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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Dia 3

Som...

BI: Fórum - Os benfiquistas e as eleições do SL Benfica 🦅

Mercado


"Muita expectativa criada em relação às alterações que o plantel do Benfica sofrerá.
Do muito que se fala, são certas e justificadas as entradas de Dedic e Obrador. O primeiro preenchendo uma posição que vem sendo problemática e o segundo salvaguardando a já confirmada venda de Carreras. Alterações no ataque serão várias em função das saídas previstas. Quanto a Félix, é ainda uma incógnita. É agora ou nunca?
Consumada está a partida de Kokçu, um jogador tão bom quanto polémico. Reações intempestivas, quer no campo, quer na imprensa, criaram, pelo menos em dois diferentes momentos, incómodos difíceis de apagar. Pelo que se percebeu, não será de estranhar que Akturkoglu, o seu compatriota e parceiro de semelhante temperamento, lhe siga o caminho, tal parecia ser a ligação entre os dois.
Sem dúvida, dois bons elementos, mas de pavio curto, o que por vezes cria mal-estar no seio das equipas, mas que também se estende aos adeptos e, logicamente, acaba explorado pela imprensa. Akturkoglu é outro bom valor, cuja entrada a todos convenceu, mas cujo seguimento seria menos conseguido do que prometera.
Do lado rival, Gyokeres está finalmente de saída. Os adversários agradecem.

Nove ou dez
Guarda-redes à parte, porque condenado a uma zona restrita, as equipas devem contar com os restantes dez jogadores para o seu bem comum. Isto vem a propósito da diferença, para melhor, que Luis Enrique anunciava na altura da saída de Mbappé para o Real Madrid. O resultado foi o que se conhece, dando razão ao carismático treinador espanhol, principalmente com a vitória inédita na UEFA Champions League.
A exceção negativa na época parisiense acabou por ser a recente final do Mundial de Clubes, já fora de horas, provocada por um surpreendente Chelsea, ainda há pouco considerado um projeto descaracterizado e sem futuro. Nesta equipa inglesa, joga e faz jogar um dos jovens mais talentosos do futebol atual, mas também dos mais competitivos, com e sem bola. Cole Palmer decidiu a final pelo que criou e marcou, mas na mesma medida, pelo que equilibrou. É esse o elo fundamental que faz um verdadeiro craque.
Amplamente merecido o triunfo inglês, definido cedo, em entrada autoritária e com correspondente eficácia finalizadora e brilho de Palmer. O PSG sem remédio para o protagonismo e classe do criativo inglês, que partia de uma posição de marcação indefinida, condicionando e baralhando Nuno Mendes e Fabián Ruiz, impotentes para travar a arte do esquerdino. Com vinte e dois jogadores em campo, por vezes, a posição de um único, e o que à sua volta acontece, pode determinar a diferença entre ganhar e perder. Mais ainda quando o jogador em causa foi o melhor em campo e Bola de Ouro do torneio.

Pelé
A propósito do tema anterior, recordo sem grande saudade, o ano da pandemia quando estava no Brasil, com o prof. Jesualdo, no Santos FC. Como o futebol tinha parado, a TV Globo emitia jogos inteiros, alguns dos quais da seleção brasileira de Pelé. Pude ver então com outra atenção o que foi Pelé, além dos muito golos tantas vezes revistos ao longo dos anos.
Pelé, pelo que confirmei, mas respeitando outras teorias, terá sido o mais completo jogador da história. Claro que é sempre difícil e subjetivo comparar épocas e jogadores. No entanto, isolando qualidades, Pelé conseguia juntar à sua arte de marcar com a cabeça e ambos os pés, a capacidade de assistir, acrescentando ainda a sensibilidade e a bondade tática de ir atrás e ajudar a recuperar. Uma raridade. Pude perceber, muitos anos depois dos cromos que colecionei, a expressão da sua influência e como já naquele tempo se sentia obrigado a ajudar, considerando os seus parceiros como iguais.

Rua e gaffe
João Neves. Tão educado e equilibrado, como voluntarioso. Triste a expulsão, mas era difícil resistir à provocação de Cucurella, na fase final de um jogo em que o destino parecia traçado. O futebol tem na sua substância popular a malandrice da rua, que muitas vezes engana e traz vantagens aos prevaricadores. Foi o que aconteceu no lance que expulsou Neves. Puxar o cabelo aos adversários era um comportamento frequente no meu tempo de jogador e ninguém via. Mas com uma cabeleira assim é difícil disfarçar.
Neste Mundial, ficou latente a disputa e as comparações entre as equipas concorrentes e rivais de diferentes origens. O futebol europeu, considerado o mais evoluído, acabou por ser posto mais em causa pela competitividade, principalmente das equipas brasileiras.
Este duelo à parte acabou por ter um capítulo singular interpretado por Enzo Maresca, em conferência de imprensa. Desinformado em relação ao número de jogos disputados pelas equipas brasileiras, acabou corrigido em direto, tipo de gaffe que convém evitar. Porém, a última imagem conta muito e poucos dias depois levantava a nova taça, que fez por merecer.

Vida
«A vida continua» — é das frases mais verdadeiras, mas também mais cruéis, que simboliza na prática, seguir em frente, mesmo faltando gente boa que há pouco vivia. Seguir em frente, mas não sem antes homenagear quem o mereceu.
Celebrar a vida, o valor e a humanidade de Diogo Jota e seu irmão. Emocionante o carinho e o cuidado posto neste bonito adeus, assinalado no primeiro jogo da época. O Liverpool é um grande clube, para além dos troféus."

Parece que o Benfica acordou


"Na semana passada, fui surpreendido com um comunicado do Benfica, alegando que a «centralização está em risco de falhar os seus objetivos». Como não tinha lido nada que não soubéssemos, e que não me canso de alertar publicamente, continuei a ler para perceber se encontrava alguma informação de valor acrescentado em sete páginas de escrita.
Mas não… a única coisa de que me apercebi é que o Benfica acordou para o tema da Centralização dos Direitos Televisivos. Manifesta-se tarde, através de uma linguagem teórica e pouco construtiva para um clube que, há muito digo, tem obrigação de assumir uma liderança firme e agregadora neste tema de tamanha importância, sendo o clube de maior dimensão em Portugal. Desde a saída de Domingos Soares de Oliveira, parece que o Benfica estrategicamente não se interessou por este tema, ou assim fez parecer, porque bem sei que tem quadros altamente competentes nesta matéria, e o que vemos agora é uma tomada de posição que me parece vir acompanhada de alguma hipocrisia, pois tudo o que referem já todos sabíamos.
Mas o mais importante é que o Benfica acordou, a Liga Portugal precisa do Benfica forte e ativo, e remete-nos para uma série de considerações que necessitam de resposta urgente. O que me intriga é saber onde e que andou este Benfica nos últimos tempos? Será que está mesmo preocupado com o que diz ser a «missão coletiva, mas realista» ou quer apenas dizer por dizer, porque tem eleições em outubro e não lhe convém aprofundar o tema? Então não é este o mesmo Benfica que faz parte da Direção da Liga e da Liga Centralização (até a semana passada)? Que apoiou de forma convicta para a FPF Pedro Proença, o grande responsável pela gestão da Liga na última década e pelo estado atual do nosso futebol? Que recentemente apoiou de forma clara Reinaldo Teixeira, uma clara continuação do passado? A realidade é que Pedro Proença deixou um vazio enorme a vários níveis e tenho serias dúvidas que Reinaldo Teixeira consiga inverter a linha de atuação existente. E o Benfica apoiou ambos de forme inequívoca. Porquê?
Mas parece que os últimos 10 minutos da Taça de Portugal, após um erro grosseiro do VAR, despertaram o Benfica para a tomada de uma série de posições firmes, relativamente a vários assuntos da atualidade desportiva, fora do relvado...
Penso sinceramente que o futebol português precisa de acabar de vez com os jogos do gato e do rato, e precisa urgentemente de se focar no seu futuro a curto, médio e longo prazo. Necessita de seriedade e de um enorme sentido de responsabilidade sobre temas verdadeiramente relevantes, porque a queda já começou, e vai piorar. Contra isso já nada conseguimos fazer.
Vamos refrescar algumas memórias que insistem em não aceitar, ou não assumir com frontalidade, o que verdadeiramente se passou no futebol nacional. Em 2015/16, duas Telecom portuguesas entram em guerra competitiva, de forma inesperada, para adquirir os direitos televisivos e conteúdos dos clubes. Os protagonistas são já bem conhecidos. Esta guerra levou a uma subida exponencial do valor real, mas ninguém se queixava, pois os valores recebidos pelos mesmos direitos eram aproximadamente o dobro. Quem beneficiou diretamente desta inflação foram os jogadores e respetivos agentes, pois o preço para ganhar estava acima de tudo e as receitas foram todas canalizadas para o investimento nas equipas. Nota: foi um fenómeno que também aconteceu nas principais ligas europeias, mas estas já atuavam sobre um modelo de direitos centralizados e já existia um controle maior sobre gastos e equilíbrios financeiros. Imediatamente subiram tetos salariais, orçamentos, valores dos passes, até aos dias de hoje. E quem pagava a conta e permitia descontos antecipados aos clubes? As operadoras Telecom, que ainda hoje são tratadas como sujeitos passivos em todo este ecossistema, sem ninguém se preocupar com os seus objetivos estratégicos. Para a enorme sorte dos clubes, estas Telecom celebraram contratos de 10 anos! Pois é — mas em 2028 acabam os últimos destes mesmos contratos, e o futebol português precisa de se organizar, e já vai tarde, muito tarde, com 80% dos 34 clubes dos escalões superiores em grandes dificuldades financeiras e a viver acima das suas possibilidades.
Estamos a 12 meses de decidir qual será a nova grelha de distribuição dos direitos televisivos, e não se tem conhecimento de nenhum estudo rigoroso, credível e detalhado que venha demonstrar quais os caminhos a seguir no futuro modelo de centralização. Serão necessárias equipas de trabalho de extrema competência, criatividade e conhecimento para trabalhar a marca Liga Portugal de forma global, garantindo crescimentos consistentes, assentes numa estratégia vencedora.
A Liga Centralização é hoje liderada por um perfil fraco, que não tem nenhuma experiência solida em Media & Conteúdos, conhecido pelas suas relações próximas aos dirigentes do Sporting CP, mas teve também o voto do SL Benfica, que agora diz que é necessário uma «visão clara e um plano que crie condições necessárias para o seu sucesso»... Mas então deduzo, de forma Óbvia, que este tema não foi discutido na campanha eleitoral, juntamente com os clubes, e por isso foi dado um cheque em branco a quem nada percebe da matéria, relativamente a uma pasta de tamanha importância num momento determinante. E o Benfica lá vai tendo razão: «O que vemos com crescente preocupação é um insuficiente trabalho estrutural». Sem dúvida.
As perguntas que temos de fazer hoje, de forma muito pragmática, sobre o nosso futebol são: estará o futebol português mais competitivo? O nosso produto está a ser bem negociado, comercializado e gerido no nosso mercado doméstico e internacional? Os adeptos, principalmente os jovens, estão a ter acesso a conteúdos modernos e atrativos? Os quadros competitivos foram reformulados? Os adeptos nos estádios estão a crescer? As infraestruturas são aceitáveis? A saúde financeira dos clubes de Primeira e Segunda Liga recomenda-se? Vamos continuar a cobrar o valor mais alto das ligas europeias para assistir aos jogos? É essencial que se combata já a pirataria. Como? E, por último, a Centralização tem sido um processo bem gerido?
Sei que as respostas as questões anteriores são evidentes, mas mais se agravam quando foram feitas promessas de forma irrealista, assentes em estudos encomendados sem qualquer tipo de rigor, ignorando as reais necessidades da Liga Portugal e o nosso contexto muito específico. É de facto impressionante a forma ligeira com que se fala que os direitos televisivos vão valer 300M€, sem se demonstrar qual é a estratégia comercial que possa garantir o sucesso desta operação. A fórmula é simples: um potencial aumento das receitas com a negociação centralizada estará sempre dependente de um aumento da visibilidade do futebol português, que se traduz num aumento de consumidores (fãs) que vão aumentar a receita gerada.
Tem de se evitar a todo o custo que a Centralização dos Direitos leve a um nivelamento por baixo da Liga, com consequências graves para o negócio global. Mas perante o cenário de estagnação e diminuição dos principais direitos domésticos europeus, nada me leva a crer que Portugal não irá manter o padrão. Relativamente aos direitos internacionais, há um longo caminho a percorrer, as outras Ligas têm mais visibilidade global (fruto do trabalho Centralizado que já foi desenvolvido), as equipas são candidatas a ganhar provas europeias, têm jogadores de primeira linha. E os mercados internacionais estão inundados de jogos. Como nos vamos diferenciar e inovar para construir um projeto vencedor na penetração dos mercados internacionais?
Fico muito satisfeito de ver o Benfica acordado. Mesmo não entendendo bem quais as verdadeiras motivações do comunicado (que me são irrelevantes), a Liga Portugal precisa muito do Benfica neste processo, bem como os restantes ditos grandes. Mais os clubes médios e pequenos, que também tem de entender, de uma vez por todas, que o seu papel é determinante quando vistos como um todo. O futebol português tem uma oportunidade única de redesenhar a sua arquitetura de media, numa era digital first. O planeamento e a execução têm de começar já. Mas para este processo ser um sucesso, mesmo que no curto prazo existam diminuições de receitas e se tenham de encontrar mecanismos de compensação, o Benfica tem de liderar e sentar-se na cabeceira da mesa, por tudo o que representa, ou arriscamo-nos de forma séria a comprometer os pressupostos de crescimento futuro. E eles sabem bem disso."

O milagre que contraria o mercado de transferências


"É em momentos como este, quando somos bombardeados com negócios milionários, que o Athletic parece ter saído de um planeta diferente

Muitos chamam-lhe um dos grandes milagres do futebol. Em certa medida assim o é e mais visível se torna na época das transferências milionárias: num momento em que somos bombardeados pelos grandes negócios de verão, Bilbau parece pertencer a um planeta diferente, mas nem por isso menos respirável.
Ainda falta muito para encerrar o mercado, mas tenho para mim que a grande bomba deste verão foi a permanência de Nico Williams no Athletic em vez da transferência para Barcelona e a consequente renovação de contrato por 10 anos, podendo o internacional espanhol tornar-se num one man club, uma raridade num desporto cada vez mais global.
Façamos porém uma pausa no romantismo: Nico vai ganhar 10 milhões de euros líquidos por época e por sua vez o Athletic tem uma despesa total inferior porque goza de benefícios fiscais únicos em Espanha pela via da autonomia política. Fechado o parêntesis, vale a pena recordar este modelo único nas grandes ligas: como é que um clube que só utiliza jogadores do País Basco e maioritariamente (cerca de 80 por cento) da Biscaia, cuja população tem pouco mais de um milhão de pessoas, consegue ter tanto sucesso?
É em períodos como este, marcados pelas compras e vendas milionárias que vale a pena a reflexão. E de como muitos clubes de dimensão e história semelhantes se perdem demasiadamente na lógica da plataforma circulatória em vez da procura do enraizamento.
Vejamos: em comparação com todos os seus concorrentes, a capacidade de recrutamento do Athletic ronda os 0,04 por cento. O que fez então o clube? Tornou a proximidade numa arma: criou uma academia (Lezama) no início dos anos 70 (há mais de 50 anos, quando esse conceito tem pouco mais de 20 em Portugal), tem 160 filiais espalhadas pelo País Basco e uma grande rede de profissionais que supervisiona e acompanha todos os jovens com potencial para chegar à equipa principal.
Claro que se trata de um conceito que não pode ser replicado, pelo menos na íntegra, isso é defendido pelos próprios dirigentes bascos. Porque se trata de uma cultura muito específica: os meninos e meninas cantam o hino nas escolas, o clube cria muitos eventos culturais, faz parte do tecido social da cidade; os jogadores das camadas jovens têm o sonho de jogar no Athletic, não no Real Madrid ou no Barcelona. É por isso que cada futebolista profissional passa, em média, sete anos na equipa, de longe a relação jogador/clube mais prolongada de Espanha.
Tratando-se de um caso único, tem no entanto bases que são semelhantes noutras latitudes, nomeadamente nos três grandes de Portugal: um forte sentimento de pertença, uma base social suficientemente ampla para gerar receita e capacidade de formar. O que há então de tão diferente? 50 por cento das receitas dos bascos vêm dos direitos centralizados de TV, qualquer coisa como €72 milhões/ano. E a venda de jogadores representa apenas 20 por cento, menos do que a bilhética e sponsorização juntos.
Fossem todos os clubes como o Athletic, certamente que os empresários de futebol iriam à falência. Porque não compram jogadores, formam-nos (gastam €10 milhões por ano na cantera). Mas de vez em quanto vale a pena parar e perceber que ainda há locais onde o futebol se vive à antiga, mas com armas contemporâneas (estádio novo, academia e grandes recursos financeiros). Só que para qualquer adepto dos leones é mais importante ter uma equipa na qual se reconheçam do que vencer uma Taça (e mesmo assim já ganharam 24). Talvez a explicação esteja aqui."

Vejam como eles massacram o Benfica


"Acreditando que o leitor não levará a mal o spoiler de um filme com 50 anos, uma das cenas mais icónicas da trilogia do Padrinho é quando Don Vito Corleone vê o seu filho na morgue, depois de ter sido assassinado, e diz de forma emotiva a quem o acompanha: «Look how they massacred my boy.»
De forma exagerada, ou não, já é desta maneira que eu olho para o Benfica.
Depois de perdermos o campeonato e a Taça de Portugal, foi agora a vez de uma participação pífia no Mundial de Clubes. Entretanto, há poucos reforços, há saídas significativas, Rui Costa recandidata-se, Vieira ameaça regressar, há o rumor de Sérgio Conceição e vamos jogar a Supertaça com o Sporting com 15 dias de treino e um jogo de pré-época (dois?). O Benfiquista sofre, o Benfiquista não tem descanso. Mas vamos por partes... 

O Mundial de clubes
Depois dos troféus nacionais perdidos, à exceção do fraco consolo da Taça da Liga, abriu-se uma pequena hipótese de redenção com o Mundial de Clubes. Não é que o Benfica tivesse obrigação de o vencer, mas talvez chegar longe. Depois de anos a falarem-nos na internacionalização da marca, aqui estava uma excelente oportunidade de pôr o Benfica nas bocas do mundo. Mas, por falar em bocas, empatamos com o Boca argentino, goleámos uns amadores, vencemos de forma surpreendente o Bayern, para acabarmos goleados no prolongamento com o Chelsea.
Pelo meio uma cena vergonhosa entre Lage e Kokcü. Mas tudo isto foi peaners, como diria Jorge Jesus, comparado com o que mais me revolta: É que houve adeptos do Benfica a atravessar meio planeta, que se juntaram a outros adeptos do Benfica que vivem do outro lado do planeta... e só no último jogo é que a «estrutura» se lembrou (ou foi lembrada) de organizar algo para esses adeptos. Para além dos constantes falhanços desportivos, é só mais um sinal da desconexão total que existe entre o povo e esta carcaça de um antigo glorioso clube chamado Sport Lisboa e Benfica.
Mas, tal como é habitual, objetivo falhado, mais um, e no pasa nada. Foram todos para casa e foi só mais um dia na existência deste Benfica dos tempos atuais que faz da derrota o seu modo de vida e o encolher os ombros o seu modus operandi.

O mercado
Não consigo entender como o Benfica só agora começa a fazer barulho sobre a data da Supertaça. Não podia e devia ter sido adiada? No tempo da Covid, a Supertaça não foi jogada a meio da época? Tendo em conta que há um clube que foi representar Portugal no Mundial de Clubes e vai disputar duas pré-eliminatórias para ir à Champions, não era do interesse nacional, para além de clubístico, que a Supertaça não fosse já jogada?
Podemos não saber todos os dados e passos dados nos bastidores, mas dá ideia de mais uma vez os interesses do Benfica não terem sido defendidos por quem os devia defender e assim lá vai o clube disputar mais um troféu com tudo colado a cuspo e em cima do joelho. Chegaremos ao Algarve com curtas férias, 15 dias de treino, quase nenhuns jogos de pré-época e até ver com o plantel ainda pior do que no ano passado.
Saíram três titulares, Carreras, Kokcü e Di Maria e só vieram dois laterais que apenas o tempo dirá se virarão titulares (e melhores que Carreras ou Bah). E claro, no banco um treinador tão em brasas como Roger Schmidt estava no início da época anterior. É fácil de ver o que vai acontecer se, previsivelmente, o Benfica começar mal a época com a perda da Supertaça e falhanço no apuramento para a Champions. Lage será despedido e Rui Costa avançará com algum treinador sonante, para eleitor ver (e votar).

As eleições
Tudo o resto são árvores, as eleições de outubro são a floresta toda. Diria que é o momento mais importante da História do Benfica dos últimos largos anos. A confirmar-se a candidatura de Luís Filipe Vieira, que se junta à já confirmada de Rui Costa, os Benfiquistas têm dois rumos a seguir: Ou avançam para um futuro diferente ou voltam para trás, para mais do mesmo dos últimos 20 anos.
Confesso que acho até chocante e profundamente triste sentir que se Vieira avança é um candidato muito forte. Como, Benfiquistas, como? Um tipo no qual recaem as suspeitas que recaem, que prejudicou o Benfica da maneira que se sabe, que foi retirado do clube pela PJ, que agrediu um sócio na Assembleia, que disse que acha que há democracia a mais no clube, que em 18 anos perdeu 11 campeonatos e 15 taças de Portugal, que está com 76 anos de idade... e há sócios que querem voltar a votar nele?
E aproveitando o balanço... também sobra para Rui Costa. Teve um mandato desastroso. Em quatro anos a gastar sempre mais do que os rivais, conseguiu a proeza de perder três Campeonatos, quatro Taças de Portugal e três Taças da Liga. Conseguiu colocar o Benfica numa situação financeira mais periclitante do que a recebida. Conseguiu não defender os interesses do clube na arbitragem, no processo da centralização ou nas eleições da Liga e da FPF. Conseguiu não fazer um corte com o passado e avançar com quase toda a gente que estava lá com o Vieira.
Agora em cima da linha é que «acorda para a vida» e faz uma mudança brusca de 180º? Revelo também um espanto... como há sócios a quererem votar nele?
Sobram os outros candidatos. Neste momento há quatro.
Cristovão Carvalho, João Manteigas, Martim Mayer e Noronha Lopes. Dos quatro ainda há muito por saber. Quais são as suas ideias, quem faz parte das suas equipas e como lidarão sob pressão nos mais diversos problemas que o Benfica enfrenta. Dizer que, ao contrário do que referia Luís Filipe Vieira, a democracia faz sempre bem ao clube e é de louvar a vontade de todos eles de mudar o Glorioso.
Teremos ainda três meses para ouvi-los, saber mais sobre os seus projetos e tomar uma decisão em consciência sobre qual será a melhor opção. Sabendo que há obviamente um risco assumido, porque só depois de abrir o melão se vê se é maduro, mas algum deles terá de ser. O clube não pode voltar atrás, tem de ir para a frente.
Uma frase constante ao longo destes vários anos nesta coluna de opinião, o Vénia ao 3º Anel tem sido «Do Benfica não se desiste». E mais uma vez assim terá de ser. Teremos de ir para o Algarve dar tudo na bancada, acreditar que o Benfica regressa à Liga dos Campeões, desejar um excelente arranque de campeonato e depois... 25 de Abril no Benfica.
Um rompimento com o passado, em outubro. Voltar para trás é demasiado deprimente. Mais do mesmo é demasiado deprimente.
É para a frente, Benfiquistas!"

Terceiro Anel: Dedic...

SportTV: Mercados - Richard Ríos em Portugal?

Zero: Mercado - Benfica vai atrás de Ríos

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: Tema do Dia - Tudo sobre o negócio de Francisco Conceição

Observador: E o Campeão é... - Tudo sobre o negócio de Francisco Conceição

Observador: E a Campeã é... - O menu do Euro tem Fårikål ou Pizza?

Entrevista: Maria Vieira...

A bola já rola


"O grupo de trabalho às ordens de Bruno Lage já prepara a nova temporada no relvado. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Preparação com ritmo elevado
Prosseguem os trabalhos de pré-época, marcados pela elevada agressividade competitiva e intensidade.

2. Equipa B também em preparação
A equipa B do Benfica realizou o segundo jogo-treino da pré-temporada.

3. Entrevista
Pedro Henriques, guarda-redes de hóquei em patins do Benfica, aborda a última temporada e projeta a próxima.

4. Vencedora em destaque
Veja a reportagem da BTV sobre Maria Vieira, a guarda-redes de hóquei em patins campeã nacional 12 vezes consecutivas pelo Benfica.

5. Renovação
Ana Catarina, considerada a melhor guarda-redes de futsal do mundo, renovou o contrato com o Benfica.

6. Sorteios
A equipa masculina de voleibol e as femininas de voleibol e andebol do Benfica já conhecem os próximos desafios europeus.

7. Boas participações
As Sub-14 e as Sub-12 de futebol no feminino disputaram a Donosti Cup."

Rabona: Why Man United signed Diego León and is he READY? | Deep Dive

Zero: Negócio Mistério - S04E17 - Roberto Carlos no Internazionale

Mata-Mata - Chelsea campeão do mundo, mercado em ebulição e o eterno caso Gyökeres!

VSR: FIFA vai tirar a regra de dois clubes por país...

DAZN: All Goals FIFA Club World Cup 2025

Thorne: Ignored...

BolaTV: F1 - 'quo vadis' Red Bull

Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo, que consigam ser felizes juntos


"Já tiveram de tudo na vida. Só ainda não se tiveram um ao outro. De agora em diante tudo será diferente...

Há quantos anos tens a mesma profissão ou fazes diariamente a mesma coisa? Se não fores de grandes mudanças, e te mantiveres fiel à profissão pela qual te apaixonaste, percebes que às vezes o difícil é encontrares motivação para trabalhar mesmo que seja naquilo que realmente gostas. (Aqui entre nós, deixa-me que te diga que gosto mesmo de ser jornalista, mas há dias em que até a mim me falta paciência para muito disto...)
Posto isto, a verdade é que admiro (quem me conhece sabe que não sou de meias palavras) a paixão, a determinação e a vontade que Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo têm de se reinventarem. Duas gerações distintas, duas personagens diferentes, mas dois teimosos na garra que colocam neste amor que têm pelo futebol. Um tem 70 anos (está quase a fazer 71) e o outro 40 e vão trabalhar pela primeira vez juntos, porque sabem que isso vai marcar a carreira dos dois.
Conheço-os há mais de duas décadas e acredito que vão encontrar-se na fase ideal da carreira um do outro. Já viveram muito. Já mudaram muito e a vida ensinou-os a tolerar muito mais do que toleravam quando eram mais jovens.
As porradas que a vida lhes deu (sim, eles podem ter as contas bancárias recheadas, mas também têm mazelas) vão permitir-lhes ser felizes juntos na Arábia. Acredito! E, se no final vencerem juntos, os novos diretores José Semedo e Simão Coutinho agradecem.
CR7 escolheu Jorge Jesus para treinador do Al Nassr porque quer vencer e sabe que com o português vai estar mais perto disso. JJ vai reforçar a equipa e torná-la mais forte e vai ser também um desafio para Ronaldo treinar pela primeira vez com alguém a quem nenhum jogador fica indiferente.
Treinar o craque português tornou-se o melhor caminho para JJ depois de não ter cumprido (ainda) o sonho de ser selecionador do Brasil. À beira dos 71 anos acredita que vai (como ele diz) ajudar Cristiano a vencer na Arábia e vai (digo eu) querer fazer com ele a melhor gestão possível durante a época, para o entregar a Portugal em forma para o Mundial de 2026.
Esta será uma época para ganhar e para gerir o esforço de CR7. Os dois sabem isso e nesta equação Jorge Jesus pensou em tudo e voltou a ter na equipa técnica o preparador-físico Márcio Sampaio.
Ter Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo na mesma equipa vai marcar, sem dúvida, esta nova época. Só espero que ambos consigam ser felizes juntos porque são (sem dúvidas) duas personagens marcantes na história do futebol português."

A importância dos delegados


"Está a decorrer o concurso para delegados na FPF, o qual já conta com quase 700 inscritos. A Direção da FPF procura, com este concurso, aumentar em número e em responsabilidade a atividade dos delegados, garantindo a profissionalização dos mesmos, objetivo de suma importância já que estes são a face visível da FPF nos jogos. Esta é uma oportunidade para rever, do ponto de vista regulamentar, qual o papel desta figura do delegado no âmbito das competições desportivas; em particular, em competições de futebol.
Aos delegados cabe, genericamente, zelar pela observância das normas previstas nos regulamentos federativos, nomeadamente, nos regulamentos da prova para o qual foram indicados.
São, designadamente, competências do delegado de jogo da FPF: a) Fomentar e desenvolver os princípios gerais dos regulamentos, nomeadamente no âmbito da defesa da integridade, da ética e do espírito desportivo; b) Verificar juntamente com o árbitro as boas condições técnicas do terreno de jogo e respetivo equipamento, com vista à realização dos jogos; c) Verificar com o gestor de segurança e o coordenador de segurança, quando exista, as condições de segurança do recinto desportivo; d) Presenciar e verificar o cumprimento das disposições regulamentares relativas ao flash interview, quando estas tenham lugar; e) Coordenar a reunião antecedente ao jogo, com vista à sua organização; f) Colaborar com os elementos da Autoridade Antidopagem de Portugal, que tenham sido destacados para o jogo em questão, com vista a realizar os controlos aos jogadores, nos casos em que não exista outro delegado do clube com essa função; g) Elaborar, no final do período em que exerceu as suas funções, um relatório pormenorizado sobre todas as ocorrências do jogo, que deve ser enviado à Federação até 24 horas úteis após a conclusão do jogo."