"Há uns anos, quando o VAR
foi implementado no futebol,
diziam-nos que a polémica em
torno das arbitragens iria dissipar-se e que a verdade desportiva seria sempre salvaguardada.
Vemos agora que nenhuma das
profecias se tornou realidade.
Pelo contrário, o que sucede
é que erros outrora compreensíveis, pela velocidade do jogo
e pela necessidade de decidir no
momento, deixaram de ter qualquer justificação.
Vejamos o caso paradigmático
da final do Jamor. Sem VAR, até
poderíamos aceitar que uma
bárbara agressão tivesse passado despercebida ao árbitro
de campo, eventualmente com
o ângulo de visão obstruído por
outros jogadores. Mas com
o lance a ser visto e revisto por
alguém refastelado numa boa
cadeira, com vários ecrãs de
televisão diante do nariz, ninguém compreende aquilo a que
eu tenho dificuldade em chamar
um “erro”.
Também na temporada passada
houve uma grande penalidade
inexistente no Benfica-Arouca,
que então o VAR (e bem) invalidou, mas que António Nobre,
sabe-se lá porquê, insistiu em
assinalar. O resultado desse
jogo acabou por ser determinante nas contas finais do título.
Na última jornada deste Campeonato voltámos a ver “erros”
grosseiros condicionarem resultados. Ora por omissão do
VAR, no Benfica-Casa Pia, ora
por falta de vista de um fiscal-de-linha no Santa Clara-Sporting.
O pior de tudo isto é que, em
lances distintos, em momentos
distintos, com intérpretes distintos, identificamos um único
padrão: o Benfica prejudicado e
o Sporting beneficiado.
Diz Frederico Varandas que
houve demasiado barulho por
um pontapé de canto. Não foi
um pontapé de canto – foram
um Campeonato e uma Taça
subvertidos, foi uma classificação adulterada.
Tivemos disto, durante décadas,
com outras cores. Temo estarmos perante um novo “Apito
Dourado”, agora vestido de
verde e branco."
Luís Fialho, in O Benfica

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