Últimas indefectivações

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Vermelhão: Vitória, finalmente...

Ajax 0 - 2 Benfica


Finalmente, pontos na Europa, em Amesterdão contra uma equipa que passa igualmente por uma fase complicada, com maus resultados e troca de treinadores, e que hoje manteve a zeros a sua participação na Champions!

A bomba do Dahl no início do jogo ajudou a acalmar os nervos, mas faltou marcar o 2.º naqueles primeiros minutos, onde o Ajax acabou por ficar ainda mais intranquilo! Acabámos por não marcar mais, e demos a bola ao adversário, que acabou por ganhar confiança, e no último terço da 1.ª parte, ainda deu trabalho ao Trubin...

Não entrámos bem no 2.º tempo (a melhor oportunidade do Ajax foi aos 51'), mas acabámos por estabilizar o posicionamento defensivo, apesar das poucas saídas em contra-ataque. Um dos problemas deste onze, é mesmo a falta de jogadores rápidos na frente, que estiquem o jogo, com bolas atrás da linha defensiva do adversário...

A entrada do Araújo, acabou por fechar ainda mais a nossa zona Central, e foi com com maior segurança atrás, que acabámos por marcar o 2.º golo, numa excelente combinação entre o Aursnes e o Barreiro...

As poucas e tardias substituições, são um sinal óbvio da falta de confiança do Mourinho nos jogadores, que estavam no banco, principalmente para defender resultados!

O Barreiro foi claramente o MVP. As equipas não se fazem somente de jogadores super-habilidosos, é preciso intensidade, energia, combatividade... e quando se junta a isso, alguma apetência pelo golo, mesmo sem ser ponta-de-lança, torna-se num jogador muito útil!!! O Trubin também esteve muito bem, nas poucas intervenções que foi obrigado a fazer...

Matematicamente, ainda é possível, mas será um milagre, uma potencial qualificação. Mesmo com o Napoles e a Juve também a passarem por fases menos deslumbrantes, a confiança é pouca! E nem a aparente Guerra civil dentro do balneário do Real Madrid me dá esperança!!!


Agora, Sábado, se o nevoeiro permitir, jogo muito complicado na Choupana, contra uma equipa bem organizada, que é muito perigosa a jogar no erro, e com toda a manhosice do Tugão... Hoje, controlámos sem bola, no Sábado, será ao contrário, e o Benfica tem demonstrado mais dificuldades, a jogar quando tem a bola!!!


Mais uma goleada...

Ajax 0 - 4 Benfica


Mais uma excelente exibição, com os golos a condizer. Apesar das muitas ausências, contra um adversário com tradição na formação, mais uma vitória clara... E se o marcador dá a ideia que foi fácil, não foi assim tão fácil, o Ajax até teve algumas oportunidades mas o Diogo e a nossa defesa resolveram o assunto...
Estamos na luta pelos oito primeiros lugares, para fugir ao play-off...

Recordo que além dos jogadores que estão no Mundial de sub-17 (os dois Netos, o Furtado, o Banjaqui, o Figueiredo e o Quintas, o Stevan e o Pastel) hoje, o Gonçalo Moreira também ficou de fora!

Derrota na Hungria...

Ferencvaros 33 - 31 Benfica
13-14

Derrota com sabor a vitória, já que acabámos por garantir a qualificação para a próxima fase, devido à diferença de golos favorável ao Benfica, num potencial confronto directo, com estes Húngaros do Ferencvaros...

Na próxima semana, na última jornada, recebemos os Alemães do Melsungen, a equipa mais forte deste grupo. Já não haverá alterações na classificação, mas uma vitória do Benfica, dará automaticamente 2 pontos para a próxima fase de grupos! Era importante ter mais opções... o Izquierdo hoje não saiu do banco, e estamos com os dois Laterais Direitos lesioandos: Belone e Olsen, e ainda o caso bicudo com o nosso melhor jogador, o Vaulipau, que está sem visto de trabalho...

Derrota em Istambul...


Fenerbaçhe 3 - 0 Benfica
25-18, 25-19, 25-12

O grande triunfo desta equipa foi o qualificação para esta fase de grupos da Champions! Não somos favoritos em nenhum dos 6 jogos que vamos fazer! Hoje, contra um dos principais favoritos ao título, ainda lutámos nos dois primeiros Set's, mas as diferenças são grandes, ainda por cima sem a Dixon e agora sem a Holt...!!!

Taça...


Mais um Sorteio ridículo! Potencialmente, mais dois jogos Fora: Farense e em caso de vitória, vamos a Famalicão ou ao Antro Corrupto!!!


Na versão feminina, jogo fora com o Dameiense. Deslocação curta, contra um adversário que perdeu alguma qualidade na última época...

Jogo Pelo Jogo - S03E16 - Há regras para jogar FC26?

Pre-Bet Show #159 - Alerta: Pedro e Alex discordaram em tudo (ou quase 😁)

BolaTV: 90+3 | S03E09 | José Faria | “Eu não gosto de perder para o meu filho que tem 7 anos"

O Resto é Bola #29 - A dúvida no FC Porto, Mourinho e o 'tudo ou nada' do Benfica na Champions e... Trincão ⚽

BolaTV: Sexto Sentido...

Zero: 5x4 - S06E13 - Champions entre Liga e Mundial

Zero: Afunda - S06E16 - As surpresas e o caso Lebron

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Até onde pode chegar a nova geração de ouro?

Observador: E o Campeão é... - "Portugal tem na mão a oportunidade de ser campeão mundial”

Observador: Três Toques - Equipa de Sub-17 faz história no mundial (pela primeira vez)

Ganhar em Amesterdão


"O Benfica joga hoje, ao final da tarde, em Amesterdão, frente ao Ajax, em mais uma jornada da fase de liga da Liga dos Campeões (17h45). Este é o tema em destaque na BNews.

1. Só a vitória interessa
O treinador do Benfica, José Mourinho, considera: "É fundamental para nós ganharmos o jogo. É uma questão de ganhar para poder ter esperança de nos qualificarmos." Para tal, sublinha: "Temos de jogar com o cérebro, não apenas com o coração."

2. Fito no triunfo
Pavlidis afirma: "A equipa está preparada, todos os jogadores sabem o quão importante é o jogo, e todos pensam no mesmo: ganhar. Todos os jogadores têm de mostrar carácter e a responsabilidade de continuar [na Liga dos Campeões] e ganhar jogos."

3. Bastidores
A preparação da equipa e a posterior viagem de Lisboa até aos Países Baixos.

4. Informações para os adeptos
À atenção dos Benfiquistas que se deslocam a Amesterdão para apoiar o Benfica.

5. Mundial Sub-17
Sete jogadores do Benfica participaram na vitória de Portugal ante o Brasil que deu o apuramento para a final do Campeonato do Mundo Sub-17. Mauro Furtado foi considerado o melhor em campo.

6. Últimos resultados
O Benfica ganhou, por 0-9, frente ao Araz Naxçivan na 1.ª mão dos oitavos de final da UEFA Futsal Champions League. Em basquetebol, triunfo, por 88-98, no reduto da Oliveirense. Em voleibol, vitória por 0-3 na visita ao Leixões. Em andebol, resultado positivo no pavilhão do Belenenses (29-30).
Registaram-se ainda vitórias de várias equipas femininas: em futebol, 0-4 no campo do Clube Albergaria para a Taça de Portugal. Em voleibol, 3-0 ante o Esmoriz. Em basquetebol, 63-73 em casa do Esgueira. Em hóquei em patins, goleada no rinque do CRIAR-T (0-17).

7. Títulos no atletismo
O Benfica é pentacampeão nacional de corta-mato longo e bicampeão nacional de estafetas mistas em corta-mato. Os atletas campeões foram recebidos no Museu Benfica – Cosme Damião pelo vice-presidente Tomás Barroso.

8. Outros jogos do dia
Às 12h00, o Ajax recebe o Benfica a contar para a UEFA Youth League. Às 16h00 arranca a participação benfiquista na fase de grupos da Liga dos Campeões de voleibol no feminino no reduto do Fenerbahçe Medicana. E, às 17h45, em andebol, visita ao FTC-Green Collect em mais uma jornada da EHF European League.

9. Benfica em 1 minuto
O essencial da atividade desportiva do Benfica dos últimos dias em 60 segundos.

10. Casa Benfica Reguengos de Monsaraz
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o 26.º aniversário."

Os grandes queixinhas do futebol português


"O Campeonato nacional de futebol ainda não vai a meio e, como tem sido hábito, a arbitragem é o centro de toda a polémica, de todo o mal do mundo. Sim, os clubes queixam-se todos, sem exceção.
Os três grandes fazem, claro, o barulho equivalente a um concerto dos Metallica. Há poucos dias o FC Porto foi recebido pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol para mais queixas contra as arbitragens. O clube acha que foi prejudicado, o clube considera que outros são beneficiados. Sim, o clube e todos os outros quando perdem ou quando um adversário direto tem um canto a favor. Leu bem caro leitor, um canto. Como diz o treinador Jorge Jesus, «qualquer dia estamos a discutir lançamentos.»
O assunto aqui não é se Sporting, Benfica ou FC Porto foram prejudicados este ano. Os adeptos tendem sempre a achar que o árbitro decidiu mal este ou aquele lance. A verdade é que os grandes são mais beneficiados que prejudicados. E não só no futebol: isso acontece em todo o desporto (e fora dele). É da natureza humana favorecer os vencedores. Tudo normal. Também é habitual fazer pressão. Porquê? Porque resulta.
Mas vamos admitir que um clube se sente realmente prejudicado e que tem razão. O que pode fazer? O que diz a lei desportiva?
O art.º 108 do Regulamento de Arbitragem da FPF, n.º 1, diz que «os clubes podem expor à Secção Profissional da existência da arbitragem incorreta, no prazo de cinco dias após o jogo, podendo fazer uso de suporte de imagem em DVD, com base na gravação integral do jogo.» Ou seja, um clube que se sinta realmente prejudicado deve fazer uma exposição sobre o que se passou, mas entregar também uma gravação integral do jogo, para avaliação. Uma curiosidade: para desencorajar queixas, há uma taxa, que será devolvida se o clube tiver razão! Era importante saber quando e que clubes já tiveram essa razão.

Abaixo o VAR?
No mesmo contexto, mas a propósito de outra queixa, esta do Benfica, Mourinho sugere, em A BOLA, que deixe de haver videoárbitro: «É melhor acabar com o VAR. Se não interfere num erro daquela dimensão o que é que o VAR faz.» Todos sentimos que o VAR tem ainda muitas limitações na sua intervenção. Creio que faz sentido implementar melhorias, novas formas de olhar para o VAR, procurando não afetar mais o ritmo do jogo.
Em qualquer caso, as coisas estão melhores com VAR, a designada verdade desportiva já não está tão doente. Não é perfeito, mas é melhor do que se ver os erros grosseiros do passado. Se analisarmos friamente, tem falta de experiência, ainda é muito jovem e os jovens comentem erros. Mourinho é que mudou de opinião: há uns anos tinha dito que se houvesse VAR quando começou a treinar teria ganho o dobro dos títulos.

O Direito ao Golo desta semana vai para Cristiano Ronaldo: o melhor jogador português de sempre atingiu um nível estratosférico: expressou o desejo de conhecer Donald Trump numa entrevista a Piers Morgan e dias depois foi recebido na Casa Branca, com todas as honras. E marcou mais um fabuloso golo de bicicleta! Ronaldo prestigia Portugal, só não vê quem não quer."

Loucura...?!!!


"Em pouco menos de 4 meses passaram de “Guardiola’s” da nova geração a dois marretas com curso de treinador.
A loucura está generalizada, deixou de haver tempo para maturar processos, para implementar filosofias de jogo, para amadurecer esquemas táticos e encontrar os atletas perfeitos para os preencher.
A teimosia é um dom que assiste a todos os treinadores, não há volta a dar ao tema, porque se assim não for estarão muito longe de conquistar o que quer que seja.
Naggelsmann enquanto treinador era aquele que eu vi a aplicar mais nuances táticas de jogo para jogo, mas para o fazer tinha duas coisas fundamentais a jogar em seu favor, tempo, uma vez que já liderava o “seu” Leipzig há uns bons anos e um conhecimento brutal dos seus jogadores, uma vez que muitos já vinham consigo de trás.
Com Slot e Alonso é o mesmo, precisam de tempo para amadurecer as suas ideias, para terem os atletas certos nas posições certas. E isto é transversal a qualquer grande treinador mundial, depois sim, uns são mais pragmáticos outros mais vistosos, uma questão de filosofia de jogo e identidade do próprio treinador.

Isto leva-me a Mourinho…sofre do mesmo mal que todos, no entanto a sua ideia de jogo, a sua filosofia está lá, faltam as pedras chave para o pôr em prática e o tempo, tempo esse que é o bem mais precioso ao serviço do treinador, porque atualmente não há espaço a grande impacto imediato, as equipas são sobre analisadas, todo o mundo sabe tudo de todos, já não há segredos escondidos, é preciso construir uma equipa e um identidade e colocar todos a rumar na mesma direção. Uns são mais lestos a fazer isso, outros carecem de um maior período de adaptação, é tão simples quanto isso.
Exclui Amorim da análise, ele que era O maior treinador português da sua geração e que como vamos assistindo está a sofrer em Manchester, mas tem como seu aliado o tempo e a direção do clube que está, para já, disposta a aguenta-lo ao máximo…é isso por norma dá frutos a longo prazo.
Atestem o que sucedeu com Ferguson, Jorge Jesus ou Conceição…se conheceres o clube, a identidade dos adeptos e os jogadores como a palma da mão, tudo se torna mais fácil."

No Princípio Era a Bola - Mourinho: frustrações e um sistema sem pernas para andar no Benfica

Central: Benfica - Celtic (1969): O Jogo da Moeda

Central: Tragédia de Superga: O Benfica na Última Vez do Grande Torino

SportTV: Titulares...

Embaixador saudita, convidado de honra de Trump… e mais o quê? Cristiano Ronaldo, a bênção ao Mundial MAGA e um universo de possibilidades


"Um rapaz que nasceu pobre numa ilha no meio do Atlântico chama-se Ronaldo por causa de Ronald Reagan. O menino fez-se homem, tornou-se lenda do desporto, ganhou muito dinheiro e fama.
Cumpriu todos os sonhos que tinha, cumpriu sonhos que não sabia que tinha. O adolescente madeirense que corria atrás dos carros que arrancavam nos semáforos perto do estádio de Alvalade, num repetitivo exercício para ganhar poder de aceleração, ultrapassou por larga margem os limites do que parecia possível para si.
Quatro décadas depois de nascer com a versão aportuguesada de Ronald Reagan, o madeirense foi à Casa Branca. Sentou-se na Sala Oval, algo que os seus pais jamais imaginariam que Cristiano Ronaldo faria.
É uma história bonita. Mas reduzir a ida de Cristiano Ronaldo, a meio da expedição saudita a Washington, ao conto do rapaz do Atlântico que chegou ao topo do mundo é como limitar “Os Lusíadas” a uma obra sobre uma viagem épica, ignorando toda a sua complexidade, a crítica, as reflexões, a ganância e a corrupção, o luxo e a luxúria.
No mesmo sentido, falar de Cristiano como um mero presente levado por Mohammad bin Salman, espécie de elefante que se oferece ao Papa, é ignorar que, neste caso, a oferenda é um ser humano, tem poder de escolha e não foi propriamente raptado. E, bem, há aquela lenda dos elefantes e dos cemitérios, ao passo que, no caso do português que foi a Washington, ficámos recentemente a saber que um cemitério é uma zona de ida proibida.
Há algum tempo que Ronaldo, outrora uma espécie de monge isolado do mundo, obcecado com a dieta, o sono e a recuperação, ganhou uma outra dimensão. Mais presente nos corredores do poder, com gestos não inocentes para com certos líderes, mostrando interesse em ir a determinados locais.
Há muitos desportistas pagos a peso de ouro por MBS. Nenhum tem revelado a proximidade que Cristiano evidencia com o poder saudita. Há muitos desportistas que visitam Trump. Poucos expressaram tão convictamente a vontade de ir conhecer o inquilino da Casa Branca. Onde é que tudo isto nos levará?
Cristiano Ronaldo tem 40 anos. Não é novo para o futebol, mas é novo para a vida. Tem muitas décadas pela frente. Possui dinheiro e influência para ser, basicamente, o que quiser. Já construiu um império empresarial, está a erguer uma forte estrutura de comunicação social.
Tem acesso fácil ao hard power global. Chega a MBS e Trump. Tem uma legião de fãs tão devotos que justificam que o capitão da seleção nacional não vá a um funeral de um companheiro de equipa. Lembram-se daquela frase de Trump, que dizia que podia balear alguém na Quinta Avenida e não perderia votos? É a mesma ideia.
O poder de Ronaldo chega ao ponto de operar verdadeiros milagres da tolerância. Veja-se a conta no X de Pedro Frazão, deputado do Chega. Entre publicações que descrevem o Islão como “a religião da violência” ou que apontam à “submissão cultural”, o parlamentar elogiou o embaixador saudita. É fascinante como Cristiano tem a capacidade de levar os maiores islamofóbicos a não ficarem incomodados com o uso do capitão da seleção nacional por parte de uma ditadura árabe. A “invasão” não se aplica quando um português vai a Washington acompanhado por muçulmanos sunitas.
O que fará o madeirense com esta combinação? Poder, dinheiro, seguidores acríticos, poder, fama, amigos nos lugares certos, controlo de órgãos de comunicação social, poder. Familiar?
A semana passada abriu o Mundial MAGA. Será Trump, Trump, Trump, muito Trump, muito Trump com Infantino. Trump com Ronaldo, com a ajuda da IA (se certos jogadores não marcarem no Mundial, não há problema, faz-se uns vídeos com IA e ninguém nota), Trump com Infantino.
Trump com MBS. Bin Salman tornou-se uma das pessoas mais importantes do futebol mundial, investidor no Mundial de Clubes, anfitrião do Mundial 2034, num jogo em que Portugal, com o esquema de 2030, também participou.
Venda armas. Negócios no imobiliário. Geopolítica. E Ronaldo. Onde entra Cristiano entre isto tudo? Ele tem todas as condições para não sair das nossas vidas durante décadas. O que quererá fazer? Os salões do poder podem ser muito sedutores. Os corredores da Casa Branca terão feito despertar vontades que já vinham surgindo?
O futuro próximo será a perseguir o golo 1.000. Virá o Mundial 2026, o regresso triunfal de Ronaldo aos EUA, o mercado onde sempre se achou que ele tão bem encaixaria, mas de onde se afastou. E depois? E quando Cristiano decidir que já chega de jogar, que já não lhe apetece marcar golos a quem ninguém presta muita atenção pelo Al-Nassr e ser sempre titular pela seleção? Talvez nem o madeirense saiba, mas há um universo de opções. Não passaria pela cabeça de José Dinis e Dolores que Cristiano, Ronaldo por causa de Reagan, fosse ter esta vida.

O que se passou
Na Taça que nem sempre é festa, o Benfica bateu o Atlético no Restelo. Também Sporting e FC Porto cumpriram. Lusitano, Caldas, Fafe e Vila Meã foram heróis e estarão no sorteio de amanhã.
A qualificação para o Mundial trouxe dias épicos. Troy Parrott é o novo herói nacional da Irlanda, Scott McTominay é o líder de uma Escócia que regressa 28 anos depois com Diogo Jota no pensamento, Curaçau tornou-se o país mais pequeno de sempre a estar na maior competição. Veja aqui as 42 seleções já apuradas.
9 milímetros podem decidir o Mundial de Fórmula 1: Lando Norris e Oscar Piastri desclassificados do GP de Las Vegas.
Mais medalhas para Portugal nos Jogos Surdolímpicos: Margarida Silva conquista medalha de ouro nos 800 metros e prata nos 1500 metros, André Soares foi bronze na corrida por pontos.
Boris Becker relata em livro a experiência de oito meses em duas prisões do Reino Unido. “Não consegues dormir porque as pessoas magoam-se a si próprias, enlouquecem”, escreve o lendário tenista."

DAZN: La Liga - R13 - Golos

DAZN: Premier League - R12 - Golos...

SportTV: NBA - S04E06

Modernidade e bom senso


"1. De uma entrevista do presidente da APAF apenas fixei o título depois de uma consulta apressada às notícias do dia. “Os árbitros não querem guerras, querem paz.” Ora, aqui está uma declaração reveladora de um pensamento profundo subjacente à liderança dos árbitros portugueses da atualidade. Quantas reflexões, quantos projetos equacionados, quantas horas de trabalho, quantas estratégias pensadas, quantas horas sem dormir até poder chegar a este passo sensacional. Os árbitros não querem guerras. Querem paz.

2. Não menosprezem, porque, podendo parecer uma banalidade este pensamento, uma coisa inócua este pressuposto, não é de todo. Digno de condenação seria o presidente da APAF se tivesse produzido um pensamento contrário ao que elaborou publicamente em boa hora.

3. Imagine-se que José Borges tinha dito que os árbitros não querem paz, querem guerras… Isto, sim, seria absolutamente horrível. Um atentado à classe. Aliás, um atentado a todas as classes. Felizmente que os nossos dirigentes da arbitragem primam pela modernidade e pelo bom senso, embora haja exceções.

4. Por exemplo, Duarte Gomes é um defensor da modernidade na arbitragem mesmo que a modernidade ofenda o bom senso. Tomemos por exemplo a sua opinião sobre o lance que redundou na grande penalidade que permitiria ao Casa Pia reduzir a desvantagem no jogo da Luz. “O lance de António Silva não é penálti, mas o VAR fez bem em não intervir”, disse Duarte Gomes. Como?

5. Para todos aqueles que receiam não ter lido bem a declaração do diretor técnico nacional de arbitragem, vamos repetir o que disse Duarte Gomes sobre o lance que originou um castigo máximo e um golo contra o Benfica: “O lance de António Silva não é penálti, mas o VAR fez bem em não intervir.” Não vale a pena reler a frase mais uma ou duas ou três vezes, porque o que lá está é mesmo o que foi lido. O árbitro errou, e o VAR, cheio de bom senso, não tugiu nem mugiu, que é para isso mesmo que lá está.

6. A seleção nacional estreou uma camisola inspirada em Eusébio e deu 9-1 à Arménia qualificando-se para a fase final do Mundial de 2026. Quatro golos foram made in Benfica, 3 de João Neves e 1 de Gonçalo Ramos. A camisola negra é muito bonita. Talvez a mais bonita das camisolas com que a seleção se tem apresentado nos últimos anos.

7. Cumprida a pausa da seleção, voltam as obrigações do Benfica. Há jogo em Amesterdão na próxima terça-feira para a Liga dos Campeões e, depois, há jogo na Madeira no sábado que vem para o Campeonato Nacional. Muito do que o Benfica fizer ou não fizer até ao final do ano de 2025, nacional e internacionalmente, definirá o Benfica de 2026."

Leonor Pinhão, in O Benfica

O líder do sacrifício


"MESMO COM UMA LESÃO GRAVÍSSIMA, SIMÕES QUIS CONTINUAR EM CAMPO EM PROL DA EQUIPA.

Como podemos medir o “amor à camisola”? Na atualidade, o desporto é encarado como uma indústria que gera muitas receitas, o rendimento dos jogadores é avaliado ao pormenor para que se possa usufruir tanto desportiva como economicamente. O clube vendedor quer maximizar estas duas vertentes, enquanto o comprador tenta antecipar o auge do atleta para que possa beneficiar da sua ascensão, garantindo-o a um preço mais reduzido. Com o tempo contra si, os jogadores são obrigados a gerir escrupulosamente as suas curtas carreiras para assegurar o seu futuro após “pendurarem as botas”.
Alguns adeptos também se tornaram mais exigentes, interpretando os sacrifícios no campo como atos de profissionalismo. Apesar de a perceção sobre os jogadores ter sido alterada, a garra, a ambição e a resiliência mantêm-se como valores defendidos e partilhados pelos grandes jogadores.
António Simões foi um desses casos. Mesmo com a qualidade técnica de um predestinado, lutava por cada lance com uma garra que motivava companheiros e adeptos. Na época de 1959/60, ingressou nos juniores do Benfica e, após duas épocas, foi promovido à equipa de honra. Ao longo de uma década, destacou-se pela verticalidade que imprimia no flanco, sendo uma peça importante de uma equipa que encantou a Europa e conquistou vários títulos.
A temporada 1967/68 iniciou- -se sem que se introduzissem substituições. O International Board tinha proposto duas substituições por jogo em fevereiro de 1967, mas o critério ficou a cargo das federações, que não aderiram. Na 1.ª jornada do Campeonato Nacional, o Benfica recebeu o Vitória SC, numa partida marcada por entradas duras desde os primeiros minutos. A permissividade do árbitro fez com que o jogo se tornasse mais quezilento, e, aos 20 minutos, Simões foi uma das vítimas desse estado. Obrigado a sair duas vezes para ser assistido, acabou por voltar ao campo para que a equipa não jogasse reduzida.
“Mesmo lesionado, foi sempre esclarecido e útil em todas as suas intervenções.” Condicionado, alterou a sua forma de jogar, com “toque de primeira, faltaram as fintas e os dribles que partem os rins ao defesa, as corridas e os centros que criam as abertas para Torres e Eusébio”.
Na 2.ª parte, o Benfica deu a volta e chegou à vitória nos últimos minutos. No final do jogo, depois mais de uma hora a jogar com uma rotura do ligamento lateral interno do joelho esquerdo, Simões foi levado ao colo pelos companheiros, numa demonstração de gratidão pelo seu sacrifício.
Existe “amor à camisola”? Os sacrifícios, o sangue e o suor deixados em campo, independentemente do rumo que a carreira tome, são uma manifestação de amor. Mas nem todos o podem entender, pois é impossível medir o amor sem se amar!
Saiba mais sobre a carreira deste fenomenal jogador na área 23 – Inesquecíveis, do Museu Benfica – Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Manto Verde


"Há uns anos, quando o VAR foi implementado no futebol, diziam-nos que a polémica em torno das arbitragens iria dissipar-se e que a verdade desportiva seria sempre salvaguardada.
Vemos agora que nenhuma das profecias se tornou realidade. Pelo contrário, o que sucede é que erros outrora compreensíveis, pela velocidade do jogo e pela necessidade de decidir no momento, deixaram de ter qualquer justificação.
Vejamos o caso paradigmático da final do Jamor. Sem VAR, até poderíamos aceitar que uma bárbara agressão tivesse passado despercebida ao árbitro de campo, eventualmente com o ângulo de visão obstruído por outros jogadores. Mas com o lance a ser visto e revisto por alguém refastelado numa boa cadeira, com vários ecrãs de televisão diante do nariz, ninguém compreende aquilo a que eu tenho dificuldade em chamar um “erro”.
Também na temporada passada houve uma grande penalidade inexistente no Benfica-Arouca, que então o VAR (e bem) invalidou, mas que António Nobre, sabe-se lá porquê, insistiu em assinalar. O resultado desse jogo acabou por ser determinante nas contas finais do título. Na última jornada deste Campeonato voltámos a ver “erros” grosseiros condicionarem resultados. Ora por omissão do VAR, no Benfica-Casa Pia, ora por falta de vista de um fiscal-de-linha no Santa Clara-Sporting.
O pior de tudo isto é que, em lances distintos, em momentos distintos, com intérpretes distintos, identificamos um único padrão: o Benfica prejudicado e o Sporting beneficiado.
Diz Frederico Varandas que houve demasiado barulho por um pontapé de canto. Não foi um pontapé de canto – foram um Campeonato e uma Taça subvertidos, foi uma classificação adulterada.
Tivemos disto, durante décadas, com outras cores. Temo estarmos perante um novo “Apito Dourado”, agora vestido de verde e branco."

Luís Fialho, in O Benfica

Envelhecer bem!


"Envelhecer bem é a única estratégia possível para viver com qualidade a idade sénior da vida humana, que é curta, como, infelizmente, todos muito bem sabemos. Há uma idade para tudo, mas não há, seguramente, uma idade para parar. Quando isso acontece, é porque a desistência está a ganhar terreno sobre a resiliência individual e tem invariavelmente por trás estilos de vida pouco ou nada saudáveis, fenómenos de isolamento, desativação profissional e adiamento social que resultam numa diminuição de nós próprios que nem todos conseguimos contrariar. Daí ao agravamento do estado geral de saúde e às consequências, por vezes graves, é um pequeno passo, mas pode ser evitado, com atitude, convivendo mais e praticando algum tipo de atividade física, da simples caminhada à animação desportiva ou à prática de uma modalidade adequada como, por exemplo, o walking football, que hoje já se joga generalizadamente no nosso país.
É assim em Portugal e é assim também em todas as latitudes, porque a condição humana é universal, por isso celebramos e apoiamos o trabalho das instituições sociais que em Cabo Verde desenvolvem atividades de prevenção em saúde e envelhecimento ativo recorrendo à animação desportiva. Por isso, também, foi muito bem empregado o apoio dado à Fundação Dretu, personificada pela primeira-dama da República de Cabo Verde, para fazer chegar às organizações locais da cidade da Praia o material desportivo que lhes permite alargar e aprofundar o seu valioso trabalho. E quando esse material tem o símbolo universal do Benfica, fala direto ao coração dos cabo-verdianos e atinge uma enorme popularidade!"

Jorge Miranda, in O Benfica