norte, já testemunhei muitas vezes este clima de intimidação, legitimado até por pessoas de formação superior...Por isso, entreguem-se as faixas..."

Lágrima de orgulho

"Perder nunca é bom. Perder no Benfica nunca pode ser normal. Perder no último minuto uma final onde se dominou o campeão europeu é amargo e até cruel.
Mas a verdade é que 23 anos depois, neste jogo de Amesterdão, Jorge Jesus e os seus jogadores fizeram mais pelo futebol e prestígio internacional do Benfica que anos sem honra nem glória de afastamentos caricatos. Há quem possa ter saudades de ser eliminado pelo Bastia ou pelo Halmstad, mas não serão os benfiquistas de certeza.
O Benfica fez anteontem um grande jogo: de Johan Cruyff a Van Hooijdonk, de Rafa Benítez ao número 1 do mundo em ténis, Djokovic, todos o reconheceram.
Na última época, a melhor equipa do mundo, o Bayern Munique, perdeu a final da Liga dos Campeões para este Chelsea, o campeonato para o Dortmund e a final da Taça da Alemanha no final da época. Manteve o treinador, segurou no essencial os seus jogadores, não mudou o rumo ao sabor da maré, e este ano poderá ganhar tudo maravilhando quem gosta de bom futebol.
Esperar pela sorte, em vez de trabalhar, é apanágio dos ignorantes. Napoleão gostava de generais com sorte e acabou isolado numa ilha, a imaginar quimeras. Só o trabalho e a honestidade poderão fazer o Benfica continuar no trilho de êxitos maiores e mais frequentes. Para não ficarmos na nossa Ilha de Santa Helena à procura de porquês, temos que manter ou aumentar a qualidade, temos que trabalhar ainda mais, mas devemos a gratidão e o orgulho a treinador e jogadores pelo que fizeram em Amesterdão.
Sem a glória de Eusébio de 62, tiveram a mesma honra e devemos ter o mesmo orgulho neste grupo que esteve na Holanda. Obrigado Benfica. Estou com as centenas de adeptos que vos esperaram até altas horas no aeroporto para vos aplaudir a acompanhar.
Aqui fica uma lágrima de orgulho..."

Sílvio Cervan, in A Bola

Grande teste à convicção

"Há um ano, o Bayern de Munique perdeu tudo o que tinha para ganhar, incluindo a final caseira da Champions contra o Chelsea. O que fizeram os bávaros? Entraram em pânico? Questionaram todas as decisões que tinham sido tomadas? Exigiram que rolassem cabeças? Não, não fizeram nada disso. Acreditaram naquilo que tinham construído e foi sobre esses alicerces que criaram uma das máquinas mais poderosas do futebol mundial. Na vida, dificilmente se encontra uma circunstância que explique tudo, as razões são invariavelmente complexas e múltiplas. E o futebol, onde, paradoxalmente, os factores imponderáveis merecem ponderação, não é excepção. O mais importante, aquilo que realmente interessa, é a convicção com que as coisas são feitas. O Bayern nada alterou apesar dos baldes de água fria porque acreditava nos passos que estava a dar. E foi graças a essa lucidez e a esse pragmatismo que hoje mora no topo do mundo.
A única coisa que o Benfica deve fazer - isso estará para lá de verberar a maldição de Guttmann ou lamentar a malapata do Dragão - não obstante a desilusão de duas derrotas cruéis, é reflectir sobre a estrutura que criou, alheando-se da conjuntura. E, quando o fizer, certamente concluirá que tem havido uma política desportiva sustentada, acompanhada de um aumento significativo da capacidade competitiva, neste momento situada em altos parâmetros europeus.
De qualquer forma, as derrotas do Dragão e da Arena são testes à convicção dos responsáveis encarnados, que têm nos seus homólogos de Munique um bom exemplo a seguir...

PS - Partiu Cruz dos Santos, jornalista de referência e figura do jornal A BOLA. A marca que deixa é uma responsabilidade para todos nós. RIP."

José Manuel Delgado, in A Bola

A maldição e o tabu

"Saída de Garay é um dos momentos do jogo de Amesterdão; palavras de Jesus e de Filipe Vieira é o momento depois.

Bela a final da Liga Europa desta quarta-feira, fantástico, deu para perceber mesmo pela televisão, o ambiente, emotivo e até espectacular do jogo, cruel a derrota, e sobretudo como ela se confirmou, para o Benfica. Veja-se a coisa pelo lado de quem ganha e imagine-se a louca e descontrolada explosão de alegria, agora entre os seguidores do Chelsea, há uma semana entre os adeptos do FC Porto. Há uns anos, ali pelo final da década de 90, a crueldade bateu à porta de um Bayern de Munique que tinha a final da Taça dos Campeões Europeus na mão e, nos últimos instantes, a deixou fugir para um Manchester United que ressuscitou em segundos para um sucesso absolutamente inesperado e surpreendente.
Como diria uma companheira jornalista, o futebol é isto mesmo, tem três resultados possíveis, e tanto se marcam golos nos primeiros segundos de um jogo como nos últimos, e de frase feita em frase feita, impossível ignorar como até ao lavar dos cestos é vindima.
Ponto de ordem à mesa, porém, para deixar o palpite - sim, apenas o palpite - de como o Benfica não teria provavelmente sofrido aquele segundo golo em Amesterdão se Ezaquiel Garay ainda estivesse em campo...
Nesse sentido, o momento da saída de Garay não deixará de ser um dos momentos da final, um dos momentos negativos, claro, para os encarnados, porque Jardel, o substituto do argentino, acabou por ser o infeliz contemplado com o erro de marcação a Ivanovic que permitiu à equipa londrina chegar ao golo da vitória.
Sim, Garay também fica negativamente ligado ao golo de Fernando Torres, o primeiro do Chelsea, ao não conseguir travar o contra-ataque adversário no meio-campo. Garay ainda correu desesperadamente até à baliza de Artur e por pouco não impediu a finalização com êxito do avançado espanhol.
A verdade é que com Garay em campo o Benfica mostrou sempre eficácia no modo como defendeu os lances de bola parada e por isso fica pelo menos a idade de que voltaria a consegui-lo com o argentino em vez de Jardel, empurrando assim naquela altura o jogo para o merecido e justificado prolongamento.
Jardel, esse pagou caro o preço dessa forçada substituição. Cruel. Porque não a mesma coisa entrar em campo para atacar ou para defender. É muito mais ingrato entrar para defender, porque se exige maior concentração a quem defende e porque a quem defende se perdoa menos o erro e porque o erro de quem defende é sempre muito mais fatal. O pobre Jardel ficou colado ao relvado e quando deu por ele já Ivanovic estava no ar; olhou para o adversário e limitou-se a vê-lo, ao sérvio compatriota de Matic, fazer aquilo que faz tão bem e que tantos golos já valeram ao Chelsea.
Agora fala-se de maldição, da crueldade do minutos 90+2 que tanto fez sofrer os benfiquistas no Dragão e em Amesterdão, até se lembra como os números das camisolas dos autores dos golos do Chelsea (Torres com o 9 e Ivanovic com o 2) faz 92...
Tudo serve para recriar o cenário cósmico e até de alguma forma místico que acaba por envolver duas das derrotas mais marcantes e desoladoras da história do futebol encarnado, que levaram Jesus, em pleno relvado portista, a deixar-se humanamente cair de joelhos ao golo do jovem Kelvin, e os jogadores encarnados a não conter as lágrimas em pleno relvado do ArenA de Amesterdão.
Muito mais, porém, do que a misteriosa e inexplicável forma como a equipa da Luz poderá ou não ter sido levada ao abismo em menos de uma semana - sem que o campeonato esteja, ainda, perdido, como se sabe ., misteriosa continua a questão da continuidade Jesus como treinador benfiquista.
Se me é permitida a interpretação (livre, evidentemente), o que Jorge Jesus pode ter querido dizer, no final do jogo em Amesterdão, ao declarar a necessidade de ter de pensar muito bem no alegado acordo como teria já com o presidente, foi, tão-só, que é nas suas mãos que está a decisão.
Quando se ouviu, depois, o presidente Luís Filipe Vieira, de modo tão afirmativo, garantir a continuidade de Jesus, das duas uma: ou essa continuidade estava mesmo já garantida, ou não estando, como se percebeu pela segunda afirmação de Jesus é difícil não considerar inoportuno o momento escolhido pelo presidente encarnado para dizer o que disse, como já tinha parecido inoportuno o momento em que, numa exclusiva entrevista ao canal de televisão do clube, pareceu dizer mais ou menos o mesmo.
Com Jesus, por seu lado, a declarar o desejo de repensar o futuro, o Benfica tornou-se demasiado refém do treinador.
Não quer dizer que Jesus não fique na Luz. Julgo até que o mais provável é que fique. Porque Jesus merece continuar e porque o Benfica continua a oferecer-lhe indiscutivelmente um bom projecto e porque o Benfica continua a precisar de Jesus.
Ninguém precisa é deste misterioso espectáculo! Nem de outro tabu.

A FRASE: «O Benfica foi melhor e merecia ganhar!», Ramires, ex-Benfica, agora no Chelsea

(...)"

João Bonzinho, in A Bola