Últimas indefectivações

terça-feira, 3 de junho de 2025

Era uma vez...

Cores!

Uma Prática Contrária Ao Que Diz Defender


"1. Passou uma semana e o doutor Varandas, que se considera a si próprio o paladino da verdade desportiva, da ética e dos bons costumes no desporto, continua a fazer de conta que nada se passou no Jamor, continua a fazer de conta que o pisão de Matheus Reis na cabeça de Belotti não aconteceu. E, sim, aquele pisão foi de propósito, intencional, caso contrário não se teriam os jogadores do Sporting vangloriado com a agressão, o clube meteu até um video a correr nas redes sociais, que depois, dado o escândalo, foi obrigado a retirar. O problema é que se assumissem a agressão estariam a assumir que ganharam a Taça de forma enviesada - ora isso é que não!
2. Já sabíamos que para o doutor Varandas vale tudo para ganhar, senão como explicar que continue a insistir no "tetra da treta" de Bruno de Carvalho? A AG da FPF, convocada para o efeito, já decidiu sobre a nulidade desses títulos há muito tempo, mas o doutor Varandas não mandou apagar do estádio e do autocarro essa mentira deslavada criada pelo presidente que disse que "os adeptos do Sporting provaram ser os mais burros da história do futebol". É continuarem a enganar-se, mas de verdade é que esses quatro títulos não têm nada.
3. À boleia da confissão de Fábio Veríssimo, que tanto errou na carreira mas só daquela vez disse que se tinha enganado, o doutor Varandas arranjou o imbróglio jurídico que permitiu a Palhinha jogar com cinco, seis, sete cartões amarelos sem cumprir o castigo que todos os jogadores do mundo, menos o Palhinha do Sporting, cumprem. Belo exemplo do doutor Varandas, sim senhor!
4. E o que dizer dos VMOCs, um escandaloso perdão de dívida bancária de quase 100 milhões de euros, que que mais não foi do que uma clara prática de concorrência desleal? Poderia o Sporting ter investido como investiu na equipa se tivesse que pagar, como qualquer cidadão ou empresa, aquilo que devia ao Novo Banco e ao Millennium?
5. Por fim, mas não por último, por que insiste o doutor Varandas em falar dos processos do Benfica - que até hoje não foi acusado, quanto mais condenado por qualquer tribunal - ignorando o Cashball, o Paulo Pereira Cristóvão, ignorando todas as trapalhadas em que o Sporting se viu envolvido?"

No Princípio Era a Bola - Do coletivo, não das individualidades, vivem os adolescentes campeões europeus de Portugal, a quem não se deve apressar a vida

Visão: O Futuro do Benfica | Eleições, Rui Costa, Candidaturas, Timings

Zero: Mercado - Gyökeres é alvo em Madrida

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Cinco nomes a seguir dos novos campeões da Europa

SportTV: O Futebol é Monento - S03E43 - C'est fini

Falsos Lentos - S05E40 - Carlos foi rebocado

Chuveirinho #129

Pre-Bet Show #141 - Sugestão para o mercado de tranferências ⬆️⬇️

De arquivamento em arquivamento...

Nova camisola


"Nesta edição da BNews, o destaque recai na divulgação das camisolas para a temporada 2025/26 e nos 9 jovens futebolistas do Benfica Campeões da Europa Sub-17.

1. Regresso às origens
Sob o mote "Nascidos nas ruas. Transformados em lendas", o objetivo é um só: celebrar a força da identidade benfiquista. Conheça as novas camisolas do Benfica.

2. Campeões da Europa
Portugal venceu o Europeu no escalão Sub-17 e contou com o contributo de 9 jogadores do Benfica. Na final frente à França (3-0), Daniel Banjaqui, Mauro Furtado, José Neto, Rafael Quintas (capitão), Stevan Manuel e Anísio Cabral foram titulares, enquanto Gil Neves, Tomás Soares e Ricardo Neto foram suplentes utilizados.
Rafael Quintas foi considerado o Melhor Jogador do torneio. Tomás Soares foi o melhor marcador português. Anísio Cabral e Gil Neves marcaram na final.
Na mensagem de felicitações, o Sport Lisboa e Benfica enalteceu a "Seleção que elevou, mais uma vez, o talento que se desenvolve em Portugal e no Benfica Campus, em particular".

3. Títulos nacionais na formação
Os Sub-14 de futebol do Benfica ganharam o Campeonato Nacional de Sub-15 da 2.ª Divisão.
As Sub-19 de futsal sagraram-se tetracampeãs nacionais.

4. Últimos resultados
O Benfica foi derrotado, por 4-1, pelo OC Barcelos, na segunda partida da meia-final do play-off do Campeonato Nacional de hóquei em patins. A eliminatória, disputada à melhor de cinco, está empatada com um triunfo para cada lado.
Na mesma modalidade, a equipa feminina terminou a fase regular com uma vitória ante a AD Sanjoanense, por 1-6, e segue-se a meia-final do play-off do Campeonato Nacional frente à Escola Livre.

5. Entrevista de despedida
Rui Moreira, treinador da equipa feminina de voleibol do Benfica, fala dos dois anos recheados de sucesso no Clube e revela porque sai: "Poder conquistar um Campeonato, que, no meu caso, não era o primeiro Campeonato português, mas era o meu primeiro Campeonato no Benfica, que sempre foi o meu clube, tem algo a mais que, tenho a certeza, nunca mais vou encontrar em lado nenhum, e é muito especial por isso.""

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Benfica e o sentimento de pertencimento


"De férias. Longe do ambiente de trabalho. Em outra cidade. Em outro país, na verdade. Um contexto totalmente único e distinto. Cinco amigos de longa data novamente juntos. Três na arquibancada, dois em campo. Uma história especial em solo alemão.
António Silva, Tomás Araújo e Tiago Gouveia saíram de Portugal e, sem qualquer receio, vestiram a camisa do PSG em Munique para apoiar os colegas João Neves e Gonçalo Ramos na final da Liga dos Campeões.
Há quem enxergue falta de respeito e profissionalismo em uma nobre atitude de companheirismo. Há, sobretudo, quem prefira o ódio e a revolta ao se deparar com a ingenuidade de um grupo de jovens que, no fundo, tem muito para nos ensinar.
Aquilo que o Benfica uniu, e ainda hoje não separou, é um dos valores mais inegociáveis na vida. Vai muito além do esporte. Não existe rivalidade no mundo que consiga ultrapassar o sentimento de amizade e pertencimento.
Os três jogadores contratualmente ligados aos encarnados não jogaram diante da Inter de Milão, não levantaram a mais cobiçada taça europeia, mas seguramente regressaram para casa com a ideia de dever cumprido.
Fizeram parte, sim, de uma conquista inédita, mesmo não tendo sido campeões com a bola rolando. Gritaram e saltaram com a mesma intensidade daqueles que viram crescer de perto. Continuam a partilhar vitórias, seja aonde for."

Portugal, são estes que me representam


"Anísio ou Éder, Duarte Cunha ou Cristiano Ronaldo, Gil Neves ou Ricardo Quaresma. Portugal é uma mistura de talento que merece títulos. Se incomodar os racistas, tanto melhor...

Portugal venceu a França por 3-0 e é campeão da Europa de sub-17, pela terceira vez. O primeiro golo da partida foi marcado por Anísio Cabral, com raízes na Guiné-Bissau; Duarte Cunha e Gil Neves (nascido no Luxemburgo) completaram o feito. Que orgulho nestes meninos!
Calma, o título deste artigo de opinião não é uma comparação entre os sub-17 e a Seleção A, que se prepara para a fase final da Liga das Nações sem provocar grande entusiasmo, fruto de elevadas expectativas que foram sendo goradas nos últimos anos. Quando digo que são estes que me representam, é porque não podemos virar os olhos aos comentários que uma publicação na conta oficial da Federação no X (antigo Twitter, atual lixeira de Musk) gerou. A imagem pretendia provocar emoções: Portugal estava na final do Europeu e apareciam nela quatro jogadores desta seleção de sub-17 a celebrar. Só que, para azar dos utilizadores desta rede social que são racistas (e dos 58% de perfis falsos que comentam a conta oficial do segundo partido mais votado nas legislativas), tratavam-se de portugueses negros. Pode imaginar, caro leitor ou cara leitora, o que se seguiu.
Eu, que já não utilizo o X por razões óbvias, só tive conhecimento do caso através da denúncia de Erick Mendonça, internacional português de futsal. É bom saber que há alguém que não fica calado, a assistir impavidamente à intoxicação do Desporto por parte destes autointitulados portugueses de bem. Haja mais Ericks...
O que vai acontecer aos racistas? Nada. O X provavelmente até os vai favorecer no algoritmo. Mas os nossos rapazes e as nossas raparigas, sub-17 ou outros, não podem sentir que isto é aceitável. Se o racismo tem ganho expressão em Portugal (até por via das urnas), pelo menos que o futebol, que não é alheio a nada disto, sirva para unir e não para propagar ódio. Que o golo de Éder, nascido em Bissau, e com ajuda de Quaresma, de etnia cigana, nos ajude a recordar que Portugal não é este ou aquele, mas sim todos. Em campo, ontem, isso foi evidente. Por isso, e não só claro, parabéns aos sub-17 por esta caminhada. Sinto-me muito bem representada!
Já que falamos de seleções jovens, foi ainda notícia nos últimos dias o abandono de Eduardo Quaresma dos sub-21. O jogador do Sporting confessou-se esgotado física e emocionalmente depois de uma época tão desgastante. Quaresma já joga como gente grande, mas ter a noção de que às vezes é preciso parar não é para todos. A saúde mental é uma conversa que ainda precisamos de ter no futebol português."

O linchamento terminou? Falemos de futebol...


"Vitinha e João Neves possuem talento e trabalho. Pode alguém chegar alto sem talento e trabalho? Pode. Basta ter um bom padrinho. Conheço um ou outro caso

Agora que o linchamento popular parece ter terminado, falemos de futebol. Sobretudo da dupla Xavi-Iniesta do PSG. De Vitinha e João Neves. Ainda não se percebe muito bem qual é Xavi e qual é Iniesta. Talvez Vitinha seja mais Xavi e João Neves mais Iniesta. Os quatro têm algo em comum: não são grandes e têm muito talento. Como Pedri e Gavi. Ou João Moutinho. Ou, recuando meio século, tempo em que não havia linchamentos por meios audiovisuais (olá, António Oliveira, tudo bem consigo?), João Alves e Octávio. Todos grandes em talento e pequenos em altura. O físico é importante no futebol do segundo quarto do Século XXI, mas decisivo é talento + trabalho. Talento sem trabalho pode ser quase zero e trabalho sem talento pode ser quase zero. Vitinha e João Neves possuem os dois: talento e trabalho. Pode alguém chegar alto sem talento e trabalho? Pode. Basta ter um bom padrinho. Conheço um ou outro caso. Mas não no futebol.
Agora que o linchamento popular parece ter terminado, falemos da vida. Quem nunca pensou em mudar de vida, talvez fugir para a Polinésia Francesa apenas com havaianas, cão e cartão de crédito, que levante o dedo. Há quem mude radicalmente de vida e deixe o mundo do futebol para passar a ser ator de filmes pornográficos (Fábio Paim), remodelador de apartamentos (Jorge Cadete) ou homem dos sete instrumentos (Paulo Futre). Há depois quem mude de vida para que quase tudo fique na mesma. É o caso de Luís Campos.
Modestíssimo jogador (Esposende e Fão) e modesto treinador (Leiria, Esposense, Aves, Leça, Penafiel, Gil Vicente e V. Setúbal, Varzim ou Beira-Mar), decidiu um dia (ou a vida decidiu por ele) saltar dos bancos para os gabinetes e tornou-se diretor desportivo ou conselheiro de clubes, qualquer coisa assim. Ajudou o Mónaco e o Mónaco seria campeão de França em 2017/2018. Ajudou o Lille e o Lille seria campeão de França em 2020/2021. Passou depois por Galatasaray e Celta e chegou em 2022/2023 ao PSG. O PSG seria tricampeão de França (normal), venceria duas Taças de França (normal) e duas Supertaças de França (normal). Ajudou o PSG e o PSG foi, por fim, campeão da Europa (anormal).
Claro que o dinheiro ajuda muito, claro que um grande treinador e um grande plantel ajudam muito, mas esta vitória do PSG tem também a impressão digital de Luís Campos. Houve Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos, os quatro cavaleiros lusos do Paris Saint-Germain Football Club, clube nascido apenas em 1970, mas há também Luís Campos. O homem que decidiu mudar de vida para que tudo continuasse (quase) na mesma. Campos tem talento e trabalho, dois dos t's mais importantes na vida. Os cinco portugueses são o exemplo dos profissionais da era moderna: talento e trabalho misturados. George Best tinha talento, mas não gostava de trabalhar. Paul Gascoigne tinha talento, mas não gostava de trabalhar.
Por fim, agora que o linchamento popular parece ter terminado, falemos do pai da Xana. Junta-se a Ernst Happel, Ottmar Hitzfeld, José Mourinho, Jupp Heynckes, Carlo Ancelotti e Pep Guardiola como únicos treinadores vencedores da Champions por dois clubes. Sem padrinhos e com talento e trabalho."

Ensaio sobre a parcialidade


"Por natureza, os presidentes dos clubes, assim como treinadores, jogadores e adeptos, ligados por laços tribais, são parciais. O micro-cosmos do futebol só funcionará se quem tem o dever da imparcialidade (entidades oficiais) não se fingir de morto...

Há funções em que é imperioso ser-se imparcial, outras há que não fazem sentido se não tiverem a parcialidade por base. E não tem a ver com a pessoa em si, mas sim com a situação em que se encontra. Por exemplo, enquanto Fernando Gomes foi administrador da SAD do FC Porto, tinha o dever de parcialidade, porque a sua missão era defender os interesses dos Dragões; quando passou, primeiro, a presidente da Liga de Clubes, depois a presidente da FPF e agora a presidente do COP, foi a imparcialidade a subir ao primeiro lugar da hierarquia de prioridades. Quanto aos adeptos dos clubes, em que universo é que devem ser imparciais? Provavelmente, apenas na Terra do Nunca. Mas esta parcialidade deve ser assumida sem o dogma da verdade absoluta, antes com elegância e inteligência, como faz o meu bom amigo António Bagão Félix, que jura a pés juntos, sempre com um sorriso a iluminar-lhe o rosto: «nunca vi um penálti bem assinalado contra o Benfica.»
Se virmos bem, na política é a mesma coisa, cada membro de um partido tem o dever da parcialidade, que executa abundantemente, sendo recorrente, até que, nos debates parlamentares se ouça, em vez de «o senhor não passa de um mentiroso», a fórmula «Vossa Excelência está a incorrer numa inverdade.» Ou seja, muda a forma e não a substância.
O que não pode haver é sol na eira e chuva no nabal. Não é por acaso que os presidentes e treinadores dos clubes dão inúmeras vezes a cara, protestando contra as arbitragens que entendem tê-los prejudicado, mas nunca se viu nenhum deles convocar uma conferência de imprensa para investir contra um árbitro que tenha adulterado a verdade desportiva, ao beneficiá-los.
Num momento de fim-de-época particularmente conturbado, a divergência entre o que Frederico Varandas proclamou, e aquilo que fez, tem provocado reações violentas. Porém, o presidente do Sporting, que usou no passado a demagogia para invocar a superioridade ética do seu clube, foi agora forçado, na sequência do caso Matheus Reis, a assumir a parcialidade própria do cargo que ocupa. Alguém no seu juízo perfeito, esperaria que o líder leonino, perante o que tem sido dito (e visto) sobre um dos seus jogadores, não viesse defendê-lo? Francamente, acho mais normal a segunda situação do que a primeira, porque, no fim do dia, é a parcialidade sempre a prevalecer, vindo à tona a génese tribal dos clubes.
Já quanto a quem tem missões imparciais, a música é outra. Do presidente da Federação, do presidente da Liga, do presidente do Conselho de Arbitragem e do presidente do Conselho de Disciplina, esperam-se comportamentos públicos e ações que tragam equidade e justiça. Devem proteger o Futebol, e só irão fazê-lo se mostrarem que o vêm como o ‘beautiful game’ e não, ao contrário do râguebi, como «um desporto de cavalheiros jogado por brutos.»
Os tempos estão difíceis, o mundo é cada vez um lugar mais perigoso, os clubes lutam com tudo o que têm por uma hegemonia que não é apenas traduzida em títulos, mas que traz à colação muitos cifrões, e se quem é, por dever, parcial, não se entende, então será a hora certa para quem tem o dever da imparcialidade se chegar à frente."

Álvaro Costa VAR ou não VAR, eis a questão


"A Oitava tem um «armário de temas, mas como calculam nem todos «calçam a chuteira digital».
Este é especial. Kristian, um viking fã do Valerenga manifestava-se junto da Intility Arena, de Oslo, anunciando a plenos pulmões nórdicos o desejo de fazer da Noruega o primeiro país «a liquidar esta doença».
E que doença seria essa!? O VAR.
Como forma de protesto, os fãs da equipa de Oslo, entraram mais tarde na arena. Os visitante, do Viking, igualmente em forma de protesto mantiveram-se em total silêncio.
A Eliteserien está a começar a época e os protestos multiplicam-se. O mesmo aconteceu no encontro entre o nosso bem conhecido Rosenborg e o Stronsgodset. Os países nórdicos não seriam conhecidos por manifestações com esta intensidade, mas os fãs do Rosenborg colocaram-se atrás de um enorme painel que dizia «NFF Máfia», numa referência à federação.
Lise Kiaveness, antiga internacional pela Noruega e atual líder da federação, dialogou com os vikings indignados e anunciou não estar interessada em abolir a tecnologia, o que transformaria a Noruega no primeiro país do mundo a tomar essa decisão.
Recentemente, o Lillestrøm-Rosenborg terminou antes do tempo, devido ao arremesso de pirotecnia, bolas de golfe e - uma graça cultural - bolos de peixe.
São 32 os clubes que fazem parte da Liga Profissional. Sabem qual foi o resultado de um inquérito recente? 19 -13 a favor da abolição imediata do «Varismo».
As posições são as comuns, mas Haaland faz parte desta saga Viking. Há 25 anos que a Noruega não participa nas grandes competições. Ironicamente, foi com um golo contra a Áustria, confirmado pelo VAR após ter sido anulado, que a seleção subiu para a Lista A da Liga das Nações.
A miss Klaveness usou este drama para gritar: euforia com o VAR!
A montante, recordo o que se tem falado entre nós sobre a «Varologia». O New York Times e a Oitava acharam alguma graça a esta saga, mas é como conclusão: não será a Noruega a «liquidar a doença», mas que o VAR anda algo esquisito, lá isso anda."

Precisamos de cada vez mais marketing no desporto


"Entre a realização do Euro'2004 e o início da pandemia da Covid 19, período que durou cerca de 15 anos, o desporto mundial agiganta-se e tona-se uma indústria poderosa, capaz de gerar milhões para audiências de milhões. O ecossistema do desporto português acompanha este desenvolvimento vertiginoso, beneficiando da sua forte exposição internacional e impulsionado pelos resultados desportivos de inegável sucesso.
Se até aos anos 60 se acompanhava o desporto apenas pela rádio e pela imprensa escrita, a partir do Mundial de 1966 de Eusébio a televisão deu os seus primeiros passos para alavancar esta indústria. Nos aos 90 a transmissão de desporto pela televisão ao vivo massifica-se, a imprensa especializada tem uma relevância brutal e a internet permite a globalização da indústria, que passa a ser consumida a toda a hora e em qualquer lugar.
Este enorme aumento de visibilidade acompanhado por dados e estatísticas permanentes, apoiado nos media tradicionais, mas também em websites e nas redes sociais, elevam alguns atletas ao estatuto de celebridades. Clubes, associações, federações, competições e organizadores de eventos de todas as modalidades aproveitam a onda da visibilidade e tornam os seus produtos desportivos cada vez mais apetecíveis para as massas.
Ao mesmo tempo proliferam nas instituições de ensino em Portugal novos cursos nas áreas de marketing, comunicação, publicidade e gestão desportiva, que lançam para o mercado centenas de jovens dotados de conhecimento, muitos deles com uma enorme vontade de trabalhar na indústria do desporto. Para além dos estudantes, também os docentes têm um contributo decisivo neste período, através da produção científica em todas as áreas do desporto, incluindo a gestão e o marketing.
O conhecimento sobre o marketing desportivo em Portugal dispara através do acesso a benchmarking internacional, à expertise das marcas ligadas ao desporto, surgindo vários livros, conferências, empresas e agências especializadas, que elevam as capacidades do sistema desportivo e do próprio Estado português a ter uma gestão mais eficaz.
O impacto do marketing na estratégia, reputação e receitas dos clubes, federações e associações passa a ser notório e por todo o lado verificam-se mais profissionais, mais departamentos e mais funções em redor da atividade de marketing. Alguns clubes e várias marcas que patrocinam desporto passam a fazer investimentos avultados nesta área.
Este conjunto de fatores altera com significado o âmbito da atividade de marketing no desporto. Os adeptos passam a ser tratados como clientes e as organizações desportivas passam a preocupar-se com a satisfação deles, sempre com a perspetiva da sustentabilidade financeira necessária em toda a indústria.
Os clubes desenvolvem planos, estratégias e ações e investem cada vez mais recursos nas suas equipas de marketing. A abordagem centra-se nos dias de jogo, onde se alavancam as receitas de bilheteira e merchandising, em todos os tipos de acordos comerciais, com particular destaque para os patrocínios, e na negociação e otimização dos direitos de transmissão televisiva, uma nova âncora na indústria do desporto, que alterou radicalmente o modelo de negócio previamente existente.
Além da abordagem focada na satisfação dos adeptos e da maximização de receitas, o marketing assumiu em definitivo o papel principal na notoriedade e reputação das marcas das organizações desportivas. Logos, campanhas, websites, redes sociais, canais de televisão e apps passaram a ser ferramentas diárias de gestão das equipas de marketing, envolvendo um número cada vez maior de profissionais.
Este ciclo de cerca de 15 anos passou de uma gestão quase totalmente amadora para um nível muito elevado de profissionalismo, onde alguns clubes e federações passaram a contar com equipas poderosas de marketing, apoiadas muitas vezes por empresas em outsourcing, capazes de entregar serviços especializado de enorme valor.
Esperamos que, até 2030, Portugal seja agora capaz de atrair mais e melhores profissionais de marketing para ajudarem a indústria do desporto a criar cada vez mais valor."

Zero: Afunda - S05E68 - Finais inclinadas?