Últimas indefectivações

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Antevisão...

Destino: Chaves

BI: Antevisão - Chaves...

Não foi suficiente...

Benfica 0 - 2 Arsenal


Derrota esperada contra as Campeãs Europeias em título, num bom jogo do Benfica, que esteve quase sempre bem defensivamente, com muita agressividade nos duelos, fisicamente aguentámos bem o ritmo, mas duas falhas defensivas deitaram tudo a perder...
Faltou acertar as saídas de pressão, mas não era fácil, até porque o adversário fartou-se de fazer faltas cínicas, sempre que o Benfica ameaçava sair em contra-ataque com vantagem!

Grande jogo da Christy, da Gasper e da Moller, mas com todas as jogadoras a merecer elogios... A aposta da Tristão é uma aposta com futuro, e esse futuro será muito próximo, mas neste momento e não consegue dar a posse de bola em fase ofensiva, contra adversárias deste calibre... A Norton fez falta!

Tal como em Turim, ficou a ideia, que com um bocadinho de fortuna, podíamos ter sacado pontos! A Pauels acabou por não ter muito trabalho!

Terceiro Anel: React - Mourinho...

Benfica: o que é importante debater


"A campanha eleitoral do Benfica entra na reta final, pode ser que agora que são conhecidos todos os programas a discussão se centre aí, para bem do clube e dos seus

A BOLA dá início a uma série de entrevistas aos candidatos à presidência do Benfica — aqueles que aceitarem o desafio deste formato — numa altura em que a contagem decrescente para as eleições de 25 de outubro já tem listas oficiais. A campanha eleitoral tem sido marcada por muitas intervenções, com as candidaturas, legitimamente, a escolherem onde querem falar e como.
Há um momento marcante até agora, quando Noronha Lopes fez o inesperado e expôs os rendimentos que auferiu após uma controversa reportagem. Foi ao mesmo tempo o momento mais alto e mais baixo desta campanha eleitoral. Mais baixo porque ninguém devia ter de chegar àquele ponto, e Noronha Lopes sentiu que chegou, mais alto pelo inesperado da situação, que será recordada seja qual for o candidato vencedor e não só para a memória do Benfica, do futebol português, mas para todos os que estudam o fenómeno da comunicação: haverá spin doctors a tirar apontamentos.
Olhando numa perspetiva mais generalista, não deve ter havido período maior em que o Benfica, fora de campo, foi tão debatido. Não só nos jornais, TV, rádios, mas também nos formatos digitais, independentes como o podcast 90+3 que A BOLA distribui, mas também nos que são feitos por adeptos, com candidatos a irem a estúdio, reconhecendo novas tendências e públicos, e a desdobrarem-se nos esforços de uma campanha que é constante. Rui Costa, por exemplo, entre o exercício de presidente e o de candidato, como começou mais tarde a campanha, não esteve na última reunião da European Club Association (ECA) para recuperar tempo para os oponentes.
Também nesta quarta-feira se conheceu o programa do maestro o que, finalmente, pode e deve levar o debate para onde ele deve ir: para as ideias sobre o Benfica e a sua gestão futura.
Salários de membros dos órgãos sociais, votações em AG que podem derrubar direções são, de facto, importantes, e saber o que pensam candidatos também, mas o tempo de discussão para se mudar algo foi lá trás, quando se votaram os estatutos.
Já pouco importante para o futuro do Benfica é como fica a relação de Rui Costa e Vieira. Pode ser interessante ouvir uma resposta, vivemos muito do consumo destas coisas em Portugal, mas em que medida saber se o maestro cumprimenta ou não o antecessor afetará o futuro do Benfica e dos benfiquistas?"

Mas agora queixam-se de ter os melhores?!


"Sempre gostei mais do «faz de conta» que do «era uma vez». Portanto, faz de conta que havia, num campeonato qualquer da Europa, um clube e um treinador que construíam uma equipa de talentos que por uma razão ou outra não iam representar as respetivas seleções nas pausas FIFA.
Faz de conta que, como eles eram muito bons, ganhavam campeonatos e taças e tacinhas, porque podiam sempre trabalhar com os seus jogadores enquanto os outros desgraçados ficavam sem eles às semanas e meia de cada vez.
Sabem o que ia acontecer a esses jogadores a seguir? Exato: passavam a ir às seleções. Faz algum sentido queixarem-se de ter os melhores?

De chorar por mais
Cabo Verde está no Mundial. Bem sei que lá vão cada vez mais seleções, mas isso não retira brilho à façanha.

No ponto
Não querem ver que o Palmeiras de Abel Ferreira já vai outra vez à frente do Brasileirão? Ele há coincidências...

Insosso
Tic-tac. A semana e meia das eleições no Benfica continuamos à espera de conhecer ideias dos candidatos.

Incomestível
Pior que não conhecer ideias (também não lhes perguntamos muito por elas) é ver a lama atirada às ventoinhas."

OPA


"Hoje em dia vou lendo e ouvindo coisas muito interessantes, quer nas redes sociais, quer nos putativos candidatos à presidência do Sport Lisboa e Benfica, sobre aquelas ações que não passavam de negociatas para encher os bolsos aos amigos…estão recordados?
Relembro que todos os que agora falam em recomprar ações na altura opunham-se veementemente, poluíam a opinião pública e ofendiam, perseguiam, destratavam quem defendia a compra pela parte do Benfica!
Sim, podem falar que a OPA foi revista como ilegal pela CMVM, mas a razão dessa revisão prendeu-se única e exclusivamente com a forma de financiamento da mesma, não com os valores propostos para a aquisição das ações!

Escudaram em acusações mesquinhas e persecutórias porque encaixavam em narrativas pré concebidas e serviam propósitos eleitoralistas, o tempo tem dado razão a quem teve a visão à data…já lá vão quase 6 anos que isso se passou…e pelo que os putativos agora falam…pelos vistos alguém estava 10 anos à frente!
Ontem vi alguém regurgitar as palavras “visão de futuro”…isto vindo de um gajo que supostamente geria um negócio inventado em 1940 e que de inovação até à data o máximo que conseguiu foi correr com o palhaço que era sua imagem de marca…
O mesmo que em 2020 atacava a OPA e a compra das ações por parte do Benfica….é esta a visão desta gente.
Portanto, quando falo que não posso com esta gente tenho motivos para o dizer, a sua visão é curta e sem noção do que é o mundo do futebol.
Portanto os trauliteiros de serviço podem vir para o feed ofender e chamar cartilheiro e avençado à vontade, estou mais do que à vontade para expor esta gente!

Mas há uma diferença para os demais, mesmo que não goste deles, se forem eleitos, aqui terão um defensor acérrimo, uma grande diferença para todos aqueles que eles criaram e sustentam!
Apenas espero que os Benfiquistas percebam naquilo que vão votar para depois não se arrependerem.
Tenho visto com atenção as entrevistas + debates + textos do Vasco Mendonça, perdão, do Noronha Lopes + podcasts + intoxicação da opinião pública via X, Facebook, Instagram, TikTok, que vai desde táticas “Trumpistas” que nada tenho contra mas que sei que servem os seus intentos, a juventude Noronhista (estado novo ring a bell), e apesar de todos os seus defeitos e falhas que irei passar a enunciar, tenho que me juntar ao voto útil e esperar que as eleições fiquem resolvidas no próximo dia 25/10 porque já não tenho pachorra para mais 15 dias de folclore em torno do clube que amo!
Irei votar em Rui Costa apesar de reconhecer a suas múltiplas falhas e que passo a enumerar:
- Querer unir os Benfiquistas - o seu maior pecado, deixar as AG’a serem dominadas por facções que colocam os interesses pessoais à frente dos reais interesses do clube;
- não ter defendido o Benfica de forma acérrima quando todos pediam que o fizesse, a sua base como jogador de futebol fê-lo olhar para o mundo Presidencial como se de um jogo de futebol se tratasse, lá dentro todos erram, mas no final quase todos se respeitam, no submundo da política futebolística isso não sucede, falhou aí à grande e espero que tenha aprendido com os erros;
- Não ter tido coragem de ir até ao fim com o seu treinador, Roger Schmidt levou 4 meses a ser escolhido, encantou as bancadas da Luz e depois passou a ser arrassado dia sim dia sim… nem em inglês faziam as conferências, agora já todos falam inglês fluente, uma vergonha e uma hipocrisia sem igual, devia ter vindo a terreiro defender o mister;
- ceder à turba com frequência, e vi isso na discussão dos estatutos, nos despedimentos de treinadores e em algumas declarações.

É grave o que disse, mas, ESPERO, que tenha aprendido com os erros, que cresça, que não se esconda.
Teve méritos, o de ser honesto e ter colocado nas mãos dos sócios muitas decisões mesmo que agora esses que lhe exigiam isso é um par de botas lhe cuspam em cima e o destratem a torto e a direito!
Na Europa quer gostem quer não gostem demos boa conta do recado, nos tempos atuais ir tão longe como fomos não é fácil, mas claro, temos que ter a ambição para mais!
Restruturação na equipa e em quem o rodeia também é para mim um sinal evidente de evolução e inteligência, por isso voto Rui Costa em consciência.
Agora quem quiser ataque à vontade, até porque são sempre os mesmos, quem gostar que partilhe até à exaustão!"

Mata Mata - Entrevista Vieira...

DAZN: F1 - Antevisão - GP dos EUA

DAZN: The Premier Pub - Nuno Espírito Santo conta tudo sobre a nova aventura no West Ham

BF: Benfica regressa em Chaves e há novidades!

BF: Manu Silva traz muitas soluções para o Benfica de Mourinho...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Como estará o Benfica no regresso à competição?

Observador: Decisão - Que candidato sai beneficiado por haver 108 locais de voto?

Observador: E o Campeão é... - Rotação ou equipa titular? Grandes com dúvidas para a Taça

Observador: Três Toques - Afinal, quem é o melhor jogador do mundo?

O Cantinho Benfiquista #214 - New Season, Different Outcome?

Terceiro Anel: React 2/2 - Entrevistas na BTV

Benfica Podcast #571 - React - Joao Manteigas BI Interview

Zero: Saudade - Especial - Jaime Pacheco

A Vénia #6 - Discussion avec Tony de la Casa Benfica de Tourcoing

SportTV: Futebol Arte - Sanchéz

BolaTV: Lado B - S02E11

Cabo Verde, finalmente no mapa


"Foi em 2002 que percebi o que era viver fora do mapa. Literalmente.
Era um miúdo com dois anos de profissão e ia fazer a primeira viagem ao estrangeiro em trabalho. Para começar, arranjaram-me uma coisa modesta: acompanhar o Leixões a Strumica, numa pré-eliminatória da Taça UEFA.
Onde fica Strumica, perguntou?
Pois bem, antes de mais convém dizê-lo devagar, como quem tenta convencer o cérebro de que é um destino: Stru-mi-ca. Depois, fica na Macedónia, onde não é mais do que uma nota de rodapé.
Na realidade parecia o cenário de um filme do Kusturica, com homens de bigode espesso, casas construídas até meio e crianças a correr atrás do autocarro. Dizem que 40 por cento da população estava no desemprego e que 20 por cento vivia abaixo do limiar da pobreza.
Para lá chegarmos, tínhamos de aterrar na Grécia, no aeroporto de Salonica, e atravessar a fronteira de autocarro, rumo ao desconhecido.
Foi nessa travessia que descobri o que é o absurdo em forma de burocracia. Estava eu em trânsito desde Salónica, de malas feitas para os Balcãs profundos, quando o autocarro parou numa fronteira com uma poça de água suja e cheiro a frio metálico, que só não estava deserta porque tinha dois guardas daqueles que parecem ter nascido já desconfiados.
Dois minutos de espera. Dez. Trinta. Uma hora. Duas.

What’s the problem?
O problema tinha um nome e número de camisola: chamava-se Brito e era um avançado cabo-verdiano do Leixões. Ou pelos menos dizia ser. É que para a Macedónia, Brito era um fantasma, que vinha da terra do nunca.
Sim, isso mesmo. O sistema não reconhecia Cabo Verde. A máquina não mentia: para a República da Macedónia, não havia Cabo Verde, não havia Brito, não havia nada.
Tentaram explicar que sim, Cabo Verde existia, era um arquipélago no Atlântico, com música de mornas e gente de sorriso fácil.
Que não, que não havia ali nenhum país assim.
Uma hora, duas horas, até que no fim, talvez convencidos pelo cansaço, aqueles dois guardas - com olhar de quem acha que Cesária Évora é um vírus tropical -, lá nos deixaram passar. Com um carro da polícia atrás da comitiva do Leixões, e sobretudo de Brito.

Entretanto passaram-se 23 anos e Cabo Verde vai ao Mundial.
Um país que já foi invisível para os registos da fronteira da Macedónia vai estar no maior palco do planeta, com VAR, GPS, Big Data e tudo aquilo que um guarda fronteiriço de 2002 jamais poderia imaginar.
Não haverá polícia atrás de Brito, nem dúvidas sobre o país. Cabo Verde vai estar nos álbuns de cromos e nos palpites do Mundial. Vai haver gente a pesquisar onde fica, turistas a querer descobrir as praias, jovens a aprender o que é a morabeza.
E eu, quando isso acontecer, vou lembrar-me daquele autocarro parado entre dois mundos.
Com Brito à janela, sem imaginar que um dia Cabo Verde atravessaria a fronteira do impossível. Para entrar definitivamente no mapa."

No jogo da saúde mental, vencer também conta!


"Outubro é o mês da Saúde Mental e não poderia passar sem assinalar a data, ou não fosse o desporto o palco mais paradoxal para falar de saúde mental. Pois, por um lado, a prática de exercício físico é uma das ferramentas mais eficazes na promoção do bem-estar psicológico: reduz sintomas de ansiedade e depressão, melhora o humor, a autoestima, a regulação emocional, a sensação de controlo e, ainda nos ensina a lidar com o esforço, com a dor e com a frustração promovendo competências psicológicas essenciais para a vida. Para a população em geral, o movimento, a superação e a pertença fazem do desporto um remédio poderoso. Mas do outro lado da moeda fica a alta competição, um terreno que se pode tornar tóxico e fértil para o sofrimento psíquico, onde a busca pela excelência pode transformar-se numa prisão invisível.
A alta performance vive num ecossistema onde o valor da pessoa se confunde com o resultado e é aí que reside a maior armadilha. A cultura do ganhar a qualquer preço, o controlo extremo sobre o corpo e a ausência de espaços seguros para expressar vulnerabilidade fazem com que o desporto de elite possa deixar de ser promotor de saúde e se transforme num risco para ela. Existem cinco grandes fatores que tornam o desporto de alto rendimento um terreno perigoso para a saúde mental dos atletas.
Em primeiro lugar, a pressão permanente e o mito da invulnerabilidade criam o clima ideal para que o/a atleta aprenda a silenciar emoções e a vestir uma máscara de força. Esse silêncio, prolongado, abre espaço para sintomas de depressão, distúrbios de sono e crises de ansiedade.
O segundo grande fator, a identidade reduzida ao desempenho, pode ser inconsciente, mas a verdade é que muitos(as) atletas crescem a acreditar que o seu valor pessoal depende do que conquistam. Quando a identidade se resume a ser atleta (mais comum do que se possa imaginar), qualquer lesão, derrota ou pausa competitiva pode provocar uma sensação de vazio e perda de sentido que pode doer mais que qualquer lesão física. O perfeccionismo e o corpo levados ao limite são o terceiro fator. O desporto de alta competição valoriza o detalhe, o rigor, a superação constante, mas tudo em demasia pode tornar-se veneno. O treino exaustivo, a autocrítica permanente e a busca pelo controlo absoluto sobre o corpo podem gerar burnout, distúrbios alimentares e desregulação emocional. A fronteira entre disciplina e compulsão é tão ténue que é difícil perceber onde uma começa e a outra termina. Junte-se a isto a exposição mediática e o impacto das redes sociais. A visibilidade que acompanha o sucesso trouxe um novo tipo de pressão: a de viver permanentemente sob observação e, mais do que isso, sob julgamento, entre aplausos e verdadeiros linchamentos digitais.
O que antes era um espaço de motivação tornou-se também uma fonte de crítica, invasão de privacidade e desgaste psicológico. E, por fim, mas igualmente importante, a ausência de recuperação mental. Na alta competição, a recuperação física está planeada ao milímetro, mas a recuperação psicológica nem por isso. Calendários saturados, a exigência mediática e a cultura do sempre mais deixam pouco espaço para a pausa. Mas a mente, tal como o corpo, precisa de descanso, precisa de desligar e reconectar. Ignorar esta dimensão transforma o treino num ciclo de stress acumulado, que mais tarde ou mais cedo terá o seu preço.
Proteger a saúde mental no desporto de elite exige uma mudança cultural profunda. Exige deixar de ver o atleta apenas como um corpo de rendimento e reconhecê-lo como uma pessoa integral, com emoções, fragilidades e necessidades psicológicas.
Os próprios atletas precisam de reaprender que pedir ajuda não é desistir ou ser/estar débil, é apenas resistir com inteligência e maior probabilidade de sucesso.
Afinal, o desporto ensina-nos a cair e levantar, a persistir quando o corpo quer parar, mas talvez já seja hora de aprender uma outra lição: a excelência não se mede apenas em medalhas ou títulos, mas também na capacidade de manter a mente saudável, pois só assim o sucesso será sustentável a longo prazo."

Dia do delegado


"A Direção da Associação Nacional de Delegados de Futebol (ANDF) instituiu o Dia do Delgado, anualmente, comemorado em simultâneo com o aniversário da instituição. Este ano o evento será no dia 18 outubro, na sala Multiusos do Arena Liga Portugal.
O objetivo era ser realizado na Cidade do Futebol, em Oeiras, mas por estarem a decorrer obras de manutenção no auditório previsto nesta data, ficará em aberto a oportunidade para o próximo ano.
Este evento surgiu da constatação, pelos delegados, da falta de um espaço de tertúlia e reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos aqueles que desempenharam esta função e que foram esquecidos pelas entidades que regem as competições a partir do momento que por limite de idade, doença, motivos pessoais ou desclassificação no final de época, deixaram de ser delegados.
Pretendemos com este dia marcar no calendário um momento de encontro de antigos e atuais delegados, da Liga, da FPF e das associações distritais, muitos dos quais nunca mais conviveram pelo facto de habitarem em locais geograficamente afastados ou de participarem em campeonatos distintos.
É sempre um momento de despertar memórias, lembrar dificuldades, recordar amigos que já partiram e partilhar com as novas gerações um historial de exemplos de gestão de conflitos em estádios onde as chamadas zonas técnicas eram bélicas, cinzentas e povoadas com dirigentes e agentes desportivos recordados não pelos melhores motivos.
Essas zonas armadilhadas no início das competições organizadas pela Liga de Clubes foram o maior desafio para o papel dos delegados, no terreno, tendo sido parte ativa no desenvolvimento e implementação de normas e procedimentos, aprovadas pelos clubes, que resultaram na segurança e ambiente civilizado que no presente constatamos nas variadas competições nacionais.
Todo este processo teve um impulso decisivo, a partir de 2015, com a mudança do paradigma determinado pelo presidente da Liga, doutor Pedro Proença, que impôs um projeto de desenvolvimento e profissionalização da função do delegado através de um processo formativo intenso e acompanhado que mudou radicalmente a imagem, o desempenho e o relacionamento dos delegados com todo o universo dos agentes desportivos, interiorizando os valores defendidos pela instituição.
Em paralelo todo o processo foi complementado com a agregação de agentes desportivos como diretores de segurança, de campo e de imprensa terem formação específica obrigatória (ações de formação organizadas pela Liga Portugal) para poderem ser inscritos na Liga e desempenharem as suas funções com perfeito conhecimento das normas em vigor.
Esta convergência de todo o projeto dotou os agentes desportivos de conhecimento e visão profissional determinantes para o sucesso da organização, tendo no delegado o elo de ligação entre os intervenientes no terreno, o organizador e o promotor da competição.
Também sublinhamos que na origem da ANDF esteve o desafio lançado aos delegados, numa ação de formação em Santarém, pelo atual presidente da FPF, que permitiu essa liberdade associativa na criação de uma associação de classe a nível nacional, abrangendo os delegados das competições sob a égide da FPF, tanto profissionais como amadoras, assim como das associações distritais de futebol.
Além do espaço de partilha e convívio, a ANDF aproveita o Dia do Delegado para promover a discussão e a visão que outros agentes desportivos têm sobre a função do delegado.
Neste evento teremos duas mesas redondas, uma com personalidades que ocuparam cargos na FPF, na Liga Portugal e um presidente de uma associação distrital, com visões diferenciadas sobre a função, e outra com coordenadores de diferentes competições que irão debater o presente e o futuro da carreira de delegado.
Um dos objetivos da ANDF é a implementação do estatuto de carreira do delegado que deve iniciar nas competições distritais e terminar com o acesso às competições da UEFA.
Este projeto desenvolvido pela ANDF, está no alinhamento da visão da FPF, Liga de Clubes e pelas associações distritais, pelo que esperamos, até final da época, ser desenvolvido um protocolo entre as várias entidades para a introdução deste estatuto de carreira que será um marco importante na valorização qualitativa dos quadros de delegados dos organizadores das competições."