"1. A atribuição do galardão FIFA tem sido uma novela venezuelana. Envolta num nevoeira espesso de dúvidas e manobras de corredor. Afinal o prémio é para a época ou para o ano civil? Se é para todo o ano e é anunciado em Janeiro, porque termina a votação em Novembro? E que regulamento de vão de escada é esse de se mudar a data do fim da votação em jeito de improviso?
2. Se o eleito é individual não deve ficar excessivamente ligado aos êxitos colectivos. Se estiver, quase terá que ir obrigatoriamente para um jogador do Bayern (Ribery? Robben?).
3. É doentia, cá e lá, a comparação entre Cristiano e Messi, sem dúvida os melhores. Mas felizmente diferentes: Cristiano mais «corridinho», Messi mais «tango». Por isso, prefiro a conjunção «e» à disjunção «ou». Mas tendo que haver um só primeiro, o português justificou, este ano, a distinção. Está a fazer a melhor época de sempre. Melhor do que, em 2008, quando ganhou o prémio.
4. Chega de tv, rádios e jornais que a toda a hora nos bombardeiam, até à náusea, com esta saga. É uma mistura de patrioteirismo pateta, de artificialismo maniqueísta de uma escolha e de um folclore opinativo que tresanda ao politicamente correcto. A que acresce, na racional Suécia, o pestífero anúncio da Pepsi. Haja senso. Ronaldo tem sido, no meio disto tudo, o mais sensato.
5. No momento da vitória em Estocolmo, Josué (agora internacional... porque no FCP) passou da fase doméstica salivar para a fase extramuros digital. Com a agravante de envergar a camisola da Selecção de Portugal. Um gesto feio e injustificado. De quem não sabe ganhar. «É a vida», proclamou o homem! É défice de boa educação, digo eu."
Bagão Félix, in A Bola
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