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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Os duros «rapazes dos colchões»


"Benfica e Atlético de Madrid são velhos conhecidos: o primeiro jogo entre ambos data de 1919! É obra! Muitos outros, no entanto, ficaram para a história dos dois clubes. Como os dois disputados em 1965, em Caracas, na Venezuela...

Recordar encontros entre o Benfica e o Atlético de Madrid seria fácil. Demasiado fácil. Verdade, porém, que nenhum mais importante do que estes dois vindouros que contarão para a Liga dos Campeões. É assim mesmo a história do futebol: longa e plena de reencontros.
Se o meu estimadíssmo leitor não sabe, deixo-lhe aqui a informação que o primeiro jogo a opor 'águias' e 'colchoneros' data, veja bem, de 5 de Outubro de 1919. Ou seja, não tardará a cumprir 100 anos... É obra! Realizou-se em Madrid, durante uma digressão dos encarnados que venceram por 2-1. Supimpa!
A partir daí, houve muitos e saudáveis frente a frente, com vitórias de ambos os lados, sempre em jogos particulares ou fazendo parte de torneios de prestígio para os quais Benfica e Atlético foram convidados. nos próximos artigos, recordarei alguns, escolhidos a dedo.
O Club Atlético de Madrid é bem antigo, foi fundado em 1903, é ligeiramente mais velho do que o Benfica, e surgiu originalmente como Athletic Club de Madrid, com o Athletic grafado igual ao de Bilbau já que foram estudantes bascos que estiveram na sua origem. Eis porque os equipamentos e emblemas também são parecidos. E nasceu com bases populares, bem diferente do vizinho elitista Real.
As famosas camisolas às risquinhas não tardaram a valer-lhe a alcunha: pareciam-se com o forro dos colchões de palha - e daí 'colchoneros'.
Depois da Guerra Civil Espanhola, Franco, o caudilho, proibiu tiques estrangeirados no castelhano: o Athletic passou a Atlético. Com a fusão com o Aviación Nacional, de Saragoça, foi Atlético Aviación de Madrid até 1947. Caiu então a ligação à força área e a nomenclatura passou a ser a que ainda hoje em dia existe.
1947: fixemo-nos neste ano, para já. E porquê? Para assinalar que, entretanto, o Benfica e Atlético de Madrid continuaram a cruzar os seus caminhos.
Em 1924, por exemplo, os madrilenos vieram a Lisboa no mês de Março: dois jogos e duas vitórias para o Atlético (2-1 e 2-0).
Dez anos mais tarde, nova visita: no dia 1 de Abril um emocionante 4-4.
Em seguida saltamos para 1965. E para a pequena Taça do Mundo!

Caracas, Venezuela, Julho
Torneio de Caracas, também conhecido por Pequena Taça do Mundo.
Um dos mais famosos torneios internacionais do seu tempo, sobretudo por aglomerar equipas de diversos continentes. Damián Gaubeka, empresário basco que reside em Caracas, foi o ideólogo da prova que ganhou, nas suas primeiras edições, o nome do presidente venezuelano Marcos Pérez Jiménez. A Federação Venezuelana era responsável pela organização e, sob a regra de só se aceitarem clubes que tivesse ficado nos primeiros quatro lugares dos seus campeonatos, os jogos eram dirigidos por árbitros FIFA. Um luxo!
Duas fases marcaram o torneio: de 1952 a 1957 e de 1963 a 1975.
O Benfica esteve presente por duas vezes - em 1955, com o São Paulo (Brasil), Valência (Espanha) e La Salle (Venezuela), e em 1965, que nos interessa mais para o caso. E era aqui que eu queria chegar. Porque no dia 11 de Julho de 1965, Atlético de Madrid e Benfica defrontaram-se perante mais de 40 mil espectadores.
Entraram em campo com arbitragem do chileno Ifafia:
BENFICA - Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Eusébio, Torres e Yaúca.
ATLÉTICO DE MADRID - Madinabeytia; Rivilla, Griffa, Calleja e Ruiz Sosa; Glaria e Ufarte; Luís, Mendonça, Adelardo e Cardona.
Logo aos 4 minutos, Cardona dava vantagem aos duros rapazes dos colchões. Tudo corria mal ao Benfica. A equipa portuguesa via-se batida em velocidade e agressividade. Não se estranhou, por isso, que o jogo tombasse para o lado espanhol. Queixar-se-iam alguns dos encarnados que ainda lhes pesava nas pernas o esforço dispendido três dias antes, no Rio de Janeiro, num jogo frente ao Vasco da Gama (1-1).
Na segunda parte, o resultado dilatou-se com mais um golo de Cardona e outro do português (depois naturalizado espanhol) Jorge Mendonça.
0-3: derrota dura. Mas com direito a desforra em breve.
O torneio prosseguiu com a vitória do Atlético sobre os venezuelanos do Deportivo de Galícia, clube fundado pelos emigrantes galegos de Caracas, por 1-0.
Em seguida foi a vez de o Benfica defrontar os «galegos». Nova derrota, desta vez por 1-2, utilizando uma equipa de reserva «enxertada» com Eusébio na segunda parte. Foi ele que marcou o golo solitário.
Mistérios que só a organização da Pequena Taça do Mundo seria capaz de desvendar, o efeito desta nova derrota nas possibilidades de conquistar o taça em disputa foram nulos. Os dois jogos entre europeus e sul-americanos não entravam nas contabilidades. Valiam apenas os pontos (e não golos) obtidos entre lisboetas e madrilenos. Ou seja, para a «révanche» do dia 17 de Julho bastava ao Atlético de Madrid um empate; o Benfica necessitava de vencer fosse porque resultado fosse. Se isso sucedesse, havia lugar a um prolongamento e o desfecho desse prolongamento ditaria o triunfador como se de um mini-jogo independente se tratasse. Confuso? Pois sim. Expliquei-me no melhor português que conheço. Perdoem-me.
Dia 17, o árbitro foi o venezuelano Osório.
BENFICA - Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul (Calado) e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Torres, Eusébio e Yáuca.
ATLÉTICO DE MADRID - Rodri; Rivilla, Griffa, Calleja e Ruiz Sosa; Glaria e Ufarte; Luis, Mendonça, Adelardo e Cardona.
A chuva tornara o relvado pesadíssimo. O futebol foi mais lutado do que jogado. Ao contrário do que acontecera no primeiro jogo, a defesa do Benfica anulou por completo o moçambicano que ganhara o nome espanholado de Mendonza.
No início do segunda tempo, Torres, a passe de Eusébio, fez 1-0. O Benfica dominava mas os seus remates eram infrutíferos. O publico gritava de entusiasmo e exigia golos. Debalde. No final dos 90 minutos tudo na mesma.
Seguiu-se o prolongamento. Era quase um «quem marca ganha» das peladinhas infantis. O vencedor do prolongamento, arrecadaria a taça. E que bela taça! Foi preciso esperar... e esperar...
Calado, com um remate rasteiro, de longe, fez o 1-0 em cima do outro 1-0 a cinco minutos da meia-hora suplementar.
A vitória era 'encarnada', mas sem ser às riscas como nos colchões..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Até morrer!

"O homem que sonhou, mais do que qualquer outro, o museu do Benfica.

Nasceu em Vila Franca de Xira no final do século XIX. Foi aprovado sócio do Sport Lisboa e Benfica a 17 de Março de 1930, tinha 36 anos. Quatro anos depois, no dia 8 de Janeiro de 1934, iniciou o seu percurso como colaborador do Clube, uma carreira longa que encarou com o empenho e a dedicação de poucos, até morrer. O seu nome? Álvaro Curado!
Álvaro Curado (1894-1980) esteve 46 anos ao serviço do Sport Lisboa e Benfica, onde desempenhou diversas funções, sempre em cargos superiores, mantendo muitas delas em simultâneo, durante largos anos. Mas foi como Conservador da Sala das Taças (1935-1980) da secretaria da Rua Jardim do Regedor, 'que mais se notabilizou, com uma dedicação ímpar, de autêntico sacerdócio'.
Mentor de Joaquim Macarrão e antecessor da actual Direcção do Património Cultural, deixou-nos um importante legado, como o primeiro registo do acervo do Clube: 'elaborei o primeiro inventário de troféus e taças do clube. Comecei a inventariar o que havia (...) sem ter qualquer elemento para as referenciar em relação às secções a que pertenciam e às datas em que tinham sido ganhas'. Deixou-nos também, entre outras coisas, 'uma série de livros (...) com documentos antigos' que se encontram actualmente ao cuidado do Centro de Documentação e Informação, imprescindíveis para a história do Clube e que, se não fosse a sua preocupação em preservá-los, provavelmente nunca teriam chegado até nós.
Sócio e trabalhador dedicado mereceu vários louvores por parte da Direcção 'e tantos quantos houvessem não chegariam para premiar o fervor clubista, o espírito de sacrifício e a vontade indomável que Álvaro Curado entregou ao seu único e grande amor desportivo de sempre'. Entre eles encontraram-se o título de Sócio de Mérito, a Águia de Ouro (1951) e a Medalha de Mérito Social e Desportivo (1965).
Agora, 35 anos após a sua morte, a melhor forma de o homenagearmos é fazer com o seu nome o que ele fez com o acervo do Clube: não o deixar cair no esquecimento, dando-o a conhecer às futuras gerações de benfiquistas."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

Lixívia 5

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica............. 9 (-4) = 13
Sporting...........13 (0) = 13
Corruptos....... 13 (+2) = 11

Fim da jornada, com mais uma ronda onde os resultados das partidas mais importantes, foram decididas pelos árbitros:
Enquanto no antro Corrupto, Soares Dias deixou o Mini, o Maicon e o André André em campo, no Alvalixo um puto incompetente e corrupto (consegue ser as duas coisas ao mesmo tempo!!! Não é fácil...) com um apito na boca, expulsou um jogador do Nacional com duplo amarelo, sem que este, tivesse feito uma única falta... deixando os Chorões a jogar 1 hora contra 10!!!

O Mini, ainda antes do 1.º Amarelo, já tinha dado uma chapada ao Mitro, e em 5 segundos faz uma falta sem bola sobre o Jonas, e ainda vai a tempo de derrubar o Nico junto da linha... e nada saiu do bolso do Sócio dos Corruptos com Dragon Seat e tudo (parece que é condição essencial para apitar estes jogos!!!). Já na 2.ª parte, tem uma entrada extremamente perigosa sobre o Jonas, já com um Amarelo... que seria normalmente o 2.º. Como nem sequer marcou falta, quando toda a gente viu a falta, prova a premeditação.
A entrada do Maicon, não é para Amarelo, é para Vermelho: tentativa de agressão, com o jogo parado... a fuga do cobarde agressor, é prova suficiente. Recordo que mais tarde levou um Amarelo... Inacreditável, como vários dos expert's nem sequer analisaram este lance no final da partida!!!
O André André só à 8.ª falta levou um amarelo, sendo que numa delas derruba ostensivamente o Nico, por trás... aliás a maior parte das faltas perigosas foram sobre o Nico. Curiosamente, tivemos com o mesmo árbitro, um flashback: Moutinho na Luz, no jogo do Eusébio,, também só levou Amarelo à 8.ª falta!!! A prova que a impunidade veste sempre a mesma camisola!!!
Para 'equilibrar' as queixas, os Porkos inventaram alguns supostos erros a favor do Benfica: o suposto penalty do Luisão, é do mais absurdo possível...; o 2.º cartão ao Almeida (num momento onde os Corruptos deviam estar a jogar com 9), é num lance perfeitamente normal, onde não existe cotovelada nenhuma... é tão grave, como a 'tesoura' do Rúben Neves sobre o Guedes, que não foi marcada, e deu um contra-ataque perigoso aos Corruptos...
Aliás, além do critério disciplinar, ainda tivemos o critério geográfico!!! Faltas perigosas a favor do Benfica (livres laterais por exemplo), nunca existiram...; recuperações rápidas do Benfica, em zonas de contra-ataque, foram todas cortadas pelo apito...; recuperações em falta, que ponderam dar 'contras' aos Corruptos, passaram todas...!!!
Podem ver aqui um video, com alguns dos lances.
Para efeitos da contabilidade da Tabela, não é fácil avaliar o impacto de todos estes erros, mas pelo menos é seguro afirmar que o Benfica em superioridade numérica, não perdia o jogo...

No Alvalixo tivemos um festival de pedidos de penalty!!! É inacreditável a quantidade de vezes que um Lagarto assobia a pedir penalty!!! Nenhuma, repito nenhuma razão de queixa. Nenhum dos penalty's reclamados, era penalty!!! Nenhum...
Corte de raspão na bola; remate de cabeça à queima, com o braço junto do corpo; e ainda mergulhos vergonhosos do Gelson...!!!
O duplo amarelo ao Sequeira é das coisas mais absurdas que se assistiu este ano no Tugão!!! Dois Amarelos sem fazer uma única falta!!!
Um árbitro que subiu dos regionais à 1.ª categoria, como um foguete; o substituto do Boiquerença como representante da AF Leiria. Sempre foi incompetente, mas sempre soube o que era preciso fazer para chegar à 1.ª categoria...
Tal como na outra partida, é impossível saber o que teria acontecido num jogo, com 11 contra 11, mas se assim os Lagartos ganharam a 4 minutos do fim, duvido que tivessem ganho contra 11... aliás continuam a jogar mal e porcamente!!!


Anexos:
Benfica
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Tiago Martins, Nada a assinalar
2.ª-Arouca(f), D(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, (1-2), (-3 pontos)
3.ª-Moreirense(c), V(3-2), Jorge Ferreira, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
4.ª-Belenenses(c), V(6-0), Bruno Paixão, Nada a assinalar
5.ª-Corruptos(f), D(1-0), Soares Dias, Prejudicados, (-1 ponto)

Corruptos
1.ª-Guimarães(c), V(3-0), Veríssimo, Nada a assinalar
2.ª-Marítimo(f), E(1-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
3.ª-Estoril(c), V(2-0), Duarte Gomes, Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
4.ª-Arouca(f), V(1-3), João Capela, Nada a assinalar
5.ª-Benfica(c), V(1-0), Soares Dias, Beneficiados, (+2 pontos)

Sporting
1.ª-Tondela(f), V(1-2), Xistra, Prejudicados, Beneficiados, (0-1), Sem influência no resultado
2.ª-Paços de Ferreira(c), E(1-1), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
3.ª-Académica(f), V(1-3), Bruno Esteves, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
5.ª-Nacional(c), V(1-0), Veríssimo, Beneficiados, Impossível contabilizar
Épocas anteriores: