Últimas indefectivações

domingo, 22 de junho de 2025

Tri-Ouro !!!


Dia Dourado para a Canoagem portuguesa e do Benfica, com três Ouros no Europeu de Canoagem, na Chéquia!

Fernando Pimenta, no K1 1000m, a prova rainha da modalidade... e ainda foi a tempo, no K2 Maratona, ao lado do José Ramalho, de conquistar outro Ouro!!!

O K4 500m, com três Benfiquistas: João Ribeiro, Messias Baptista e o Pedro Casinha, juntamente com o Gustavo Gonçalves, venceram igualmente o Ouro!!!
E ainda não acabou...

Sounds of the Game...

Orlando...

BI: Megafone #30 - Mundial de clubes, Lage Vs Kokçu e reforços

A conquista do TetraCampeonato...

Zero: Mercado - Não há saldos por Diomande

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Kökçü esteve mal, Bruno Lage ainda pior?

Na luta pelo apuramento


"O triunfo do Benfica, por 6-0, ante o Auckland City é o destaque nesta edição da BNews.

1. Resultado que se ajusta
Na opinião do treinador do Benfica, Bruno Lage: "É um resultado de 6-0, podíamos eventualmente ter feito mais 2 golos, mas é o resultado certo."

2. Reações dos jogadores
Para Di María, considerado o Player of the Match pela FIFA, "o importante era vencer o jogo".
João Rego salienta: "Trabalhamos todos os dias no máximo."
Barreiro antevê a equipa "na máxima força frente ao Bayern", e António Silva garante: "Vamos para ganhar o jogo."
Schjelderup quer "fazer o melhor para passar".

3. Ângulo diferente
Veja, de outro ângulo, os seis golos do Benfica marcados ao Auckland City.

4. Seja onde for
Os Benfiquistas no apoio ao Benfica.

5. Red Pass 2025/26
O período de renovação dos Red Pass começa no dia 24 de junho.

6. Domingo preenchido
O jogo 3 da final do Campeonato Nacional de futsal entre Benfica e Sporting é no Pavilhão João Rocha às 19h00.
A final do play-off do Campeonato Nacional de hóquei em patins no feminino começa na Luz, com o Benfica a receber o Turquel às 15h00.
No Pavilhão n.º 2, às 10h30, tem início a 43.ª edição da Gimnáguia.

7. Campeões europeus
Fernando Pimenta conquistou o ouro em K1 1000 metros no Campeonato da Europa de canoagem, na Chéquia. João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha sagraram-se campeões europeus em K4 500 metros.

8. Distinção
Toni, glória do Benfica, foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito Desportivo da Câmara Municipal de Lisboa.

9. Reforço
Claudia Dillon é reforço do plantel da equipa feminina de voleibol do Benfica."

Os europeus estão com inveja dos sul-americanos


"Como é na Europa que estão os principais clubes de futebol da atualidade, muito provavelmente o vencedor deste primeiro Mundial no novo formato virá daí e não da América do Sul. E, no velho continente, os adeptos podem ver em ação, semana após semana, nos seus clubes ou nos clubes dos vizinhos, as maiores estrelas do jogo, europeias e sul-americanas.
A UEFA, ao contrário da Conmebol, organiza provas impecáveis, com relvados macios, recurso rápido e eficaz ao VAR em partidas disputadas em cidades, ao contrário das sul-americanas, que têm estações de metro à porta dos estádios e transportes públicos que cumprem horários à risca.
A cada ano, entretanto, os ocupantes da primeira prateleira do futebol europeu gastam a reforçar os plantéis o equivalente ao PIB de cidades de médio porte dos países latino-americanos mais carentes. E os da segunda e da terceira prateleiras, se perderem as principais estrelas para aqueles, vão, muitas vezes, compensar as perdas no Brasil, na Argentina, no Uruguai, na Colômbia, obedecendo à implacável cadeia alimentar futebolística.
Então, por que razão, como diz o título deste texto, «os europeus estão com inveja»? Na verdade, é aquele tipo de inveja que alguém que não gosta de caracóis sente ao ver o entusiasmo dos apreciadores quando as tascas anunciam a chegada da época do petisco. Da mesma forma que a euforia das crianças a abrir os presentes de Natal, por mais que seja deliciosa de acompanhar pelos pais e avós, não deixa de gerar uma certa melancolia nestes, para quem o vinho e o bacalhau, e não a maçadora atividade de desembrulhar papelada e ver o par de meias do costume, é que são as estrelas da consoada.
Os europeus, em suma, têm inveja de sentir, como os sul-americanos sentem, este Mundial como um prato de caracóis fumegantes ou um brinquedo esperado há tanto tempo.
Na Europa, o Mundial de Clubes é visto mais como um capricho da FIFA para americano ver, cujo principal resultado será cansar jogadores e atrasar férias e pré-temporadas.
Na América do Sul, pelo contrário, vive-se clima de Mundial (o verdadeiro, o de seleções) com os adeptos do Palmeiras a invadirem a Times Square, os do Boca a conquistarem Miami, os do Flamengo a encherem um estádio em Filadélfia e os que cá ficaram a assistir aos jogos fora de horas em bares repletos de hinchas e torcedores.
Nico Kovac, treinador croata do Borussia Dortmund, resumiu tudo antes de defrontar — e ser dominado — por um Fluminense que deu a vida em 90 minutos. «É bonito perceber que este torneio está a ser recebido de forma muito diferente no Brasil, na Argentina e até no México em relação à Alemanha ou ao resto da Europa», desabafou. «Gostaria que o abordássemos com o mesmo entusiasmo, com a mesma sensação…» Eis a tal inveja."

De Carlos Queiroz a Rui Jorge, o talento


"Para quem segue o futebol português, nos seus diversos patamares de desenvolvimento e escalões etários, há mais de 40 anos, impressiona o grau de maturidade alcançado em vários setores, mas também surpreende a aparente falta de memória de muitos dos seus agentes.
A 3 de março de 1989, Carlos Queiroz e Nelo vingada mostraram, talvez pela primeira vez, o caminho e as suas dinâmicas: coordenação, metodologia, consistência, organização. Tudo em suporte do Talento, fator diferenciador e essencial, mas que necessita de despiste prévio para poder ser efetivamente moldado e trabalhado.
Um ano antes (1988), estive na Morávia, região da então Checoslováquia em que a Seleção de sub-19 de Portugal chegou à final do respetivo Europeu (perdendo, por 3-1, o jogo derradeiro com a União Soviética de Salenko). Foi o meu primeiro contacto com Queiroz, a sua equipa técnica e a geração de sonho que, no ano seguinte, se haveria de sagrar campeã mundial, em Riade, com a vitória na final frente à Nigéria, por 2-0.
Já aí, dando os primeiros passos no topo da hierarquia internacional para os escalões de formação, era notória a diferença que se viria a tornar decisiva para a capacitação do treinador português (agora amplamente reconhecida a nível internacional, pelos quatro cantos do Mundo), mas também a consequência de um trabalho metódico, científico na sua génese mas suficientemente adaptável às diversas circunstâncias do jogo, das competições e dos atletas.
Porque este foi, de facto, o primeiro segredo: perceber o contexto, delinear a estratégia, encetar o processo. E deve sempre ser assim, com a mais científica e tecnológica base, a cada passo e em cada geração, mas também com a matéria-prima fundamental: jogadores com caráter, com personalidade, com inequívoca propensão para a compreensão do jogo e das suas variantes, com vontade e honra em vestir a camisola das Seleções Nacionais.
Trata-se, portanto, de um processo longo, mas pensado e orientado, pelas diversas equipas técnicas das Seleções Nacionais de futebol, ao longo de quatro décadas. Vários líderes passaram pelas diversas sedes da Federação Portuguesa de Futebol, múltiplos treinadores e centenas de jogadores. Ficou, para a história, e desde o final da década de 80 do século passado, a matriz comportamental, técnica e visionária que viria, ao longo de todo este lapso de tempo, a marcar e definir Portugal, os seus executantes e os seus treinadores, como de escola, verdadeiro exemplo e benchmark para o futebol europeu e mundial.
A solidez dos projetos surge, também, da capacidade de reconhecer a consistência como fator decisivo. No caso da Seleção Nacional de sub-21, por exemplo, a permanência de Rui Jorge como responsável máximo é trunfo e garante de que o tal processo evolutivo não é esquecido, procurando, neste derradeiro escalão etário de formação (e onde pontificam muitos atletas já com contratos profissionais de respeito, titulares ou à porta dessa condição em grandes clubes…), incutir a dimensão competitiva final. A permanente luta pelos títulos, algo que resulta da capacidade de permanente superação e aprimoramento das componentes psicológicas que conduzem à obtenção dos mais valiosos resultados.
Porque — não façamos qualquer confusão — este é um escalão em que podemos (devemos) falar de alto rendimento. Será, talvez, a nível internacional (competições da UEFA e da FIFA) um entry level, mas a merecer reconhecimento e atenção especiais.
Escrevo esta página num avião da SATA Air Açores, voando entre o Faial e São Miguel. Faço-o numa altura em que a Seleção Portuguesa de sub-21, talvez não tão puramente talentosa como algumas, de outras gerações, mas seguramente muito mais competitiva, focada e determinada para o resultado que boa parte delas, se aplica generosamente a cada minuto do Europeu da categoria, tendo concluído sem sofrer golos a fase inicial da competição, ao cabo de três jogos. Prepara o jogo de mais logo, frente aos Países Baixos, ciente de que este pode ser o seu ano. E fá-lo sob orientação de alguém com múltiplos trunfos para jogar, até ao apito inicial do árbitro georgiano que vai dirigir o encontro de Zilina: o selecionador nacional Rui Jorge foi, enquanto jogador de clube e de seleção, um exemplo de dedicação, raça e resiliência, do mesmo modo que conheceu balneários e técnicos desafiantes e objetivos sempre desafiadores.
Esse pode ser um dos segredos desta geração de jogadores. Serem orientados, em espaço de seleção, por alguém que conseguiu, como muito poucos, transportar as virtudes e predicados dos seus tempos de atleta profissional para a vertente técnica, juntando, evidentemente, o conhecimento científico à formação adequada, e tornando-se, discretamente, um treinador de elite.
Rui Jorge trabalha na FPF com a discrição que dele faz um profissional único, sabedor da função de preparação para saltos maiores que se lhe exige, enquanto responsável do último escalão de formação na hierarquia etária do futebol internacional.
O espírito, o reconhecimento do talento, a organização dentro e fora das quatro linhas, a disciplina e a paixão pelo símbolo da camisola constroem um treinador ímpar, cujo reconhecimento e descolagem para outros aeroportos, com novos e desafiantes voos, estará a bater à porta.

Cartão branco
Já nos habituou a uma postura discreta, tranquila, muitas vezes longe dos holofotes, sem necessidade de potenciar a imagem em redes sociais ou em criar soundbites ou momentos de notoriedade extra-futebol para sobressair.
Lionel Messi é único na sua atitude, dentro e fora das quatro linhas. E quando consegue ganhar jogos para uma equipa da MLS no cotejo internacional, ainda para mais no primeiro Mundial de Clubes, mostra verdadeiramente quem é: uma estrela sem imitação, um nome ao nível de Edson Arantes do Nascimento e de Diego Armando Maradona.

Cartão amarelo
Bem sabemos que o primeiro Mundial de Clubes é, para já, um desafio em construção, quer por parte da FIFA, quer por banda dos clubes intervenientes.
Porém, trata-se de uma competição com enorme potencial e a representatividade continental que cada clube assume, ao estar presente nos relvados dos Estados Unidos da América, é enorme. O FC Porto ficou bem abaixo do exigível, quer no seu primeiro encontro, em que o nulo frente ao Palmeiras foi bem mais positivo do que a pálida exibição rubricada, quer, sobretudo, na derrota com o Inter Miami, resultado de outra paupérrima apresentação dos dragões. Mais valia não terem cruzado o Atlântico…"

Villas-Boas já errou outra vez


"As exibições diante de Palmeiras e Inter Miami carregam ainda mais o negativismo que já existia em redor de Martín Anselmi. Dossier que o presidente já não vai a tempo de resolver bem

O que realmente pretendia o FC Porto com o Mundial de Clubes? Depois de dois técnicos de filosofia diferente e resultados próprios de um ano zero – ainda que para os adeptos, e também para André Villas-Boas, bem visível nos primeiros discursos, aquém das expetativas –, os dragões entraram para a remodelada competição da FIFA com praticamente o mesmo grupo. Apenas o talento de Gabri Veiga, que volta a um futebol mais exigente daquele que o manteve ocupado e de bolsos cheios nos últimos dois anos, foi a única peça acrescentada.
Admito que Anselmi precise de qualidade para o modelo e o plantel o limite. Aliás, concordo com o princípio de que o argentino não tem massa crítica para jogar como quer jogar, sobretudo na defesa e no meio-campo, porém também que pouco ou nada se tem visto de uma nova identidade a nascer. No entanto, o pior será mesmo o desgaste que o jovem técnico carregará para o início da temporada, a exemplo do que aconteceu com Roger Schmidt no Benfica. E o alemão até tinha um campeonato já conquistado e memórias, algo distantes é certo, de boas exibições. Por isso, repito a questão: o que se pretendia no FC Porto com o Mundial?
O exemplo a sul não fez com que o presidente do FC Porto agisse e seguiu-se o exemplo de Rui Costa de nada fazer. Só que na Luz ainda havia fôlego para comprar esperança com reforços, enquanto no Dragão se vivem tempos de vacas magras e todas as aquisições têm de ser muito bem estudadas. Talvez até seja preciso vender para comprar e não há muitos que garantam boas maquias.
Os dragões precisam de um milagre e, se não o conseguirem e assim apagarem a má imagem deixada diante de Palmeiras e Inter Miami, o arranque da nova época já começará debaixo de nuvens negras. Mas será que era esperado algo diferente nos Estados Unidos? Porquê? Villas-Boas acreditava mesmo que o processo renasceria quase do nada e sem reforços?
A decisão menos má, depois de amostra mais que suficiente, ainda que com a ressalva da fraca qualidade do plantel, deveria ter sido tomada no final da época, mesmo que isso significasse reconhecer que Anselmi, afinal, não era a tal grande visão a longo prazo. Agora, a época já está condicionada. Mais para a frente, poderá estar estragada.
Villas-Boas está a aprender. Contudo, ou se davam condições ao argentino para recuperar a aura ou já não viajaria, criando-se, pelo menos, o benefício da dúvida que protegesse um novo treinador."

Se calhar isto é que é o FC Porto


"«Faltou intensidade, faltou ser mais FC Porto»
Iván Marcano, defesa do FC Porto, após derrota com o Inter Miami

Depois de empate com o Palmeiras em que podia ter perdido, o FC Porto perdeu mesmo ao segundo jogo no Mundial de Clubes, contra o Inter Miami. Uma derrota histórica — nunca um clube europeu tinha perdido contra um da Concacaf na história do Mundial de Clubes, com todas as suas versões.
Martín Anselmi, o treinador, assumiu responsabilidades no final do jogo, admitindo erros táticos, ou pelo menos uma reação tardia — embora, com os sinais que se tinham visto na primeira parte, a forma como o FC Porto foi ainda mais frágil na segunda nada abone de bom.
Já para Marcano, faltou intensidade, faltou o FC Porto ser mais FC Porto. E percebo as dificuldades com o calor e com o calendário, neste momento híbrido de fim de temporada com início de outra, de pré-época mas ainda com cansaço acumulado da anterior. Percebo também que, pelo que já viveu no Dragão, o central tenha a fasquia elevada. Mas olhando para o Porto dos últimos dois anos, é caso para perguntar: que intensidade? Não será este, apático, amorfo, sem chispa, o verdadeiro FC Porto neste momento?"

Um primeiro olhar para a Premier League 2025/26


"Já há calendário definido e, como sempre, o sorteio ditou sortes distintas e desafios imediatos. A emoção arranca a 15 de agosto, com o campeão Liverpool a receber o Bournemouth em Anfield, mas os temas de maior interesse começam muito antes da bola começar a rolar. Entre regressos esperados, estreias em novos estádios e duelos de alto risco, há desde já muito para analisar

O Arsenal parece condenado a enfrentar um arranque repleto de obstáculos. Depois de três temporadas consecutivas a terminar no segundo lugar, os adeptos esperavam um início mais acessível, capaz de embalar a equipa rumo a um título tão desejado quanto adiado. Em vez disso, o calendário atirou os Gunners diretamente para Old Trafford na 1.ª jornada. E nas primeiras seis rondas, enfrentam quatro equipas do top-7 da época passada, incluindo visitas a Anfield e a St. James' Park, além da receção ao Manchester City.
Esta exigência obriga o conjunto de Mikel Arteta a preparar-se com intensidade na pré-época e a acelerar processos no mercado de transferências. Após um início de defeso discreto, a direção do clube vê-se agora sob pressão para agir rapidamente - sob pena de ver o título escapar antes de setembro terminar. Em maio, escrevi aqui n’ A Bola que seria um erro estratégico o Arsenal não fazer tudo ao seu alcance para contratar Viktor Gyokeres. Na minha opinião, o avançado sueco é a peça que falta para elevar o patamar competitivo da equipa e permitir-lhe, finalmente, deixar de ser vice para se tornar campeão. Acredito que nos próximos dias haverá fumo branco quanto à sua ida para Londres.
Noutro plano, quase uma década depois, o Sunderland está de regresso ao principal escalão do futebol inglês. Num contexto em que muitas das promovidas têm sido despromovidas de imediato, os Black Cats têm pela frente o desafio de contrariar a tendência. O sorteio até foi generoso: recebem o West Ham na jornada inaugural, visitam o Burnley na segunda, e só enfrentam um adversário do top-5 da época anterior a partir de outubro.
Régis Le Bris tem trabalho árduo pela frente, mas as circunstâncias oferecem-lhe uma oportunidade preciosa para construir confiança e amealhar pontos antes da entrada em cena dos gigantes. Um bom arranque pode fazer toda a diferença.
Se em Londres há algum receio perante um início de época desafiante, em Manchester não reina propriamente tranquilidade. O calendário do Manchester United também é tudo menos simpático. Depois de receberem o Arsenal, os Red Devils de Rúben Amorim defrontam o Manchester City e visitam o Chelsea, tudo nas primeiras cinco jornadas. Amorim, que chegou a meio da época passada e não conseguiu travar o declínio deixado por Ten Hag, tem agora a oportunidade de liderar uma pré-época, ajustar o plantel e impor a sua identidade.
O 15.º lugar de 2024/25 tem de ser rapidamente apagado da memória. A história do Manchester United exige mais. Qualquer eco de repetição será insustentável. O estilo, as ideias e os resultados precisam de aparecer. As casas de apostas não acreditam no sucesso de Amorim - há até quem preveja a sua saída antes do Natal. Mas eu acredito. Se há treinador capaz de recolocar o United na rota dos títulos, é Ruben Amorim. Dêem-lhe os meios necessários e, com a sua competência, ele fará o clube crescer. Não creio que o título inglês esteja ao alcance já esta época, mas um quinto ou sexto lugar seria um importante sinal de progresso.
Ainda em Londres, o Tottenham inicia um novo ciclo com Thomas Frank ao leme, depois da saída de Ange Postecoglou. O sorteio colocou-lhe pela frente um desafio aparentemente acessível: em casa, frente ao recém-promovido Burnley. Mas o dinamarquês sabe que não pode vacilar. Do outro lado estará Scott Parker, que já levou três equipas diferentes à Premier League e construiu uma autêntica fortaleza em Turf Moor: apenas 16 golos sofridos em 46 jornadas na época passada - um recorde no futebol inglês. É mais um lembrete de que, na Premier League, não há jogos fáceis, nem no papel.
Em Liverpool, abre-se um novo capítulo para o Everton, que se despede de Goodison Park e dá as boas-vindas ao Hill Dickinson Stadium, com capacidade para mais de 52 mil espectadores. A estreia no novo recinto acontece na 2.ª jornada, frente ao Brighton. Antes disso, os Toffees visitam o Leeds. David Moyes, de regresso ao comando técnico, conseguiu evitar a descida na temporada passada e sonha agora com uma época mais estável, condizente com a grandeza do clube - e num estádio à altura dessa história.
O campeão Liverpool, sob comando de Arne Slot, começa a defesa do título frente ao Bournemouth. Já o Manchester City, de Guardiola, inicia a época diante do Wolves, treinado por Vítor Pereira. Na 4.ª jornada, há reencontro com o Arsenal e, logo depois, dérbi de Manchester em setembro. Com Rodri de regresso, Bernardo Silva a envergar a braçadeira de capitão e reforços promissores, os “Citizens” parecem prontos para recuperar o domínio perdido para os rivais de Merseyside.
A temporada arranca a 15 de agosto e termina a 24 de maio, com a habitual jornada final disputada em simultâneo. Está prevista uma pausa de inverno, sem jogos na véspera de Natal, e os jogadores terão, no total, 83 dias de descanso ao longo da época. A Premier League procura, assim, mitigar o desgaste físico e evitar as críticas à sobrecarga competitiva - tendo em vista, também, o Mundial de 2026, que começa logo em junho. Resta ver que impacto terá, já numa fase mais crítica da temporada, a participação de Manchester City e Chelsea no novo Mundial de Clubes que decorre neste momento nos Estados Unidos.
O calendário está definido e as primeiras histórias começaram a ser escritas. Se o futebol inglês continua a ser o mais seguido e mediático do planeta, muito se deve à sua competitividade, intensidade e imprevisibilidade semana após semana. E esta nova época promete manter - ou até elevar - esse padrão."

E se ela fosse ele?


"AB Hernandez nasceu do sexo masculino, mas identifica-se como género feminino. Nos campeonatos regionais de atletismo na Califórnia fez estalar a polémica e até Donald Trump tem algo a dizer. E o resto do do Mundo está preparado para esta realidade?

Usei este título «E se ela fosse ele?» com uma fotografia do futebolista David Beckham e outra da tenista Anna Kournikova para uma reportagem sobre um tema praticamente tabu em 2002: os atletas transgéneros. Naquela altura, o ponto de partida foi uma polémica numa prova de BTT no Canadá, em que a vencedora da prova feminina ganhou sem oposição e deixou profundamente irritadas as adversárias, uma vez que tinha nascido biologicamente homem. Falei com médicos, advogados, revi outros casos, muito mais do que imaginava existirem. A argumentação era muitas vezes oposta e contraditória. «Se legalmente ela é agora ele tem o direito de competir e ser selecionada para uma equipa», diziam.
«Apesar do processo rigoroso médico que implica a transição, há aspetos que fisiologicamente não se podem alterar», exclamavam outros. Sem consenso, sem unanimidade, os casos foram acontecendo ao longo destes anos e questiono-me se teremos andado muito. O Comité Olímpico Internacional tomou posição, as instituições internacionais que gerem as diferentes modalidades também, umas a favor, outras contra, mas em que ponto estamos quando batemos de frente com esta realidade?
Passaram mais de 20 anos e o tema continua a dar que falar. Nos Estados Unidos, há poucas semanas AB Hernandez, 16 anos, participou nas finais do Campeonato Estadual da Califórnia de atletismo, uma espécie de regionais ou 3.ª divisão. Hernandez nasceu biologicamente do sexo masculino, mas identifica-se como mulher e competiu nas provas femininas. Não ganhou, mas apurou-se para as finais. A sua participação fez com que algumas raparigas cisgénero (biologicamente do sexo feminino) ficassem excluídas das finais, por não se terem classificado e logo muitos clamaram que Hernandez teve vantagem física e que era injusto.
Perante a polémica, a CIF, a Federação do Desporto Escolar da Califórnia criou um projeto piloto para tentar acalmar os ânimos que permite que raparigas cisgénero que não se classificaram para as finais (por terem ficado imediatamente atrás de AB Hernandez) também possam competir. Uma medida de compromisso basicamente em que a ideia é não excluir a atleta trans, mas também não penalizar as atletas cisgénero que, de outra forma, iriam à final.
No Oregon, no início deste mês, duas atletas recusaram subir ao pódio onde estava uma atleta trans que há duas épocas participou em competições masculinas.
«Não era isto que as feministas queriam», exclamou a ex-tenista Martina Navratilova, lésbica e defensora dos direitos LGBTQI+.
A polémica está ao rubro, para já nos Estados Unidos, até porque Donald Trump não se priva a qualquer assunto.
A questão parece ser mais contestada quando se passa do biologicamente masculino para a identificação feminino, mas haverá modalidades em que o contrário pode igualmente levantar dúvidas sobre a justiça competitiva.
Há poucos anos, o treinador de voleibol Bernardinho, que já foi selecionador do Brasil, viu a sua equipa, (Sesc-RJ),perder depois de Tiffanny Abreu (Sesi/Bauru) marcar 28 pontos.
Em 2008/2009, Tiffany jogou no Leixões e chamava-se Rodrigo Pereira de Abreu.
Depois da derrota provocada em grande parte pela exibição da oposto que se tornou a primeira atleta transsexual a atuar na Liga brasileira, o técnico reagiu assim: «Ser homem é ff&##@!»
Afinal, 20 anos depois, continuamos sem saber como responder à pergunta: «E se ela fosse ele?»"

BolaTV: Hoje Jogo Eu... - Hugo do Carmo

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Rabona: UEFA CLUBS are STUMBLING: NOW the CWC is getting INTERESTING!

BolaTV: Prestianni...

Kanal - Tamos Juntos - Auckland...

Kokçu...

Falou, está falado!

Benfica 6 - 0 Auckland


"As estatísticas não deixam margens para dúvidas, foi um massacre mais que esperado e o resultado peca por escasso, mas também, verdade seja dita…6-0 é um número fofinho, não é uma goleada perturbadora o suficiente para deixar melindrada toda a comunicação social portuguesa, todo o tecido cultural português é até alguns históricos do clube, nada disso, é uma goleada quanto baste…ninguém quer por em causa a qualidade da competição, nem exigir que o Benfica se retrate por ganhar…nada disso, longe vão os tempos em que após se golear o Nacional da Madeira por 10-0, todo o país anti-Benfica se uniu a uma só voz para reiterar a sua insatisfação por tal resultado e exigir publicamente que o Benfica se retrata-se por tal contenda…outros tempos por sinal…
Quanto ao jogo fica a história, nas redes sociais, ao longo da primeira parte, dizia-se mal de tudo e todos, equipa de incompetentes, jogadores isto e aquilo, treinador isto e aquilo, direção isto e aquilo…depois veio o dilúvio, a interrupção e apesar de não ter lavado essas ideias de quem vive atualmente o clube como se de um partido político se tratasse, eis que os golos começaram a sair tal e qual ketchup…mas como o clube é um tormento constante…algo tinha de suceder…eis que o nosso jogador mais sobre valorizado se lembra de enfrentar o treinador…porque?
Eles lá saberão…no entanto é a segunda vez que um jogador, contratado como craque, endeusado como craque, mas que joga numa mescla entre o Paulo Almeida e o Roger Flores, se acha mais que os outros…foi assim com Roger Schmidt, sim, foi para a Holanda mandar bocas sobre o mesmo porque o menino não podia jogar a 6 quando não tem intensidade para jogar em mais lado nenhum…e foi assim com Lage…da paixão inicial até ao momento atual, passou de quase 10 a 6 porque a sua velocidade de raciocínio com a bola nos pés, quando em posições mais avançadas, não é proporcional à sua capacidade para contestar as decisões de quem o comanda…enfim…pensar que se destruíram publicamente jogadores que honraram a nossa camisola, nos deram inúmeros títulos e acabaram escorraçados pelos adeptos da exigência, nomes como Pizzi, João Mário, André Almeida, Rafa entre outros que sempre honraram a camisola e que nunca os vi meterem-se em bicos de pés…sinais dos novos tempos…menos vitoriosos…mas onde se tornam ídolos os que menos merecem!
Uma nota também para Lage, a atitude é o que é, há momentos para tudo, e já vi coisas piores nos melhores do mundo, de Mourinho a Ferguson…portanto, não há muito para ver aqui…como líder há que resolver as coisas dentro do balneário, e a nossa comunicação no próximo jogo devia sentar ambos, lado a lado na conferência de imprensa e “case close”!
Outra, vejo muitos a mal tratar Renato Sanches, realmente a época correu-lhe mal, foi mais uma infelizmente, apresenta agora, que a temporada está a acabar, índices físicos que não teve na temporada toda, infelizmente é um risco ter um jogador assim…isto se não se contratar alternativas à altura, se bem, é faço a ressalva…em forma, não há muitos com a sua capacidade!
Por mim ficava, mas com condições salariais ajustadas ao seu rendimento desportivo, joga recebe o justo valor, não joga não recebe…ou então por empréstimo, como sucedeu este ano cujo custo foi mesmo a sua indisponibilidade regular!
Volto a afirmar, em forma, é uma mais valia!
Parabéns ao Auckland City, apesar de serem amadores bateram-se com bravura, conseguiram algo que muitos não conseguiram, que é participar na competição com mérito próprio, portanto espero que o €€€ acumulados pela participação na competição ajudem o futebol a desenvolver-se mais e mais na região e que os seus atletas sejam devidamente recompensados!
Já agora nota final para a competição…as equipas europeias encaram a competição com soberba…pelo menos até ao momento, já as do resto do mundo estão focadas na mesma porque querem provar algo…é bom que as equipas europeias acordem, caso contrário irão ter uma surpresa!"

Este Campeonato Do Mundo É Uma Autêntica Treta!


"1. Jogado fora de época, com graves implicações para equipas europeias que tenham que disputar pré eliminatórias de acesso às competições da UEFA.

2. Organizado por um país onde a paixão pelo futebol é uma treta, de modo que tiveram que andar quase a oferecer bilhetes para que os estádios tenham molduras humanas minimamente razoáveis.

3. Equipas semi profissionais a jogarem contra os maiores colossos futebolísticos do planeta, originando problemas de competitividade e resultados que envergonham qualquer competição transfronteiriça digna desse nome.

4. Realizações deficientes - ainda aguardamos pelas repetições do fora de jogo que nos roubou um penalti cometido sobre o Pavlidis contra o Boca Juniors - e transmissões através de streaming, com falta de qualidade e a obrigatoriedade de nos registarmos numa aplicação que fica com uma base de dados mundial de interessados em futebol para usar de forma que não sabemos qual - qual de borla, ninguém dá nada a ninguém.

5. Arbitragens indignas como a do mexicano que nos calhou em sorte no primeiro jogo e, com a falta de qualidade e de critério do trabalho dele, a consequente adulteração do resultado e a hipótese de interferir no apuramento do grupo. Acresce que vitórias e apuramentos significam muitos milhões de euros.

6. Jogos interrompidos ao intervalo sem se saber como e quando são retomados. No nosso caso não é igual jogarmos 90 minutos seguidos com o Auckland com um intervalo de 15 minutos, ou em dois períodos separados por um intervalo de horas, de tal forma que se perde o efeito de desgaste da equipa mais fraca e, com isto, a verdade desportiva."

Benfica-Auckland City, 6-0 Pavlidis foi o Tio Patinhas que soube multiplicar o ouro


"Na terra da 'Disneyland', o grego voltou a assumir-se como uma das personagens principais da história encarnada em 2024/25. Ángel Di María tem sempre um toque de Gastão e Renato Sanches quase que regressou à infância ao marcar pelo clube da Luz

O melhor em campo: Pavlidis (7)
Orlando, onde se disputou o jogo, é a terra da Disneyland, o imenso parque temático original repleto de personagens e de diversões alusivas à histórica banda desenhada que Walt Disney criou na década de 20 do século passado. Uma das mais conhecidas é o Tio Patinhas, o multimilionário rezingão que tem o condão de fazer multiplicar as inúmeras moedas de outo que possui e que nem por nada abre mão delas. Pavlidis teve o condão de assumir esta personagem ao fazer multiplicar o ouro benfiquista, leia-se golos, marcando um numa bela jogada individual e ao participar em mais dois. Perante uma equipa tão fechada, nunca se deu à marcação, tentando sempre encontrar os metros quadrados que estavam ao preço do mais caro dos latifúndios e ainda atirou uma bola ao poste. Um exemplo de resiliência, mesmo desgastadíssimo em termos físicos.

6 TrubinNa primeira parte, Bruno Lage poderia ter optado por tática usada no futsal, no andebol ou até no hóquei em patins e decidir jogar com um guarda-redes avançado, tal a confrangedora inépcia ofensiva dos amadores do Auckland City nesse período. Por essa altura, num encontro com poucos espectadores nas bancadas foi mais um, mas com uma vista privilegiada, dentro do terreno de jogo. Mas, afinal, estava bem desperto, como se viu ao minuto 48, ao parar remate traiçoeiro de Zeb.

5 Aursnes Voltou à lateral direita para render Dahl e na primeira parte não conseguiu os desdobramentos ofensivos pela ala que poderia ter conferido profundidade à equipa perante um conjunto neozelandês totalmente encostado às cordas desde o apito inicial do árbitro. Conforme diz a expressão idiomática, «é pau para toda a obra». Mas não lhe continuem a dar todos os cadernos de encargos adjacentes às mais diversas divisões da casa benfiquista.

5 António Silva Conseguiu controlar em contenção os avançados contrários que lhe foram surgindo pela área de jurisdição, sem que tenha sido colocado verdadeiramente à prova. Ainda tentou lançar o ataque em condução, sem grande sucesso.

6 Otamendi Devia publicar todos os dias nas mais diversas plataformas a data de nascimento inscrita no passaporte, para todos ficarem, realmente, a acreditar que tem 37 anos. Dentro de campo nada se nota: comanda a linha defensiva, coloca tudo o que tem a cada lance, barafusta com o árbitro e com os companheiros de equipa e ainda tenta marcar de forma acrobática, tal como se viu aos nove minutos. É um capitão na verdadeira aceção da palavra e se sair será uma perda gigantesca para os encarnados. Mas nada é eterno...

5 Álvaro Carreras É impossível dizer, do lado de fora, se a provável transferência para o Real Madrid mexeu com a sua parte psicológica mas lá que parece, parece... Demasiado implicativo, por vezes desconcentrado e incontestavelmente preso de movimentos, sem aquelas cavalgadas pela banda esquerda que costumam deixar os defensores contrários em pânico. Como já tinha um cartão amarelo e não poderá jogar com o Bayern saiu ao intervalo.

6 Leandro Barreiro Pela exibição no primeiro tempo, dir-se-ia que a um médio centro duma equipa como o Benfica e perante um adversário tão frágil pedia-se muito mais ao internacional pelo Luxemburgo, sobretudo na componente ofensiva; não se limitando ao toque curto e ao ganhar poucos metros em cada investida. Quando o Auckland claudicou em termos físicos, como que ganhou ânimo e apareceu para marcar por duas vezes. E como já há alguém dizia... «não há golos feios.»

5 Kokçu Tem enorme técnica individual, como se viu no passe para o golo de Pavlidis, em que descobriu o grego numa nesga de terreno, mas tem de perceber que não pode estar a maior parte do tempo a passo, como esteve. E a atitude para com o treinador quando foi substituído é inenarrável, bem como a tentativa, posterior, de abandonar o banco de suplentes. Lamentável.

7 Di María Não fez a melhor das suas exibições, como é óbvio, mas só quem aterrasse agora no mundo do futebol poderia esperar que alguém com 37 anos estivesse na plenitude da sua condição num final duma época marcada por lesões. Ainda assim, continua a ser o Gastão, o personagem sortudo da Disney, se bem que também muito procura a fortuna. Apesar de jogar a passo, tem uma qualidade técnica inquestionável, como se viu em inúmeros lançamentos a solicitar os companheiros de equipa. Dois golos de penálti, um deles após uma falta que o próprio cavou após um ziguezaguear que continua a saber que fazer e que fará as delícias, na próxima época, dos hinchas do Rosario Central.

6 PrestianniQuis mostrar serviço e mostrou-o, sobretudo, no primeiro tempo. No entanto, ainda parece algo curto.

6 Akturkoglu Muitíssima vontade mas pouco discernimento. Tentou imenso, porfiou, mas sem grande sucesso. Louve-se o esforço e a atitude já no banco de suplentes, quando segurou o compatriota Kokçu e evitou que um episódio já triste ficasse ainda mais feio.

6 Dahl Tem espírito nórdico e encara sempre as oportunidades que lhe são proporcionadas. A partir do momento que entrou em campo, em termos ofensivos, a esquerda da defesa teve a bonança depois da tempestade da primeira parte.

6 Schjelderup Muito ativo, a fazer prova de vida numa temporada muito intermitente.

7 Renato Sanches As histórias da Disney fazem a delícia dos mais pequenos e o internacional português viveu quase um regresso à infância, ao marcar um golo pelo Benfica, algo que não lhe acontecia desde janeiro de 2016, quando tinha apenas 18 anos.

6 João Rego Entrou bem, ligado ao jogo e em dia do 20.º aniversário esteve prestes a receber uma prenda inesquecível, que seria marcar um golo pela equipa principal do Benfica. Ficou perto. A bola bateu na barra...

6 Tiago Gouveia Deu vida a uma ala direita que perdia cada vez mais fulgor por força do cansaço já acumulado por Aursnes.

- Bajrami Fica a dúvida se terá, efetivamente, tocado na bola."

Benfica-Auckland City, 6-0 Faltaram ainda mais golos num jogo fácil de ganhar


"Águias criaram oportunidades suficientes para resultado mais gordo no duelo da 2.ª jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes

ORLANDO — Depois do empate com o Boca Juniors na primeira jornada do Mundial de Clubes, o Benfica precisava ganhar este jogo ao Auckland City e se possível marcar muitos golos para aumentar a possibilidade de qualificação para os oitavos de final. Foi com essa ideia que a equipa de Bruno Lage entrou em campo. Não se lançou de forma desenfreada na procura da baliza dos neozelandeses, mas apresentou um desenho tático diferente do habitual e uma estratégia para dar mais dinamismo e colocar mais gente em zona de finalização. Di María, Prestianni e Akturkoglu nas costas de Pavlidis; Barreiro e Kokçu no meio-campo a equilibrar a equipa, mas também com liberdade para subir, principalmente Barreiro. Aursnes lançava-se pelo corredor direito e as águias ficavam muitas vezes a jogar com três centrais.
A primeira parte (e o jogo todo, na verdade) foi do Benfica, que teve mais bola e muitas oportunidades, algumas delas de golo iminente, como foram os lances desperdiçados por Akturkoglu, Pavlidis e Barreiro, entre vários outros, a maioria por falta de pontaria dos jogadores do Benfica e outros porque o guarda-redes do Auckland fez um punhado de defesas muito boas nesta fase.
O Benfica não colocava no relvado um futebol vibrante e os neozelandeses, apesar de claramente mais fracos, também terão aprendido alguma coisa com a derrota de 0-10 frente ao Bayern, no primeiro jogo deles neste Grupo C do Mundial de Clubes. Com uma linha de cinco defesas e todos os outros montados no meio-campo defensivo, o Auckland cometia poucos erros e fazia o trabalho para adiar o primeiro golo do Benfica. As poucas simulações de transições rápidas que ia fazendo eram facilmente anuladas pelos portugueses.
Os minutos a passar e o resultado a zero foi enervando um pouco os encarnados. Di María era um dos mais inconformados, tentou o remate e passou com critério para algumas das situações de maior perigo junto à baliza de Auckland.
Mas o golo não surjia de maneira nenhuma. Ou o guarda-redes defendia, ou a bola saia ao lado do poste, tresloucada por cima da trave, perdida nas pernas dos defesas. Até que, mesmo a fechar a primeira parte, em tempo de compensação, Prestianni sofre penálti e Di María, com classe, concretizou golo muito desejado, pela equipa e pelos adeptos nas bancadas, todos benfiquistas.
O final da primeira parte coincidiu com um alerta de tempestade e depois vários outros que motivaram a suspensão do desafio. Os adeptos foram obrigados a sair das bancadas para se abrigarem e Bruno Lage, no balneário, teve muito tempo, quase duas horas, para refletir e dar novas ideias à equipa.
No reatamento do jogo, Carreras ficou no balneário, Dahl entrou para lateral-esquerdo e o Auckland pareceu regressar mais atrevido. Bastaram, porém, poucos minutos para a equipa de Lage voltar a pegar no jogo e para aparecer o segundo golo: belo passe de Kokçu e grande trabalho e finalização de Pavlidis. Os encarnados ganhavam finalmente confiança e os neozelandeses começaram a quebrar.
Lage mexeu na equipa e Renato Sanches marcou o terceiro golo. Entrou mais gente, perdeu-se um pouco de consistência, mas as águias continuaram a criar oportunidades. Barreiro marcou o quarto e o quinto golos, Di María fechou a contagem, novamente com um golo de penálti. E por incrível que pareça num 6-0, ficaram ainda mais golos por marcar, porque a equipa do Benfica teve chances suficientes para resultado mais gordo."

Benfica começou amorfo, mas uma tempestade abriu caminho a uma goleada no Mundial de Clubes contra o Auckland City


"O Benfica foi amorfo e inconsequente na 1.ª parte e foi só depois das mais de duas horas de paragem devido a uma tempestade que conseguiu destruir a resistência dos amadores do Auckland City. Os números da vitória (6-0) poderão ser importantes para a passagem à fase seguinte, num jogo marcado por um desentendimento feio entre Bruno Lage e Kökçü

Trinta graus, uma ameaça (concretizada) de tempestade, um estádio quase vazio, uma equipa amadora e outra sem saber a quantas anda: aqui está montado o cenário para um belo treino de pré-época. Mas não, estamos no Mundial de Clubes, a prova que a FIFA nos quer fazer crer que um dia será o pináculo do futebol de clubes.
O Benfica-Auckland City demorou uma eternidade. Na prática, demorou uma eternidade depois de uma paragem de mais de duas horas por causa de um extremamente floridiano fenómeno meteorológico. E figurativamente, tal a pobreza competitiva do embate, de ambas as partes, diga-se, que nem a vitória por 6-0 do Benfica consegue disfarçar. Uma eternidade também será necessária para explicar porque é que um treinador e um jogador discutem e apontam o dedo um ao outro em pleno jogo e, spoiler alert, não foi a equipa amadora a oferecer este lindo momento.
Mas voltemos ao jogo.
Antes da comporta da barragem dos golos abrir, muito graças à falência física da rapaziada neozelandesa e da entrada de pulmões novos na única equipa profissional em campo, durante quase uma hora o Benfica pareceu, demasiadas vezes, aquilo que o adversário é: um conjunto de valorosos amadores que se juntam ao final da tarde para treinar. A fragilidade do Auckland City nem obrigava a um esforço coletivo hercúleo, mas até frente à equipa mais frágil da competição convém apresentar mais ideias para lá de bola em Di María, cruzamentos para a área e uma velinha a um qualquer santo.
Assim foi a 1.ª parte do Benfica, onde os encarnados até permitiram àqueles fiéis de armazém, vendedores de Coca-Cola e estudantes universitários alguns períodos com bola, talvez um presente por muitos deles estarem ali a gastar os seus dias de férias, talvez um sinal de que o próprio Benfica já queria há muito estar de férias.
Houve, naturalmente, oportunidades para os encarnados. Aos 20’, Aktürkoglu rematou rente ao mesmo poste que uma bola de Pavlidis foi encontrar quatro minutos depois. O pequenito Prestianni, pela primeira vez titular com Bruno Lage, ficou perto do golo num inusitado remate de cabeça já perto do intervalo, altura em que o guarda-redes Garrow até parecia um profissional com anos e anos de labor entre os postes. Só de penálti o Benfica conseguiu abanar o marcador.
As mais de duas horas de paragem pouco terão servido para mudar a abordagem. Aliás, é do Auckland City, que na 1.ª parte foi tentando a sua sorte com passes verticais e correrias dos extremos, o primeiro remate com perigo, com o Benfica a aumentar a vantagem aos 53’, na primeira vez em que o seu jogo interior funcionou: Kökçü encontrou Pavlidis, que trabalhou bem em cima dos adversários antes de rematar.
O golo não travou o ímpeto do Benfica em abusar nos cruzamentos e Kökçü, como prenda pela sua criatividade, foi substituído por Renato Sanches, dando azo a um bonito momento de indisciplina para meio mundo ver. Quando o médio português marcou num remate de meia-distância logo após cheirar o campo, foi Lage a tirar de esforço com o seu jogador. Tudo extremamente saudável.
O 3-0 acabou com a resistência física do Auckland City e a vantagem do Benfica foi engordando com naturalidade. Leandro Barreiro justificou a sua presença em campo com dois golos, duas boas entradas na área para responder a cruzamentos, porque pouco mais justificará a aposta no luxemburguês num jogo como este. Di María, de penálti, fecharia a contagem numa meia-dúzia pouco merecida pela equipa neozelandesa, que se bateu como pôde, montando bem as suas linhas defensivas na 1.ª parte e aguentando o mais possível após a paragem.
Os seis golos poderão ajudar e muito o Benfica na caminhada para a fase seguinte. Mas são seis golos que não contam toda a história de um jogo geralmente fraco, desinteressante e que para mais expôs mais uma vez as dificuldades de organizar um torneio em plena época de tempestades elétricas. Já é o quarto jogo do Mundial de Clubes interrompido devido a fenómenos meteorológicos extremos, seja chuva, trovoada ou calor. É o que nos esperará no próximo ano, em pleno Mundial de seleções, muito mais visto, muito mais importante que este Mundial de Clubes."

5 minutos: Auckland....