"1. De uma entrevista do presidente da APAF apenas
fixei o título depois de uma consulta apressada às
notícias do dia. “Os árbitros não querem guerras,
querem paz.” Ora, aqui está uma declaração reveladora de um pensamento profundo subjacente
à liderança dos árbitros portugueses da atualidade. Quantas reflexões, quantos projetos equacionados, quantas horas de trabalho, quantas estratégias pensadas, quantas horas sem dormir até
poder chegar a este passo sensacional. Os árbitros
não querem guerras. Querem paz.
2. Não menosprezem, porque, podendo parecer uma
banalidade este pensamento, uma coisa inócua
este pressuposto, não é de todo. Digno de condenação seria o presidente da APAF se tivesse produzido um pensamento contrário ao que elaborou
publicamente em boa hora.
3. Imagine-se que José Borges tinha dito que os árbitros não querem paz, querem guerras… Isto, sim,
seria absolutamente horrível. Um atentado à classe. Aliás, um atentado a todas as classes. Felizmente que os nossos dirigentes da arbitragem primam pela modernidade e pelo bom senso, embora
haja exceções.
4. Por exemplo, Duarte Gomes é um defensor da
modernidade na arbitragem mesmo que a modernidade ofenda o bom senso. Tomemos por exemplo a sua opinião sobre o lance que redundou na
grande penalidade que permitiria ao Casa Pia
reduzir a desvantagem no jogo da Luz. “O lance de
António Silva não é penálti, mas o VAR fez bem em
não intervir”, disse Duarte Gomes. Como?
5. Para todos aqueles que receiam não ter lido bem a
declaração do diretor técnico nacional de arbitragem, vamos repetir o que disse Duarte Gomes
sobre o lance que originou um castigo máximo e
um golo contra o Benfica: “O lance de António Silva
não é penálti, mas o VAR fez bem em não intervir.”
Não vale a pena reler a frase mais uma ou duas ou
três vezes, porque o que lá está é mesmo o que foi
lido. O árbitro errou, e o VAR, cheio de bom senso,
não tugiu nem mugiu, que é para isso mesmo que
lá está.
6. A seleção nacional estreou uma camisola inspirada
em Eusébio e deu 9-1 à Arménia qualificando-se
para a fase final do Mundial de 2026. Quatro golos
foram made in Benfica, 3 de João Neves e 1 de Gonçalo Ramos. A camisola negra é muito bonita. Talvez a mais bonita das camisolas com que a seleção
se tem apresentado nos últimos anos.
7. Cumprida a pausa da seleção, voltam as obrigações do Benfica. Há jogo em Amesterdão na próxima terça-feira para a Liga dos Campeões e, depois,
há jogo na Madeira no sábado que vem para o Campeonato Nacional. Muito do que o Benfica fizer ou
não fizer até ao final do ano de 2025, nacional e
internacionalmente, definirá o Benfica de 2026."
Leonor Pinhão, in O Benfica

Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!