Últimas indefectivações

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

'Jingle Bells'

"1. Já comprei todas as prendas de Natal. Ao Benfica vou oferecer a última versão do 'Outlook Express'; ao FC Porto um livro sobre mil e uma maneiras de cozinhar polvo, com receitas recentes mas também outras mais antigas que não devem ser esquecidas; ao Sporting um 'kit Facebook' autografado por Mark Zukerberg, com t-shirts, canetas, porta-chaves e pins; à FPF um megafone para ver se alguém ouve Fernando Gomes; à Liga de Clubes bilhetes para o museu Madame Tussauds, para verem as figuras de cera que têm sido; à APAF uma pasta em pele com os formulários para o pré-aviso de greve (com talão de troca).
2. Se Floyd Mayweather adoptou um tigre e um panda gigante, o Sporting também pode adoptar quatro títulos nacionais. Parece-me é que o caminho para lá chegar pode ser mais complexo do que tem sido o percurso da equipa na Taça de Portugal esta época. Primeiro porque o Sporting não tem razão, segundo porque estas coisas não funcionam à lei da birra. Era o que faltava. Mas claro, à boa maneira portuguesa, os outros clubes interessados logo se aproveitaram e na última semana apareceram campeões nacionais como se fossem cogumelos.
3. Ou muito me engano ou Vítor Pereira vai suceder a André Villas Boas no Rali Dakar 2019.
4. Estou ansioso por ver o novo filme da saga 'Star Wars', 'Os Últimos Jedi'. Adoro ficção cientifica. Já me contaram que a dada altura o Gil Vicente aparece na I Divisão de Portugal.
5. Aquela foto publicada por Alan Ruiz, no seu Ferrari vermelho, terá tido em Bruno de Carvalho o mesmo impacto que um bife da vazia num vegetariano.
6. Keaton Parks já é o melhor norte-americano da história do Benfica. Só pelo simples facto de ainda não ter tentado marcar um golo de pontapé de bicicleta do meio-campo, como Freddy Adu.
7. Comparar Renato Gaúcho com Cristiano Ronaldo é como comparar a disciplina de educação moral e religiosa do ensino básico com o curso de teologia. O peixe morreu pela boca."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Rajada de G15 para novas ideias

"O movimento de clubes G15 continua a fazer o seu caminho, apresenta já um conjunto de oito propostas de praticabilidade imediata e pretende que a Liga se reúna em AG até ao final do ano para debater o futuro do futebol profissional em Portugal. Estamos a assistir a um novo paradigma na relação entre clubes, no nosso país. Até agora, por via de uma maior preparação, de um contacto constante com novas realidades e de uma capacidade financeira que permitiu cavalgar a inovação, Benfica, FC Porto e Sporting assumiram-se como locomotivas do desenvolvimento do desporto nacional. Hoje, a modernidade encontra-se no conjunto de propostas dos G15, cuja natureza urbana aponta a via do progresso neste tipo de negócio.
Tempos houve em que, perante guerras de Alecrim e Manjerona entre os grandes, os restantes clubes alinharam-se com cada um deles, combatendo na mesma trincheira. Hoje, quiça pela dimensão do dislate, os clubes que integram o G15 optaram por uma via alternativa, fugindo ao jugo das superpotências. Oxalá mantenham os propósitos e não lhes falte a coragem, porque estão a fazer um favor inestimável ao futebol profissional e a uma indústria que não pode querer evoluir mantendo práticas do tempo das cavernas.
Por isso, as, as oito propostas do G15 são bem-vindas - do pacto de conduto ao novo quadro punitivo para dirigentes, do regime de cedências ao fim dos sorteios condicionados, sem esquecer a uniformização no VAR - e a estas poderia ainda acrescentar-se a centralização dos direitos televisivos, aproximando proventos e aumentando a qualidade da competição."

José Manuel Delgado, in A Bola

Lanças... o cumulo da falta de vergonha!!!

Na Luz volta a acreditar-se

"Para Sérgio Conceição a questão básica centra-se menos nas tácticas e mais nas dinâmicas, por isso o FC Porto é o que joga melhor.

Marcar cinco golos num jogo de campeonato, ainda por cima justificados por reluzente exibição, como há muito não se via a águia produzir, constitui feito digno de nota, seja qual for a envergadura do oponente.
Em concreto, o Benfica entusiasmou em Tondela, pelo facto de, depois de ter sido eliminado da Taça de Portugal pelo Rio Ave, não se esperar que fosse capaz de desempenho de tanta competência, igualmente eficaz e convicente.
Eficaz, porque expressou em mão-cheia de golos inequívoca supremacia que nenhum deslize do árbitro, apenas detectado por telescópio escrutínio, consegue embaciar.
Convincente, pelo que perspectiva e na medida em que não poderia ter surgido em melhor altura, contribuindo para que a família encarnada viva a quadra natalícia mais animada.

Se o derby que vai assinalar a entrada no Novo Ano era encarado por ela como jogo a ser riscado do calendário, de repente - eis o inigualável fascínio do futebol - transformou-se em irreprimível desejo. Se já o era para os sportinguistas, passou a sê-lo também para os benfiquistas, os quais atribuem à goleada de Tondela uma leitura que extravasa largamente os registos dos cinco golos.
Vários sinais puderam ser captados. Foi como se os jogadores tivessem dado um salto e transposto essa barreira invisível que os inibia, sabe-se lá por que motivo!... Finalmente, pularam para o lado de lá e libertaram-se das grilhetas que talvez não os deixassem espraiar as qualidades que os conduziram ao tetra... a caminho do penta. Qualquer coisa que não se explica, mas que acontece, mais vezes do que se julga...
Valorizar pretensa exibição à campeão, quase perfeita, terá sido o único ponto em que Rui Vitória exagerou. Não adulterou a verdade, sim, mas manda a prudência sublinhar que foi alcançada diante de adversário de patamar inferior.
Aliás, dos cinco golos apontados ao Tondela, se fosse autorizada a transferência, a nação benfiquista dispensava de bom grado dois ou três para escapar à vergonha de ter o prestígio do emblema tão maltratado na Liga dos Campeões, em que ficou a zero em tudo, nas vitórias, nos empates e nos pontos.

A águia adquire outras rotinas em função de novo desenho táctico, mais equilibrado e que conforta os jogadores, aproximando-os e fazendo-os sentir com reforçada intensidade os princípios do jogo: velocidade, criatividade, capacidade de execução quando se tem bola e reacção firme e agressiva quando se a perde, predisposição para estar permanentemente em jogo e bloquear o jogo do opositor.
Foi o que o Benfica fez. Tal como todos gostam de ter bola, de correr com ela, igualmente têm de ser todos a correr atrás dela para recuperá-la. Julgo que já tinha dado para perceber a sua simpatia, sobretudo na zona de meio-campo, em que os adversários circulavam à vontade sem que alguém assumisse a coragem de meter o pé, de ir à luta, de impor o físico ou de se sacrificar pelo grupo, como fazia Renato Sanches.
Na atitude observou-se a mais profunda das mudanças, com vantagens irrecusáveis, de aí ter sempre considerado uma falácia a desculpa para não se mexer naquilo que precisava de ser alterado: a inadaptação de Jonas ou a sua dificuldade em render sem apoio na frente quando se sabe que os bons nunca são embaraço.

Como muito acertadamente defende Sérgio Conceição, a questão básica centra-se menos nas tácticas e mais nas dinâmicas, por isso o FC Porto é o que pratica o futebol mais apelativo. Espelha estabilidade e compromisso em que os seus jogadores não só se sentem obrigados a trabalhar para a causa comum como o fazem com total e sincera disponibilidade.
É minha opinião e creio que ficou demonstrado nos dois clássicos já realizados, em Alvalade, com o Sporting, e no Dragão, com o Benfica, apesar de ambos terem acabado empatados.

Rui Vitória tem um discurso invariavelmente tépido, mas, desta vez, foi o autor de uma frase que deve reter-se. Afirmou ele: «Contem mesmo connosco!» Tal como as pessoas simples, libertou o que lhe ia na alma e agradou a quem o ouviu: mais vale acreditar nas conquistas futuras do que continuar a chorar as derrotas passadas.
É a vida e na Luz volta e acreditar-se, quando no mesmo dia, em contraposição, o treinador do rival Sporting, na sequência de um triunfo muito agradável, além de deselegantes alfinetadas com destinatário, espantou ao reclamar mais duas ou três contratações no mercado de Janeiro, mesmo dispondo de vasto plantel e que para mim é o mais valioso na relação quantidade/qualidade.
Jorge Jesus foi, aliás, suficientemente claro na advertência pública ao seu presidente: se não houver prendas no sapatinho, há objectivos que têm de ficar para trás. O que permite deduzir que nem ele esperava que, na viragem de ano, a sua equipa estivesse a competir em todas a frentes."

Fernando Guerra, in A Bola

Havia necessidade?

"A verdade? A verdade é que foi tudo precipitado, mal preparado e mal anunciado.

cerca de 20 dias, os árbitros fizeram saber que avançariam com pedido de dispensa caso o ambiente se mantivesse crispado e as suas solicitações não fossem cumpridas na integra. Os jogos a que se referiam decorreram normalmente, sem falhas nem ausências. Foram boas notícias para o futebol e excelentes notícias para a arbitragem, que desta forma reconheceu (tacticamente) que foram preenchidas todos os pressupostos das suas pretensões. Por uma questão de coerência, era inevitável regressar a este assunto. O grande problema subjacente a isto chama-se compromisso com a palavra. A arbitragem sabe que nunca deve pôr-se jeito. E neste processo, os árbitros puseram-se a jeito, porque não agiram com serenidade, com ponderação e de forma estratégica. Foram impulsivos, reactivos e emotivos. E a este nível, isso é quase sempre fatal.
Para quem não se recorda, tudo começou há umas semanas, quando os juízes anunciaram que iriam parar por estarem fartos do clima que se vivia no futebol profissional. Fizeram aí o compromisso número um. Percebeu-se que o limite tinha sido atingido, mas não se percebeu bem a forma como as coisas iriam processar-se: uma paragem aqui, outra paragem ali, com jogos pelo meio. Apesar de bem intencionados, a acção foi extemporânea. E a prova é que tudo ruiu pouco depois, perante compromissos de boa-fé assumidos pelo presidente da Liga. Na altura, os árbitros recuaram, mas logo avisaram que se as coisas se mantivessem daquele modo, a greve seria inevitável. Esse foi o seu compromisso número dois.
O estado das coisas não se manteve. Por ironia do destino, foi precisamente nessas semanas que os decibéis atingiram registos históricos. O ruído, as acusações e as atitudes agravaram-se. Reféns, de novo, das suas palavras, os árbitros não renovaram a tolerância. E quando anunciaram a paragem (através de pedido formal de dispensa), toda a gente compreendeu. Até os mais cépticos perceberam que a paragem seria, naquela fase, a melhor mensagem que passariam ao futebol.
Os árbitros tinham ali oportunidade de ouro para tomar uma posição que, excepcionalmente, teria o reconhecimento de parte importante do mundo do futebol. O certo é que, depois de uma reunião que mantiveram em Fátima com o seu Conselho de Arbitragem, voltaram a recuar. Dessa opção, resultou novo adiamento (os tais 20 dias) da medida. Esse foi o compromisso número três.
Como se percebeu, passaram os tais vinte dias e não aconteceu nada. Nem uma explicação à não tomada de posição, nem uma justificação. Apenas o pedido para serem ouvidos pela Liga quanto ao caso dos e-mails. Porquê? Eles saberão. Ou não.
Como já referi, não me choca que entendem que o futebol português mudou e que esteja agora a respirar saúde e desportivismo, mas não concordo. É verdade que houve mais contenção, tal como é verdade que houve agressões a árbitros, twits a comentar arbitragens de jogos (e dos jogos dos outros), partilha de vídeos de árbitros agredidos e até e-mails anónimos enviados aos juízes, naquilo que parece ter sido um claro (e desesperado) incentivo à greve. Vá se lá saber.
A verdade? A verdade é que foi tudo precipitado, mal preparado, mal anunciado. Foi tudo feito com uma mão à frente a outra atrás. Que a rábula sirva de lição. Porque esses tiros nos pés também acertam em cheio nos pés também acertam em cheio nos pés de todos aqueles que, durante anos a fio, deram centenas e centenas de horas e quilómetros a lutar pela mesma causa."

Duarte Gomes, in A Bola

Pode bater, mas sem força

"A justiça deve ser cega e quem aplica as leis e regulamentos também. Quem não deve ser cego são os responsáveis pela elaboração desses regulamentos. No caso do futebol profissional português, são os próprios clubes, que os elaboram e votam nas Assembleias-Gerais da Liga. E, depois, acontecem coisas que espantam.
Um adepto entra em campo e agride um jogador e a pena para seu clube é uma multa de 2.869 euros. Tudo porque essa agressão não levou à interrupção ou ao atraso no reinício do jogo (e o mesmo podia dizer-se de um adepto que dá um 'calduço' a um assistente). No fundo, é um convite a que mais adeptos façam o mesmo - só têm de esperar que o jogo esteja parado e não bater com muita força, de forma a não causar lesão "de especial gravidade".
É mais um daqueles casos em que foi preciso ocorrer uma situação prática para se perceber como são bizarros alguns artigos dos regulamentos disciplinares que mandam no futebol em Portugal. Noutros países, vemos os próprios clubes a darem o primeiro passo no sentido de afastarem adeptos com comportamentos antidesportivos; aqui, há silêncio ou timidez na hora de condenar estes comportamentos. E, pior que isso, há regulamentos que permitem que se repitam.
O adepto que empurrou Pizzi está a braços com um processo-crime, numa prova de que a Justiça comum considerou grave aquilo que fez. Para a Liga, é a mesma coisa que um clube não utilizar na Taça CTT pelo menos dois jogadores formados localmente. A penalização é a igual."


PS: Aquilo que o colunista não diz é que o actual Regulamento Disciplinar é muito mais punitivo, exactamente após o tal adepto do calduço... e já agora, o autor do calduço, foi acusado, julgado, condenado e cumprir a pena...!!!

O Jardim da Celeste... e o futebol

"Nas memórias de infâncias, recordam-se crianças a cantar “Eu fui ao Jardim da Celeste…" que integrava parte das Músicas da Carochinha…
Entretanto o mundo avança, as brincadeiras modificam-se, evoluem e novas actividades e valores conquistam mais adeptos.
Casos como “Raríssimas”, desorganização de um Estado que teima em manter-se centralista, míope, anquilosado, sistematicamente com tragédias evitáveis ou mais controláveis, perpetuação de impunidades e de privilégios para lóbis, onde o poder lhes cai no regaço, por milagre de rosas ou de espinhos, são alguns aspectos dos dias de hoje.
Critica-se quem denuncia abusos para desviar atenções e manter a alienação e a fome de notícias, cada qual a mais escabrosa, a mais terrível e ofensiva à moral dita pública, onde os fundamentos nunca estão presentes.
O futebol é um exemplo paradigmático da nossa sociedade, onde as lágrimas e emoções são televisivas e a violência é em directo, escondendo realidades que deveriam provocar alterações e uma constante movimentação contra a corrupção e a indiferença.
Miséria há muita.
Ignorância serve-se a frio e a todos os momentos.
Injustiças são o pão de cada dia.
Organização, competência, verdade… Provavelmente só nas Músicas da Carochinha…
Ajustando progressos, temos um mundo virtual sem rugas nem fome, e um mundo real com miséria física e mental.
Uma novilíngua é constantemente aperfeiçoada para justificar, com resiliência, a vontade dos membros que dirigem a espiral kafkiana e que estão sempre prontos para esconder, mistificar, com estatísticas perfeitas, coloridas (mesmo que se perca o fio à meada). Contraditório, nunca!
São várias as faces desta portugalidade.
Algumas horrendas e perfeitamente anacrónicas, só mantidas à custa de privações tão fortes que tentam esconder o impossível real e dramático sempre com inúmeras e “criativas” decisões.
Défices, dívida pública, cativações, colocações de portugueses ilustres nos cargos máximos desta pequena galáxia terrena (ao serviço de DD- Donos Desconhecidos), permitem o jogo infantil do “faz de conta”… só as consequências é que se tornam um pouco mais complexas.
Sim, há serviços a que nem todos têm direito a um acesso com qualidade… Há sempre uns poucos que gastam tanto e não sobra nada…
A capacidade de planear está dependente ou da intenção de se apropriar de algo ou, como deveria ser, da intenção em servir o melhor possível a comunidade a que pertencemos.
Para não me alongar em imagens sem Photoshop do país que temos, novamente com o exemplo do futebol, vou tentar clarificar melhor a capacidade de previsão dos nossos decisores, eleitos!?
O Gil Vicente Futebol Clube, há mais de uma dezena de anos sofreu uma sanção desportiva, por uma questão de aludida incorrecção, na inscrição de um atleta.
A sanção foi a despromoção de divisão.
Já tivemos inúmeros casos destes ou parecidos (alguns mantendo juristas em lugares de destaque mesmo quando a justiça, passados anos, tenha desqualificado como ilegalidades, acções que deveriam no mínimo impor exclusão de funções, indemnizações elevadas e responsabilização adequada).
Infelizmente, são várias as situações e não temos a convicção de que tenham parado…
Voltando ao Gil Vicente (que penso terá ganho a questão também em instâncias internacionais), foi-lhe atribuído o direito a ingressar na principal Liga do Futebol Profissional Nacional.
Ainda recentemente se passou algo idêntico com o Boavista FC, finalmente repondo a justiça mas com um prejuízo avultadíssimo e irrecuperável, inclusive ao bom nome da instituição.
Como não jurista decidi analisar esta situação em termos de capacidade de gestão e de planeamento das instituições que têm a função de proceder à reintegração do clube na Liga I.
Como o clube só poderá ser reintegrado em 2019-2020 (a nós leigos custa-nos entender estes prazos para se cumprir a justiça e logo em instituições que, muitas vezes, tentam ser mais papistas do que o Papa dando ideia de um afã de justicialismo exemplar, logo uma contradição concetual), ficamos a saber por notícia de jornal que um parecer do TAD alude a que “por força de decisão judicial”(questão de prazos após a sentença) o clube só deverá ser integrado nessa Liga na “época desportiva seguinte à que se encontra em curso aquando do trânsito em julgado da sentença judicial”…(in JN/15.12.2017, pág. 26). Assim cumpre-se também o Regulamento das Competições da LPFP.
Regulamento que pode ser alterado nos locais e momentos certos.
Mas o que verdadeiramente me espanta, é que as instituições que tutelam o futebol possam colocar a questão nestes termos:
- O clube entra em 2019-2020 e, na próxima época, seja no CNS, se descer de divisão este ano, ou se subir este ano à Liga I, porém os seus jogos nessa época de transição (2018-2019) não contam para efeitos de classificação!
Muito difícil de compreender como conciliar verdade e ética desportiva com tal sugestão… A não ser numa eventual estratégia de confronto e de luta pelo poder entre instituições, o que seria ainda mais ridículo.
A dificuldade de planear muitas vezes faz com que aparentes decisões excelentes resultem em desastres de consequências imprevisíveis.
Não bastam boas vontades.
É urgente reflectir que qualquer alteração num projecto, num plano, num regulamento, só pode ser equacionada num exaustivo quadro de implicações decorrentes dessa medida, pois pode colocar em causa a coerência estrutural.
Como não tem sido seguido esse cuidado e, periodicamente, sucedem-se casos, coloco as seguintes questões:
- Se os jogos do Gil Vicente não contarem para efeitos classificativos não poderão surgir suspeições graves de viciação de resultados, de diversas influências nos jogos para com adversários, desmotivação competitiva generalizada, má imagem da competição, inclusive castigos e ou lesões, ou até uma oportunidade unicamente fantástica para promoção e venda de jogadores para diversos mercados?
- Será que se vai criar grande margem de suspeitas sobre violação dos princípios basilares das competições?
Não acredito que vá acontecer, tanto mais que, na minha opinião, seria uma cabal evidência do total aprisionamento do futebol-jogo pelos interesses exclusivos do negócio.
Ouvi dizer que a nível de selecções já foi tentado esse sistema, contudo é totalmente diferente: nos casos em que os países organizadores estão dispensados de competir para apuramento, esses jogos são contabilizados como “particulares” e, por isso mesmo, idênticos aos que todos os países fazem para se preparem melhor para a fase final, sem efeitos nem riscos de subversão de competição.
Do futebol para o Serviço Nacional de Saúde, ou para a Educação, Segurança Social, ou outras áreas, o planeamento será sempre determinante, mas é preciso muita competência, muita investigação, muita sabedoria…
Canções da Carochinha não bastam para o Jardim da Celeste ficar saudável e harmonioso."

Alvorada... Peter War e a cura para o Alzheimer !!!

Benfiquismo (DCXCIII)

Tosco...!!!

105x68... actualidades

Benfica requereu à FPF relatórios dos incidentes no Dragão

"Invasão de campo e agressão de um adepto do FC Porto a Pizzi foram apenas punidas com multa pelo Conselho de Disciplina. Arremesso de objectos para dentro de campo no clássico também não foi sancionado.

O Benfica requereu à Federação Portuguesa de Futebol os relatórios da Polícia e dos delegados ao jogo FC Porto-Benfica da 13.ª jornada da Liga NOS do qual resultou apenas uma multa no valor de 2860 euros aos azuis e brancos (e não interdição do Estádio do Dragão) por invasão de campo de um adepto portista e consequente agressão ao jogador encarnado Pizzi.
O Sport Lisboa e Benfica requereu, igualmente, conhecimento do estado em que se encontra o processo disciplinar aberto a Luís Gonçalves, director-geral do FC Porto.
Ainda em relação ao que se passou no clássico, o Benfica não deixa de mostrar estranheza e perplexidade pelo facto de o arremesso de objectos para dentro de campo não ter sido sancionado quando foi visível, também pelas imagens da Sport TV, o lançamento de bolas de golfe na direcção do guarda-redes Bruno Varela e hastes de bandeiras para cima do banco de suplentes onde se encontravam jogadores e membros do staff técnico benfiquista.
Convém recordar que o arremesso de bolas de golfe é passível de processo disciplinar por colocar em causa a integridade física dos jogadores."

Alvorada... do João Paulo

Krovinovic benzeu o 4x3x3

"Mais do que deslindar se a goleada imposta ao desenxabido Tondela serviu mesmo para o Benfica exorcizar, de forma duradoura, as suas abentesmas, o jogo na Beira Alta certificou duas evidências: a equipa benfiquista está mais aglutinada, dinâmica e competente desde que mudou de sistema táctico, mas esse upgrade só se tornou verdadeiramente lucrativo quando Krovinovic entrou na equipa para ocupar um dos vértices mais subidos do triângulo no meio campo. Por falta de inscrição, o jovem (22 anos) croata não esteve disponível para a Champions (já estava recuperado da operação à hérnia inguinal, mas Rui Vitória optou por inscrever Svilar, por, naquela altura, não estar suficientemente esclarecida a gravidade da enésima lesão de Júlio César), o que levou a que as primeiras experiências com o novo figurino integrassem jogadores tão distintos como Felipe Augusto, Samaris e até João Carvalho como interiores, que só serviram para atestar que não existe uma maneira certa de fazer uma coisa errada. E o refinamento da aposta só verdadeiramente se iniciou quando Krovinovic se estabilizou como médio interior no importante triunfo em Guimarães, no início de Novembro. Daí para cá, na liga interna, o Benfica goleou o V. Setúbal (6-0), empatou a zero no Dragão, bateu o Estoril (3-1) e pulverizou o Tondela (5-1), o que não deixa de ser um saldo muito estimável. A verdade é que, quando a bola está nos pés do croata, o adepto pode desviar o olhar para a frente, para os que fazem as diagonais, tentando adivinhar a carambola. Krovinovic é dos que gostam e sabem cozinhar o jogo. É um amotinador nato e, com ele, o Benfica recuperou o toque, as combinações e a partitura, até porque ele faz parte do restrito grupo dos que conseguem transladar grande parte do jogo para a zona do campo onde actuam. Salvaguardando as devidas diferenças, descobre-se nele um poucochinho de Modric, o que não deixa de ser pertinente num médio que o Rio Ave vendeu por 3,5 milhões de euros. E os ganhos da sua presença não podem ser vistos apenas em função do que ele produz, porque praticamente todos os seus colegas de equipa beneficiam do seu futebol associativo. Foi também à custa disso, por exemplo, que Pizzi surgiu revigorado de Tondela e acabou como melhor em campo. Mas outros, como Jonas, Salvio e Cervi, também saem beneficiados – e Zivkovic e mesmo Rafa só não o estão a ser porque o seu imenso talento continua a ser desperdiçado de forma difícil de compreender. Vale a pena ainda acrescentar que Fejsa parece mais imperturbável e operativo desde que se assumiu como único pivot de cobertura, sendo mais um dos beneficiados com a mudança de sistema.
Hoje é impossível não dar agora razão a Rui Vitória quando ele diz que o Benfica, em Tondela, mostrou estar a melhorar os seus processos e aplicou quase tudo o que o 4x3x3 exige. Eu até diria mais: se tivesse jogado sempre assim, ninguém teria arriscado dizer (e eu fui um deles) que lhe faltava processo, qualidade de jogo e era demasiado dependente do individual. Claro que ainda está por esclarecer se a melhoria aconteceu apenas por o 4x3x3 permitir, logo à partida, uma ocupação mais racional do campo, ou se, por outro, a equipa beneficia de o técnico benfiquista ser mais hábil e experimentado a trabalhar este sistema do que o 4x4x2 clássico herdado. Mas aquele que perde é quem normalmente encontra novos caminhos e, hoje, o Benfica tem muito dos méritos reclamados pelo seu treinador: dinâmica, automatismos, capacidade de variar o centro de jogo e de encurtar os espaços, reacção à perda e presença na área (que ajudou aos elevados níveis de eficácia).
Mas Rui Vitória, empanturrado pela goleada em Tondela, não se conteve e chegou a falar em perfeição e exibição de gala. É legítima a sua vontade de criar uma onda positiva, mas tanta exaltação resultou hiperbólica se atendermos às fragilidades gritantes do Tondela de Pepa. Levando em conta a imensa qualidade do Rio Ave, até acabou por ser mais marcante o que o Benfica foi capaz de fazer em Vila do Conde nos primeiros 45 minutos. Acabou eliminado da Taça de Portugal, é certo, mas na primeira parte conseguiu reduzir o garboso adversário como ninguém o havia feito até agora. Mas esse jogo, tendo sido ingrato e desafortunado para o Benfica, também serviu para confirmar que Miguel Cardoso nunca abdica da sua ideia de jogo (e era muito tentador, naqueles instantes finais, lançar mais um central e/ou baixar as linhas quando o Benfica atacava a profundidade com um farto exército ofensivo). Ao invés, o Benfica pode queixar-se de o Rio Ave ter dado a volta à desvantagem sem ter feito o suficiente para o justificar, mas também terá de fazer mea-culpa por não ter acreditado e respeitado o seu novo ideário até ao fim. Rui Vitória não resistiu a fazer regressar o seu 4x4x2 cada vez mais cristalizado e a lesão de Luisão só serviu para acentuar um cataclismo que soou a castigo divino. Mais do que isso, deixou a dúvida se o técnico acredita mesmo no novo caminho ou se só o mudou por ter perdido azimute…

Cinco estrelas -- Madrid reinventa-se
O Real tem esta rara qualidade de se reinventar: mantém-se campeão do mundo e não perde uma final internacional desde 2000. Em 23 meses, Zidane ganhou 8 títulos (em 10 possíveis). E Modric consagrou-se e é o melhor centrocampista do planeta. Só falta pagar (mais) a Ronaldo.

Quatro estrelas -- Kaká, o craque rico
Kaká fugia ao estereótipo de craque pobre e leigo, mas marcou uma época, principalmente quando (2007) se tornou o melhor do planeta e venceu a Champions por um Milan que tinha Maldini, Pirlo, Seedorf e Ancelotti. Despediu-se dos relvados aos 35 anos.

Três estrelas -- G15 já rende
O cada vez mais G15 (V. Guimarães e Moreirense aderiram) já terá valido a pena se conseguir cumprir a promessa de conter a apenas um o número de jogadores que FC Porto, Sporting e Benfica podem ceder a cada primodivisionário, num máximo de seis.

Duas estrelas -- O chicote de Gattuso
Depois da contundente derrota ante o Verona, o Milan cancelou o tradicional jantar de Natal e vai manter-se em regime de concentração por tempo indeterminado, indícios de que o inenarrável Genaro Gattuso acredita poder resolver a crise com o chicote.
(...)"

Os velhos hábitos

"A semana que passou foi particularmente activa no que respeita ao Sindicato. Começámos na Madeira, onde nos reunimos com o plantel do União. Afectados pelo incumprimento salarial, aos jogadores esclarecemos quais os seus direitos e ficaram informados dos mecanismos de apoio, designadamente o fundo de garantia salarial. Aos jogadores que rescindiram, o clube, entretanto, pagou. Ainda bem, pena que só o tenha feito nestas circunstâncias.
No plano político, depois do Bloco de Esquerda e PSD, prosseguiram as audições com os grupos parlamentares dos Verdes, PCP e PS relativamente ao Fundo de Pensões. Reforçámos a importância da criação deste instrumento de poupança e protecção dos jogadores em final de carreira, doença, lesão incapacitante ou desemprego de longa duração. A recepção não podia ser mais positiva.
Seguiu-se a segunda reunião com o SC Freamunde. O Sindicato entregou aos jogadores o valor atribuído pelo fundo de garantia salarial, exigiu respeito e dignidade por parte da direcção do clube e apoiou os jogadores na decisão de realizar o jogo do último fim de semana. Ainda, num gesto de solidariedade, entregámos um cheque de 750 euros, à D. Aurora, que há 46 anos, igualmente, sem receber o seu salário, se dedica ao SC Freamunde e aos seus jogadores.
Finalmente, participámos na conferência ‘Match Fixing - Manipulação de resultados desportivos’, organizada pelo Panathlon Clube de Lisboa. Na presença de especialistas na matéria, o Sindicato assumiu o seu papel, apelou a uma Cidadania Desportiva Activa e deu a conhecer os objectivos do projecto ‘Deixa-te de Joguinhos’. Clubes em ‘asfixia’ financeira e jogadores com salários em atraso são um alvo fácil, temos urgentemente de erradicar os velhos hábitos."

A caminho dos Oitavos...

Holding Graz 0 - 3 Benfica
13-25, 16-25, 18-25

Vitória esperada na Áustria... com a 'rotação' máxima.
Nos Oitavos de final vamos encontrar muito provavelmente o Steaua de Bucareste! Recordo que na eliminatória anterior também jogámos na Roménia!