Últimas indefectivações

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Benfica TV maior que a Luz

"Numa altura de crise económica profunda, numa época que não é particularmente de euforia benfiquista, em que os adeptos ainda estão na ressaca do fim da época passada, ter 80.000 assinantes na Benfica TV em 18 dias é um facto notável. Por um lado mostra a generosidade e alma dos adeptos do Benfica, por outro premeia a audácia da estratégia seguida mas seguramente que atesta a grandeza de uma instituição que é muito mais que apenas um clube desportivo. Sabemos que há caminhos que não estão isentos de riscos, mas estes primeiros números devem ser factor de orgulho para os milhões de adeptos do Benfica. Estes números são tão mais impressionantes quanto apenas se disputaram três encontros particulares de reduzido cartaz e o início das provas oficiais ainda vem a um mês de distância. A Benfica TV já é um estádio maior que o da Luz. 80.000 subscritores são os primeiros de muitos mais que acredito também vão subscrever.
Esta pré-época começou com muitas caras novas. É cedo para euforias ou depressões com o valor das contratações até porque aqueles que jogaram melhor nuns jogos pioraram noutros e vice-versa. Estão a adaptar-se às ideias de Jesus, espero ver mais para exercer os meus direitos de adeptos mordaz. Se me perguntarem de que contratação gostei mais? Talvez Lisandro López. Não esperava muito e temos candidato a titular. Rápido e sereno, ataca e defende, na melhor tradição dos bons centrais que durante 40 anos me habituei a ver no Benfica. Esta pré-época o Benfica marca imenso, falha bastante e sofre mais. Está no nosso ADN, Jorge Jesus afinará o plantel. Pior era se não se criasse e marcasse, pior era se não houvesse soluções. Nas alas as escolhas são tantas e tão boas, e na frente parece haver muita escolha. Reforçado o eixo da defesa, resta ver as laterais defensivas. Estamos bem e vamos estar muito melhor."

Sílvio Cervan, in A Bola

Mais um recorde nacional júnior...

Mais um recorde nacional júnior, nos Europeus de Atletismo Júnior que estão a decorrer em Rieti, Itália. Desta vez foi a Rafaela Vitorino, no Heptatlo. A atleta Benfiquista bateu um recorde com 23 anos, com 5278 pontos (10.ª), mais 7 pontos, do que a Sandra Turpin (1995), outra ex-atleta do Benfica!!! Ontem, no 1.º dia, já tinha batido dois recordes pessoais, hoje começou bem com outra melhor marca pessoal, no Salto em Comprimento, com 5,66m (12.ª); a seguir veio a prova mais complicada, o Dardo, 27,70m (16.ª), os lançamentos são claramente o calcanhar de Aquiles da jovem Benfiquista, normal nas provas combinadas em Portugal... Para terminar a Rafaela teve correr os 800m, provavelmente a sua melhor prova, que com 2.16.89 (2.ª), a poucos centésimos da sua melhor marca, conseguiu finalmente bater o recorde nacional júnior... Parabéns.

A Vera Fernandes, de manhã nas qualificações dos 100 barreiras, bateu o seu recorde pessoal, com 13,83s. Mas não conseguiu repetir o bom tempo nas Meias-finais à tarde, fazendo 14,08s (15.ª), ficando assim fora da Final... 

Nos 200m o Luís Neves conseguiu a qualificação para as Meias-finais com 21,73s. A sua melhor marca é 21,47s, amanhã nas Meias será muito complicado - dos 24 qualificados, fez o 21.º tempo -, para ir à Final terá mesmo que bater o seu recorde...

Vítor Pereira revela que classificações não foram feitas pelo Conselho de Arbitragem

"Depois de tanta polémica, de tanta crítica, de tanta acusação sobre a Secção de Classificações do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), surpresa das surpresas, na primeira sessão do curso de árbitros que decorre na Covilhã, Vítor Pereira veio a terreiro dizer aos árbitros que, afinal, não foi a Comissão de Classificações quem promoveu as classificações dos árbitros.
Era a última coisa que os árbitros esperavam ouvir. Se não foi a Comissão de Classificações a classificar, quem ocupou o papel dela? Pergunta natural dos presentes. A resposta veio de quem antes deixara os árbitros sem fala, Vítor Pereira, e terá tido a confirmação de Luís Guilherme, vogal do CA presente na sala. Quem classificou os árbitros foi alguém institucionalmente acima do Conselho de Arbitragem e da sua Comissão de Classificações.
Ao que apurámos os árbitros entenderam o que tinham acabado de ouvir como uma revelação de extrema gravidade para o sector da arbitragem. E a plateia reagiu. Como era possível, conforme tinham acabado de ouvir de viva voz, que a Secção de Classificações do CA apenas tenha tido acesso à tabela de classificações na manhã de 31 de maio último e estas terem saído na tarde do mesmo dia?
Foi então que, podemos afirmá-lo, um dos mais cotados árbitros portugueses a nível nacional e mundial, não esteve com meias medidas e questionou Vítor Pereira, perguntando-lhe porque não se demitira de imediato. E disse mais esse árbitro, disse que se fosse ele o presidente do CA, no mínimo, nesse mesmo dia teria ido embora.
Bem, agora percebe-se mais e melhor o véu que tem revestido as classificações dos árbitros. Estranho que o CA - e em particular a sua Secção de Classificações...- tenha sido desvalorizado de forma tão clara? Estranhíssimo, atrevemo-nos a dizer. Estranho que Vítor Pereira, que agora denuncia essa anómala conduta federativa, não tenha batido de imediato com a porta e denunciado tão bizarro processo? Estranhíssimo, com certeza. Mas fica o fundo da questão: o que terá levado elementos da FPF a ultrapassar o CA sem mais esta ou aquela? Mais grave, ao que ficou a saber-se na reunião da Covilhã no dia de ontem, o do início atribulado do curso de árbitros de futebol, é que a Secção Profissional do CA da FPF nomeava os árbitros, a Secção de Classificações dava o grau de dificuldade de cada jogo e tudo acabava aí, o CA e as suas secções nada mais tinham a ver com todo o processo. Estranho, caricato, imprevisto, tanto adjectivo que pode aplicar-se perante cenário tão imprevisível!
O clima entre os árbitros que estão no curso da Covilhã é excelente, o mesmo não se pode dizer do clima entre árbitros e os elementos do CA presentes. Vítor Pereira está acompanhado de Luís Guilherme, Domingos Gomes, Lucílio Baptista, Carlos Manuel Carvalho e não só, mas o líder do Conselho de Arbitragem parece continuar fragilizado e, com os factos agora revelados, mais terá cavado a distância entre si e a classe que representa. Ou seja, Vítor Pereira terá de fazer-se valer de todos os seus conhecimentos para voltar a liderar com firmeza. Para tal, a ele e aos dirigentes da FPF, particularmente ao seu presidente Fernando Gomes e ao secretário-geral Tiago Craveiro, o que se espera é que de uma vez por todas digam a verdade sobre a classificação dos árbitros. Custe ela a quem custar. Agora não é o CA que está em causa, é a própria FPF."


PS: Surreal !!!

Rola a bola

"Parece que foi ontem. Mas já vai para dois meses que perdemos a Taça de Portugal no Jamor, e, com ela, a possibilidade de colorir com um troféu aquela que foi uma das temporadas mais entusiasmantes da história recente do Benfica.
Talvez devido a esse entusiasmo - que foi elevando a fasquia das expectativas ao longo de vários meses -, quando voltei a ver os nossos jogadores entrar em campo para os primeiros compromissos de pré-época, senti-me perante um grupo de Campeões, mesmo sem que os livros de registos os tenham inscrito como tal. Reencontrei Artur, Luisão, Matic, Enzo, Lima, Sálvio, Gaitán, e outros, não como aqueles que perderam tudo, mas sim como aqueles que quase ganharam tudo. Não como os que me fizeram chorar, mas como os que me fizeram sonhar.
Épocas houve em que a frustração da derrota trazia com ela uma indómita vontade de mudança. Neste caso, mesmo sem títulos, não é esse o sentimento generalizado. Pelo contrário, a grande preocupação dos benfiquistas prende-se justamente com os profissionais que iremos ter de perder em função dos ditames do impiedoso mercado, e das necessidades de equilíbrio que os cofres exigem. Isto porque existe a noção muito clara que em dez hipotéticas temporadas semelhantes à última, só numa delas terminaríamos de mãos vazias - logo por infelicidade aquela que, entre pontapés inesperados, e golos aos 92 minutos, nos calhou em sorte...
É pois com confiança e optimismo que partimos para a nova época. Sabemos que jogando o mesmo futebol, a glória voltará a andar por perto. E o azar - tanto azar... - dificilmente se repetirá.
Já percebemos também que há por ali bons reforços. Falta então saber que sai, esperando que venham a partir apenas aquelas cujo encaixe financeiro se torne absolutamente impossível de negligenciar. Parece-me não ser o caso de Óscar Cardozo, de quem espero apenas um pedido de desculpas público aos sócios, aos colegas, ao treinador e ao presidente, para podermos voltar a festejar os seus golos durante mais alguns anos."

Luís Fialho, in O Benfica

As certezas da ‘silly season’

"Começaram os jogos de pré-época, recomeçaram as sentenças definitivas acerca da mais-valia ou não dos reforços. Garantidamente, a julgar pela regularidade anual com que são debitadas, as referidas sentenças ajudam a fazer jus ao adjectivo ‘silly’ que costuma acompanhar a ‘season’.
Com a ausência de quase meia-dúzia de futebolistas (internacionais que perlongaram as férias por terem estado ao serviço das suas selecções); com alguns jogadores que fizeram pouco mais do que uma semana de treinos em conjunto; com um futebolista que fora contratado na antevéspera do primeiro jogo e outro que tinha apenas mais um dia de Benfica do que o anterior; com dois jogos de treino feitos no espaço de 24 horas e com um terceiro apenas 48 horas depois; com o plantel longe de estar definido no que respeita a dispensas, vendas e contratações… Com tudo isto e muito mais, foi possível a muitos especialistas de bancada, televisão, rádio, jornais, tascas, redes sociais e casas de alterne debitarem certezas acerca do valor dos futebolistas, da táctica, da estratégia, da cor das camisolas, da “estrutura” (ah! a famosa “estrutura”…), da distância entre Portugal e a Suíça, e até da quantidade de mosquitos em torno do campo onde se jogou o primeiro jogo se ouviu uma teoria. O denominador comum foi o tiro ao alvo a um ou outro ódio de estimação que se transformará em amor eterno logo que surja a próxima entrevista exclusiva ao jornal do escriba. No meio de tudo isto, alguns dos reforços foram endeusados sem qualquer motivo especial e outros crucificados apenas porque sim. Sendo que, em alguns casos, do Olimpo ao Gólgota e vice-versa bastaram apenas 24 horas e uma mudança de vento na redacção ou de humor dos opinadeiros."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Bi - Rui Costa !!!

Igualar Joaquim Agostinho, não é para todos... mais uma grande vitória para o Rui Costa, na Volta a França.
Compreendo as ambições do Rui em querer vencer as grandes provas por etapas, mas muito sinceramente, neste momento da sua carreira, não me parece que o Rui consiga na alta montanha, pedalar ao lado dos mais fortes (Froome, Contador, Quintana, Rodriguez...), falta-lhe só um bocadinho... portanto tendo em conta as características do Rui (neste momento), são estas vitórias que encaixam melhor no seu perfil... em Voltas mais pequenas, com menos chegadas em alto, o Rui pode competir com os melhores na geral, mas nas três grandes voltas, espero que o Rui continue a dar-nos alegrias, como a de hoje... Pode mesmo ser o melhor Português de sempre, neste aspecto...