Últimas indefectivações

terça-feira, 10 de setembro de 2013

É por aqui...

"Admito uma transferência até Junho do próximo ano"

"Domingos Soares de Oliveira - Administrador financeiro do Benfica
Reafirma a inexistência de irregulariedades na transferência de Roberto e que o caso Cardozo está resolvido, elogia Rui Costa e rejeita a obrigatoriedade de saídas do plantel em Janeiro

Administrador financeiro de um grupo cujo 'volume de negócios anual é de 140 milhões de euros', Soares de Oliveira está confiante.
- No Verão passado, quando Javi Garcia e Witsel  saíram, disse que não estava obrigado a vender em Janeiro. Após saídas pouco significativas é obrigatório transferir em Janeiro?
- Não é obrigatório. Os problemas de tesouraria e os critérios de fair-play financeiro condicionam os clubes, mas encaramos o futuro com confiança no primeiro caso, pois sabemos onde é possível criar mais dinheiro; no segundo este ano temos bom 'apport' pelas novas receitas televisivas. Admito que, até final do exercício, ou seja, até Junho do próximo ano, haja mais uma transferência.
- Quais são os critérios para as contratações? Este ano chegaram seis centrais e indefinições...
- A política desportiva é debatida e aprovada em conselho de administração, não seria normal que fosse explicada e não é a minha área. Dois comentários de sentido comum: os três centrais contratados visam não a titularidade imediata, mas acautelar o futuro. Quando Javi Garcia e Witsel saíram, toda a gente acusou o Benfica de não se ter preparado. Este ano fizemos isso em quantidade e qualidade no devido tempo.
- Rejeita a ideia que o Benfica esteja a pagar altas comissões?
- O negócio do futebol tem uma característica: não se contrata sem agentes, a tal ponto que os próprios mecanismos de regulação obrigam a explicar qual o agente envolvido. Comissões cobradas pelos agentes, sendo elevadas, são as standard entre todos os clubes. A nossa política não é orientada nesse sentido, muito pouca gente aqui tem relação directa com empresários. O plantel deste ano tem o dedo de Rui Costa, o mais experiente no futebol dentro da administração. Não tenho dúvidas sobre a qualidade do seu trabalho que garante o presente e o futuro...
- Isso leva-me a outra pergunta: há mais de dois anos disse que Rui Costa é das pessoas que mais percebe de futebol em Portugal. Se o Benfica tem essa pessoa e Jorge Jesus, a chamam o mestre da táctica, porque razão só foi campeão em 2009/10?
- Isso levava à inventariação do que foram os campeonatos desde essa altura, o que correu menos bem: factores internos, pois ninguém chega a casa e diz todos os dias que fez o trabalho isento de erros, mais importante do que bater com a cabeça na parede por causa deles é aprender e melhorar; erros alheios de que não queremos fazer publicidade, mas não esquecemos.
- A época passada ensinou alguma coisa ao Benfica?
- Todas servem para isso, se assim não fosse não se notava a evolução competitiva do Benfica. Quando cheguei em 2004, recordo qual era a equipa e ambição que tínhamos na UEFA. Hoje temos o clube no primeiro pote da Champions, uma final europeia, o técnico um dos melhores da Europa, interesse que o clube suscita pelos projectos.. Ninguém ficou satisfeito com os resultados da época passada, mas tenho a certeza que se sentir mais frustração em quem estava directamente envolvido na obtenção do resultado. Perder nas compensações não significa impreparação. E temos o exemplo da recente Supertaça Europeia - não é por Mourinho sofrer um golo perto do fim e perder nos penalties que vamos dizer que estava errado. Há que separar (e o presidente fê-lo na entrevista ao longo do processo) a reacção do momento do reconhecimento do trabalho feito. Se o conselho de administração entendesse que o ciclo chegara ao fim tomaria decisão, mas entende que este ciclo ainda está para durar e podemos fazer nova época com resultados melhores. A decisão é racional e não está ligada a coisas que já ouvi como a relação privilegiada entre presidente e treinador.
- O caso Cardozo ficou resolvido?
- Tenho o privilégio de conhecer a situação do ponto de vista interno, tanto o que se passou como as últimas semanas. No Benfica é assunto fechado, bem resolvido e não é indiferente a maturidade das pessoas...
- Era preciso demorar três meses? Não deveria ter sido após a final da Taça?
- Poderia ter sido feita alguma coisa diferente na final da Taça, mas não tenho tendência para carpir mágoas por causa de uma coisa qualquer que se passou há três meses.
- Admite as dúvidas da CMVM em relação ao Roberto?
- Admito que devem ser esclarecidas, como fez o presidente na Benfica TV e à CMVM.
- Nada houve de irregular?
- Nada, demos todos os documentos e explicações à CMVM e, desde a reunião não tivemos mais contactos sobre o assunto.
- Markovic custou 10 milhões de euros, num negócio que tem sido associado à participação de fundos ou direito de preferência do Chelsea. Foi assim?
- Não. Os termos são os que foram comunicados à CMVM.
- Assinou contratos da Benfica TV para a América do Sul e vai fazê-lo para o Médio Oriente: é assim que pode explicar-se a saída de Luís Fariña para o Banyas?
- O tema não é independente... Para a Benfica TV há 12 países que justificam aposta como canal disponível no espectro de outros canais num certo operador: Angola e Moçambique, Brasil, EUA e Canadá e alguns países europeus com benfiquistas residentes que falam português e entendem o canal. Nos restantes o que fazemos é disponibilizar os 15 jogos - assim foi para toda a América do Sul e o jogo com o Gil Vicente foi visto em 36 países. Nos últimos dois/três anos tivemos iniciativas no Médio Oriente. Não havendo reacção comercial directa existe a vertente desportiva. O empréstimo de um jogador é um exemplo, o Médio Oriente é um dos alvos, foi uma oportunidade. Fariña era desejado pelo Benfica, e o Banyas manifestou interesse...
- E Luís Filipe Vieira diz que 40% da transferência foi paga...
- Se disse é porque é verdade.
- Vai aproveitar a final da Champions na Luz em 2014 para resolver a questão no 'naming'?
- Gostaria de ter já o contrato assinado, houve uma quantidade razoável de propostas entregues, mas não acordo por razões económicas. A final da Champions não é válida, pois a UEFA , quando faz o evento, neutraliza o estádio do ponto de vista das marcas - no Euro 2004 até a marca dos elevadores estava tapada com fitinha preta...
- A pergunta era se vai aproveitar a final como rampa de lançamento para resolver o assunto?
- Queremos aproveitar para manter o Estádio na vanguarda. A UEFA quer acautelar vários aspectos e, depois da final, o estádio vai ser melhor. Será uma ocasião para bater à porta de potenciais parceiros e nunca deixamos de o fazer.
- A estratégia de financiamento prevê operações além do quarto empréstimo obrigacionista?
- O assunto nem foi tratado em termos internos, sendo certo que a aprovação em assembleia geral para contrair divida apontou para um máximo de 80 milhões, só fizemos 45, logo há margem para mais 35 milhões.
- A SAD quer accionistas de referência?
- Não temos procurado.
- E admite a saída da Bolsa?
- Poderia acontecer, mas a supervisão da CMVM tem mais vantagem do que inconvenientes. Não só em termos práticos por certos mecanismos de financiamento, mas a maior é de obrigação de rigor na prestação de contas. Podemos não gostar de questões da CMVM, mas a disciplina criada ao longo do tempo implica que não basta ser sério, e sérios somos, mas é preciso parecer. 

Benfica TV
Dirigente indica que o número de assinantes está a chegar aos 190 mil.
-Quanto custa a Benfica TV?
- A Benfica TV tem um gasto na casa dos 8,5 a nove milhões de euros/ano, incluindo conteúdos internacionais, cerca de 70 pessoas, as amortizações dos meios técnicos (novos cenários, estúdio virtual, novo grafismo, transmissões em HD). A Benfica TV não comprou direitos dos jogos em casa, mas actua em nome da Benfica SAD. O modelo faz com que a Benfica TV recupere custos e toda a receita gerada de forma adicional pertence à SAD.
- Quantos assinantes tem?
- Estamos a chegar aos 190 mil.
- Qual é a meta definida?
- Os números estão acima das projecções. A taxa de penetração é bastante distinta nos diversos operadores, não divulgo números, mas é óbvio que naqueles que já tinham Benfica TV houve maior facilidade de crescimento rápido. Mas não é despiciente  bem pelo contrário, aquilo que Vodafone e sobretudo Zon conseguiram, não tendo Benfica TV na altura em que o projecto arrancou.
- O que investiu na Premier League foi compensado?
- Foi. Todos os operadores tinham estudos. No que fizemos, identificámos conteúdos que suscitavam mais interesses. Quando perguntámos por conteúdos internacionais para aumento significativo, isso não existia. Passados dois meses, conheço adeptos que não são do Benfica, mas subscreveram porque juntam Premier League e Brasileirão e não têm mentalidade extremada, aceitando o resto do conteúdo internacional. A ideia de que haveria mais clientes com Premier League está na base da decisão estratégia de ter dois canais com conteúdos diferenciados - esta é a parte mais inovadora quando recebo pedidos de explicação a cadeias inglesas, alemãs, etc. Juntámos algo que ninguém tinha: canal de clube com projecto comercial de transmissões televisivas. Há cerca de 30 a 35 clubes com canais próprios de âmbito limitado: conteúdo de arquivo, debate, escalões de formação e, com excepção do Barcelona, nenhum com abrangência do Benfica nos desportos. Nós temos mais de 30 modalidades, Fundação e Casas do Benfica, não podemos deixar de manter conteúdos do clube. Quem não é benfiquista e quer ver outros conteúdos tem o direito a não ver futsal e ver Chelsea ou Manchester United.
- O Benfica recebeu quatro milhões da Zon, outro tanto da Meo e dois milhões da Zap?
- Não são esses os números. Aprendemos a maximizar receitas que estavam consignadas à PPTV não só de direitos de transmissão. Existem quatro fontes de receitas: uma é tudo o que pode ser obtido em termos nacionais no plano das assinaturas, incluindo contratos de distribuição; segunda é o que vem do plano internacional; publicidade do próprio canal e quarta a publicidade de primeira linha que está no Estádio e levantou celeuma entre Liga e Olivedesportos. Nestas quatro componentes, o que fomos buscar a nível internacional, publicidade do canal e de primeira linha é praticamente equivalente àquilo que a Olivedesportos nos pagava por ano. Antes de falar sobre os subscritores, logo no arranque já existia um valor significativo (o contrato anterior tivera um cash advance na fase inicial, mas digamos que os valores são próximos). Convidámos todos os parceiros em Portugal a aderir à distribuição da Benfica TV, aderiu quem quis, a fusão da Optimus não estava decidida e entendeu que não deveria aderir. Outra componente é o valor angariado por cada subscritor, distribuído pelo operador e nós em função do modelo progressivo, compensando os distribuidores que consigam maior número de assinantes. Estas rubricas permitem ultrapassar o valor sugerido na última proposta pela PPTV, mas ainda há um longo caminho. O projecto tem visão de médio e longo prazo: primeiro três anos com muitos dos direitos internacionais; depois, daqui a cinco anos, terminam os contratos dos outros clubes e, nessa altura, outras coisas podem acontecer, inclusive centralização de directos.
- Falou na publicidade à Cabovisão nos jogos: é preciso assembleia de clubes para alterar o regulamento que não parece ser suficientemente elucidativo?
- Há alguma indefinição, mas com boa vontade resolve-se. O que me pareceu foi que, a certa altura, isto foi utilizado como mecanismo de guerra entre Liga e PPTV com ameaças, transformando clubes (que fazem viver o futebol, não a Olivedesportos ou a Liga, não podem ser ameaçados entre duas entidades neste processo) em arma de arremesso no assunto. A situação dos clubes é difícil, pois vivem a contar tostões. Quando o actual detentor dos direitos de transmissão televisiva os ameaça com incumprimento, no fundo está a utilizar 80% da sua receita como arma de arremesso.
- Carlos Pereira, presidente do Marítimo, admitiu um dia ceder à Benfica TV os seus direitos televisivos. Como analisa estas declarações?
- Não gosto de comentar palavras de outros dirigentes, mas, se hoje dirigisse um clube que não o Benfica, aquilo que procuraria era maximizar receita associada aos direitos televisivos, porque essa é a principal fonte de receita dos clubes.
- Ficaram com os direitos TV do Farense e admitiram avançar para os da Liga Zon Sagres - não há ameaça à integridade das competições com essa atitude?
- Não demonstrámos até à data especial interesse pelos primodivisionários, porque esses clubes têm contratos com a PPTV até 2017/18. É provável que a própria PPTV proponha a renovação dos contratos com a devida antecedência para garantir que outras entidades não se aproximam com propostas. O Farense ainda não tinha contrato com a PPTV, entendemos que o Algarve (e Faro em particular) tem interesse para justificar o nosso investimento (canais pagos dependem de assinaturas e não tanto de publicidade e outros aspectos), é uma grande cidade e justificava a aposta. Salvaguarda da verdade desportiva: os nossos jornalistas têm o mesmo grau de exigência no rigor que os dos outros canais, sujeitos a mesmos códigos de conduta e supervisionados pelas mesmas entidades, parece-me falacioso que se questione e engraçado que venha dos nossos adversários a colocar em causa a capacidade para a transmissão ou relatos...
- A minha pergunta não era essa. Não existe aí interferência comercial entre parceiros da mesma competição?
- Isso partiria do princípio que um canal de TV tenha capacidade para interferir... 
- Primeiro deveríamos ter questionado se a Sport TV teria capacidade para influenciar. Por haver relação comercial entre clubes nas transferências pode haver alguma questão que afecte a verdade desportiva? 
- Relações comerciais entre clubes vão continuar a existir, mesmo concorrentes entre si, fazendo-se distinção entre os dois campos.
- Os resultados e exibições do início da época colocam em risco as metas?
- Não diria isso. Toda a actividade comercial do Benfica depende muito do sucesso ou insucesso no relvado: mais camarotes, cativos, nível de quotização, predisposição para contratos de patrocínio e Benfica TV não foge a isso: não compromete, mas não alavanca tão rapidamente como se desejaria.
- Qual é o modelo de partilha de receitas com os operadores?
- É variável com diversos escalões e termina num escalão máximo: desde que haja centenas de milhares de subscritores é repartido 50-50. O começo é com a Benfica TV mais compensada e vai evoluindo.
- Como avalia a entrada da PT na Sport TV?
- Opinámos na Autoridade da Concorrência sobre isso, colocando-se a questão se a Benfica TV é concorrente da Sport TV...
- E é?
- Não à data de hoje. Com os direitos dos outros clubes na PPTV que vende à Sport TV esses conteúdos e havendo accionista comum não me passa pela cabeça que possa abrir concurso sobre o assunto. Não me parece que tenhamos capacidade de ser concorrente da Sport TV. Tivemos muitos contactos internacionais e o mercado português é apetecível - a Sport TV teria mais de 600 mil subscritores, pagando em média quase 30 euros, algo que garante uma receita interessante e poderia ser objecto de concorrência, mas se há contratos assinados por cinco anos, ninguém vai querer só um clube.
- Gostava de participar na entrada da PT na Sport TV?
- Se gostávamos de entrar no capital da Sport TV? Nunca pensámos nisso... A Sport TV não tem resultados positivos, mas, se pensarmos em toda a cadeia de valor, desde que se compram os direitos até à sua revenda, é um negócio muito interessante e rentável. Do ponto de vista estritamente financeiro claro que gostaríamos de integrar um processo desses. Só que houve manifestações dos benfiquistas não contra a Sport TV, mas perante determinada linha com a qual não queriam pactuar. É impossível pensar no assunto quando os adeptos não gostam dessa linha.
- A centralização de direitos TV é defendida pela Liga e pela FPF. Existe contradição com a Benfica TV?
- A centralização não é em si um problema, deve ser encarada como possível solução. Não tenho dúvidas de que a abordagem conjunta da Liga no seu todo cria mais valor do que se cada clube procurasse as suas soluções. O modelo centralizado podia conduzir a resultados mais interessantes para a indústria do futebol em Portugal. Mas isto implica reconhecer várias coisas: que o Benfica deve ter a dimensão de maior clube reconhecida de forma adequada, sendo uma questão de procurar modelos da distribuição de receitas por essa Europa fora. Os números com subscrições da Benfica TV são a demonstração prática do que vale o Benfica...
- Isso significa que a Benfica TV será usada num modelo centralizado para fazer prevalecer direitos?
- Não usada no seu todo, mas sem esquecer os números da Benfica TV em termos de receitas. A centralização só vale a pena se os direitos centralizados forem colocados a concurso, envolvendo Sport TV e outros concorrentes. Veja-se em Inglaterra: a Sky tinha uma determinada posição, a British Telecom concorreu e as receitas aumentaram este ano 60%, ou seja, o modelo tem de ser aberto; se for uma solução mitigada não chegaremos a lado algum.

«Custos com o pessoal são para manter nos limites da UEFA»
'Valor médio é de 50% dos proveitos operacionais e limite de 70% desses proveitos', diz.
- Os custos com pessoal vão ficar como estão? E mantém a ideia de ter resultados operacionais positivos nas contas anuais?
- Não posso falar sobre as contas anuais antes da sua publicação e aprovação pelo Benfica. Temos mantido o custos com o pessoal nos limites que a UEFA define - valor médio de 50% dos proveitos operacionais e limite de 70% desses proveitos. Não vejo grande dificuldade em manter. É natural que o investimento seja cada vez mais dirigido à actividade principal que é o futebol. À medida que resolvemos infra-estruturas (centro de formação, museu, estádio, Benfica TV), o peso da componente salarial pode ser maior, mas teremos cuidado para manter nos 'thresholds' da UEFA.
- Manchester e Dortmund são mais vistos como negócio - o que é preciso o Benfica fazer para que as acções sejam encaradas nesses termos?
- O Benfica está mais próximo dos dois grandes clubes espanhóis que pertencem aos sócios do que aos modelos ingleses com donos ou alemães com sistema misto. Mais do que a questão accionista - o Manchester já esteve em bolsa, saiu, está em Nova Iorque, tentou Singapura -, coloca-se o modelo de sustentação e os dos clubes portugueses não podem ser os dos cinco grandes mercados. Estamos entre a realidade nacional - dificuldades de sobrevivência, patrocinadores não investem face à crise, e direitos TV são o que são, todos devemos deveríamos baixar o investimento e custos, com politica mais conservadora - e a internacional com clubes que vêem volumes de negócio a aumentar todos os anos. O adepto espera que tenhamos capacidade de actuar dos dois lados e, o ano passado batemos russos, alemães, turcos e franceses, etc. Não fazemos omeletes em ovos, mas ficamos muito acima da realidade do País. O modelo de sustentação baseia-se e gerar receitas de forma diferente. Fundamental  - e o Sporting deu excelentes exemplos -, é formar bem para apetrechar a equipa e criar riqueza para exportar; comprar bem para preparar jogadores na Europa e vender; temos exemplos nos grandes e no Braga do encontro de alternativas. Tem riscos, pois a componente de custos é sempre mais elevada do que a de receitas operacionais."