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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Da necessidade da figura do adepto-carnaval-o-ano-inteiro

"Aconteceu ao Sporting ter agora um presidente que consubstancia essa figura do adepto-carnaval-o-ano-inteiro que redunda sempre num festim para a imprensa. E qual é o problema?

O Benfica apresentou-se ao jogo com o Braga sem Óscar Cardozo na equipa e sem Jorge Jesus no banco.
Ou seja, fazendo a todos os que, depois da final da Taça, suplicaram pela saída de ambos, em prol disciplina, do bom senso e da dignidade, este Benfica de sábado passado esteve em sintonia com os reclamados saneamentos de Maio.
Gostaram?
Nem por isso, não é?
E quem faz mais falta, Jorge Jesus ou Óscar Cardozo?
Respeito todas as opiniões mas tenho a minha. O que de bom aconteceu no jogo com o Braga, para além do fulgor de Matic e do golo de Matic, foi o facto de ter o Benfica conseguido aguentar-se 90 minutos sem sofrer um golo de pontapé de canto.

O Benfica começou o jogo com três sérvios e acabou só com um, Matic, naturalmente. Djuricic esteve discretíssimo em campo e até no momento em que foi substituído se manteve discreto. Já Markovic esteve menos apagado do que o seu compatriota e até no momento em que foi substituído se mostrou menos apagado protagonizando um gesto de desagrado dirigido ao banco, melhor dizendo, ao treinador-substituto.
Espero que Matic os tenha convidado para jantar depois do jogo. São muito talentosos, muito jovens e precisam, ambos, de comer uns valentes bifes.
Por falar em bifes, gostava de ver um dia destes outro jovem, ainda que português, na equipa principal do Benfica. Chama-se Bernardo Silva. Estará pronto para os desafios de primeira categoria, tal como as suas exibições na equipa B sugerem, ou também ele precisará de ganhar corpo para as guerras do mundo dos adultos?
Só vendo, não é? Só vendo.

NUNCA será demais realçar a proeza de termos três treinadores compatriotas qualificados com as respectivas selecções para a fase final do campeonato do mundo de futebol.
É obra. Melhor dito, são obras. E logo três.
De Paulo Bento já se disse tudo na semana passada. Encómios atrás de encómios como sempre quando acontece nestas felizes ocasiões. E Paulo Bento fez por merecê-lo, alguém duvida?
Mal, mal, apenas esteve Judite de Sousa quando, no rescaldo da incursão épica à Suécia, perguntou ao seleccionador nacional se, numa próxima fase da sua carreira, ambicionava treinar «um grande».
Francamente...
Rápido e atento, Paulo Bento logo corrigiu a gafe da entrevistadora naquele seu português meio-espanholado com que se exprime para delícia dos seus imitadores.
Fernando Santos e a sua Grécia que, tal como Paulo Bento e o nosso Portugal, teve de porfiar no play-off para se poder ver seguro e certinho no Brasil, também merece um grande aplauso.
Reza a história que a Grécia até já ganhou uma vez um campeonato da Europa que, nesse ano, já nem me recordo, com certeza que deve ter sido um torneio muito esquisito e original, benza-o Deus.
Mas, para além do prazer que é sempre ver um compatriota triunfar num país estrangeiro, Fernando Santos mostrou-nos a todos como se trabalha para triunfar lá fora. O treinador português expressou-se fluentemente em grego na conferência de imprensa que fechou o jogo de Bucareste.
Fluentemente grego foi, pelo menos, o que me pareceu, a mim que não falo grego.
Sobra Carlos Queiroz, há muito apurado com o seu Irão.
Instado a pronunciar-se sobre o sucesso português de Estocolmo e, inevitavelmente, sobre a exibição individual de Cristiano Ronaldo, coroada com um hat-trick, o professor saiu-se com mais uma das suas afirmações ligeiramente ressabiadas que em nada o ajudam a ser uma figura popular no país, globalmente estimada como seria devido a um técnico com o seu currículo.
Disse Queiroz, depois de Estocolmo, que Portugal teria seguido para os quartos-de-final do Mundial de 2010 se Cristiano Ronaldo tivesse jogado «assim» com a Espanha.
Francamente...
Para piorar as coisas, disse-o em português. E toda a gente entendeu. Dissesse-o em persa, fluente ou não, de modo a que o seu triste desabafo não contribuísse para o afastar do pessoal em festa por São Cristiano.

O sorteio da próxima fase de grupos da Taça da Liga colocou o Sporting no caminho do FC Porto, ou vice-versa, e o Benfica no caminho do Nacional, ou vice-versa. Sem menosprezar os demais adversários de ambos os grupos, poucos acreditam para as respectivas decisões não se travem entre os emblemas mencionados.
O caminho não é fácil para ninguém.
Naturalmente, o grupo que mete Sporting e FC Porto ao barulho concita as atenções gerias. Sempre são dois grandes. Embora, neste caso particular, um seja maior do que o outro em função de declarações expressas.
Do lado do Sporting, já ouvimos Bruno de Carvalho assumir publicamente que a Taça da Liga é um dos objectivos para 2013/2014. Enquanto do lado do FC Porto, ainda ninguém veio desdizer o postulado antigo de que a Taça da Liga é para fazer rodar jogadores menos utilizados da equipa principal com uma pitada de juniores, quanto baste.
Vamos ter assim, uns diazinhos antes do fim do ano, um Sporting «mais grande» do que o FC Porto porque é da Taça da Liga que se trata.
Quando ao grupo que engloba o Benfica e Nacional, faço votos sinceros de que ninguém do meu clube venha falar na besta negra. E que ganhe o melhor.

QUATRO pontos perdidos em duas jornadas consecutivas da Liga e um percurso periclitante na fase de arranque da Liga dos Campeões deixam o ex-Paulo Fonseca mal visto pelos adeptos do FC Porto que, ao contrário dos adeptos de outros clubes, não estão habituados a estas coisas.
Bem cedo nesta época, comecei a referir Paulo Fonseca por ex-Paulo Fonseca em função duma aparente alteração de personalidade do jovem treinador que o fazia parecer outro que não o Paulo Fonseca que, na temporada passada, treinou o Paços de Ferreira.
É o peso da camisola, já me explicaram as mais variadas pessoas. Mesmo assim, para mim ficou como ex-Paulo Fonseca porque este não reconhece o anterior. Esquisitices minhas.
Depois do jogo de sábado com o Nacional, no Dragão, e do jogo de terça-feira, também no Dragão, lendo de soslaio nos jornais o noticiário sobre o desencanto das hostes portistas com o seu treinador, a visita presidencial ao treino, etc... mais me que parecer que o ex-Paulo Fonseca vem na linha de um ex-Vítor Pereira. Sendo que este último, noblesse oblige, foi sempre o mesmo.

COM toda a franqueza custa-me entender a indignação que grassa por entre algumas hostes do meu clube depois de o presidente do Sporting ter afirmado que os problemas do país se resolviam tirando o vermelho da bandeira nacional.
Onde para o nosso sentido de humor?
É sabido que todos os emblemas grandes, médios ou pequenos, têm as suas figuras típicas, adeptos que à força de uma originalidade desconcertante, ora verbal ora de figurino, atraem a comunicação social na mesma medida em que se sentem atraídos por ela.
Estas figuras estimáveis cumprem garbosamente a sua função social. Respondem individualmente a um anseio geral.
Do Manuel do laço do Boavista ao Emplastro do FC Porto, do Adepto Possuído do Benfica ao velho Manolo da pandeireta que acompanha a selecção espanhola pelo mundo de lés-a-lés, não há equipa de futebol que se preze que não tenha o seu adepto especial. Muito especial.
Aconteceu agora no Sporting ter um presidente que consubstancia essa figura do adepto-carnaval-o-ano-inteiro que, seja em que emblema for, redunda sempre num festim para a imprensa.
E qual é o problema? Nenhum.

BELÍSSIMO resultado e exibição mais do que suficiente ontem em Bruxelas, não se desse o caso de o Benfica ter complicado as suas contas nos dois jogos com o Olympiakos. Ainda há esperança. Refiro-me à Liga dos Campeões. Quanto à Liga Europa, essa já está assegurada e, francamente, até nos calha melhor. Bonito foi ver o Sulejmani e o Rodrigo saltarem do banco para a decisão da vitória."

Leonor Pinhão, in A Bola

5.ª jornada - UEFA Youth League

Anderlecht 3 - 6 Benfica

Entrámos a dormir, aos 11 minutos já estávamos a perder por 2-0 !!! Mas o Rochinha não gostou... e em 5 minutos - entre os minutos 23 e 28 -, fez um hat-trick !!! Chegámos ao intervalo em vantagem, beneficiando de uma grande eficácia... O Diogo Rocha esteve perto do poker - ao ferro -, mas o Hildeberto fez o 4.º, o Romário aumentou para 5... o Anderlecht ainda reduziu, mas o Romário já nos descontos fez o resultado final.

Com o empate de ontem entre o PSG e o Olympiakos, já tínhamos a qualificação garantida, hoje, só podíamos perder o 1.º lugar se os Belgas vencessem por 4 golos!!! Nada disso aconteceu, e assim a uma jornada do final, temos o 1.º lugar garantido - importantíssimo, já que assim, nos Oitavos-de-final vamos jogar em casa... a eliminatória será decidida num jogo -, o jogo com o PSG será para cumprir calendário, e poderá servir para utilizar alguns jogadores menos utilizados, mas cuidado porque os Franceses são tacticamente ingénuos, mas fisicamente, são muito fortes...

Politicamente (in)correcto

"1. A atribuição do galardão FIFA tem sido uma novela venezuelana. Envolta num nevoeira espesso de dúvidas e manobras de corredor. Afinal o prémio é para a época ou para o ano civil? Se é para todo o ano e é anunciado em Janeiro, porque termina a votação em Novembro? E que regulamento de vão de escada é esse de se mudar a data do fim da votação em jeito de improviso?

2. Se o eleito é individual não deve ficar excessivamente ligado aos êxitos colectivos. Se estiver, quase terá que ir obrigatoriamente para um jogador do Bayern (Ribery? Robben?).

3. É doentia, cá e lá, a comparação entre Cristiano e Messi, sem dúvida os melhores. Mas felizmente diferentes: Cristiano mais «corridinho», Messi mais «tango». Por isso, prefiro a conjunção «e» à disjunção «ou». Mas tendo que haver um só primeiro, o português justificou, este ano, a distinção. Está a fazer a melhor época de sempre. Melhor do que, em 2008, quando ganhou o prémio.

4. Chega de tv, rádios e jornais que a toda a hora nos bombardeiam, até à náusea, com esta saga. É uma mistura de patrioteirismo pateta, de artificialismo maniqueísta de uma escolha e de um folclore opinativo que tresanda ao politicamente correcto. A que acresce, na racional Suécia, o pestífero anúncio da Pepsi. Haja senso. Ronaldo tem sido, no meio disto tudo, o mais sensato.

5. No momento da vitória em Estocolmo, Josué (agora internacional... porque no FCP) passou da fase doméstica salivar para a fase extramuros digital. Com a agravante de envergar a camisola da Selecção de Portugal. Um gesto feio e injustificado. De quem não sabe ganhar. «É a vida», proclamou o homem! É défice de boa educação, digo eu."

Bagão Félix, in A Bola

Começou mal, mas acabou muito bem...!!!

Anderlecht 2 - 3 Benfica

Mais uma vitória sofrida - desnecessariamente -, com muito suor e com toda a justiça. As dificuldades no jogo aéreo defensivo, são irritantes, mas pelo menos tivemos muito bem - sendo o Maxi o principal responsável, já que é ele que está sempre ao primeiro poste -, nas subidas da equipa em bloco nos cantos, colocando os adversários em fora-de-jogo, algo muito importante, sempre que existe uma segunda bola favorável ao nosso oponente - e infelizmente, isso é algo frequente - e como os fiscais-de-linha não foram à Marisqueira, marcaram os respectivos impedimentos!!! A novidade, foi mesmo o Benfica, também ter marcado um golo numa 'bola parada' - livre lateral -, e até podíamos ter marcado mais, nas mesmas circunstâncias... algo que tem sido raro esta época.

Não gostei da estratégia inicial, com o Enzo na direita, e o Markovic atrás do Lima... a equipa melhorou quando o Enzo fez o triângulo no meio-campo, e o Markovic encostava na direita. Apesar de pessoalmente defender, que sem o Amorim, o formato do nosso meio-campo mais efectivo, será o Fejsa e Matic lado-a-lado e o Enzo mais à frente no meio.
A noite começou mal, com a lesão do Sílvio e golo do Anderlecht, mas foi melhorando, terminando com um golo nosso (e alguns sustos!!!)... o aspecto negativo nos últimos minutos foi a incapacidade que o Benfica voltou a demonstrar: extrema dificuldade em gerir um resultado positivo... recuámos demasiado, e tivemos pouca bola, quando estava 1-2 a nosso favor...

Gostei do regresso do Fejsa, o Matic parece que quer tirar o lugar ao Cardozo!!! Tudo corre mal ao Lima, o Nico lutou e merece que o golo, lhe seja atribuído... Os passes para as diagonais do Markovic não estão a sair bem, o Amorim é especialista neste tipo de jogo...!!! O Enzo voltou a fazer um jogo enorme... A defesa falhou no ar. O Artur esteve bem. O Rodrigo creio que depois de Elche, nunca mais marcou... o problema do Rodrigo é essencialmente um problema de confiança: tem talento, é rápido, é lutador, mas denota demasiada sofreguidão na maior parte dos jogos, espero que este golo, sirva para lhe acalmar a alma...!!!

Não acredito que o Anderlecht vá pontuar a Atenas, ainda por cima os Gregos estão com o mijo todo... Hoje jogaram 45 minutos contra 10, marcaram um golo irregular numa carambola, isto depois do nosso jogo na Grécia, são demasiados sinais!!!
Os Belgas têm bons jogadores, hoje não jogou o melhor - Suárez -, ainda bem. Os jornaleiros Tugas têm feito tudo para desvalorizar o Campeão Belga - o grande gigante Europeu é o Áustria de Viana!!! -, no jogo em Bruxelas do Olympiakos (0-3), o melhor em campo foi o Roberto!!! Mas como disse, tenho pouca fé...!!!
Para memória futura: primeira vitória do Benfica em Bruxelas, aliás primeira vitória de uma equipa Portuguesa na casa do Anderlecht!!!

Nós, na Luz, vamos jogar pela honra... creio que vai depender muito da forma como o PSG vai encarar o jogo. Sendo que no pior cenário vamos regressar à Liga Europa. Algo que me deixa dividido:
- Como se provou o ano passado, esta é uma competição que podemos verdadeiramente ganhar.
- Dá algum dinheiro (pouco), mas dá muitos pontos para o Ranking oficial da UEFA, e isso tem importância...
- Podemos voltar a ter grandes noites europeias na Luz, como foi a vitória aos Turcos nas meias-finais da última edição.
- Por outro lado, a Liga Europa é uma muito má notícia, para quem quer lutar pelo 1.º lugar do Campeonato Português!!! Eu sou daqueles que defende a teoria de que o empate com o Estoril o 'ano passado', começou no jogo com o Fernabache, o desgaste foi enorme...
- Esta minha posição anti-Liga Europa leva-me a pensar muitas vezes, que sem a qualificação para os Oitavos da Champions, o melhor para o sucesso interno, era mesmo ficar fora da Europa...