Últimas indefectivações

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mais um enorme 6º lugar !!!



Na sua segunda final Olímpica - em dois dias -, a nossa Joana Vasconcelos, voltou a ficar em 6º lugar. A ainda sub-23 canoísta Portuguesa, que representa do Benfica, acompanhada pela mais experiente Beatriz Gomes, desta vez no K2 500m, voltou a competir ao mais alto nível...
Antes destes Jogos, a Canoagem Feminina Portuguesa, nunca tinha conseguido uma Final Olímpica... nesta Final as Portuguesas não eram favoritas, fizeram quase toda a prova em 4.º, mas a meio da prova pensei que seria possível obter uma medalha, já que a embarcação Polaca que estava em 3.º, parecia que ia quebrar - mas tal como elas explicaram no final -, foram as Lusas a quebrar nos últimos 150 metros, e assim, caíram para um muito bom 6.º lugar, ultrapassadas pelas Chinesas e Austríacas...!!! Parabéns às duas...
Antes desta Final Olímpica, a Teresa Portela participou na Final B, do K1 500m, e tal como eu 'pedi', fez aparentemente, uma prova evitando o desgaste, já que amanhã terá outra prova muito importante... Como é seu hábito partiu muito bem, mas depois baixou o ritmo e fez gestão de esforço, terminando em 3.º. Sendo assim, ficou no 11.º da geral, nestes Jogos.
A Teresa é muito forte no K1 200m, o desgaste das muitas regatas que já fez, podem a prejudicar, mas são 'só' 200 metros!!! Força Teresa...!!!

Futebol olímpico e a linha de fronteira

"Para o Brasil este torneio olímpico de futebol muito nos faz lembrar o que a Taça da Liga tem sido nestes últimos quatro anos para o Benfica: um relativo passeio

NO princípio da semana os jogadores da selecção olímpica de futebol da Coreia do Sul receberam uma promessa oficial do Estado: uma vitória sobre o Brasil nas meias-finais do torneio e ficavam todos livres da tropa.
O jogo foi anteontem. Como seria de esperar, não tardará muito e os futebolistas sul-coreanos lá estarão garbosamente fardados a patrulhar a linha de fronteira com a Coreia do Norte. Ossos do ofício.
Quanto ao Brasil embala agora para aquela que será a sua primeira vitória olímpica na modalidade do futebol. Outra coisa não será de esperar. E já muito tardou, não é?
Para o Brasil este torneio olímpico de futebol muito nos faz lembrar o que a Taça da Liga tem sido nestes últimos quatro aos para o Benfica: um relativo passeio. E como uma olimpíada são quatro anos, está mais do que justificada a analogia.
Aconteceu que os concorrentes directos do Brasil ao ouro do futebol em Londres foram caindo como paspalhos pelo caminho e até a Grã-Bretanha, que jogava em casa e era uma favorita, caiu na eliminatória com os sul-coreanos poupando-se assim ao trabalho de ter de defrontar o superpoderoso Brasil na meia-final do torneio.
- Desta já estamos livres! - disse, com certeza muito aliviado, o presidente do Comité Olímpico lá do sítio.
O Brasil espera, assim, festejar o seu primeiro título olímpico muito brevemente. Vai ser uma festa, merecida. Para o presidente do FC Porto e para os portistas em geral o sucesso da selecção brasileira nos Jogos de Londres é também importante, importantíssimo do ponto de vista da comunicação, que é como se chama agora quando as pessoas falam.
Já faltam poucos dias para o grande evento terminar e, como todos sabemos, os nossos atletas têm tido uma vida difícil em Londres. Excepção feita aos nossos canoístas Pimenta e Silva que, quando já ninguém acreditava arrancaram o segundo lugar na final de K2 1000 metros mais as respectivas medalhas de prata. O país, já de si deprimido, vinha a encolher-se ainda mais com a ausência de galarim, hino e medalhas, como se estas coisas não estivessem todas ligadas. Como se o que custa fabricar um campeão olímpico não valesse uma fortuna.
Até ao brilhante dos nossos canoístas em Londres tudo levava a crer que as únicas medalhas que viriam de avião para Portugal viriam apenas por empréstimo, viajando nas bagageiras de Hulk, Danilo e Alex Sandro, os três jogadores do FC Porto em missão olímpica ao serviço do escrete:
«Que tragam uma medalha para o FC Porto», foram os votos do presidente do FC Porto, recentemente expressos em declarações a O Jogo. Compreende-se pelas mais diversas razões. Desde a valorização da mercadoria (e são logo três activos) à valorização, ainda que substancialmente abusiva, do próprio clube e à propaganda da tradição de resultados de excepção num país onde a regra é a mediania.
O feito não deixará de ser devidamente incensado. Os portugueses, do Minho ao Algarve e ilhas adjacentes , só conseguiram desenrascar duas medalhas na canoa mas lá a Norte, numa pequena aldeia de irredutíveis patriotas festejou-se bravamente a conquista de nem uma, nem duas mas sim de três medalhas.
Portugal, 2 - FC Porto, 3, é este o resultado do jogo olímpico até ao momento. Assim cantará o bardo enquanto se assam dois javalis no famosíssimo olival financiado a 84,4% por dinheiro do Estado.
Não deixará de constituir uma grande falta de respeito pelos nossos atletas olímpicos que fizeram todos o melhor que puderam tendo em conta que não recebem do Estado as mordomias e incentivos com que outros têm sido bafejados ao longo dos anos. Sorte de uns, azar de outros.
Enfim, é desporto ao mais alto nível.

O site Negócios-online avançou com uma notícia não mais do que curiosa. Esta: «A Porto-Gaia, fundação criada em 1999 para construir e gerir o centro de estágio do Futebol Clube do Porto, é uma das que pode ser extinta por ter tido uma das piores avaliações no censo efectuado pelo Governo: 84,4 % das suas receitas provêm de dinheiros públicos. Entre 2008 e 2010, a fundação recebeu 4,234 milhões de euros em apoios financeiros públicos.»
A notícia veio a lume na sexta-feira.
No domingo, o centro de estágio do FC Porto foi palco da festa e da cerimónia do 10. º aniversário da inauguração do dito complexo desportivo e contou com a presença dos dois presidentes, o do FC Porto e o da Câmara Municipal de Gaia.
Houve discursos. O presidente do FC Porto definiu a ligação do clube com a autarquia como «uma parceria de sucesso». Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Gaia optou por uma metáfora de índole conjugal e chamou-lhe «um casamento perfeito».
O presidente do FC Porto também se referiu com palavras de elogio à qualidade dos jogadores de futebol da equipa B do clube.
Sobre a notícia da antevéspera, veiculada pelo Negócios nem uma palavra nem do presidente nem do edil.
Provavelmente porque ninguém lhes perguntou nada sobre o momentoso assunto. Se calhar nem havia jornalistas presentes. Era apenas uma festa. E festa é festa.

ESTÁ mesmo a chegar a época oficial de 2012/2013 e ninguém pode garantir, entre os adeptos dos três grandes, que as suas equipas estão feitas e fechadas ou que ainda vai haver grandes surpresas, entre saídas e entradas, até ao final deste mês de Agosto quando fechar o mercado de Verão.
No Benfica continua a saga do defesa-esquerdo e a novela de Witsel, no Sporting continua Adrien a fazer a vida negra aos seus patrões e no FC Porto continua Álvaro Pereira a demorar muito mais a sair do que os 4 minutos que demorou a decidir entrar pela porta do Dragão. Os presidentes dos três grandes têm sido muito cautelosos nas suas declarações públicas sobre o mercado.
O menos cauteloso de todos, até ao momento, tem sido Pinto da Costa:
«O plantel está completo. Entradas não prevejo nenhumas e, pela realidade, nada nos faz prever que alguém saia. Parece que já saiu meia equipa, a aldrabice não paga IVA...», disse o presidente do FC Porto, afirmando assim, de uma assentada, duas verdades universais.
O plantel está fechado, uma.
A aldrabice não paga IVA, duas.
De qualquer forma e com todo o respeito, acredito menos na primeira verdade universal e mais na segunda verdade universal.

VERDADE, verdadinha é que o chileno Matías Fernández já saiu do Sporting e já está na Fiorentina. Foi à sua vida como outros irão. No sábado teve o seu primeiro frente-a-frente com a imprensa italiana. Perguntaram-lhe logo quem era o seu ídolo, o seu modelo do jogador. Respondeu sem hesitar: «Maradona e Aimar, do Benfica.»
Matías Fernández não pensa, certamente, voltar a jogar um dia no Sporting. E fique ciente que no FC Porto também passou a ter as portas fechadas. Não lhe bastava dizer «Aimar» como ainda tinha de acrescentar «do Benfica» para que não restassem dúvidas.
Exagero? Não, nem pensar.
O reforço colombiano do FC Porto, Jackson Martínez, acabadinho de aterrar no nosso país contou numa entrevista a O Jogo como foi recebido no aeroporto: «Quando cheguei deram-me as boas vindas e depois falaram-me logo da rivalidade com o Benfica. Era Benfica, Benfica, Benfica...»
Exagerar? Sim. Com IVA ou sem IVA? Vá lá saber-se..."

Leonor Pinhão, in A Bola